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Hesteatose hepática - Dietoterapia

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Revista Brasileira de
Brazilian Journal of Functional Nutrition
NUTRIÇÃO
FUNCIONAL
ano 18. edição 73
www.vponline.com.br
ISSN 2176-4522
Prevenção e tratamento da
esteatose hepática pelos alimentos
Efeitos do exercício nas respostas 
moleculares e hormonais que induzem a lipólise
Série Agroecologia - Parte IV 
Água: Recurso finito vital à sobrevivência das populações e do planeta 
RECEITA
Bolinho assado de 
grão-de-bico e especiarias
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Editorial
Iniciando mais um ano de atualizações científicas, esta edição conta com temas 
relevantes para agregar mais conhecimento à prática clínica de nossos leitores. 
A esteatose hepática é um desequilíbrio que acomete centenas de pessoas todos 
os anos e está associada ao aumento da obesidade a estilos de vida não saudáveis. 
Trazemos, assim, uma importante revisão sobre o papel da nutrição nessa doença, 
ressaltando que por meio de alimentos ricos em vitaminas, minerais e compostos 
bioativos, é possível reduzir os riscos e auxiliar no seu tratamento. 
Os alimentos são as principais fontes dos nutrientes essenciais para a modulação e 
equilíbrio das funções orgânicas, sendo o principal objeto de trabalho do nutricionista. 
Na prática clínica, em alguns casos, de acordo com a individualidade bioquímica, a 
suplementação nutricional pode ser uma ferramenta complementar. Nesse contexto, 
apresentamos um artigo esclarecedor sobre os fatores que podem influenciar a efetividade 
da suplementação, reforçando a importância da prescrição de forma ética, responsável e segura. 
Na área de nutrição esportiva, apresentamos atualizações sobre a aplicação da dieta de FODMAPs 
em atletas e seus efeitos no sistema gastrointestinal e sobre os efeitos do exercício nas respostas 
moleculares e hormonais que induzem a lipólise, que trazem informações relevantes para o tratamento 
nutricional de atletas e praticantes de atividade física que buscam saúde e rendimento.
No âmbito da agroecologia e sustentabilidade, trazemos dados importantes 
para o entendimento do papel do estresse ambiental no metabolismo secundário 
das plantas e como os sistemas de produção convencionais e naturais podem 
impactar na qualidade nutricional dos alimentos. Ainda nesse aspecto, nossa 
série de Agroecologia vem ao encontro do 8° Fórum Mundial da Água, 
fortalecendo o conceito da água como recurso finito vital à sobrevivência das 
populações e do planeta. 
Na gastronomia, uma nutritiva receita de bolinho assado de grão-de-bico 
e especiarias para dar mais sabor e vitalidade positiva à alimentação. 
Boa leitura!
Dra. Valéria Paschoal
Diretora da VP Centro de Nutrição Funcional
Dra. Paula Gandin
Presidente do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional
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Expediente
Conselho Editorial
Ana Cláudia Poletto 
Nutricionista pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2002) e mestre em Ciências, com ênfase em 
Fisiologia Humana pela Universidade de São Paulo (2006). Pesquisadora (doutoranda, desde 2007) do 
programa de Fisiologia Humana da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Fisiologia 
Endócrina, atuando nos temas: mecanismos transcricionais envolvidos na regulação da expressão do gene 
SLC2A4, sensibilidade à insulina, metabolismo lipídico, obesidade e diabetes mellitus. 
Ana Vládia Bandeira Moreira 
Nutricionista graduada pela Universidade Estadual do Ceará (1996), mestre em Ciências dos Alimentos pela 
Universidade de São Paulo (1999) e doutora em Ciências dos Alimentos pela Universidade de São Paulo (2003). 
Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Viçosa (MG). Coordenadora do Laboratório 
de Análise de alimentos e coordenadora do Projeto de extensão pró-celíaco. Ministra as disciplinas de 
Técnica Dietética na Graduação e Dietética Aplicada no Mestrado e Doutorado e Gastronomia Funcional na 
especialização na UFV. 
Andréia Naves 
Nutricionista e Educadora Física. Diplomada pelo The Institute for Functional Medicine (USA) em 2007. Editora 
Científica da Revista Brasileira de Nutrição Funcional. Diretora da VP Centro de Nutrição Funcional. Docente 
convidada dos cursos de pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional e Nutrição Esportiva Funcional da VP 
Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. Autora dos Livros “Nutrição 
Clínica Funcional: dos Princípios à Prática Clínica”, “Nutrição Clínica Funcional: Obesidade”, “Nutrição Clínica 
Funcional: Modulação Hormonal” e “Tratado de Nutrição Esportiva Funcional”. Colaboradora do livro 
“Suplementação Funcional Magistral: dos Nutrientes aos Compostos Bioativos”. Membro do The Institute 
for Functional Medicine – USA. Coordenadora científica dos cursos de pós-graduação em Nutrição Esportiva 
Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. 
Revista Brasileira de Nutrição Funcional - 2018 - edição 73
Indexação: Sumários (www.sumarios.org) e ESALQ (http://dibd.esalq.usp.br)
Diretoras Responsáveis
Valéria Paschoal e Andréia Naves
Coordenação Científica
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Neiva dos Santos Souza
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Jornalista Responsável
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MTB – 19.852 - josemaria@vponline.com.br
Revisão Ortográfica
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lcintra@gmail.com
Capa, Ilustrações e Editoração
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Ctp e Impressão
A.R. Fernandez Pré-Impressão e Gráfica
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Redação, Publicidade e Administração
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Fone/ Fax: (11)3582-5600
As condutas nutricionais preconizadas na
Revista Brasileira de Nutrição Funcional
devem ser supervisionadas exclusivamente
por nutricionistas ou médicos especializados.
