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Renascimento
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1. OBJETIVOS 
• Reconhecer o contexto histórico do Renascimento. 
• Identificar e interpretar a cultura e a arte renascentista.
2. CONTEÚDOS
• Contexto histórico do Renascimento: a nova sociedade, o 
novo homem, as corporações e as grandes descobertas.
• Escultura, pintura e arquitetura renascentista.
• Renascimento flamenco, holandês e espanhol.
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir:
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco198
1) O pensamento humanista foi fundamental para o Renas-
cimento. Petrarca, um poeta e humanista italiano, é uma 
importante figura para entendermos o Renascimento; 
pesquise sobre sua vida e obra, isso ajudará no seu de-
senvolvimento. 
2) Atualmente, existem muitos museus virtuais com uma 
grande quantidade de obras do período Renascentis-
ta. Conheça várias obras do Renascimento acessando o 
Museu do Vaticano, disponível em: <http://mv.vatican.
va/3_EN/pages/MV_Home.html>. Acesso em: 8 jul. 
2011. 
3) Para saber mais sobre a história da pintura da Capela Sis-
tina no Vaticano e os conflitos de Michelangelo com o 
Papa Júlio II, assista ao filme Agonia e êxtase (1965) do 
diretor Carol Reed. O filme foi baseado no livro de Irving 
Stone, Agonia e êxtase.
4) Pesquise mais sobre Brunelleschi: o caçador de tesouros. 
Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/arquitex-
tos/arq040/arq040_02.asp>. Acesso em: 8 jul. 2011.
5) Procure saber mais sobre o estudo no campo da mate-
mática realizado por Leonardo da Vinci, assistindo ao 
vídeo Arte matemática. Disponível em: <http://www.tv-
cultura.com.br/artematematica/educacao.html>. Aces-
so em: 8 jul. 2011.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na unidade anterior, refletimos sobre a cultura e a arte dos 
povos da Idade Média, particularmente a arte bizantina, a româ-
nica e a gótica.
Agora, dando continuidade aos nossos estudos, conhecere-
mos a arte Renascentista. 
Como era a sociedade no renascimento? Em que ela era 
diferente da sociedade medieval? Quais eram as aspirações do 
homem que viveu naquela época? Como e por que surgiram as 
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Claretiano - Centro Universitário
© U4 - Renascimento
corporações no Renascimento? Como era a escultura, a pintura e 
a arquitetura renascentista? Quais são as características do renas-
cimento flamenco, do renascimento holandês e do renascimento 
espanhol?
Vamos descobrir juntos!
5. CONTEXTO HISTÓRICO DO RENASCIMENTO
O Renascimento compreende o período do início de 1400 
ao final de 1500, ou seja, do século 15 ao 16. Esse termo foi usado 
por se tratar mesmo de um "re-nascimento", o nascer de novo de 
uma cultura. 
Como já vimos, a Idade Média durou aproximadamente 
1000 anos, e a arte nesse período era usada exclusivamente para o 
ensino da religião, em que se valorizava o Divino e o sobrenatural. 
Entretanto, já no início do século 15, alguns pensadores co-
meçaram a voltar seus olhares para a Antiguidade Clássica, consi-
derada um período em que se tinha esgotado todas as possibilida-
des, ou seja, período no qual o artista tinha chegado à perfeição. 
Insatisfeitos, não foram buscar a Antiguidade para revivê-la, mas, 
sim, para superá-la. 
Vamos compreender melhor o homem e a sociedade renas-
centista!
Nova sociedade
Entre os séculos 15 e 16, aconteceram várias mudanças no 
âmbito social. As grandes navegações trouxeram não apenas no-
vos conhecimentos, como também mais confiança no poder de 
realizações humanas. Verificamos a decadência do feudalismo e a 
ascensão do capitalismo, descentralizando o dinheiro das mãos do 
clero e da nobreza e formando uma nova classe social, a burguesia. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco200
Os burgueses dominaram o comércio e aos poucos se muda-
ram para as cidades, formando novos centros com novas leis e mo-
dificando o status social. Com isso, as pessoas passam a valorizar 
mais o status econômico do que o status de nobreza. 
A arte também se fortaleceu, pois os burgueses gastavam 
muito dinheiro incentivando-a, tornando-se grandes mecenas. Um 
exemplo é a Família Médici, que patrocinou, entre outros, Masac-
cio, Donatello e Michelangelo. "O renascimento não foi um movi-
mento de alguns artistas, mas uma nova concepção de vida adota-
da por uma parcela da sociedade, e que será exaltada e difundida 
nas obras de arte" (HISTÓRIA NET, 2011). 
Novo homem
Nasce com o Renascimento um novo homem, voltado para 
a Filosofia, Artes, Literatura, História e Ciência. Um homem inte-
lectualizado, caracterizado pelo racionalismo, antropocentrismo e 
individualismo. 
