Interações entre Microrganismos e Homem

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Microbiologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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INTERAÇÃO ENTRE MICRORGANISMOS E HOMEM 
Patógenos: parasitas microbianos 
Patogenicidade: capacidade de um patógeno causar danos em um hospedeiro 
▪ Depende da resistência ou suscetibilidade do hospedeiro 
▪ Virulência é a medida quantitativa 
▪ Fatores inerentes ao hospedeiro: imunidade, idade, nutrição, higiene, hábitos, medicamentos 
▪ Fatores inerentes ao patógeno: virulência, número, localização, tamanho 
 
Microbiota humana 
Microrganismos encontrados nas regiões expostas ao ambiente (pele, cavidade oral, trato respiratório, trato 
intestinal, trato urogenital) 
▪ Pele 
o Epiderme não é favorável pela intensa desidratação 
o Maioria dos microrganismos associados às glândulas sudoríparas e folículos pilosos/glândulas 
sebáceas 
o Clima, temperatura, umidade, idade, higiene pessoal afetam a microbiota 
▪ Cavidade oral 
o Habitat complexo e heterogêneo, embora saliva não seja um meio de cultura adequado 
(lisozimas) 
o Partículas de alimentos e fragmentos celulares tornam o ambiente favorável 
o Bebês: anaeróbios aerotolerantes e alguns aeróbios 
o Surgimento dos dentes: predomínio de anaeróbios 
▪ Trato gastrointestinal 
o Estômago: pH = 2 (barreira química) 
▪ Contagem bacteriana baixa, microrganismos encontrados na cavidade oral 
▪ Helicobacter pylori 
o Intestino delgado: duodeno é semelhante ao estômago 
▪ Aumento progressivo do número de bactérias no jejuno e íleo 
o Intestino grosso: câmara de fermentação in vivo 
▪ Enorme quantidade de bactérias (grande presença de aeróbios facultativos, como E. 
coli) 
▪ Criação de um ambiente de anaerobiose favorece o crescimento de Clostridium spp. 
▪ 1/3 da matéria fecal é formado por bactérias 
▪ Microbiota muda de acordo com a dieta 
▪ Microrganismos realizam funções metabólicas, como produção das vitaminas B12 e 
K. 
▪ Trato respiratório 
o Superior: nas áreas banhadas por secreções das membranas mucosas 
▪ Penetram por inalação, mas a maioria é expelida ou deglutida 
o Inferior: deposição nas paredes, embora a maior parte fique retida à parte superior desse 
trato 
▪ Essencialmente estéril 
▪ Partículas menores que 10 µm alcançam os pulmões 
Microbiologia João Vitor P. Gama – MED 103 UV 
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▪ Trato urogenital 
o Rins e bexiga 
▪ Essencialmente estéreis 
▪ Bacilos Gram- aeróbios facultativos (uretra) 
o Vagina: pH ligeiramente ácido 
▪ Glicogênio é utilizado na fermentação por lactobacilos, que reduzem o pH (antes da 
puberdade e na menopausa isso não ocorre) 
Interações prejudiciais 
▪ Exposição ao patógeno no hospedeiro 
▪ Adesão: Cápsula e glicocálix, fímbrias e pilli 
▪ Invasão: Rupturas ou ferimentos em pele e mucosas 
▪ Infecção: Fatores de virulência (enzimas, exotoxinas, endotoxinas) aprimoram a capacidade de 
invasão