Os editores não se responsabilizam pelo
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Coordenação e Autores
Anna Cecília Queiroz de Medeiros
Nutricionista pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Mestre em Ciências da Saúde pela 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Docente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
Experiência na área de Nutrição, com ênfase em Nutrição e metabolismo de nutrientes nos diversos estados 
fisiológicos. 
Fátima Aparecida Arantes Sardinha 
Nutricionista. Doutora em Ciência dos Alimentos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas/USP. Mestre em 
Ciências Aplicadas à Pediatria pela UNIFESP/EPM. Especialista em Nutrição e Saúde Pública pela UNIFESP/
EPM. Docente convidada do curso de pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional da VP Centro de Nutrição 
Funcional em parceriacom a Universidade Cruzeiro do Sul. 
Fernanda Serpa 
Diretora e Docente da Empresa Nutconsult. Nutricionista pela Universidade do Estado do RJ/UERJ. Título de 
residência em Clínica Médica no Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ. Pós-graduada em Nutrição Clínica 
Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. Docente 
convidada dos cursos de pós-graduação e extensão da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com 
a Universidade Cruzeiro do Sul. Mestre em Clínica Médica - IPPMG/UFRJ. Nutricionista Militar do Corpo de 
Bombeiros do RJ. Nutricionista Municipal do Hospital Souza Aguiar. 
Gilberti Hübscher 
Nutricionista. Mestre e Doutora em Fisiologia Cardiovascular pela UFRGS. Especialista em Gestão e Saúde 
pela PUC-RS, Gestão em UAN pela UNISINOS e em Saúde da Família pela ULBRA (RS). Docente convidada 
dos cursos de pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria 
com a Universidade Cruzeiro do Sul e dos cursos de graduação em Nutrição e pós-graduação em Saúde e 
Trabalho da Feevale (RS). Membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF). 
Márcia Cristina Paiva
Nutricionista, graduada na Universidade de Passo Fundo - RS. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional e 
pós-graduanda em Fitoterapia Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade 
Cruzeiro do Sul. Educadora em diabetes certificada pela empresa Medtronic Brasil de equipamentos médicos 
(Bombas de infusão de insulina). Atua em atendimento clínico em clínica de gastroenterologia em São José 
dos Campos - SP.
Rosangela Passos de Jesus 
Professora Adjunta da Escola de Nutrição da UFBA (ENUFBA). Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade 
de Medicina da USP. Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo. Especialista em Nutrição 
Clínica Funcional, coordenadora do Ambulatório de Nutrição e Hepatologia do Hospital Universitário Prof 
Edgard Santos. 
Sandra Matsudo 
Médica Especializada em Medicina Esportiva pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP. Doutorado e pós-
doutorado em Ciências pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP. Diretora Geral do Centro de Estudos do 
Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul - CELAFISCS. Coordenadora geral do Projeto Longitudinal 
de Envelhecimento e Aptidão Física de São Caetano do Sul. Coordenadora pela IUHPE dos Cursos de Atividade 
Física e Saúde Pública - Agita Mundo. Professora Titular do Curso de Educação Física do Centro Universitário 
FMU. Editora Executiva da Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Autora dos Livros: “Avaliação do Idoso 
- Física e Funcional”, “Envelhecimento e Atividade Física” e “Obesidade e Atividade Física”. 
Valéria Paschoal 
Nutricionista. Mestre na área de Nutrição e Pediatria pela UNIFESP – EPM. Editora Científica da Revista 
Brasileira de Nutrição Funcional. Coordenadora científica e docente convidada dos cursos de Nutrição 
Clínica Funcional e Nutrição Esportiva Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a 
Universidade Cruzeiro do Sul. Diretora da VP Centro de Nutrição Funcional. Autora dos Livros “Nutrição 
Clínica Funcional: dos Princípios à Prática Clínica”, “Suplementação Funcional Magistral: dos Nutrientes aos 
Compostos Bioativos”, “Nutrição Clínica Funcional: câncer” "Tratado de Nutrição Esportiva Funcional" e 
"Nutrição & Sustentabilidade: alimentando um mundo saudável". Coordenadora da Comissão Científica do 
Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF). Membro do The Institute for Functional Medicine – USA. 
Nutricionista do CSA Brasil (Community Supported Agriculture - Agricultura Sustentada pela Comunidade). 
Membro do conselho consultivo da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários 
Regulamentados).
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Coordenação e Autores
Lista de Autores
Elisa de Almeida Jackix
Nutricionista graduada pela PUC Campinas. Doutora em Nutrição Experimental Aplicada à Tecnologia dos 
Alimentos - UNICAMP. Mestre em Nutrição Experimental Aplicada à Tecnologia dos Alimentos - UNICAMP. 
Docente do curso de graduação da PUC-Campinas. Docente e supervisora de estágio na área de Nutrição 
Social e Educação Física da FAM, UNIMEP, METROCAMP. Docente convidada dos cursos de pós-graduação 
em Nutrição Clínica Funcional e Nutrição Esportiva Funcional da Universidade Cruzeiro do Sul em parceria 
com a VP Centro de Nutrição Funcional. 
Fernando Oliveira Catanho da Silva
Bacharel em Treinamento Esportivo pela UNICAMP. Licenciado em Educação Física pela UNICAMP. Especialista 
em Bioquímica e Fisiologia do Exercício pela UNICAMP. Doutor em Biologia Funcional e Molecular pela 
UNICAMP. Professor Titular do Centro Universitário Adtalem/Devry/Metrocamp, Campinas/SP. Docente 
convidado no curso de pós-graduação em Nutrição Esportiva Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul.
