Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 7 Introdução O colangiocarcinoma pode ser de vias biliares intra- hepáticas ou extra-hepática (sem acometimento de fígado). A principal causa de tumor hepático maligno é metástase de tumores digestivos. Assim como as metástases, os colangiocarcinomas são lesões hipovasculares. Portanto, nem toda lesão hipovascular maligna no fígado é metástase. Ao rastrear e não achar nada relacionado a metástase, pode-se estar diante de um caso de colangiocarcinoma. Essa é a grande importância dele, já que tem na grande parte dos tumores hepáticos malignos metastáticos. Tumores hepáticos primários → 1º CHC (carcinoma hepatocelular); 2º colangiocarcinoma. A diferença é que CHC é hipervascular e colangiocarcinoma é hipovascular. • Tumores de vias biliares são raros; • A via biliar extra-hepática (próxima-hilar) é o local mais acometido; • Tipo histológico mais frequente: adenocarcinoma (IHQ); • Subtipos histológicos: ❖ Esclerótico nodular (2/3) → prognóstico mais reservado; ❖ Papilar intraductal → mais indolente. O colangiocarcinoma está por volta dos 3 a 5%, o qual é mais comum na via biliar extra-hepática proximal - hilo. Vale lembrar que no esôfago, o subtipo histológico mais frequente é o CEC, seguido pelo adenocarcinoma. Fatores de risco • Colangite esclerosante: quando tem esclerose de via biliar e faz estenose. Com a estenose, acaba tendo um escoamento dificultado de bile (a mesma fisiopatologia de cirrose para ascite); • Hepatolitíase (cálculo de via biliar intra- hepática, litíase intra-hepática): o cálculo obstrui a via biliar, impedindo-a de drenar a bile, isso resulta em colangite esclerosante, com estase de bile; • Cisto de colédoco; • Doença inflamatória intestinal: está associada a retocolite ulcerativa e à colangite esclerosante; • Implantação anômala de via biliar: pensa-se que pode acabar tendo estase de bile. Então, todos os fatores relacionados a câncer de via biliar estão interligados à fisiopatologia de uma estase de bile. Apresentação clínica • Assintomáticos; • Perda de peso; • Icterícia; • Anorexia; • Ascite; • Prurido; • Massa palpável. A maioria dos tumores digestivos só terá o aparecimento dos sintomas quando está em estágio avançado. No CHC, às vezes é descoberto precocemente, porque tudo que tem rastreio é achado precocemente. Quando não há rastreio, tem descoberta tardia. Diagnóstico LABORATÓRIO • Provas da função hepática; • Bilirrubina total e frações; • TGO, TGP; • Fosfatase alcalina; • Gama GT. EXAMES DE IMAGEM • Tac de abdme e/ou RNM com colangioressonância: Para exames de imagem, assim como em CHC, biópsia também é exceção em colangiocarcinoma. É preciso ver o tipo de hiperbilirrubinemia, pede-se bilirrubina total e frações; vai ver o padrão de colestase, que é um predomínio de bilirrubina direta sobre a bilirrubina indireta; alteração de transaminases e canaliculares, porque em estase biliar, há um geral Colangiocarcinoma 2 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 7 de lesão hepática (TGO e TGP são marcadores de lesão); e marcadores de lesão de via biliar (fosfatase alcalina e a gama GT, que é a mais especifica de todas). Feito esse padrão de icterícia às custas de bilirrubina direta e alteração de canaliculares, sabe-se que está na via biliar. Dificilmente uma icterícia às custas de bilirrubina, por exemplo, por coledocolitíase, faz gama GT de 1000, é muito raro. Quando vejo gama GT acima de 1000 é câncer. Isso vai de experiência, costuma-se passar isso de um para o outro, entre cirurgiões digestivos. Exames de imagem: tomografia de abdômen é tão bom quanto ressonância de abdômen. Mas, em casos exame para avaliação de via biliar, cistos, colédoco, pâncreas, o melhor método é a ressonância de abdômen. Divide-se o colangiocarcinoma em três: • Vias biliares intra-hepáticas; • Colangiocarcinoma hilar; • Via biliar extra-hepática distal. Não faz biópsia porque ao abrir, perfurar uma via biliar, ainda mais em um paciente com câncer, é cair numa cirurgia de urgência sem uma programação