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Aluno: uknown 
Avaliação: A2- 
Matrícula: 
Data: 18 de Junho de 2021 - 08:00 Finalizado 
Local: Sala 1 - CF - Prova On-line / Andar / Polo Cabo Frio / POLO UVA CABO FRIO 
Acadêmico: EAD- 
 
Correto Incorreto Anulada Discursiva Objetiva Total: 10,00/10,00 
 
 
1 Código: 38203 - Enunciado: “Amo os artistas-etc. Talvez porque me considere um deles. Artistas- 
etc. não se moldam facilmente em categorias e tampouco são facilmente embalados para seguir 
viagens pelo mundo, devido, na maioria das vezes, a comprometimentos diversos que revelam 
não apenas uma agenda cheia, mas sobretudo fortes ligações com os circuitos locais em que 
estão inseridos. Vejo o ‘artista-etc.’ como um desenvolvimento e extensão do ‘artista-multimídia’ 
que emergiu em meados dos anos 1970, combinando o ‘artista-intermídia’ fluxus com o ‘artista- 
conceitual’ — hoje, a maioria dos artistas (digo, aqueles interessantes…) poderia ser considerada 
como ‘artistas-multimídia’, embora, por ‘razões de discurso’, estes sejam referidos somente como 
‘artistas’ pela mídia e literatura especializada.” (Fonte: BASBAUM, R. R. Você gostaria de participar 
de uma experiência artística? 2008. Tese (Doutorado em Poéticas Visuais) – Escola de 
Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em: 
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-11052009- 
150004/publico/5064856.pdf. Acesso em: 20 maio 2020.) 
Com relação à crítica literária artística, seguindo as premissas do artista multimídia, professor, 
curador e crítico Ricardo Basbaum, pode-se concluir que: 
a) A crítica de artista liga-se à produção multimidiática e à performatividade 
contemporânea. 
b) A crítica de artista tem laços com a psicologia do sujeito, não com a forma da obra 
literária. 
c) A crítica de artista, conforme as palavras de Basbaum, é fundamentalmente histórica. 
d) A crítica de artista é uma crítica biográfica, com as premissas lançadas desde o século XIX. 
e) A crítica de artista é objetivamente compreendida sob o viés da crítica temática e 
ideológica. 
 
Alternativa marcada: 
a) A crítica de artista liga-se à produção multimidiática e à performatividade contemporânea. 
Justificativa: Resposta correta: A crítica de artista liga-se à produção multimidiática e à 
performatividade contemporânea.As palavras de Basbaum evidenciam que a arte, na 
contemporaneidade, tem ligação com a produção multissemiótica, às novas tecnologias, com 
possibilidades de movimento e de reinvenção. 
Distratores: A crítica de artista é objetivamente compreendida sob o viés da crítica temática e 
ideológica. Errada, pois a crítica de artista no mundo contemporâneo reforça sua habilidade para 
criação performativa, com destaque para a forma e a movência, não para o assunto, o tema ou 
uma ideologia.A crítica de artista, conforme as palavras de Basbaum, é fundamentalmente 
histórica. Errada, pois as palavras de Basbaum destacam a constante invenção do artista- 
multimídia, nada tendo a ver com uma relação explícita com a história ou com afinidades 
temáticas.A crítica de artista é uma crítica biográfica, com as premissas lançadas desde o século 
XIX. Errada, pois as premissas de Basbaum nada têm a ver os princípios estéticos e criativos do 
século XIX, ou seja, com a biografia em sentido literal e cronológico, ligada ao indivíduo físico.A 
crítica de artista tem laços com a psicologia do sujeito, não com a forma da obra literária. Errada, 
pois a crítica de artista lida com experiências estéticas múltiplas e performativas, que não 
necessariamente são expressão de um sujeito, com questões psicológicas explícitas. 
 
