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Reconhecendo um alimento deteriorado - Cheiro, Sabor, Teor vitamínico..

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Reconhecendo um alimento deteriorado
Os alimentos precisam ser mantidos nas condições naturais em que eles se desenvolveram, devido a sua sensibilidade. Mesmo os alimentos com casca dura e aparentemente mais resistentes precisam de atenção no momento de conservar seu aspecto, seu sabor e seu teor vitamínico.
O crescimento de micro-organismos, como fungos e bactérias, acontece porque o alimento já passou do seu período ideal de ser consumido. A deterioração é um estado já avançado da “validade” do alimento e é um estágio que facilita a disseminação de infecções e intoxicações.
Essa deterioração está relacionada com o tipo do alimento, com o tipo dos microrganismos envolvidos na natureza do alimento e com a quantidade desses microrganismos.
Cada alimento é processado de uma maneira específica e passa por uma série de etapas antes de chegar às mãos dos consumidores. Devido a isso, cada um deles precisa também de cuidados únicos.
A temperatura e a exposição à luz são fatores importantíssimos para a alteração das características originais dos alimentos. É preciso ter muito cuidado no momento do armazenamento dos alimentos e prestar bastante atenção nas recomendações descritas na embalagem e a indicação dos locais em que eles devem ser colocados.
A aparência, o sabor, o aroma e o teor vitamínico são as propriedades mais importantes que os alimentos têm e que precisam ser observadas antes que o alimento seja ingerido, pois qualquer alteração brusca em alguma dessas características pode resultar em problemas sérios de intoxicação alimentar.
Em ordem de observação, primeiro vem a aparência, depois o cheiro, em seguida o sabor e, por último, o teor vitamínico.
Aparência: 
 A aparência deve ser notada assim que a pessoa pegar o alimento. As cores são o primeiro passo. Se o alimento estiver apresentando uma coloração diferente da coloração natural, não é recomendado ingeri-lo.
Em seguida, a pessoa deve observar se o alimento apresenta ranço ou algum líquido estranho, que não pertença aquele alimento. Se houver qualquer dúvida quanto à validade do alimento, o mais recomendável é que a pessoa não o consuma.
O consumidor deve também observar se há corpos estranhos no alimento, como insetos ou dejetos de insetos, ranhuras estranhas e oxidação. Não é recomendado que se ingira um alimento oxidado, pois o organismo pode não recebê-lo muito bem e reagir de forma negativa.
Alguns alimentos desenvolvem uma aparência envelhecida e, quando observados é fácil notar que seu tempo de validade já passou. Essa aparência envelhecida muitas vezes está relacionada com a oxidação, mas para outros alimentos, ela somente é a demonstração de que o alimento está em processo de apodrecimento.
O mofo é outra característica que deve ser notada durante a análise do alimento. Ele se apresenta em diferentes estágios, como mostra a lista abaixo.
- Pontos esverdeados: se no momento em que o consumidor pegar o alimento e reparar que existem alguns pontos verdes nele, já é sinal de que aquele alimento está estragado.
É bastante comum essa cena em pães que demoram a ser consumidos e que ficam expostos às ações do tempo e do ar. Em épocas e locais quentes, isso é muito mais frequente, pois a falta de umidade no ar ajuda na proliferação de bactérias e fungos nos pães e em todos os tipos de alimentos que passam pelo mesmo processo de produção, como massas folhadas.
Pães de forma apodrecem mais rapidamente do que pães franceses. Isso acontece porque a casca do pão francês protege o conteúdo interno do pão, no caso, o miolo, que é mais úmido e sofre a ação de microrganismos mais rapidamente.
O pão de forma tem somente uma fina casca, que é sua borda, produzida com alguns ingredientes diferentes daqueles usados no preparo do miolo. A casca do pão de forma é onde os pontos esverdeados ficam mais evidentes, devido a sua cor alaranjada.
Na parte interna do pão, no caso, o miolo, quase não se pode notar esses pontos esverdeados. Não basta simplesmente tirar a casca mofada e comer o restante do pão. Se o mofo já está verde, significa que está em proliferação e que já consumiu e se espalhou por todo o alimento.
O mais recomendável é jogar o pão no lixo, não somente aquele que apresenta mofo, mas também todos que estavam em contato com ele, principalmente se acontecer no pão de forma.
A embalagem plástica não ajuda na conservação prolongada desse pão, pois não oferece ventilação para o alimento e é um meio propício para os microrganismos se disseminarem. Mesmo que somente a primeira fatia de pão esteja mofada, o mais recomendável é jogar no lixo todos os pães que estão na embalagem.
- Camada branca: quando essa camada branca está em um pedaço ou em volta do alimento, não se deve ingeri-lo de maneira alguma. Esse nível de mofo é bastante avançado e apenas um pedacinho muito pequeno do alimento pode causar uma intoxicação alimentar gravíssima.
A camada branca em volta de uma parte do alimento significa que ele já está em um nível de apodrecimento bastante avançado e que deve ser afastado dos demais alimentos e jogado ao lixo.
Todos os alimentos que estiverem em contato com esse alimento mofado devem ser analisados cuidadosamente e jogados ao lixo, se for detectado algum problema. O mais recomendado é que todos os alimentos que estiverem perto dele sejam jogados fora.
Em alguns tipos de queijo, o processo de apodrecimento é outro. O queijo primeiro apresenta ranhuras brancas, principalmente na casca, e depois começa a ficar esverdeado.
É preciso ter bastante cuidado com o mofo, pois quando ele se mostra visível significa que aquele alimento já não está bom há algum tempo. O mofo nunca deve ser ingerido.