cirúrgica adequada com o paciente, que é um paciente eletivo. Então a biópsia é feita em casos de raríssimas exceções que a gente não conseguiu fechar o diagnóstico, e por algum motivo determinarmos que a cirurgia para o paciente é mais mórbida do que a biópsia. Por exemplo, tem um paciente de 87 anos, poli comorbidades, performance de status boa, ou seja, apesar da idade, o paciente tem vida social, mas é cardiopata, hipertenso, diabético, e um procedimento cirúrgico é muito mórbido, por isso acaba lançando mão da biópsia. Mas é só de exceção! Então, quando se fala de fígado, o mais importante é o colangiocarcinoma intra-hepático. Colangiocarcinoma intrahepático Colangiocarcinoma intra-hepático, peri-hilar e extra-hepático tem que estadiar. Talvez para estadiamento, o colangiocarcinoma não seja algo que precise memorizar, porque ele é cirúrgico. Mas, se for uma massa muita grande ou metastático, não tira cirurgicamente. Então, o TNM não me norteia tanto quanto nos outros cânceres. ESTADIAMENTO O estadiamento é o mesmo de estadiamento de cânceres digestivos • TAC de tórax abdome e pelve: o rastreio de câncer digestivo passa por abdômen e tórax. A drenagem digestiva de tórax vai passar sempre pelo fígado e pulmão, por isso que câncer digestivo, a metástase é hepática e pulmonar. • Marcadores tumorais; • EDA e Colonoscopia: quando tem uma lesão hipovascular no fígado, pois, pensa-se em metástase do TGI. Mesmo que a imagem seja mais sugestiva de colangiocarcinoma, o médico tem como obrigação fazer a endoscopia e colonoscopia, porque a lesão hipovascular do fígado é igual a metástase do trato gastrointestinal. Então, é igual a intestino irritável, só vai achar, se não achar nada. Não achou nada no cólon e esôfago, deve ser colangiocarcioma. • Biópsia; • Laparoscopia estadiadora/USG. Biópsia é só de exceção, em caso de não fechar diagnóstico, e se por exemplo, pegar um paciente com performance de status boa, jovem, sexta década de vida (que é a prevalência), faz uma biópsia incisional e parte para cirurgia, para tirar e mandar o anatomopatológico, mesmo que seja benigno. E, quando se fala de colangiocarcinoma como subtipo esclerótico nodular, é um subtipo mais prevalente e mais agressivo, por isso, começa a cirurgia com uma laparostomia estadiadora, olha o abdômen inteiro e peritônio, nada de lesão, não criou metástase. Vai para o fígado, se não tiver USG intraoperatório, vai contraindicar o procedimento. Mas é de bom tom que se o serviço tiver, coloca o USG no fígado. 3 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 7 Tratamento • Cirúrgico; • Ressecção hepática com margens livres; • Linfadenectomia do ligamento hepatoduodenal; • Doença contralateral. A primeira imagem é uma peça cirúrgica do fígado, a importância da ressecção hepática de margem livre, é que há fígado normal para análise. Alguns serviços fazem a linfadenectomia do ligamento hepatoduodenal (em verde na imagem), que sai do fígado para o duodeno, retira-se tudo que há de gordura no ligamento, vai levantando o ligamento, que tem circulação linfática associada e então passa o bisturi e tira. Quando há a doença contralateral, em que há um nódulo contralateral ao outro, se faz a nodulotectomia dos dois, separadamente. Deve-se sempre lembrar de fígado remanescente, deve-se focar mais em metástase que são múltiplas do que em colangios que são mais in locu, e então, nesses casos, se faz ressecção do setor, ou do lobo. Se for uma lesão pequena, pode fazer só a retirada da lesão, se for maior retira-se o segmento,e essa é uma decisão intraoperatória. Sempre se solicita segmentectomia, para aprovação mais fácil do convênio. Alguns nódulos conseguem-se palpar durante a cirurgia, outros acompanha-se com USG. Os que são bem intra-hepáticos pode-se fazer radiofrequência, inserindo uma agulha e queimando a lesão. Lembrar: alteração de artéria hepática ou de veia porta não necessariamente são contraindicações cirúrgicas. A artéria hepática a gente pode levar, até porque 75% da vascularização e da oxigenação do