1,50/ 1,50 
 
2 
 
0,50/ 0,50 
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-11052009-
Código: 38117 - Enunciado: “Para Immanuel Kant, o principal teórico da estética ocidental 
moderna, a estética é o nome da tentativa de transpor a distância entre o mundo material e 
espiritual, entre um mundo de forças e magnitudes e um mundo de conceitos. Objetos estéticos, 
tais como as pinturas ou as obras literárias, com sua combinação de forma sensorial (cores, sons) 
e conteúdo espiritual de ideias, ilustram a possibilidade de juntar o material e o 
espiritual.”(Fonte: CULLER, J. Teoria Literária: uma introdução. Tradução de Sandra Vasconcelos. 
São Paulo: Beca Produções Culturais, 1999. p. 39-40.) As reflexões de Jonathan Culler, na esteira 
de Immanuel Kant, permitem compreender que: 
a) O objeto poético pode ter suas partes lidas independentemente do todo, pois cada parte 
reflete a totalidade. 
b) O efeito é secundário quando falamos do âmbito da estética, o que torna a literatura algo 
fugidio e indefinível. 
c) Uma boa história, narrada com qualidade gramatical e com objetividade, poderia ser 
considerada um objeto estético na modernidade. 
d) Os objetos literários não são objetos estéticos na modernidade, pois se considera apenas 
a estética ligada à poesia. 
e) O texto literário moderno apresenta uma organização única, em que cada parte contribui 
para o efeito do todo. 
 
Alternativa marcada: 
e) O texto literário moderno apresenta uma organização única, em que cada parte contribui para 
o efeito do todo. 
Justificativa: Resposta correta: O texto literário moderno apresenta uma organização única, em 
que cada parte contribui para o efeito do todo.Jonathan Culler explicitamente coloca que, na 
modernidade, com base em uma das grandes vozes do Ocidente, o filósofo Immanuel Kant, 
concebe-se o texto literário como algo orgânico, possuidor de uma totalidade. 
Distratores:Os objetos literários não são objetos estéticos na modernidade, pois se considera 
apenas a estética ligada à poesia. Errada, pois essa afirmação não está presente no excerto, que 
versa sobre a estética em sentido amplo, de modo a abranger diferentes gêneros e expressões 
artísticas.Uma boa história, narrada com qualidade gramatical e com objetividade, poderia ser 
considerada um objeto estético na modernidade. Errada, pois o excerto discorre sobre a 
necessidade de romper, transpor o mundo físico, material (o que pode incluir o elemento 
linguístico do ponto de vista meramente formal), em busca de uma totalidade.O objeto poético 
pode ter suas partes lidas independentemente do todo, pois cada parte reflete a totalidade. 
Errada, pois cada uma das partes seria uma parte da totalidade, sendo impossível separá-las sem 
que se desfalque a organicidade do texto, no caso da literatura ou outras artes.O efeito é 
secundário quando falamos do âmbito da estética, o que torna a literatura algo fugidio e 
indefinível. Errada, pois o excerto apresentado não coloca o efeito como secundário; pelo 
contrário, destaca a possibilidade de reconhecer a função estética (e seu efeito) em obras 
artísticas. 
 
 
3 Código: 22333 - Enunciado: Observe a imagem a seguir: A imagem é uma cena do filme Pina, do 
cineasta alemão Wim Wenders, e mostra uma mulher amarrada a uma corda. Em dança e em 
literatura, assim como em outras produções artísticas, podemos reagir de diferentes formas à 
exterioridade do mundo: 
a) Produções literárias, assim como outras produções artísticas, decorrem de condições 
objetivas e não subjetivas de sentir o mundo. 
b) Produções literárias, assim como outras produções artísticas, podem ressignificar dores 
e por isso podem ser lidas enquanto clínica de artista. 
c) Produções literárias, bem como outras produções artísticas, não decorrem de como seus 
escritores sentem o mundo. 
d) Produções literárias, assim como outras produções artísticas, produzem saúde somente 
se forem entendidas fora da vida. 
1,00/ 1,00 
e) Produções literárias, bem como outras produções artísticas, podem ser entendidas 
soba perspectiva de clínica se curarem doenças. 
 