O Renascimento foi uma nova visão de mundo estimulada pela 
burguesia em ascensão. Suas principais características eram o ra-
cionalismo (em oposição à fé), o antropocentrismo (em oposição 
ao teocentrismo), o individualismo (em oposição ao coletivismo 
cristão) [...] e o humanismo (movimento intelectual que pregava 
a pesquisa, a crítica e a observação, em oposição ao princípio da 
autoridade) (BRASIL ESCOLA, 2011). 
Desse modo, o ideal de homem renascentista era aquele que 
conhecia a si e à natureza da qual fazia parte, um homem que bus-
cava novas experiências e grandes feitos. 
Como consequência dessa valorização do homem, os artis-
tas passam a assinar os seus trabalhos.
Corporações
Com todas essas mudanças, os artistas, os artífices e os arte-
sãos passaram a se organizar em corporações, cujas características 
eram semelhantes a de um sindicato que defende seus membros. 
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© U4 - Renascimento
Para ser membro de uma corporação, o autor precisava pro-
var ser mestre de seu ofício. Desse modo, ele poderia não apenas 
manter uma oficina e ter seus aprendizes, como também obter 
reconhecimento internacional.
Mas há uma pergunta que nos rodeia: o que diferenciava a 
arte renascentista da arte medieval?
Vejamos a seguir!
Grandes descobertas
Pintura a óleo
O Renascimento possibilitou novas formas de representa-
ção, com inovações como a mudança da pintura, da têmpera em 
madeira e afrescos para o óleo sobre tela. 
Essa mudança deve-se ao pintor Jan Van Eyck, que modificou 
a fórmula da tinta trocando o ovo por óleo, que, como demorava 
mais a secar, possibilitava um trabalho mais elaborado e detalha-
do.
Perspectiva
Talvez seja uma das descobertas mais significativas. Para re-
presentar o real, seria necessário representá-lo exatamente como 
o vemos, à medida que um objeto se distancia de nossos olhos, 
seu tamanho e sua cor são alterados. Dessa forma, a perspectiva 
passa a ser usada por proporcionar maior realismo.
Chiaroscuro
Foi uma técnica usada para dar ilusão de relevo, destacando 
as imagens pelo contraste de áreas claras e escuras.
Composição piramidal
Passagem da composição plana e horizontal para a composi-
ção piramidal, na qual seus elementos são agrupados em forma de 
pirâmide para dar sensação de tridimensionalidade.
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco202
Vejamos, a seguir, como essas descobertas interferiram nas 
diferentes obras de arte. 
6. ARQUITETURA
Os grandes arquitetos da Renascença retomaram elementos 
da arquitetura clássica e os adaptaram para a nova proposta renas-
centista. Usaram arco pleno, abóbada cilíndrica, pórtico e colunas, 
dispostos com simetria, além das formas geométricas do círculo e 
do quadrado em acordo com a matemática e engenharia.
Brunelleschi
Foi ele quem descobriu a perspectiva matemática. Típico 
representante do homem renascentista era pintor, escultor e ar-
quiteto. Além disso, dominava a Matemática, a Geometria e a Li-
teratura. 
Um de seus trabalhos mais importantes foi o domo da Cate-
dral de Florença (Figura 1).
 
Figura 1 Domo da Catedral de Florença 1420-1436.
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Segundo Miguel (2011), Brunelleschi utilizou:
Para sua execução prevê um andaime, inventado por ele, e uma 
grua para o translado dos materiais. Pôs em prática um método 
para a sustentaçãoda cúpula, inventou as máquinas necessárias 
à construção e executou o projeto sem utilizar o cimbre, armação 
de madeira que serve de molde e suporte aos arcos e abóbadas e 
retirados depois de completada a obra.
Bramante 
Representando os conceitos renascentistas de proporções 
harmônicas e simplicidade, Bramante constrói o Tempietto no lo-
cal onde teria sido crucificado São Pedro (Figuras 2 e 3).
 
Figura 2 Tempietto – 1444-1514. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco204
 
Figura 3 Tempietto – estudos. 
Em decorrência do grande gasto desprendido para a constru-
ção do Tempietto, o Papa Júlio II desencadeou uma crise na igreja 
que viria a ter seu ponto alto na Reforma Protestante liderada por 
Martinho Lutero. Para arrecadar dinheiro, o Papa trocava contri-
buições pela venda de indulgências, isto é, trocava uma contribui-
ção pela absolvição dos pecados. 
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Palladio
Escritor do clássico Tratado, Os quatro livros de arquitetura, 
influenciou grandes arquitetos nos séculos seguintes. Seu trabalho 
mais conhecido foi a Villa Rotonda (Figura 4), que há uma 
semelhança da fachada do templo Panteão.
Fonte: Gombrich (1999, p. 272). 
Figura 4 Villa Rotonda – 1550.
7. ESCULTURA
Com a busca pelo conhecimento e estudos sobre anatomia, 
a escultura passa a representar o homem como ele é, inclusive em 
suas proporções. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco206
Desse modo, a perspectiva também é explorada na escultu-
ra, que passa a ser colocada sob um suporte para que a observe-
mos de baixo para cima. Além disso, a escultura passa a ter seus 
membros superiores maiores, muitas vezes até desproporcionais 
se visto frontalmente. 