Isabela Pereira Gouveia
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo. Estagiária em Nutrição no departamento 
científico da VP Centro de Nutrição Funcional.
Luis Gustavo Patricio Nunes Pinto
Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp) de 
Bauru, integrante da Articulação Regional de Agroecologia (ARA); principais temas de pesquisa: Agroecologia, 
produção orgânica e biodinâmica, Agricultura familiar, sustentabilidade rural e ambiental.
Maiara Cristina de Lima
Nutricionista. Especialista em Nutrição Esportiva. Membro da Academia Brasileira de Nutrição Funcional. 
Docente convidada no curso de pós-graduação em Nutrição Esportiva Funcional pela Universidade Cruzeiro 
do Sul em parceria com a VP Centro de Nutrição Funcional.
Márcio Leandro Ribeiro de Souza 
Nutricionista. Doutorando e mestre em Saúde do Adulto pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal 
de Minas Gerais (UFMG). Pós-graduado em Nutrição Clínica Funcional, em Nutrição Esportiva Funcional e em 
Fitoterapia Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul em parceria com a VP Centro de Nutrição Funcional. 
Pós-graduado em Treinamento Desportivo. Docente convidado nos cursos de pós-graduação em Nutrição 
Clínica Funcional, Nutrição Esportiva Funcional e Fitoterapia Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul em 
parceria com a VP Centro de Nutrição Funcional.
Wagner Alessandro dos Reis
Nutricionista formado pelo Centro Universitário Newton Paiva/BH. Especialista em Formação Pedagógica 
para Profissionais de Saúde pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 
Pós-graduado em Nutrição Esportiva Funcional e Fitoterapia Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional 
(UNICSUL). Docente convidado dos cursos de pós-graduação em Nutrição Esportiva Funcional e em Fitoterapia 
Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional (UNICSUL). Nutricionista e diretor do Espaço Wagner dos Reis. 
Personal Nutrition Funcional. Ministra palestras e cursos de atualização em Nutrição Funcional. 
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O papel do estresse ambiental no metabolismo secundário das plantas correlacionado 
aos sistemas convencionais e naturais de produção de alimentos
Fatores que influenciam a efetividade dos suplementos nutricionais
Série Agroecologia: Parte IV - Água: Recurso finito vital à sobrevivência das 
populações e do planeta 
Prevenção e tratamento da esteatose hepática pelos alimentos
Receita: Bolinho assado de grão-de-bico e especiarias
Short Communication: aplicação da dieta de FODMAPs em atletas e efeitos no 
sistema gastrointestinal
Efeitos do exercício nas respostas moleculares e hormonais que induzem a lipólise
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Prevenção e tratamento da esteatose 
hepática pelos alimentos
Hepatic steatosis prevention and treatment by food
Resumo
A doença hepática gordurosa não alcoólica (NAFLD) engloba um espectro de doenças que varia desde a simples esteatose (NAFL)a 
esteato-hepatite não alcoólica (NASH). Com a crescente incidência mundial de obesidade, estilo de vida sedentário e padrões alimentares 
não saudáveis, a NAFLD é reconhecida como importante fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças como cirrose, 
câncer hepático, diabetes tipo 2 e complicações cardiovasculares. O perfil alimentar e alguns nutrientes em específico contribuem de 
forma importante para o desenvolvimento, a progressão e o tratamento de NAFLD e das comorbidades metabólicas associadas. Com 
base nesse contexto, esta revisão teve como objetivo discutir o papel de alguns alimentos e componentes alimentares na prevenção 
e no tratamento da NAFLD. Para isso, foram analisados artigos publicados nas bases de dados PubMed e Science Direct, utilizando 
as palavras-chave: NAFLD/NAFL/NASH, alimentos, dieta, polifenóis, fibra, vegetais, ômega-3, azeite, oleaginosas e combinações 
das mesmas. Verificou-se que a modificação do estilo de vida e a perda de peso são o principal foco para o tratamento da NAFLD e 
NASH. Pelo menos 5% de perda de peso é necessária para a melhora da esteatose. A ingestão de fibra, café, verduras, peixes fontes de 
ômega-3, ômega-3 sob a forma de suplemento, ômega-9, azeite e oleaginosas esteve associada a melhores parâmetros metabólicos, de 
AST, ALT, GGT e do conteúdo de gordura hepático. Outros alimentos como a batata doce roxa, a linhaça e o abacate são promissores, 
porém são menos estudados em humanos. A dieta do mediterrâneo, por incluir esses alimentos, parece exercer efeito positivo tanto 
para a prevenção da NAFLD como para o tratamento e também está associada a melhora da resistência à insulina e do perfil lipídico, 
parâmetros associados ao desenvolvimento e à progressão da esteatose hepática. 
Palavras-chave: Esteatose hepática; NAFLD/NAFL/NASH; polifenóis; ômega-3; vegetais; azeite de oliva.