Alternativa marcada: 
b) Produções literárias, assim como outras produções artísticas, podem ressignificar dores e por 
isso podem ser lidas enquanto clínica de artista. 
Justificativa: Resposta correta: Produçõesliterárias, assim como outras produções artísticas, 
podem ressignificar dores e por isso podem ser lidas enquanto clínica de artista. Correta, pois as 
produções literárias, assim como outras produções artísticas, podem produzir resistência 
saudável à exterioridade do mundo, podendo, por isso, serem lidas em uma perspectiva de 
clínica de artista. Distratores: Produções literálrias, bem como outras produções artísticas, não 
decorrem de como seus escritores sentem o mundo. Incorreta, pois as produções literárias, bem 
como outras produções artísticas, decorrem de como percebemos e sentimos o mundo. 
Produções literárias, assim como outras produções artísticas, decorrem de condições objetivas e 
não subjetivas de sentir o mundo. Incorreta, pois, em produções literárias, bem como em outras 
produções artísticas, a forma como nossa subjetividade capta a exterioridade do mundo interfere 
em nosso processo criativo. Produções literárias, bem como outras produções artísticas, podem 
ser entendidas sob a perspectiva de clínica se curarem doenças. Incorreta, pois não é a cura de 
doenças que define uma perspectiva clínica e sim a possibilidade de produção de saúde. 
Produções literárias, assim como outras produções artísticas, produzem saúde somente se forem 
entendidas fora da vida. Incorreta, pois produções literárias, assim como outras produções 
artísticas, são produzidas a partir de vivências e por isso não dissociarmos literatura de vida. 
 
 
4 Código: 38116 - Enunciado: “Nesse contexto, passou a ser de grande importância a reflexão 
sobre o testemunho, que é visto tanto como uma forma das pessoas que viveram de perto os 
traumas políticos e as catástrofes coletivas lidarem melhor com seu passado, quanto como uma 
forma de se buscar preservar a memória do que aconteceu e, assim, lutar para que eventos 
semelhantes não se repitam.O compartilhamento desse tipo de experiência tem grande 
complexidade, tendo em vista que ela está relacionada ao horror, à violência pura, a algo muito 
difícil de ser colocado em palavras. Os esforços feitos para expressar o traumático por meio da 
linguagem são, na maior parte das vezes, bastante dolorosos e, frequentemente, permanecem 
insuficientes para representar o que aconteceu.”(Fonte: BARBOSA, M. N. P.; OSMO, A.; 
KUPERMANN, D. Apresentação. Psicologia USP, v. 27, n. 1, São Paulo, jan.-abr. 2016. Disponível 
em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103- 
65642016000100006&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 5 maio 2020.) 
A citação descrita aponta uma concepção de literatura que comporta a seguinte 
problematização: 
a) Recomenda-se que haja independência entre terapia e escrita literária nos processos 
contemporâneos. 
b) Literatura e vida estão conectadas de tal modo que a expressão literária pode contribuir 
para a cura. 
c) A linguagem, quando discorre sobre traumas e depressões, não pode ser considerada do 
ponto de vista estético. 
d) Traumas, uma vez presentes na escrita, são suficientes para afirmar que um texto tenha 
efeito estético. 
e) A literatura tem uma função intransitiva, ou seja, não aponta para as questões 
extraliterárias. 
 
Alternativa marcada: 
b) Literatura e vida estão conectadas de tal modo que a expressão literária pode contribuir para a 
cura. 
0,50/ 0,50 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
Justificativa: Resposta correta: Literatura e vida estão conectadas de tal modo que a expressão 
literária pode contribuir para a cura. O excerto acima deixa evidente que traumas e sofrimentos 
podem ser sublimados pela escrita literária. Distratores:A literatura tem uma função intransitiva, 
ou seja, não aponta para as questões extraliterárias. Errada, pois a afirmação é conflitante com o 
excerto, pois este apresenta a literatura como capaz de trabalhar com questões extraliterárias.A 
linguagem, quando discorre sobre traumas e depressões, não pode ser considerada do ponto de 
vista estético. Errada, pois a linguagem pode trabalhar com traumas, depressões e sentimentos 
diversos, sem deixar de apresentar a literariedade.Recomenda-se que haja independência entre 
terapia e escrita literária nos processos contemporâneos. Errada, pois a terapia e a escrita 
literária, segundo o excerto, podem estar juntas, sem prejuízo da função estética do texto ou da 
linguagem.Traumas, uma vez presentes na escrita, são suficientes para afirmar que um texto 
tenha efeito estético. Errada, pois traumas, sem que recebam um tratamento estético, não 
podem ser considerados artísticos ou literários. 
 
