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CONCEPÇÃO DE HOMEM NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA

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1 
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----------------------------------------------- 
filosofia 
ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA 
 
CONCEPÇÃO DE HOMEM NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
São temas desta rota de aprendizagem: 
● A concepção clássica de homem (socrática, platônica, aristotélica, helenística e cristã); 
● O homem no humanismo, racionalismo; 
● O antropocentrismo; 
● A ilustração; 
● Kant e a concepção de homem; 
● O idealismo alemão (Heidegger e Dasein); 
● Antropologia materialista; 
● Antropologia contemporânea e seus principais expoentes; 
● Antropologia e educação ambiental. 
 
 
 
 
 
2 
conversa inicial 
Para iniciarmos nosso estudo da Antropologia Filosófica, partiremos da principal questão 
existencial: o que é o ser humano? Antes de mergulharmos na história para compreender como 
essa pergunta tem sido respondida, pensaremos inicialmente sobre a natureza do homem. O 
homem é um ser especial? Ele é provido de alguma essência que o difere dos outros seres da 
natureza? No que o homem é diferente? Outras questões que irão perpassar o estudo da 
Antropologia Filosófica estão no campo do sentido da existência. Há um sentido para a existência 
humana? Por que nós existimos? Estas questões parecem não apresentar uma resposta tão 
clara e sempre nos levam a perguntas anteriores. Diante de toda essa problemática, veremos, 
nesta aula, como lidar com estas questões, diferenciando o homem dos demais seres, para que, 
em seguida, possamos compreender especificamente o ser humano na perspectiva de Platão. 
Questões existenciais 
❖ O que é o ser humano? 
❖ O que temos de especial? 
❖ Qual o sentido da nossa existência? 
❖ Homem x animais 
❖ Linguagem e cultura 
❖ Filosofia antiga 
➢ Platão 
■ Dualismo 
■ Dialética 
 
>>INSTINTO vs INTELIGÊNCIA 
Para iniciarmos, recorremos ao ano de 1920, quando, na Índia, foram encontradas duas meninas 
que teriam sido criadas entre lobos. Sem apresentar quaisquer características humanas, além 
do corpo, somente passaram a ser humanizadas quando foram inseridas no convívio humano. 
Esta pequena história nos remete à questão da dualidade instinto versus inteligência. É possível 
encontrar semelhanças entre os animais e os humanos, especialmente entre aqueles de um nível 
mais alto na escala zoológica de desenvolvimento. Mas o que, essencialmente, nos difere? 
Ambos somos regidos pelo instinto? Será que os animais pensam? Em certa medida, temos 
aspectos instintivos que nos aproximam de alguns animais, mas, por outro lado, desenvolvemos 
a inteligência, que nos torna capazes de flexibilizar determinadas situações cotidianas que, pelo 
instinto, são vistas de forma rígida e cristalizada. 
Instinto 
❖ Ação por reflexo 
❖ Rigidez – perfeição 
❖ Comum aos demais indivíduos da espécie 
❖ Invariável 
 
 
 
 
3 
 
Inteligência 
❖ Dá resposta ao problema ou situação 
❖ Improvisa, é criativa 
❖ É flexível 
 
>>LINGUAGEM E CULTURA 
Podemos dizer que grande parte dos animais tem algum tipo de linguagem, sejam danças, 
olhares, sons etc. Percebe-se também que alguns animais expressam emoções por meio de 
alguma linguagem reconhecida pelo homem, porém, toda linguagem expressa pelos animais é 
rudimentar, não tem o alto nível de elaboração simbólica que é próprio da linguagem humana. O 
ser humano tem alta capacidade de abstração, que lhe permite reordenar a realidade a depender 
do contexto, dando a cada elemento simbólico um novo sentido. Essa linguagem simbólica e 
abstrata permite ao homem agir sobre o mundo, transformando-o. Mudar a natureza em que o 
homem está imerso lhe dá a capacidade de promover a cultura. Como a capacidade humana de 
criar símbolos é infinita, são infinitas, também, as possibilidades de culturas diferentes. 
Encontramos aqui outro grande paradoxo: o ser humano é um ser social, ou seja, construído 
pela cultura, ou individual? 
Cultura como construção humana 
❖ O mundo em que vivemos é modificado e ampliado pelo homem 
❖ Mudança do mundo natural para o mundo cultural. 
❖ Linguagem. 
➢ Pode ser programada – animais. 
❖ Linguagem humana. 
➢ Capacidade simbólica infinita 
❖ Cultura e tradição 
➢ Tudo parece estar codificado 
➢ Paradoxo existencial – pessoas individuais ou seres sociais? 
 