Abstract
Non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD) encompasses a spectrum of diseases ranging from a simple steatosis (NAFL) to non-alcoholic 
steatohepatitis (NASH), which causes an increased risk of cirrhosis, type 2 diabetes and cardiovascular complications. With the increasing 
worldwide incidence of obesity, sedentary lifestyle and unhealthy eating patterns, NAFLD is recognized as a major risk factor for the 
development of various diseases. Dietary patterns and types of nutrients ingested contribute significantly to the development, progres-
sion and treatment of NAFLD and are associated with metabolic comorbidities. Based on this context, this review aimed to discuss the 
role of some foods and food components in the prevention and treatment of NAFLD. Articles published in PubMed and Science Direct 
databases were analyzed using the following keywords: NAFLD / NAFL / NASH, food, diet, polyphenols, fiber, vegetables, omega-3, 
olive oil, nuts and combinations of them. Lifestyle modification and weight loss are primary focus for the treatment of NAFLD and 
NASH. At least 5% weight loss is necessary for steatosis improvement. The intake of fiber, coffee, vegetables, fish sources of omega-3, 
omega-3 isolated, omega-9, olive oil and nuts was associated with better metabolic parameters, AST, ALT, GGT and liver fat content. 
Other foods such as purple sweet potato, flaxseed and avocado are promising, but the studies in humans are scarce. The Mediterra-
nean diet, which includes these foods, seems to have positive effect on both NAFLD prevention and treatment and is also associated 
with improved insulin resistance and lipid profile, parameters associated with the development and progression of hepatic steatosis.
Keywords: Hepatic steatosis; NAFLD / NAFL / NASH; polyphenols; omega-3; vegetables; olive oil.
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Elisa de Almeida Jackix
A
Introdução
A doença hepática gordurosa não alcoólica 
(DHGNA) ou NAFLD (non-alcoholic fatty 
liver disease) é o conjunto de doenças do fígado 
caracterizadas por acúmulo de gordura, não 
associadas ao consumo de álcool. A esteatose 
hepática é o simples acúmulo de gorduras nos 
hepatócitos, com nenhuma evidência de lesão 
hepatocelular. A NAFLD inclui duas condições 
patologicamente distintas: o fígado gorduroso 
não alcoólico (NAFL – non-alcoholic fatty liver 
disease) e a esteato-hepatite não alcoólica (NASH 
– non-alcoholic steatohepatitis). A NASH inclui 
um grande espectro de doenças, como fibrose, 
cirrose e carcinoma hepatocelular (HCC)1,2.
O desenvolvimento desse grande espectro de 
doenças está fortemente associado à obesidade, a 
qual é frequentemente acompanhada pela presença 
de síndrome metabólica e resistência à insulina 
(RI). Estudos mais recentes propõem a hipótese 
de “múltiplos gatilhos” para o surgimento da 
esteatose, porém o mais comum é de que a RI, em 
combinação com muitas disfunções metabólicas 
associadas, coloca o fígado em risco, resultando 
em NAFL, NASH e fibrose3.
A Figura 1 mostra a evolução da NAFLD e da 
NASH e os principais fatores associados. A elevada 
ingestão de alimentos de alta densidade energética, 
gordura saturada, trans, colesterol4 e carboidratos 
simples – principalmente sacarose e frutose 
(provenientes de refrigerantes e sucos altamente 
processados)5, a baixa ingestão de fibra alimentar e 
o sedentarismo estão associados a RI, dislipidemia 
e outros fatores de risco. Todos esses fatores 
juntos podem levar ao acúmulo de triglicerídeos 
no fígado. Ao longo do tempo, a quantidade de 
gordura acumulada pode atingir uma extensão 
que caracteriza a esteatose hepática. A presença 
concomitante de obesidade e diabetes mellitus tipo 
2 (DM2) tem efeito adicional no desenvolvimento 
da esteatose. As adipocitocinas (ex.: IL-6), o fator 
de necrose tumoral-α (TNF-α), espécies reativas 
de oxigênio (EROs) e, consequentemente, um 
quadro de estresse oxidativo, juntamente com 
as endotoxinas de bactérias intestinais (ex.: os 
lipopolissacarídeos - LPS), são mediadores que 
contribuem para a evolução da esteatose hepática3. 
Figura 1. Evolução da NAFLD e NASH e principais fatores associados.
Fonte: Adaptado de Bettermann et al.2
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Prevenção e tratamento da esteatose hepática pelos alimentos
Outras vias metabólicas estão envolvidas no 
desenvolvimento da NAFLD, como, por exemplo: 
o aumento do influxo de ácidos de ácidos graxos 
(AG) livres para o fígado, resultado da lipólise de 
gorduras provenientes do tecido adiposo visceral e 
subcutâneo; o aumento da chegada de AG devido 
a uma dieta rica em gordura; o comprometimento 
da β-oxidação de AG no fígado; o aumento da 
lipogênese hepática de novo; e a diminuição 
da saída de AG do fígado, devido à síntese ou 
secreção reduzida de lipoproteínas de baixa 
densidade (VLDL)6.
Devido à não compreensão da patogênese 
da NAFLD por completo, a terapia atual se 
concentra em prevenir os fatores de risco da 
doença ou em tratar os efeitos colaterais que 
acompanham a obesidade e a inflamação hepática. 
Essas intervenções visam a mudanças de estilo 
de vida, incluindo dieta e exercícios físicos, em 
combinação com a farmacoterapia, que podem 
reverter o quadro de esteatose simples (NAFL)3. 
Entretanto, apenas o tratamento medicamentoso 
não é significativamente eficaz na reversão do 
quadro de esteatose7. A perda de peso mostrou 
melhorar as aminotransferases séricas (como AST 
e ALT), além de reduzir a esteatose hepática. 