Há, finalmente, a retomada do contraposto.
Vamos conhecer alguns dos principais artistas escultores re-
nascentistas. 
Donatello
Donatello resgatou o uso do contrapposto. Ele buscava em 
suas obras um realismo tal que chegou a pedir a uma de suas es-
culturas (Maria Madalena) para falar de tão viva que esta lhe pa-
recia. 
A escultura de Maria Madalena (Figuras 5 e 6), entalhada na 
madeira, impressionou pela sua realidade. Ele a fez como uma se-
nhora idosa e sofrida, trazendo toda realidade de seu sofrimento 
e sua humanidade. Diante dela, disse: "Fala, fala, ou morrerás de 
peste!".
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Figura 5 Maria Madalena – 1453.
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco208
 
Figura 6 Maria Madalena – detalhe.
Já a escultura do Rei David (Figuras 7 e 8), outra obra de 
Donatello, foi a primeira escultura de um nu em tamanho natural 
desde a Antiguidade.
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Figura 7 David – 1430-1432.
 
Figura 8 David – detalhe.
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Andréa Del Verrochio
Verrochio foi uma grande artista de seu tempo: pintor, ouri-
ves, escultor e professor. Teve como alunos algumas celebridades 
como Leonardo da Vinci, Sandro Botticelli, Perugino e Ghirlandaio. 
A Figura 9 demonstra uma de suas obras. 
Figura 9 Putto com golfinho-1470.
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Os autores Janson e Janson (1996, p. 193) analisam a Figura 
9, partindo do ponte de vista de que:
[...] as formas voam por todas as direções a partir de um eixo cen-
tral, mas aqui o movimento é gracioso e contínuo [...] a perna es-
tendida, os braços e as asas harmonizam-se em uma espiral ascen-
dente, fazendo com que a figura pareça girar diante de nós. 
Outra obra de grande expressão foi o Monumento a Colleoni 
(Figura 10), em que podemos admirar tanto a anatomia do cavalo 
quanto a expressão do cavaleiro destemido. 
 
Figura 10 Monumento a Colleoni - 1479.
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco212
Esse tipo de monumento foi iniciado por Donatello com Mo-
numento Eqüestre de Gattamelata em 1445-50.
Michelangelo, o escultor
Michelangelo Buonarroti foi certamente um dos grandes es-
cultores mundiais, mesmo com seu temperamento arredio, traba-
lhava sempre sozinho e não aceitava aprendizes, teve Lourenço de 
Médici como patrono. 
Dentre suas excentricidades estava a de esculpir uma está-
tua em um único bloco de mármore, que ele mesmo fazia questão 
de escolher, afirmando que libertaria a imagem aprisionada no 
mármore. 
A maior diferença de Michelangelo era com o Papa Julio II, 
com o qual viveu uma relação de amor e ódio durante anos. O 
Papa encomendou a tumba papal, cuja construção demorou 40 
anos, sem chegar a ser concluída.
Apresentaremos aqui duas de suas grandes obras: Pietà (Fi-
guras 11 e 12) e David (Figura 13 e 14).
 
Figura 11 Pietà - 1498-1499.
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Figura 12 Pietà - detalhe. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco214
 
Figura 13 David – 1501-1504.
Repare no detalhe da Figura 14 o realismo anatômico. 
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Figura 14 David – Detalhe.
Ao contrário de Donatello, que representou David após a 
luta contra Golias, Michelangelo aqui o representou em sua pre-
paração para o embate. Essa obra (Figura 13) custou a ele aproxi-
madamente quatro anos.
8. PINTURA
Assim como o humanismo libertou o artista para desen-
volver seu próprio estilo, a pintura renascentista apresenta sua 
libertação, desprendendo-se da arquitetura para se tornar auto-
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco216
-suficiente, ou seja, a pintura aparece por si só como expressão 
artística.
A seguir, estudaremos os principais artistas e pintores renas-
centistas. 
Masaccio
A arquitetura e a escultura já vivenciavam o Renascimento 
quando Masaccio se inicia na pintura, trazendo a perspectiva ma-
temática usada por Brunelleschi, dando tridimensionalidade às 
figuras e profundidade ao espaço pictórico, como podemos obser-
var na Figura 15.
Figura 15 A Virgem e o menino – 1426.
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© U4 - Renascimento
Os autores Janson e Janson (1996, p. 196) esclarece a pro-
fundidade da pintura a qual podemos analisar, também, nas Figu-
ras 16 e 17: 
E - pela primeira vez na história - temos à nossa disposição todos 
os dados necessários para medir a profundidade desse interior pin-
tado, desenhar sua planta e reproduzir a estrutura em três dimen-
sões. 
Figura 16 A Trindade – 1425.
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco218
Figura 17 A Trindade – tridimensionalidade.