>>ELEMENTOS DA LINGUAGEM 
A linguagem humana é capaz de interpretar e construir signos com alto nível de abstração. 
Segundo o filósofo Peirce, o signo é uma “coisa” que está no lugar de outra. No entanto, por um 
processo de abstração (o que ele chama de semiótica), é possível interpretá-lo. Como somente 
o ser humano é capaz de interpretar e criar signos de forma arbitrária, dizemos que o mundo 
humano é simbólico, os animais, mesmo os mais evoluídos, apresentam capacidade de 
 
 
 
 
4 
interpretar símbolos de identidade, ou seja, que conectem de forma direta um signo a um 
elemento concreto. Como o cheiro se conecta diretamente ao dono, não há abstração. Fica claro 
que o ser humano se difere dos demais animais pela sua capacidade criativa. Como vimos 
anteriormente, a linguagem se manifesta de forma distinta nas diferentes culturas, pois a forma 
de pensamento define a linguagem mais apropriada. Logo, diferentes culturas têm diferentes 
pensamentos e linguagens distintas. 
Linguagem – potencial humano 
❖ A inteligência humana depende da linguagem 
❖ Processo semiótico 
❖ Construção de significados 
❖ Linguagem verbal 
❖ Linguagem artística 
➢ Além do mundo vivido, do presente 
 
>>A BUSCA DO SER E A PERSPECTIVA PLATÔNICA 
O ser humano, imerso na cultura e caracterizado pela sua linguagem, tem, como premissa maior, 
o desejo de encontrar uma definição para o próprio ser. Em busca de “ser humano”, o homem 
vai encontrando definições para a própria existência, com base naquilo que lhe possibilite um 
maior grau de felicidade. Este conceito é, na mesma medida, de difícil conceituação, mas o que 
podemos definir é que a felicidade não se resume à simples satisfação; está ligada a um estado 
mais elevado do homem. Nesta perspectiva, queremos compreender a concepção de ser na 
ótica de Platão. Segundo este filósofo do século IV a.C., não há satisfação na vida terrena que 
deve ser perseguida; as coisas materiais (terrenas) são efêmeras. O homem, segundo Platão, 
deve afastar sua alma do contato com o corpo. Este é o aspecto mais importante da filosofia de 
Platão, a chamada Teoria das Ideias, na qual o filósofo explica o desenvolvimento do homem. 
A busca da felicidade 
❖ Devir – Felicidade 
❖ Autonomia – experiência de ser 
 
O homem para Platão 
❖ Coisas materiais - efêmeras 
❖ Dualismo 
➢ Corpo 
➢ Alma 
 
 
 
 
 
 
5 
>>O DUALISMO PLATÔNICO E A DIALÉTICA 
A perspectiva platônica apresenta um verdadeiro dualismo, ou seja, duas realidades que 
“dividem” a realidade. Segundo Platão, o processo de desenvolvimento do homem se dá na 
passagem do “mundo das sombras (aparências)” para o “mundo das ideias (essências)”. O 
homem deve se livrar da sua mera opinião (doxa), para alcançar o conhecimento autêntico 
(episteme). Somente assim o homem se torna imortal, pois a alma (mundo das ideias) é 
verdadeira e, portanto, eterna. Mas, para realizar essa passagem (o método platônico é fruto 
do seu mestre Sócrates), deve-se recorrer à dialética, a qual consiste no ato de questionar. Assim, 
vemos que na concepção de Sócrates o homem é apresentado como o perpétuo questionador, 
que, utilizando sua capacidade racional, pode encontrar respostas igualmente racionais. Assim 
o fazendo, o homem alcança o domínio do ser absoluto, eterno e imutável. 
Teoria das ideias 
❖ Mundo sensível (aparência) x mundo inteligível (essência) 
❖ Doxa x Episteme 
 
Alma racional 
❖ A alma é imortal 
❖ O mundo sensível corrompe o homem 
❖ Homem inteligível 
 
Dialética 
❖ Questionamento acerca de si 
❖ Perpétuo questionador 
 
 
na prática 
Vimos que, de alguma maneira, o ser humano se diferencia dos outros animais, seja pela 
linguagem, pela capacidade racional ou pela agregação cultural, enfim,aspectos que nos 
colocam em outra perspectiva. Por outro lado, vimos que os outros animais, ao terem ações 
instintivas, apresentam reações que parecem ser “inteligentes”. Poderíamos diferenciar essas 
ações? E, ao diferenciarmos, como podemos compreender a inteligência própria do ser 
humano? Já no que diz respeito ao pensamento platônico, vimos que o reconhecimento da 
realidade dualista é fundamental para que o homem, que busca o ser verdadeiro, possa “migrar” 
do mundo sensível para o mundo inteligível. Esse processo somente é possível pelo método 
platônico, herdado da filosofia socrática, chamada dialética. Este processo deixa evidente a 
 
 
 
 
6 
concepção do homem socrático: o eterno questionador. Que tal pensarmos sobre essas questões 
na elaboração de nossa atividade? 
❖ Ação instintiva x ação inteligente 
❖ Perspectiva platônica: mundo sensível x mundo inteligível 
 
 
resumindo 
 
❖ Antropologia filosófica 
➢ Ser humano 
■ Simbólico e cultural 
➢ Antiguidade 
■ Platão 
● Teoria das ideias 
● Dialética 
 
 
referências: 
CASSIRER, E. Antropologia filosófica: ensaio sobre o homem. São Paulo: Mestre Jou, 1977. 
VAZ, H. C. de L. Antropologia filosófica I. São Paulo: Loyola, 1991.

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