Alireza Ghaemi et al.8 verificaram que a ingestão 
de dietas hipocalóricas (com redução de 500 a 
1.000 kcal/dia, contendo 30% de gordura, 15% 
de proteína e 55% de carboidratos) por 6 meses 
levou a redução significativa do peso, do IMC, 
da circunferência da cintura e da pressão arterial 
diastólica. Além disso, os níveis de colesterol total, 
LDL, triglicerídeos, ALT, AST e GGT diminuíram 
significativamente. Entre pacientes com NASH 
diagnosticados por biópsia, os que perderam 5% 
de seu peso corporal apresentaram melhora da 
sensibilidade à insulina e da esteatose3.
Entretanto, além da restriçãocalórica, a 
composição nutricional da dieta é fundamental 
para o tratamento da esteatose e para evitar que 
a doença progrida para estágios mais avançados. 
Nesta revisão serão discutidos os potenciais efeitos 
benéficos e os possíveis mecanismos de ação 
de alguns alimentos no tratamento da esteatose 
hepática. 
Azeite (ômega-9 e polifenóis) e óleo de 
peixe (ômega-3)
Alguns tipos de AG, como ômega-9 e ômega-3, 
podem contribuir para a manutenção da saúde 
hepática ou prevenir o desenvolvimento e/ou a 
progressão da esteatose. O efeito benéfico desses 
AG está diretamente associado à quantidade 
ingerida: se em excesso, podem trazer prejuízos, 
mas, quando ingeridos nas quantidades 
recomendadas, podem exercer benefícios à 
saúde hepática9,10. Revisão sistemática realizada 
por Parker et al.11 mostrou que a suplementação 
de ômega-3 em indivíduos com NAFLD esteve 
associada a redução de gordura hepática (p<0,001) 
e diminuição de AST (p=0,02). A duração das 
intervenções variou de 8 semanas a 12 meses 
(média de 6 meses), e a dose de ômega-3 variou 
de 0,8 a 13,7 g/dia (média de 4 g/dia). Ao 
considerar o efeito da duração da intervenção, a 
magnitude da alteração na gordura hepática e nas 
enzimas hepáticas não foi função do tempo de 
suplementação, pois os estudos cuja intervenção 
foi mais longa (12 meses) levaram a alterações de 
magnitude semelhantes ou até menores em relação 
aos de menor duração.
Sawada et al.12, em estudo com 90.296 
indivíduos japoneses que foram acompanhados 
por 11,2 anos, verificaram que a ingestão de 70,6 
g/dia de peixes fontes de ômega-3, 0,74 g/dia 
de EPA (ácido eicosapentaenoico) e 1,19 g/dia 
de DHA (ácido docosaexaenoico) (médias dos 
maiores quintis), através da alimentação, esteve 
associada a menor risco de câncer hepático. Sendo 
assim, o consumo de peixes ricos em ômega-3, 
particularmente EPA e DHA, parece proteger 
contra o desenvolvimento de câncer hepático. 
Yuan et al.13 tentaram esclarecer os mecanismos 
de ação do ômega-3, por meio de estudo em ratos 
que recebiam dieta hiperlipídica. Observou-
se maior expressão de SREBP-1 (proteína 
“chave” envolvida na lipogênese de novo), menor 
quantidade de transportadores que colocam o AG 
para dentro do fígado, bem como menor expressão 
de genes relacionados a beta-oxidação e menor 
expressão de TNF-α, NFK-b e TRL, evidenciando 
o efeito anti-inflamatório do ômega-3. Além 
disso, houve aumento significativo da exportação 
de triglicerídeos hepáticos para a circulação, 
indicando que o óleo de peixe reduz a esteatose por 
reduzir a entrada de gordura no fígado, aumentar 
a oxidação de AG nos hepatócitos e aumentar a 
remoção de triglicerídeos.
O azeite de oliva também tem sido estudado no 
tratamento da NAFLD. Nigam et al.14 investigaram 
o efeito do uso de azeite e óleo de canola em 
comparação com óleo comum em 93 homens 
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com NAFLD, durante 6 meses. Os sujeitos foram 
divididos em 3 grupos, sendo que cada grupo 
deveria utilizar até 20 g de azeite, óleo de canola 
ou óleo de soja ou girassol (grupo controle) na 
cocção dos alimentos, em paralelo às orientações 
para mudança no estilo de vida. Foi observado que 
a adição de azeite levou a maior redução do peso 
e do IMC (p=0,01), da concentração de insulina 
em jejum, HOMA-IR, HOMA-bCF (p<0,001), 
mostrando que esse óleo foi o mais eficiente em 
atenuar a RI. Ao comparar o grau de infiltração 
de AG no fígado, antes e após a intervenção, tanto 
o grupo com azeite como o que recebeu canola 
apresentaram redução na entrada de gordura, o 
que contribuiu para a redução de triglicerídeos 
hepáticos encontrados nesses grupos em relação ao 
grupo controle. Os dados mostraram que o azeite 
reduziu a esteatose hepática e a RI, um importante 
parâmetro relacionado à progressão da doença.
A incidência de certos tipos de câncer, doenças 
cardiovasculares e hepáticas é menor na região 
do Mediterrâneo, o que é parcialmente atribuído 
à ingestão regular (25-50 ml/dia) de azeite. O 
óleo de oliva, além de ter elevado teor (cerca 
de 70%) de AG monoinsaturados (MUFAs), 
contém entre 50-800 mg/kg de polifenóis como: 
oleuropeína, hidroxitirosol, tirosol e lignanas, 
sendo as maiores concentrações encontradas 
no azeite de oliva extravirgem15. O azeite pode 
contribuir para a redução da esteatose hepática 
por diminuir a expressão da carnitina-palmitoil-
transferase 1 (responsável pela entrada de lipídeos 
na mitocôndria)16, aumentar a expressão de 
enzimas envolvidas na beta-oxidação17, reduzir a 
expressão de enzimas envolvidas na lipogênese e 
diminuir a RI15.