Botticelli
Ao contrário do discurso Humanista, Botticelli não se 
preocupa com a realidade anatômica, e sim com a beleza. Os 
corpos retratados em suas obras são alongados para expressar 
suavidade. 
O uso da perspectiva por Botticelli era bem sutil o que não 
a caracterizava como uma de suas preocupações. Esse artista 
retoma como tema de suas obras a mitologia clássica:
A Vênus de Botticelli representa um ideal de beleza clássica 
muito admirada no início da Renascença, em especial nos círculos 
intelectuais de Florença. Porém, Botticelli, abranda a severidade 
desta imagem ao rodear Vênus de longos cabelos ondulantes 
(SCRIBD, 2012, p. 19). 
Vejamos algumas de suas obras nas Figuras 18 e 19.
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Figura 18 O nascimento da Vênus - 1482.
Figura 19 A Primavera - 1482.
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Perugino
Conhecedor do uso da perspectiva usava-a de forma que não 
comprometia a composição da obra. Observem as Figuras 20 e 21.
Figura 20 A aparição da Virgem a São Bernardo - 1490.
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Figura 21 São Sebastião na coluna 1500-1510. 
O artista não se preocupava com a representação real da na-
tureza, as Figuras 20 e 21 contêm algumas semelhanças, dando-
-nos a sensação de serem as mesmas só que, com algumas varia-
ções. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco222
Leonardo da Vinci
Se houvesse uma eleição para escolher o artista para repre-
sentara Renascença, certamente este homem seria Leonardo Da 
Vinci.
Considerado um gênio, desenvolveu estudos em várias áreas 
do conhecimento, tais como: Engenharia, Matemática, Música, Ar-
quitetura, Anatomia, Astronomia, entre outras, além de ter explo-
rado a natureza em sua totalidade. 
Tanto conhecimento e curiosidade fizeram dele um grande 
experimentador. Por exemplo, para pintar a obra A última ceia 
(Figura 25), ele misturou têmpera e óleo, constatando, posterior-
mente, que não foi uma experiência bem-sucedida, pois a mistura 
não aderiu bem à parede e aos poucos a obra se desprendeu em 
pequenas partes. Assim, a curiosidade que transformou Da Vinci 
em um gênio também o fez leviano, pois raramente terminava um 
trabalho.
Ele, também, desenvolveu a técnica do Sfumato – sombrea-
do em italiano – que consiste em sombrear os contornos, fundin-
do-os com outras formas da obra.
Segundo o autor Cumming (2003, p. 26), a técnica pode ser 
observada na obra Mona Lisa (Figura 22), em que Da Vinci utiliza: 
Contornos esfumaçados – sfumato 
Os cachos do cabelo caindo levemente sobre o ombro direito de 
Mona Lisa se fundem com as rochas, assim como as dobras diáfa-
nas do xale no ombro esquerdo continuam na linha de um distante 
aqueduto. O contorno "esfumaçado" que se mescla com o miste-
rioso fundo dá ambigüidade ao clima e cria a ilusão de movimento, 
que dá a este quadro uma estranha sensação de vida. 
Sobrancelhas ausentes - Por que não há sobrancelhas? A explicação 
mais provável é que Leonardo colocou as sobrancelhas como um 
toque final na tinta seca do rosto, mas a primeira vez que o quadro 
foi limpo (talvez no século XVII) o restaurador usou um solvente 
impróprio e as sobrancelhas se dissolveram para sempre. Isto ser-
ve como um alerta para o máximo cuidado que os restauradores 
devem ter. 
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Figura 22 Mona Lisa ou La Gioconda - 1503-1506. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco224
No campo da Matemática, Leonardo fez um estudo riquíssi-
mo com a proporção áurea. Suas obras encaixam-se perfeitamen-
te em um retângulo áureo (Figura 23): 
Figura 23 Retângulo áureo.
Para Da Vinci, 
[...] um retângulo de ouro é facilmente obtido com compasso e 
régua por este método:
1. Construir um quadrado; 
2. Desenhar a linha do ponto central de um lado para um dos 
cantos no lado oposto;
3. Usar essa linha como raio de uma circunferência para definir a 
altura do retângulo; 
4. Completar o retângulo (WIKIPÉDIA, 2012). 
As proporções da anatomia humana utilizada por Da Vinci 
podemos analisar na Figura 24. 
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Figura 24 Homem Vitruviano - 1492. 
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No afresco A última ceia (Figura 25), existente no convento de 
Santa Maria delle Grazie em Milão, Da Vinci expressa claramente 
os conceitos de:
• perspectiva: em que todas as linhas diagonais convergem 
para a cabeça de Cristo, que é a figura central da obra; 
• composição piramidal: em que os apóstolos estão reuni-
dos em grupos de três, formando quatro blocos pirami-
dais, assim como os braços estendidos de Cristo formam 
outra composição piramidal; 
• realismo: pois Cristo e cada apóstolo, em suas expressões 
faciais e gestuais, expressam suas reações e sentimentos, 
representando a importância do momento. 
Figura 25 A última ceia - 1495. 