fígado ocorrem pela porta e só 25% pela artéria hepática. Se envolver a porta, pode-se fazer ressecções vasculares. Mas, se há invasão de tronco de veia porta ou dos dois ramos bilaterais cursam com contraindicações cirúrgicas. Colangiocarcinoma hilar Estadiamento • TAC de tórax, abdome e pelve; • Marcadores tumorais; • Laparoscopia estadiadora/USG. • Bismuth tipo I: há um colangiocarcinoma de hepático comum, mas a bile consegue passar de uma via biliar para outra, há comunicação entre elas → linfadectomia do hepatoduodenal e biliodigestiva. • Bismuth II: chega até a bifurcação sem comunicação entre elas → anastomose em duas bocas. • Bismuth IIIA: além da comunicação há comprometimento do hepático direito → ressecção de via biliar e hepatectomia direita associada, pois o câncer entrou dentro da via biliar intra-hepática; • Bismuth IIIB: comprometimento do hepático esquerdo → ressecção de via biliar e hepatectomia esquerda. • Bismuth IV: é o comprometimento das duas hepáticas e, nesse mesmo IV, há tumores multifocais, direitos e esquerdos, hepático comum e colédoco → tratamento paliativo; se for só do lado esquerdo e direito e se consiga anastomosar biliodigestivo (permitir que a bile 4 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 7 volte a cair direto no duodeno) pode-se fazer cirurgia. Tratamento • Drenagem biliar pré-operatória; • Ressecção hepática adjacente; • Lobo caudado; • Embolização de porta adjacente; • Linfadectomia do ligamento hepatoduodenal, retropancreáticos, e ao longo da artéria hepática; • Congelação de via biliar proximal e distal Dentro dos tratamentos tem algumas estratégicas cirúrgicas. A drenagem biliar pré-operatória ocorre quando há uma hiperbilirrubinemia acima de 10, pois a função hepática já está machucada, e se somar a isso uma ressecção pode ser que o fígado não aguente e ocorra uma insuficiência hepática fulminante. EDA → estômago → duodeno → via biliar → em cima do tumor → drenagem de bile. Se a cirurgia for por CPRE cai em cima do tumor que está fechando a via biliar. Portanto, CPRE não é estratégia para drenagem de via biliar, de câncer de via biliar. A drenagem de via biliar considerando o câncer de via biliar é feita de forma percutânea: coloca o paciente na tomografia, faz uma imagem, pega uma via biliar dilatada transparietal, pela parede abdominal, e pelo fígado depois de achar a via biliar dilatada, segue com o cateter até a via biliar proximal e deixa lá o cateter. E aí vai ter uma bolsa coletora, onde vai estar caindo bile (desenho em azul a esquerda da figura acima). Isso é Drenagem biliar percutânea. Então, o tumor estaria onde a seta está apontando, e drenaria a bile da via biliar que estaria mais dilatada, isso não quer dizer necessariamente que estaria drenando toda bile que precisa, ou que teria a bilirrubina normal. Mas só de estar de 5, já está liberado para cirurgia. A fístula é uma comunicação anormal de uma víscera com outra, uma víscera com a cavidade abdominal. Não tem como a via biliar abrir espontaneamente para a cavidade, isso dificilmente acontece. O coleperitônio ocorre quando tem necrose de vesícula por colicistite, e então a bile cai da vesícula para a cavidade. Coleperitônio por ruptura de via biliar é extremamente raro. Uma lesão tumoral muito extensa que necrosou e faz coleperitônio pode acontecer, mas é raríssimo. Tumor em crescimento acelerado faz necrose tumoral, nessa necrose tumoral alguém escolheu fazer coleperitônio associado e, então, pode ter, mas não é o mais frequente. O tumor na via biliar pode fistulizar e fazer uma comunicação com o duodeno, e nesse caso a cirurgia vai ter que ser duodenopancreatectomia. O tumor, ilustrado na figura, com a seta apontando, pode crescer o suficiente para atingir o transverso que está ali na frente e fazer uma fístula biliodigestiva para o transverso. Nesse caso, a cirurgia será ressecção de via biliar mais transversectomia. As particularidades das fístulas digestivas são: quando tiver uma fístula para o duodeno, ou tiver uma fístula para o transverso, como