O abacate, por ser fonte de fibras, ômega-9, 
polifenóis como as procianidinas e β-sitosterol, 
glutationa e carotenoides como a luteína, tem 
sido estudado em modelos animais de esteatose, 
cujos resultados mostram redução significativa de 
AST e ALT18,19. Entretanto, ainda são necessários 
estudos clínicos para elucidar as quantidades que 
poderiam exercer efeitos benéficos para indivíduos 
com NAFLD. 
Oleaginosas e linhaça
As oleaginosas são nutricionalmente densas, 
constituídas por uma mistura única de ácidos 
graxos, compostos bioativos e nutrientes 
essenciais; são excepcionalmente ricas em 
PUFAs e vitamina E, além de conterem fibras 
e altos níveis de fitoesteróis e polifenóis (como 
ácidos fenólicos, ácido elágico e flavonoides), 
os quais podem auxiliar na redução das LDL-c e 
dos radicais livres20,21. Casas-Agustench22 mostrou 
que, entre indivíduos com síndrome metabólica, 
aqueles que receberam suplementação de 30 g/
dia de um mix de oleaginosas (15 g de nozes, 7,5 
g de amêndoas e 7,5 g de avelãs) + orientações 
para mudança do estilo de vida apresentaram 
perda de peso, redução na pressão arterial e da 
adiposidade similar ao grupo controle (que não 
recebeu as oleaginosas). Entretanto, a IL-6 foi 
menor (os níveis da insulina em jejum e a RI foram 
menores p<0,05) em relação ao grupo controle. 
Esse é um dado importante, já que a RI é um dos 
fatores de risco associados ao desenvolvimento e 
à progressão da esteatose hepática. 
Barrera et al.23 observaram que a ingestão 
de nozes foi negativamente relacionada com as 
concentrações séricas de GGT, ALT e AST, com 3 
meses de estudo. Ao final de seis meses, a ingestão 
de outras oleaginosas e de alguns peixes (salmão, 
atum, sardinha e cavalinha) também apresentou 
associação negativa com as concentrações séricas 
de GGT. Esse mesmo autor sugere, em outro 
estudo24, que sejam consumidas 4 porções de 
oleaginosas por semana, ou cerca de 15 g/dia25, 
para o tratamento da esteatose hepática. 
Além das oleaginosas, a linhaça também é 
fonte de PUFAs, especialmente ácido α-linolênico 
(ALA), fibras solúveis e insolúveis, lignanas, 
além de possuir grande variedade de outros 
antioxidantes26,27. Estudos anteriores demonstraram 
que a linhaça exerce efeitos benéficos à saúde, 
por estar associada a redução do risco de 
doenças cardiovasculares, síndrome metabólica e 
dislipidemia28,29,30. Yari et al.31 avaliaram o efeito 
do consumo de 30 g de linhaça marrom triturada/
dia + orientações para mudança do estilo de vida 
(MEV) em pacientes com NAFLD e compararam 
com um grupo que recebia apenas as orientações 
para MEV, durante 12 semanas. Ao final do estudo, 
o peso corporal, as enzimas hepáticas, parâmetros 
de RI, fibrose e esteatose hepática diminuíram 
em ambos os grupos; no entanto, esta redução foi 
significativamente maior naqueles que ingeriam 
a semente de linhaça. Este é o primeiro estudo 
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Prevenção e tratamento da esteatose hepática pelos alimentos
em humanos a verificar que a ingestão de 30 g de 
linhaça associada a MEV é mais eficaz do que a 
MEV isoladamente para o controle da NAFLD.
Batata doce roxa (Ipomoea batatas culti-
var Ayamurasaki)
A batata doce roxa é naturalmente rica 
em antocianinas, as quais exercem diversas 
propriedades funcionais, como ações antioxidante32 
e anti-inflamatória,melhora da RI33 e ação 
hepatotoprotetora34. Estudo realizado por Zhang 
et al.33 mostrou que a batata doce roxa atenua de 
forma significativa a RI hepática e melhora o 
metabolismo da glicose em animais alimentados 
com dieta rica em gordura.
As antocianinas encontradas predominantemente 
na batata doce roxa são as cianidinas e peonidinas, 
cuja estrutura química é bastante complexa, 
caracterizada pela presença de diversos anéis 
fenólicos e grupos hidroxila, o que justifica seu 
elevado efeito antioxidante35,36. Suda et al.35 
avaliaram o efeito da ingestão de uma bebida feita 
a base de batata doce roxa em 38 homens adultos, 
os quais apresentaram limite para diagnóstico 
de NASH. Os indivíduos foram divididos em 2 
grupos, sendo que o grupo teste ingeriu a bebida 
de batata doce roxa, contendo 0,7 g de proteína, 
0,0 de lipídeos, 14,8 g de carboidratos, 0,4 g de 
fibra alimentar, 5 mg de sódio e 200,3 mg de 
antocianinas, enquanto o grupo placebo recebeu 
a mesma bebida, porém, sem as antocianinas. A 
bebida foi ingerida 2 x/dia, totalizando 250 ml de 
suco, durante 8 semanas. O grupo que recebeu a 
bebida contendo batata doce roxa com antocianinas 
apresentou níveis de GGT significativamente mais 
baixos do que o grupo placebo. Comparando as 
concentrações de ALT e AST no início e ao final 
do estudo, apenas o grupo que recebeu o suco 
com antocianinas apresentou redução significativa 
desses parâmetros, que também indicam lesão 
hepática. 