Essa Figura 25 é sem dúvida uma das imagens mais conheci-
das e reproduzidas no mundo, atualmente está presente na maio-
ria das casas como representação de religiosidade.
Michelangelo – Pintor 
Para Michelangelo, a escultura era a grande arte, portanto, a 
pintura deveria imitá-la. Não escondia sua insatisfação em pintar. 
Convidado para pintar o teto da Capela Sistina (Figura 26), tentou 
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se esquivar de todas as formas, até que aceitou diante da insistên-
cia do Papa Julio II. Trabalhou nessa obra cerca de quatro anos e 
deu "vida" a 340 figuras, que contam desde a criação do homem 
até sua queda no juízo final. 
Assim como suas esculturas, as figuras estão em constante 
movimento e apresentam grande dinamismo:
Figura 26 Teto da Capela Sistina – 1508-12. 
A Figura 27 retrata a criação de Adão.
Figura 27 Criação de Adão. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco228
O autor Cumming (2003, p. 31) resume a obra representada 
na Figura 27 como:
A criação de Adão 
A imagem da criação de Adão é uma das mais famosas da arte oci-
dental - memorável, inspirada e com aquela rara originalidade que 
eleva a arte a um novo plano e indica uma nova direção. Deus Pai, 
com um severo rosto de barba branca que denota sua absoluta au-
toridade, está rodeado por seus anjos e atravessa os céus como um 
meteoro cósmico. Adão, fisicamente perfeito no rosto e no corpo 
(mas ainda impotente), parece receber do dedo indicador de Deus 
uma carga elétrica que começa a percorrer o seu corpo, dando-lhe 
vida física e espiritual. Ele olha para Deus com uma expressão que 
abrange muitas emoções, incluindo maravilhamento e obediência. 
Rafael
Rafael destaca-se na Renascença como aquele que incorpo-
rou em seu estilo, além das lições da Antiguidade Clássica, as lições 
de artistas contemporâneos, como Da Vinci e Michelangelo. 
Suas obras são graciosas, simples e intimistas, revelando sua 
própria personalidade, já que era um dos artistas mais queridos de 
sua época. Soube combinar perfeitamente a religiosidade, a Anti-
guidade e os ideais Renascentistas. 
Em seus afrescos, encontrados no Palácio Vaticano na sala 
Stanza della Segnatura, Rafael discute quatro temas: Filosofia, 
Teologia, Poesia e Direito. Por exemplo, na obra Escola de Atenas 
(Figura 28) representa a Filosofia nas figuras dos grandes filósofos 
gregos, além de incluir deuses mitológicos e trabalhar maravilho-
samente a perspectiva arquitetônica.
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Figura 28 Escola de Atenas – 1509-11. 
Para o autor Cumming (2003, p. 32):
Cada grupo de figuras é um núcleo de harmonia majestosa e de 
movimento contínuo e gracioso. Assim a pose de Platão apontando 
para o céu alguns segundo depois pode tornar-se a de Aristóteles 
apontando para baixo. Desse modo as figuras estão visualmente 
interligadas de uma maneira que lhes confere um extraordinário 
senso de harmonia. 
Na obra Os esponsais da Virgem (Figura 29), Rafael deixa 
claro o uso da perspectiva e da simetria. Note como as linhas do 
calçamento seguem para a porta aberta da construção ao fundo, e 
os elementos da cena vão diminuindo conforme se afastam do pri-
meiro plano, assim como a composição apresenta os participantes 
da cerimônia divididos na mesma quantidade, seis de cada lado, 
e o padre exatamente no meio da cena, tornando-a totalmente 
simétrica.
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Figura 29 Os esponsais da Virgem – 1504.
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Ticiano
Tanto quanto Michelangelo dedicou-se a escultura, Ticiano o 
fez com a pintura. Sua característica mais marcante foi o uso da cor. 
Para dar expressividade às suas obras, explorava as cores quentes 
em camadas sobrepostas de tinta. Muitas vezes, para equilibrar as 
cenas que não aparentavam simetria, também se utilizava da cor. 
Repare como o estandarte vermelho, em oposição à Nossa 
Senhora (Figura 30), cria uma organização e simetria na obra. O 
artista utiliza a cor forte como contrapeso ao grupo que está em 
torno de Nossa Senhora.
Figura 30 Nossa Senhora com os Santos e Membros da Família Pesaro - 1519-1528. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco232
 Contudo, a procura maior por seus serviços dava-se em fun-
ção da imensurável qualidade de sua produção de retratos. Os 
retratos pintados por Ticiano fizeram dele o pintor preferido dos 
"grandes homens" do Renascimento. Vejamos na Figura 31 mais 
uma de suas obras: 
Figura 31 Jovem Inglês - 1540.
Fixa os olhosem nós com tão intensa e profunda expressão que 
é quase impossível acreditar que esses olhos sonhadores sejam 
apenas um pouco de terra colorida espalhada num pedaço de tela 
grosseira (GOMBRICH, 1999, p. 54). 