tem gás dentro do duodeno (em toda víscera oca tem gás dentro), o gás vai para a via biliar e no exame de imagem terá o aerobilia, significa gás na via biliar (cai bastante em prova). Nível hidroaéreo é visto em abdômen agudo suboclusivo. Toda vez que for visto gás na via biliar, é uma fístula biliodigestiva, com duodeno, jejuno, transverso ou estômago, não importa a víscera oca, é uma fístula. Existem serviços que independentemente da localização do colangiocarcinoma, fazem ressecção do lobo caudado, acreditando que este lobo faz uma drenagem biliar própria (o lobo caudado tem drenagem biliar portal e hepática exclusivas). Quando tem uma ressecção hepática, por exemplo direita, um câncer grande no lobo direito, que já sabe que vai tirar o lobo direito e que vai ficar menos que 40% de fígado (no paciente cirrótico), 30% (no paciente normal), paciente de 45 anos, jovem, tem uma estratégia chamada embolização de porta (começou a ser feita há 10 anos). Emboliza a porta, fecha a porta direita toda, o fígado direito vai morrer, lembrar que 75% da oxigenação dele é via porta. Vai ser feito uma pseudomorte do fígado, então esse fígado retrai e o lobo esquerdo hipertrofia, isso no pré-operatório. A volumetria do 5 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 7 esquerdo aumenta e consegue os 40% necessários. Então, é uma estratégia pré-operatória de resgatar um paciente que seria “inope” por reserva hepática. Linfadenectomia do ligamento hepatoduodenal; retropancreáticos, e ao longo da artéria hepática – vai escavacar na artéria hepática, hepatoduodenal e retropancreático, que estão coladinhos. Sempre congelar via biliar proximal e distal, por exemplo, tirou uma lesão (indicada na seta), tem que mandar para congelação, para saber se tem margem livre. Se deixou margem proximal acometida, sobe. Isso deve ser feito no intraoperatório, para não deixar câncer. Então, lobectomia patológica de margens cirúrgicas. Colangiocarcinoma de via biliar distal É observado que tem uma interseção de colangiocarcinoma, porque tem colangiocarcinoma intra-hepático, colangiocarcinoma de via biliar extra- hepática, hilar e via biliar distal, que entra nos periampulares. Obs.: não se apegar tanto ao estadiamento, mas sim com o tratamento cirúrgico. Tratamento • Tumor periampular; • Duodenopancreatectomia; • Linfadenectomia ligamento hepatoduodenal, retropancreáticos, retroportais e artéria hepática. Quando se fala de via biliar distal (demonstrado na imagem com seta laranja), a seta preta é pâncreas, e a via biliar distal está intra-pancreático. Se for preciso tirar a via biliar distal, vai ser preciso tirar o pâncreas. A vascularização de duodeno e pâncreas é junta. Então, toda vez que tirar pâncreas, tirar duodeno, a cirurgia é duodenopancreatectomia, porque ele é um tumor periampular (círculo azul). A mesma linfadenectomia, ligamento hepatoduodenal, retropancreáticos, retroportais e artéria hepática. Tratamento multimodal • Adjuvância controversa; • QT +/- RT. Usa-se o tratamento multimodal (quimio e radioterapia), quando o paciente é muito jovem, não tem indicaçãocirúrgica, tumor invadiu mesentérica superior, porta 360 graus, tumores não cirúrgicos mas perfomance status boa. Então, não tem como dizer que não vai fazer mais nada. Obs.: Quando o paciente tem uma lesão, a qual acredita-se que é neoplasia, um colangiocarcinoma, e é intra-hepático, é hipovascular, é preciso biopsiar para dar o subtipo histológico para quimioterapia. Então, é uma lesão intra-hepática → biópsia para fazer a QT. Todo colangiocarcinoma mesmo estadiamento: tórax, abdômen, pelve e CA19-9 (marcador tumoral). Se for intra-hepático ressecável →cirurgia. Quando é hilar irressecável → às vezes precisa drenar a via biliar, porque o paciente não aguenta de prurido, hiperbilirrubinemia, estase biliar faz colangite. Então drena para que o paciente tenha conforto também. A drenagem não é só pré- operatória, é também para o paciente conseguir ter os últimos dias e não morrer de prurido, que é algo extremamente difícil de tratar só com medicação. Já se for ressecável → vê se precisa drenar, embolizar porta e vai para a cirurgia. O distal extra-hepático → pode ser que seja cirurgia de Whipple ou se for irrresecável, tratamento paliativo. 