Wang et al.37 verificaram que o extrato de 
batata doce roxa (dose de 700 mg/kg/dia) reduziu 
significativamente a obesidade e parâmetros 
de inflamação e de estresse oxidativo, bem 
como a lesão hepática, além de ter reduzido a 
esteatose hepática em animais tratados com dieta 
hiperlipídica. A administração do extrato de batata 
doce roxa atenuou a ativação da C/EBPβ (uma 
proteína envolvida na sinalização da lipogênese 
hepática), aumentou a ativação da AMPK (um 
regulador chave do metabolismo energético em 
tecidos como fígado e músculo), diminuiu a 
expressão de CD36 (um transportador de AG para 
dentro do fígado), além de aumentar a expressão 
de CPT1-A, um transportador de ácido graxo para 
dentro da mitocôndria. A batata doce roxa reduz a 
esteatose, possivelmente por diminuir a lipogênese 
hepática, reduzir a entrada de AG para o fígado e 
aumentar a oxidação de gordura.
Café
Diversas pesquisas associaram o consumo 
de café com menores riscos de diabetes38, 
doenças cardiovasculares39 e várias formas 
de doenças hepáticas crônicas, como doença 
hepática gordurosa não alcoólica, cirrose e câncer 
hepático40-42. Estudo realizado por Ruhl et al.43 
observou que os indivíduos que bebiam mais de 
2 xícaras de café por dia tinham metade do risco 
de desenvolver NAFLD em relação àqueles que 
bebiam menos de 1 xícara por dia.
Setiawan et al .44 verificaram que, em 
comparação aos que não bebiam café, aqueles 
que ingeriam 2-3 xícaras/dia tiveram redução de 
38% e 46% no risco de câncer hepático (CH) e 
morte por doenças hepáticas crônicas (DHC), 
respectivamente; quando o consumo era ≥ 4 
xícaras/dia, os indivíduos apresentaram redução 
ainda maior no risco de desenvolver CH e morte 
por DHC, de 41% e 71%, respectivamente. 
Nesse estudo, o consumo de outras bebidas 
contendo cafeína não esteve associado a menores 
riscos dessas doenças, ou seja, o fator protetor 
do café não está diretamente associado a essa 
substância. Existem centenas de compostos no 
café incluindo a cafeína, diterpenos, melanoidinas 
(substâncias produzidas na torrefação do grão 
do café, por meio da reação de Maillard), fibras 
solúveis (como mano-oligossacarídeos), potássio, 
niacina, magnésio, antioxidantes como os ácidos 
clorogênicos. No entanto, os constituintes do café 
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mais estudados em relação à saúde hepática são 
a cafeína, os diterpenos (por exemplo, cafestol e 
kahweol) e os ácidos clorogênicos45.
Os efeitos protetores do café são atribuídos 
à sinergia entre as substâncias presentes, que 
agem como antioxidantes, anti-inflamatórias, 
antifibróticas e contribuem para a redução da RI. 
Chen et al.40 mostraram que o café aumentou a 
adiponectina (que possui efeito anti-inflamatório), 
reduziu GSSG (forma oxidada de glutationa) e a 
lipogênese (por diminuir a SERBP-1c), reduziu a 
MCP-1 (envolvida em processos inflamatórios) e 
levou a menor produção de TGF-b, um fator que 
ativa a fibrose. Curiosamente, o consumo regular 
de café (mas não de expresso) é inversamente 
associado à fibrose hepática, ou seja, apenas o 
café coado parece exercer um efeito protetor para 
esse estágio da doença46. A sacarose, composta de 
glicose e frutose, é frequentemente adicionada 
pelos consumidores de café expresso, o que 
pode contrabalançar os efeitos positivos do café, 
particularmente pelo potencial efeito prejudicial 
da frutose em NAFLD44.
Frutas e verduras
Nos últimos anos, estudos envolvendo modelos 
experimentais de NAFLD chamaram a atenção 
para duas classes principais de antioxidantes 
contidos nas frutas e verduras: os polifenóis e 
carotenoides7,47. Os polifenóis exercem efeitos 
antifibrogênicos e antitumorais em modelos 
animais48; também podem inibir a lipogênese de 
novo e estimular a β-oxidação no fígado. Além 
disso, suprimem a ativação de células estreladas 
hepáticas e reduzem a carcinogênese. Entre os 
flavonoides, há evidências de que a quercetina, 
as antocianinas e catequinas, presentes em grande 
quantidade na cebola roxa, nas maçãs, frutas 
cítricas, uva, morango e cacau, podem reduzir a 
esteatose hepática e a inflamação, inibir a ativação 
de NFkB e a estimulação de Nrf-2, um fator de 
transcrição associado ao aumento da expressão de 
enzimas antioxidantes7,49,50.
Cook et al.51, em estudo transversal com 175 
jovens latinos com excesso de peso, verificaram 
que aqueles que consumiam 1,7 porções (cerca 
de 1 xícara) de vegetais não amiláceos (como os 
verdes-escuros, amarelo-alaranjados, beterraba, 
repolho e abóbora) tinham 44% menos gordura 
hepática em relação aos que ingeriam 0,1 porções; 
aqueles que ingeriam 2,5 porções (cerca de 1 xícara 
e ½) de todos os vegetais, incluindo os amiláceos 
como batatas, leguminosas e cereais, tinham 39% 
menos gordura hepática em comparação aos que 
consumiam 0,1 porções.