5 
 
Código: 38201 - Enunciado: “Derrida vai, aos poucos, descobrindo com o texto, aquilo que Austin 
talvez não tivesse tido tempo de pensar a sério: que todo enunciado é performativo. Não há 
clivagem entre constativos e performativos — aqueles que não produzem efeitos pragmáticos na 
vida, só a representando e aqueles que impactam a vida, produzindo-a, muito respectivamente. 
A linguagem, sempre performativa, escaparia ao círculo fechado da representação por sua força 
de iteratividade. Vinda da palavra sânscrita iter (caminho/outro), a dupla inscrição de sua ação na 
vida canalizaria o modo de ação da linguagem — repetitivo, vinculado ao citacional e, ao mesmo 
tempo, iterável, produtora de um iter que, ao mesmo tempo que cuida da contenção de uma 
energia, protegendo-a de perdas, não poderia circundar toda sua intensidade, promovendo a 
alterização disseminadora de sua quantidade.” (Fonte: CARRASCOSA, D. F. Crítica performativa: 
nem se incomode... é só brincadeira de Ères. Vertentes & Interfaces I: Estudos Literários e 
Comparados, Vitória da Conquista, v. 10, n. 2, jul./dez. 2018. Disponível em: 
http://periodicos2.uesb.br/index.php/folio/article/view/4744/3775. Acesso em: 20 maio 2020.) 
Com base no exposto, pode-se elaborar a seguinte síntese em torno do conceito de “crítica 
performativa”: 
a) A crítica performativa não elabora com repetições, pois sempre aponta para o novo. 
b) A crítica performativa é conservadora porque sempre está presa ao passado. 
c) A crítica performativa é movimento, crise e vibração em busca de novos sentidos. 
d) A crítica performativa é coletiva e comunitária, uma síntese de gerações, sem assinatura. 
e) A crítica performativa é essencialmente disseminação e experimentação sem fundo ético. 
 
Alternativa marcada: 
c) A crítica performativa é movimento, crise e vibração em busca de novos sentidos. 
Justificativa: Resposta correta: A crítica performativa é movimento, crise e vibração em busca de 
novos sentidos.A crítica performativa é teatralizada, sempre em movimento, produzindo novos 
sentidos. 
Distratores:A crítica performativa não elabora com repetições, pois sempre aponta para o novo. 
Errada, pois a crítica performativa, muitas vezes, recria a partir de algo dado, provocando novos 
pensamentos e sensações.A crítica performativa é conservadora porque sempre está presa ao 
passado. Errada, pois a crítica performativa é sempre inovadora e voltada para o futuro, 
reverberando novos sentidos.A crítica performativa é essencialmente disseminação e 
experimentação sem fundo ético. Errada, pois a crítica performativa não é desprovida de ética, 
pois contém valores e provoca pensamentos e ações.A crítica performativa é coletiva e 
comunitária, uma síntese de gerações, sem assinatura. Errada, pois, embora possa ser coletiva, 
em geral, ela é, no essencial, subjetiva, ensaística, criação autoral assinada. 
 
1,50/ 1,50 
 
6 
 
1,00/ 1,00 
 
http://periodicos2.uesb.br/index.php/folio/article/view/4744/3775
Código: 22339 - Enunciado: Leia a seguir o poema-canção de Karina Buhr: Enfrentar leões 
Enfrentar 
Passar por cima de uma coisa 
Que está no lugar Mordida 
E a pele fica ferida 
Prossiga no rastro, no pasto e siga a vida 
No fim a tristeza é amiga da onça 
Que ensina a enfrentar leões A partir da leitura do poema e da relação que se pode estabelecer 
entre ele e a escritura como clínica de artista, é possível dizerque: 
a) O poema-canção de Karina Buhr, assim como o filme Elena, de Petra Costa, funcionam 
como escrituras para se ter saúde — a cura do artista está na arte. 
b) A poesia é o gênero literário menos indicado para pensar a escrita e a literatura como 
saúde. 
c) A poesia pode ser considerada uma escritura cuja finalidade é entreter o leitor; por isso, 
Karina Buhr escreve: “a tristeza é amiga da onça / Que ensina a enfrentar leões”. 
d) O poema-canção de Karina Buhr é uma maneira melancólica de pensar a vida, conforme 
mostra o verso “e a pele fica ferida”. 
e) O poema-canção de Karina Buhr e as produções artísticas contemporâneas são confusas 
e por isso podem nos levar a afastarmo-nos de uma saúde mental e emocional. 
 