Reconhecendo as obras de alguns dos principais represen-
tantes renascentistas, descobriremos, agora, as características do 
renascimento flamenco, do renascimento holandês e do renasci-
mento espanhol. 
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9. RENASCIMENTO FLAMENCO
A Renascença nos Países baixos, embora carregasse algumas 
das influências Italianas, preocupava-se mais com a materialida-
de e a representação realística e detalhada. Destaca-se nas obras 
Flamencas o gosto pelo ambiente familiar, palácios e templos da 
sociedade.
Jan Van Eyck
Conhecido como o inventor da pintura a óleo, novidade 
que veio para modificar a pintura atual, possibilitando criar no-
vas nuances partindo da mistura de cores, Van Eyck também inova 
no uso da perspectiva, ao invés de usar a perspectiva linear, usa a 
perspectiva atmosférica.
Esse fenômeno óptico é conhecido como "perspectiva atmosféri-
ca", uma vez que deriva do fato da atmosfera não ser nunca to-
talmente transparente. Mesmo no dia mais claro, o ar entre nós e 
as coisas para as quais olhamos age como uma tela nebulosa que 
interfere em nossa capacidade de ver com nitidez as formas e cores 
distantes; ao nos aproximarmos do limite de visibilidade, essa es-
pécie de tela as absorve completamente. A perspectiva atmosférica 
é mais fundamental para a nossa percepção do espaço profundo 
do que a perspectiva linear, que registra a diminuição do tamanho 
à medida que a distância entre eles e o observador aumenta (JAN-
SON; JANSON, 1996, p. 173).
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco234
Figura 32 Crucificação -1420-1425.
A obra O casal Arnolfini (Figura 33 e 34) vem confirmar a 
tendência de retratar o convívio familiar, assim como a destreza 
do artista em retratar detalhes que podemos ver nas vestes, na 
arquitetura, nos móveis, na decoração e até no cachorro. Van Eyck 
faz uso da simbologia para que a obra pareça real. O fato de ter 
escolhido o quarto do casal como cenário já seria suficiente para 
demonstrar a intimidade dos personagens, no entanto, Van Eyck 
não para por aí, a decoração e o vestuário refletem a posição social 
dos Arnolfini.
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© U4 - Renascimento
Figura 33 O casal Arnolfini – 1434. 
De acordo com Cumming (2003, p. 15):
No século XV, o casamento era o único sacramento cristão que não 
requeria a presença de um padre; podia ser realizado em particu-
lar, na presença de duas testemunhas. Em vista do reflexo de duas 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco236
pessoas no espelho, já se sugeriu que esta tela é, na verdade, um 
documento legal certificando o casamento de Arnolfini.
Figura 34 O casal Arnolfini - detalhe. 
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© U4 - Renascimento
Cumming (2003, p. 15) esclarece que:
A assinatura, traçada numa elaborada caligrafia gótica, diz 
"Johannes de Eyck fuit hic 1434" (em latim, Jan van Eyck esteve 
aqui em 1434). O artista também incluiu seu reflexo no espelho 
logo abaixo, indicando sua presença naquele momento. Alguns 
estudiosos crêem que ele foi testemunha do casamento. 
10. RENASCIMENTO HOLANDÊS
Os pintores do Renascimento Holandês, embora usassem a 
perspectiva, a composição piramidal e simétrica do Renascimento 
Italiano, representaram o real de uma forma totalmente nova e 
surpreendente. 
Bosch
Esse foi o ídolo dos Surrealistas, apresentando suas obras 
como um grande sonho. Suas obras com figuras grotescas enfati-
zam as consequências da humanidade pecadora. 
Uma de suas obras, O jardim das delícias terrenas (Figura 35 
e 36) nada mais é do que um sermão pictórico para alertar os ho-
mens do que poderá acontecer aos que se entregarem aos desejos 
da carne, representando a realidade dos horrores do pecado e os 
medos dos homens.
Figura 35 O jardim das delícias terrenas - 1500. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco238
Figura 36 O jardim das delícias terrenas - detalhe. 
Bruegel
Assim como Bosch, Bruegel pintou cenas sobre a natureza 
humana, o cotidiano dos camponeses e suas falhas morais, como 
na obra Provérbios Flamencos (Figura 37). Quando olhamos para a 
obra, temos a impressão de ser um dia comum em uma aldeia, em 
que seus moradores desenvolvem suas ações cotidianas, e com 
certeza era isso mesmo que o artista queria. Contudo, ao sermos 
mais atentos, vemos que essas ações representam alguns provér-
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bios bem conhecidos, como dar flores aos porcos, jogar dinheiro 
por água abaixo, armado até os dentes, nadar contra a correnteza, 
e tantos outros. 
Desse modo, Bosch mostra que os homens estão sendo le-
vianos em seu dia a dia.
Figura 37 Provérbios Flamencos - 1559. 
Na Figura 38, Bruegel representa a superficialidade de uma 
festa na aldeia.