Cheiro 
Assim que a aparência do alimento for observada e aprovada, o consumidor deve cheirar o alimento, a fim de perceber se há algum indício de que ele está estragado que não tenha ficado explícito pela análise da aparência.
Cada alimento tem seu aroma próprio e cabe ao consumidor reconhecê-lo, pois se não souber que cheiro devia sentir, não terá bagagem cultural para definir se aquele alimento está estragado ou não, apenas cheirando-o.
Muitas pessoas têm dificuldade em saber se algum alimento está estragado somente pelo cheiro, pois ou não conhecem o aroma original do alimento ou têm pouca sensibilidade olfativa.
O que mais se pode reparar com o odor do alimento é se ele proporciona uma reação ruim ao organismo. Porém, essa reação somente será desencadeada se a pessoa tiver conhecimento de que aquele cheiro não é comum para determinado alimento.
Um exemplo simples é o feijão cozido. O feijão deve ser cozido todos os dias para que os microrganismos não se proliferem, mesmo se o feijão estiver na geladeira. Fervendo-o, ele dura mais tempo e tem menos chance de criar colônias de bactérias.
Quando o feijão fica três dias dentro da geladeira sem ser fervido, o mais recomendável é que o consumir cheire-o antes de ingeri-lo. Se o feijão apresentar um aroma azedo, certamente ele passou do seu período útil e deve ser eliminado.
Algumas pessoas desenvolvem uma habilidade bastante útil para a identificação de alimentos estragados, por meio do olfato, principalmente se esses alimentos estiverem na geladeira.
Pare por alguns segundos e tente se recordar se um dia você já presenciou a seguinte cena:
Um amigo ou parente muito chegado vai à casa de uma pessoa e a ajuda a fazer o almoço. No instante que esse convidado abre a geladeira, expõe uma expressão facial bastante desagradável.
Em seguida, faz o seguinte comentário: “Tem alguma coisa estragada aqui dentro”.
Essa capacidade de perceber que há algum alimento estragado dentro da geladeira somente ao abri-la é um tanto difícil de encontrar nas pessoas. Uma das explicações para essa dificuldade é que a pessoa que mora na casa e usa cotidianamente aquela geladeira já se acostumou com o cheiro que ela exala e mesmo que haja algo estragado ali dentro ela não perceberá
Sabor 
O sabor é um fator muito importante para a análise da validade de um alimento. Se durante a observação da aparência e do aroma nada for detectado,certamente o sabor irá acusar algum problema, caso o alimento já tenha passado de sua validade.
Esse fator é reconhecido por um gosto bastante diferente que o alimento apresenta. Existe uma variação bastante ampla com relação a isso, já que cada tipo de alimento tem suas características e o sabor é uma das mais importantes.
Quando o alimento é levado à boca e o organismo reage imediatamente contra ele, em geral, cuspindo-o, é sinal de que algo muito errado existe naquele alimento. Depois de colocá-lo para fora, o consumidor costuma olhar e procurar o motivo do seu mau gosto e percebe que o alimento já está deteriorado.
Se o consumidor desconfiar do gosto do alimento, o mais recomendável é ele não ingeri-lo, a fim de evitar problemas digestivos posteriores e outros constrangimentos.
Teor Vitamínico
Esse fator de análise de validade de alimento não pode ser executado caseiramente, pois somente empresas alimentícias e laboratórios têm condições de preparar testes para concluir o teor vitamínico de um alimento.
O teor vitamínico não pode ser examinado em casa porque demanda mais que apenas uma observação cautelosa. Não é apenas por meio dos olhos, do nariz e da língua que o teor vitamínico é quantificado.
Portanto, a atenção na hora de consumir um alimento é de extrema importância, principalmente na aparência e no cheiro. Muitas pessoas têm dificuldade de reconhecer um alimento apodrecido, mas isso é decorrente de falta de informação e vivência.
Higiene
A higiene é um fator dominante para a proliferação de microorganismos no ambiente e principalmente nos alimentos. Manter uma boa higiene dos locais em que são armazenados os alimentos é uma ação básica e deve ser seguida.
Mesmo que o alimento seja cozido, assado ou frito posteriormente, o local onde ficam armazenados tem bastante importância, pois se qualquer inseto ou outro tipo de animal passar por eles, pode contaminá-lo de maneira irreversível.
O local como um todo deve ser higienizado, não somente a cozinha ou a despensa. De nada adianta manter limpo o local onde os alimentos estão armazenados se o restante do ambiente estiver exposto a contaminações.
Os microrganismos e os animais domésticos que passam diariamente por esses locais podem transferir a sujeira de um cômodo para outro e/ou depositar seus dejetos em cima dos alimentos. Os animais também circulam e carregam em seu corpo sujeira e bactérias, que provocam a contaminação dos alimentos.
Mãos 
As mãos sempre devem ser higienizadas antes de se ingerir um alimento. Maus hábitos de higiene criam problemas graves de saúde, justamente porque não se pode saber ou mesmo lembrar todos os locais que as mãos tocaram: corrimão de ônibus ou escada, balaústre, computador, celular, cumprimentos, tosse, espirro.
O mais recomendado é que após lavar as mãos o consumidor ainda utilize talheres ou guardanapos para levar o alimento à boca. Mesmo higienizadas, as mãos ainda podem conter microrganismos, principalmente debaixo das unhas.
A maioria das pessoas não leva a sério a lavagem das mãos porque nunca ficaram doentes com infecções ou, pelo menos, nunca fez essa associação entre comer com as mãos sujas e ficar doente ou desenvolver algum problema no trato digestivo.
Segue abaixo uma ilustração de como deve ser feita a lavagem correta das mãos.

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