Alternativa marcada: 
a) O poema-canção de Karina Buhr, assim como o filme Elena, de Petra Costa, funcionam como 
escrituras para se ter saúde — a cura do artista está na arte. 
Justificativa: Resposta correta: O poema-canção de Karina Buhr, assim como o filme Elena, de 
Petra Costa, funcionam como escrituras para se ter saúde — a cura do artista está na arte. 
Correta, pois o poema-canção de Karina Buhr e o filme Elena são reverberações daquilo que 
conhecemos como escritura e escrita de si — procedimentos para curarmo-nos da melancolia e 
da tristeza que recaem sobre nossos ombros. Distratores: A poesia pode ser considerada uma 
escritura cuja finalidade é entreter o leitor, por isso Karina Buhr escreve: “a tristeza é amiga da 
onça / Que ensina a enfrentar leões”. Incorreto, pois os versos “a tristeza é amiga da onça / Que 
ensina a enfrentar leões” do poema-canção de Karina Buhr, não pretendem apenas entreter mas 
cantar a tristeza como possibilidade de força e alegria. A poesia é o gênero literário menos 
indicado para pensar a escrita e a literatura como saúde. Incorreto, pois o texto artístico, literário 
ou não, se pensado como escritura é um modo de ter saúde. O poema-canção de Karina Buhr é 
uma maneira melancólica de pensar a vida, conforme mostra o verso “e a pele fica 
ferida”. Incorreto, pois o poema-canção de Karina Buhr é uma ode à resistência — viver é resistir. 
O poema-canção de Karina Buhr e as produções artísticas contemporâneas são confusas e por 
isso podem nos velar a afastarmo-nos de uma saúde mental e emocional. Incorreto, pois o 
poema-canção de Karina Buhr e as produções artísticas contemporâneas nem sempre atendem a 
uma ordem linear ou pragmática. As produções artísticas contemporâneas não atendem a uma 
causalidade recorrente das produções artísticas que querem apenas entreter e reproduzir 
discursos homogeneizadores. A confusão que se percebe em algumas produções 
contemporâneas é uma maneira de alterar a ordem de uma lógica de sentido imposta. 
7 Código: 22334 - Enunciado: A seguir, leia os trechos de uma carta do escritor Graciliano Ramos 2,00/ 2,00 
ao autor argentino Benjamín de Garay: [...] Se a minha “Baleia” for bem recebida aí, mandar-lhe- 
ei, caso você ache conveniente, umas histórias semelhantes, lá para o fim do ano, que é quando 
espero concluir o trabalho. Poderemos publicá-las em espanhol; primeiro em jornal, depois em 
livro. Antes disso, vamos ver como tratam a cachorra doente. [...] Outra coisa: o Angústia saiu com 
grande quantidade de pastéis. Provavelmente você vai encontrar dificuldades na tradução. Há 
também expressões nordestinas de São Bernardo, que aqui no Sul ninguém entende. Se você 
tiver alguma dúvida, escreva-me. 
Adeus, caro Garay. Um abraço do G. Ramos MAIA, Pedro Moacir. Cartas inéditas de Graciliano 
 
Ramos a seus tradutores argentinos Benjamín de Garay e Raúl Navarro. In: ROCHA PERES, 
Fernando (Org.). Cartas inéditas de Graciliano Ramos a seus tradutores argentinos Benjamín de 
Garay e Raúl Navarro. Salvador: Edufba, 2008. Nos trechos da carta, Graciliano Ramos, escritor 
de Angústia e de São Bernardo, mostra preocupação com possíveis dificuldades sobre a tradução 
de expressões nordestinas que Benjamín Garay terá de fazer. Entendendo a tradução como 
transcriação, o tradutor argentino poderá adaptar essas expressões à cultura de seu país? 
Justifique sua resposta. 
Resposta: 
sim, pois cabe ao receptor das cartas, entender em primeiro nível mesmo com dificuldade e 
auxilio do escritor e assim sentir em sua língua, palavras expressões e sentimentos que o 
espanhol consiga trazer ou até dar um sentido mais abrangente em palavras que o mesmo não 
entenda. Como foi dito na unidade literatura: ficção, tradução e clínica que quase tudo se traduz, 
e nesse "quase" que percebemos a enorme diferença, ou seja, não se traduz palavra por palavra, 
e sim o sentido total, que leve ao entendimento do que o texto original quer transmitir mesmo 
que com termos diferentes. 
Justificativa: Expectativa de resposta: Sim, é possível que o tradutor argentino Benjamín Garay, 
em seu processo de tradução, faça ajustes e adaptações não somente em relação a expressões 
nordestinas, mas também a outros elementos do texto que considere importante sofreram 
ajustes na medida em que a tradução é recriação e não reprodução do texto de partida. E 
Gracialiano Ramos entende, de acordo com a carta, que a cultura local interfere na recepção de 
um texto, tanto assim que aguarda notícias de como o público argentino receberá sua história de 
Baleia antes de enviar outras semelhantes. 
 