A noiva é tão patética, uma pobre moça feia em seu breve momen-
to de triunfo. E, embora os convidados estejam devorando a co-
mida, vemos que ela não passa de modestas tigelas de mingau ou 
creme, servidas numa prancha tosca, no barracão realista, ainda 
que ornamentado. Esses são os pobres e suas tristes celebrações. 
A criança lambe com prolongada satisfação a tigela vazia, e um dos 
gaiteiros, que precisa tocar até receber a comida, fita o mingau com 
ânsia dos realmente famintos (BECKETT, 1997, p. 168). 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco240
Figura 38 O festin nupcial - 1567-1568. 
11. RENASCIMENTO ESPANHOL
El Greco
El Greco carregava suas obras de intensa emoção religiosa. 
Distorcia e alongava as figuras, compondo sua obra num movi-
mento espiralado com cores intensas e puras, assim como o uso 
da luz sobrenatural.
Repare como o artista representa a parte celestial e a terre-
na. Na primeira (Figura 39), há um movimento intenso e vibrante, 
o que não acontece na segunda (Figura 40), que está estática e 
sóbria. 
Além dos temas religiosos, podemos ver nesta obra o quan-
to ele era excelente retratista. Observe, na Figura 39 os cidadãos 
ilustres que participam do enterro, dentre eles o filho do artista, a 
criança que está à frente: 
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Figura 39 O enterro do Conde de Orgaz - 1586. 
Na obra Laocoonte (Figura 40), o artista distorce as figuras 
alongando-as, reforçando, assim, todo o sofrimento na cena. "Pa-
rece que estamos observando o mal e a tentação quando agem nos 
corpos desprotegidos da humanidade" (BECKETT, 1997, p. 147): 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco242
Figura 40 Laocoonte – 1610. 
Laocoonte, um sacerdote de Apolo, foi o único que pressentiu o 
perigo que o cavalo de Tróia representava para a cidade e que pro-
testou contra a idéia de o levar para dentro das muralhas. Segundo 
a lenda, Poseidon, um deus que favorecia os gregos, enviou então 
duas serpentes para calar a voz da oposição. O cavalo acabou por 
ser levado para Tróia, com as consequências trágicas que se conhe-
ce (WIKIPÉDIA, 2007e). 
12. REVISÃO DOS CONTEÚDOS E TEMAS IMPORTANTES
Vamos relembrar as principais características do Renasci-
mento, estudadas nesta unidade:
1) Realismo.
2) Humanismo.
3) Anatomia.
4) Perspectiva linear e atmosférica. 
5) Chiaroscuro e o Sfumato. 
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© U4 - Renascimento
6) Composição piramidal.
7) Uso da tela e tinta a óleo.
8) Simetria.
Os temas abordados foram:
1) Homem.
2) Mitologia.
3) Religião.
4) Ambiente familiar.
Nesse momento, tendo como referência a busca dos Re-
nascentistas pela Antiguidade Clássica, a relação de Michelangelo 
com o bloco de mármore e a anatomia, vamos analisar a obra de 
um artista brasileiro que também faz uma retomada ao clássico 
quanto à materialidade da obra, Nelson Felix.
Esta obra (Figura 41), foi esculpida em um bloco único de 
mármore. 
 
Figura 41 Cubo - 2005.© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco244
Artista e escultura
De acordo com Nahima Maciel (2012), da equipe do Correio 
brasiliense: 
Discutir a escultura sempre esteve no caminho de Nelson, porém 
no sentido inverso. Fez isso, por exemplo, quando escolheu o tra-
dicional mármore de Carrara – o mesmo usado pelos escultores da 
Grécia Antiga – para representar os espaços vazios do corpo. 
A pedra bruta tomou a forma dos "buracos desconhecidos" do sis-
tema nervoso e deu vida a uma série inspirada no tema. 
Essa é uma das principais questões da obra dele, a rediscussão do 
fato escultórico. Ele tem um grande amor pela escultura, mas é 
como se minasse as bases da própria escultura, por exemplo levan-
tando a questão do peso e discutindo isso ao trabalhar os vazios 
O site MAM (2011) acrescenta que: 
O vazio evocado em seus trabalhos não guarda relação com a au-
sência, mas com uma realidade em ato de liberação do turbilhão 
de pensamentos, imagens, desejos ou emoções, escapando à roda 
das existências efêmeras, para a criação de uma relação aberta de 
reciprocidade entre o sujeito e o mundo objetivo, ligando o visível 
e o invisível, e oferecendo a possibilidade de uma abordagem to-
talizante do universo. Trilogias convida a sentir o mundo em sua 
dimensão espiritual. Espaço cósmico sem centro ou horizonte. 
Observe a Figura 42: 
Figura 42 Vazio 1.
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Artista e anatomia
De acordo com Ferreira (2011):
A anatomia humana tem sido a matriz de muitos de seus trabalhos: 
a "fôrma" da forma. 