As vias pelas quais os vegetais influenciam a 
saúde não são totalmente compreendidas. Com o 
aumento na ingestão desses alimentos, a densidade 
energética da dieta é reduzida, contribuindo 
para a diminuição da ingestão calórica, o que 
pode auxiliar no controle ou na redução do peso 
corporal51. A fibra alimentar presente nos vegetais 
reduz a resposta insulinêmica após as refeições, 
retardando o esvaziamento gástrico e, portanto, 
a absorção de macronutrientes52. Ventura et 
al.53 e Davis et al.54 mostraram que o aumento 
na ingestão de fibra em jovens com excesso de 
peso contribuiu para a diminuição de 4 a 10% no 
tecido adiposo visceral e que a ingestão de fibras 
esteve altamente correlacionada com o consumo 
de vegetais (p <0,0001). Jackix et al.55 mostraram 
que folhas de taioba reduziram o teor de gordura 
hepática em comparação a quantidades iguais 
de inulina ou celulose como fonte de fibra, em 
animais recebendo dieta hiperlipídica. Sendo 
assim, a fibra alimentar justifica apenas uma parte 
dos efeitos positivos dos vegetais sobre a saúde, 
mas em isolado pode não ser suficiente para 
exercer tais efeitos. É provável que a combinação 
de compostos seja a responsável pela melhora de 
parâmetros metabólicos56. 
Meta-análise incluindo 19 estudos e mais de 
1 milhão de indivíduos mostrou que a ingestão 
de frutas não foi associada nem à redução nem 
ao aumento no risco da doença, possivelmente 
devido ao conteúdo de frutose57. Agebratt et al.58 
mostraram que a ingestão de frutas em quantidade 
correspondente a 7 kcal/kg de peso, durante 8 
semanas, levou a redução na ingestão energética 
total diária e não alterou o conteúdo degordura 
hepática, em indivíduos saudáveis e não obesos. 
A Tabela 1 mostra os alimentos e os possíveis 
componentes alimentares que podem trazer 
efeitos benéficos no tratamento da NAFLD ou de 
parâmetros metabólicos associados.
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Prevenção e tratamento da esteatose hepática pelos alimentos
Referências
O padrão da dieta mediterrânea (DM) foi 
proposto como apropriado para o tratamento de 
NAFLD, segundo o Guia Europeu EASL-EASD-
EASO60 de 2016, devido à presença de diversos 
alimentos com efeito protetor, como frutas, 
verduras, peixes, azeite, oleaginosas, cereais 
integrais, os quais contribuem com a ingestão 
de componentes como polifenóis, ômega-3 e 
ômega-9, fibra alimentar e antioxidantes61. A DM 
parece apresentar certa superioridade na redução 
de peso em longo prazo quando comparada à 
dieta com baixo teor de gordura62, além de estar 
associada a melhora de parâmetros metabólicos63 
e da esteatose61,64. 
Conclusões
Além da prática de exercício físico e restrição 
calórica, a presença de alguns alimentos em 
específico pode exercer efeitos preventivos ou 
terapêuticos sobre a esteatose e/ou contribuir para 
a melhora de parâmetros metabólicos associados, 
como dislipidemias e RI. Os estudos clínicos 
mostram evidências mais convincentes para o 
consumo de ômega-3, peixes fontes de ômega-3, 
café e oleaginosas. Alimentos como a batata 
doce roxa a linhaça, o abacate e o azeite parecem 
promissores, no entanto o papel terapêutico em 
indivíduos com NAFLD / NASH não foi totalmente 
esclarecido, e a quantidade recomendada para 
consumo ainda não foi estabelecida.
Tabela 1. Alimentos e componentes alimentares e nível de evidência para o tratamento da esteatose 
hepática ou doenças metabólicas (DMetab; diabetes e doenças cardiovasculares).
Fonte: Adaptado de Gupta et al.59 
*Grande parte desses estudos associa a introdução do alimento com mudanças no estilo de vida. **Autores não citam o 
nível de evidência para a linhaça. ***Autores não descrevem a forma de preparo.
Alimento Bioativos/nutrientes aos quais são 
atribuídos os efeitos benéficos*
Nível de evidência
 (sugerido por Gupta et al.59)
Dose
Óleo de peixe
Peixes (sardinha, 
cavalinha, 
salmão, arenque, 
pescadinha)
Azeite
Café
Oleaginosas
Linhaça
Batata doce roxa
Ômega-3
Ômega-3
Ômega-9, oleuropeína, hidroxitirosol, 
lignanas, vit. E
Diterpenos, melanoidinas, fibras solúveis, 
ácidos clorogênicos e outros polifenóis
Fitoesteróis, ácidos fenólicos, ácido 
elágico e flavonoides, MUFA, PUFA e vit. E
PUFA, ác. graxo α-linolênico (ALA), fibras 
solúveis e insolúveis, lignanas, outros 
antioxidantes e fitoestrógenos
Antocianinas, fibras
Moderado para NAFLD e bom para 
DMetab.
Moderado para NAFLD e bom para 
DMetab.
Pobre para NAFLD e bom para 
DMetab.
Moderado para NAFLD e 
moderado para DMetab.
Moderado para NAFLD e bom para 
DMetab.
**
**
Cerca de 4 g11 
70,6 g de peixe, ou 0,74 g de 
EPA e 1,19 g de DHA12
20-25 g/dia, como parte da 
dieta mediterrânea15 
2-4 xícaras por dia44 
15 a 30 g/dia22,24 
30 g/dia de linhaça marrom 
30g/dia de linhaça marrom 
triturada31 
250 ml de suco de batata 
doce roxa35 ***
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