 
8 Código: 38123 - Enunciado: “A força do termo ‘transcriação’ vem do grau de liberdade e abertura 
que implica, que é também sua fragilidade pelo excesso de generalidade. Assim, Haroldo utiliza 
termos como: ‘transiluminação’ ou ‘transparadização’ para traduzir Dante, ‘transluciferação’ para 
obliterar Goethe, ‘transhelenização’ ao reescrever a Bíblia ou ‘reimaginação’ quando se debruça 
sobre a poesia clássica chinesa. Em cada projeto, o grau de naturalização e de estrangeirização, 
de apagamento ou de aparição do outro varia.”(Fonte: FALEIROS, A. Antropofagia modernista e 
perspectivismo ameríndio: considerações sobre a transcriação poética desde Haroldo de 
Campos. Ipotesi, Juiz de Fora, v. 7, n. 1, p. 114, jan.-jun. 2013. Disponível em: 
http://www.ufjf.br/revistaipotesi/files/2011/05/Ipotesi_17.1-CAP10.pdf. Acesso em: 5 maio 2020). 
Com base no exposto redija um texto dissertativo-argumentativo, abordando os aspectos a 
seguir:Pensamento teórico de Haroldo de Campos.Relações entre criação literária, tradução e 
transcriação. 
Resposta: 
A tradução é uma operação de natureza dinâmica nunca estática, ou seja, um movimentos 
interno responsável pela evolução de algo. sendo assim a transcrição com base no que o teórico 
Haroldo Campos expõe é que a tradução como transcrição vai além de traduzir uma palavra para 
outra língua, mas sim trans cria, recria o texto, dando forma e conteúdo, estilo e sentido sem 
tirar, mas sim por mais significado onde o autor e o tradutor se tornam donos do texto, onde o 
tradutor se inventa para reler e dar compreensão ao que é traduzido. Basta entender que ao 
escrever algo ele automaticamente já é traduzido, com esse pensamento traduzimos todos os 
dias as informações passadas em conversas com pessoas do mesmo idioma., assim é notável que 
muda=se não só o significado como os signos, compreendendo isso é perceptível que a literatura 
e sua criação é uma forma de traduzir, onde o autor cria em sua mente e traduz em sua escrita e o 
leitor recreia, dá novo significado e passa o que leu como um novo olhar passando adiante. 
sendo assim, a literatura e a transcrição e tradução mesmo que soe como diferentes campos tem 
coisas em comum e se entrelaçao dentro de um texto e seu entendimento. 
Justificativa: Expectativa de resposta:O excerto, de autoria do estudioso de tradução Álvaro 
Faleiros, apresenta elementos que contribuem para argumentar a favor do potencial significativo 
implicado pelo processo de “transcriação”, em senda teórico-prática desenvolvida por Haroldo 
2,00/ 2,00 
http://www.ufjf.br/revistaipotesi/files/2011/05/Ipotesi_17.1-CAP10.pdfde Campos. A tradução literária, em especial a tradução de poesia, pode se aproximar ou se 
distanciar do texto de partida. As escolhas do tradutor, portanto, são criativas, e não meramente 
reprodutoras ou coladas ao original. Nesse sentido, há um aspecto de criação literária (ou 
recriação a partir do texto de partida) que lhe é inerente. Essa perspectiva sobre tradução, 
desenvolvida por Haroldo de Campos em diálogo com outros intelectuais, coloca seu nome entre 
grandes teóricos do Brasil e do mundo. 
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