Formas que tomam emprestadas conformações de órgãos, de 
partes do corpo e mesmo do que, neste, se dá apenas enquanto 
vazio e circulação de energia. Pé, coração, medula, glândulas 
moldados em ferro não deixam de lembrar a idéia de fragmento, 
gênero romântico por excelência, de projeção imediata da 
totalidade. 
13. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
Confira, a seguir, as questões propostas para verificar o seu 
desempenho no estudo desta unidade:
1) O Renascimento foi um período de florescimento e grandes descobertas 
para arte. Atrelado a isso, temos um pensamento filosófico que proporcio-
nou todo esse desenvolvimento. Qual foi esse pensamento filosófico?
2) As corporações de ofício desempenham papel fundamental na divulgação e 
popularização da arte no Renascimento. Analise qual a importância dessas 
corporações dentro do contexto da História da Arte.
3) Algumas descobertas técnicas foram fundamentais para o Renascimento 
destacar-se de outros períodos artísticos, revejam quais foram essas des-
cobertas técnicas e quais artistas são responsáveis pelos seus usos e divul-
gações.
4) Analisado esse período e instrumentalizado, faça uma análise comparativa 
entre as técnicas e os temas do Renascimento Italiano, Flamengo e Espa-
nhol.
14. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final desta unidade, na qual estudamos o Re-
nascimento, um período de grandes mudanças, de retomadas das 
lições da antiguidade e dos artistas que não apenas se esforçaram 
para superá-la, como também conseguiram ampliar seus conheci-
mentos e passaram a conhecer melhor a si mesmos.
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco246
Com tais conhecimentos, estamos aptos a estudar, na Unida-
de 5, as características da Arte Barroca. Até a próxima!
15. E REFERÊNCIAS
Lista de figuras
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preview/b/brunelle/dome.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 2 Tempietto – 1444-1514. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/b/
bramante/ztempiet.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 3 Tempietto – estudos. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/b/bramante/
study.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 5 Maria Madalena – 1453. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/d/
donatell/3_late/3magda_1.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 6 Maria Madalena – detalhe. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/d/
donatell/3_late/3magda_2.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 7 David – 1430-1432. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/d/donatell/1_
early/david/2david.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 8 David – detalhe. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/d/donatell/1_
early/david/2david_3.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 9 Putto com golfinho-1470. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/v/
verocchi/sculptur/pdolphin.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 10 Monumento a Colleoni - 1479. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/v/
verocchi/sculptur/colleoni.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 11 Pietà - 1498-1499. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/m/
michelan/1sculptu/pieta/1pieta1.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 12 Pietà - detalhe. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/m/
michelan/1sculptu/pieta/1pieta3.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 13 David – 1501-1504. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/m/
michelan/1sculptu/david/david.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 14 David – detalhe. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/m/
michelan/1sculptu/david/hand.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 15 A virgem e o menino – 1426. Disponível em: <http://www.almacarioca.net/wp-
content/uploads/2012/03/mas3_thumb.jpg>. Acesso em: 26 abr. 2012. 
Figura 16 A Trindade – 1425. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/m/masaccio/
trinity/perspect.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 17 A Trindade – tridimensionalidade. Disponível em: <http://www.wga.hu/art/m/
masaccio/trinity/trinity.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
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© U4 - Renascimento
Figura 18 O Nascimento da Vênus - 1482. Disponível em: <http://www.wga.hu/
preview/b/botticel/5allegor/30birth.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 19 A Primavera - 1482. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/b/
botticel/5allegor/10primav.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 20 A aparição da Virgem a São Bernardo - 1490. Disponível em: <http://www.wga.
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Figura 21 São Sebastião na coluna 1500-1510. Disponível em: <http://masp.uol.com.br/
colecao/imgObras/T_13.jpg>. Acesso em: 26 jan. 2008. 
Figura 22 Mona Lisa ou La Gioconda - 1503-1506. Disponível em: <http://www.wga.hu/
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Figura 23 Retângulo áureo. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/
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Figura 24 Homem Vitruviano - 1492. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/l/
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Figura 25 A última ceia - 1495. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/l/
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Figura 26 Teto da Capela Sistina – 1508-12. Disponível em: <http://www.wga.hu/
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Figura 28 Escola de Atenas – 1509-1511. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/r/
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Figura 29 Os esponsais da Virgem – 1504. Disponível em: <http://www.wga.hu/
preview/r/raphael/1early/10spozal.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
Figura 30 Nossa Senhora com os Santos e Membros da Família Pesaro - 1519-1528. 
Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/t/tiziano/01a/2pesaro.jpg>. Acesso em: 8 
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Figura 31 Jovem Inglês - 1540. Disponível em: <http://www.wga.hu/preview/t/
tiziano/10/21/17englis.jpg>. Acesso em: 8 jul. 2011.
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DEL PRADO. História geral da arte – pintura II. Madrid: Del Prado, 1996.
GOITIA, F. et al. História geral da arte: Arquitetura IV. Madrid: Ediciones Del Prado, 1995.
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STRICKLAND, C. Arte comentada: da Pré-história ao pós-moderno. Tradução de Ângela 
Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999. 
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