6 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 7 Metástases hepáticas não colorretais • Achado comum no segmento de pacientes oncológicos (50%); • Tumores relacionados a circulação abdominal; • Intestino grosso e NE aumenta sobrevida; • Metástase única < 5cm, intervalo livre de doença > 24 meses, sítio primário mama, adrenal, testículo, ginecológicos. Na figura abaixo, do lado direito observa-se a esplênica, mesentérica inferior, na parte central a mesentérica superior, acima a porta. Então, toda drenagem venosa abdominal vai entrar pela porta, porque esplênica vem do baço, mesentérica inferior vem do cólon esquerdo, mesentérica superior do vem cólon direito e delgado e aí chega na porta. Todas essas vísceras, estômago – porta, esôfago – porta, grande parte da circulação arterial e venosa do pâncreas vem da esplênica, pâncreas – esplênica – porta. Se toda essa drenagem venosa desses órgãos vai passar pela porta, vão passar pelo fígado. Logo, se imagina que as metástases digestivas irão para o fígado por conta disso: circulação portal. Se tem muita importância as metastasectomias hepáticas em pacientes que tem metástase menor que 5 cm. Como cirurgião hepático, pegar uma metástase única, paciente com menos de 24 meses de doença. O sítio primário de mama, adrenal, testículo, ginecológico (mama com ginecológicos, adrenal e testículo lembrar se é mama e ginecológico, testículo vem junto e adrenal a parte) vai tirar essa metástase porque vai aumentar demais a sobrevida desse paciente. Sinais e sintomas • Achado de exames de imagem de acompanhamento; • Elevação de marcadores; • Doença avançada: hepatomegalia, icterícia. • Lembrar que dificilmente dá alta ao paciente. Diagnóstico/estadiamento PROPEDÊUTICA DE DOENÇA AVANÇADA/RECIDIVADA • TAC de tórax; • TAC de abdome (volumetria – 20%-30% pós QT); • TAC de pelve; • PET CT. Já foi visto por que o fígado faz metástase (porque toda circulação de vísceras abdominais vai passar pelo fígado). A metástase pulmonar ocorre por conta da veia cava – coração – pulmão, por isso que faz metástase hepática pulmonar. Se no seguimento de um paciente oncológico, rastreando o tórax e o abdômen, e o marcador tumoral, e foi achada uma lesão, antes da cirurgia vai ser realizado um PET. É doença recidivada, precisa saber se tem mais doença, porque se tiver mais doença pode ser que seja não cirúrgico. Se tiver menos doença, provavelmente cirúrgico. Tratamento Acompanhamento do paciente: • Se está na mama e testículo, mas não é metástase única, não é pequeno, não tem mais de 24 meses → quimioterapia; • Se a quimio segurou a lesão → cirurgia; • Se com a quimio o paciente continua progredindo, → paliação. Paciente oncológico é um paciente que a gente sempre dá chance de resgatar. Se tem uma lesão que não está dentro desses critérios, não vai desistir completamente e fazer paliação, vemos se a quimio vai segurar. Se a quimio segurar, quer dizer que o comportamento da lesão é bom. Então, vai tirar e 7 Beatriz Machado de Almeida Cirurgia oncológica – Aula 7 depois se voltar, a quimio ainda segura. Se a quimio não segurar, não vai mandar para a cirurgia porque se fizer a cirurgia, como está se tratando de doença avançada e tiver pequenas metástases que não foram vistas pelos exames ainda, e essas metástases aparecerem no pós-operatório, até porque o paciente imunodeprime no pós-operatório, assim como desnutre; se tiver doença a distância acaba avançando e a quimio não vai segurar. O paciente não responde a quimioterapia e será oferecido conforto para ele. Já se estiver falando do trato gastrointestinal alto, → condutas off label se ele precisar e se o paciente tiver performance. Cirurgia oncológica é cirurgia de performance, é cirurgia de avaliar o paciente. Se está tratando de pulmão → quimioterapia paliativa.
Compartilhar