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História, Terminologia, Assepsia e Antissepsia

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TÉCNICA CIRÚRGICA – HISTÓRIA, TERMINOLOGIA, ASSEPSIA e ANTISSEPSSIA
Desde a cirurgia medieval se divide em Diérese (separação tecidual para fins terapêuticos, corte com algum instrumento), Hemostasia e Síntese.
A cirurgia minimamente invasiva é o refinamento de uma técnica. Pequenas incisões. Ex.: Catarata por facoemulsificação; Abdome por laparoscopia; Articulações por artrocospia e Tórax por toracoscopia. Cirurgia minimamente invasiva não salva mais que a aberta mas permite recuperação pós operatória mais rápida por causar menos dor, mas é impossível muitas vezes de ser feita na emergência.
Cirurgia robótica – combinação de cirurgia minimamente invasiva + não colocar a mão no paciente.
Objetivos da terminologia cirúrgica:
· Fornecer sob forma verbal ou escrita uma definição do termo cirúrgico;
· Descrever os tipos de cirurgia (prefixo – tem relação com a parte do corpo que está relacionada com a cirurgia; sufixo – ato cirúrgico realizado).
Prefixos utilizados em cirurgia
· Trico - pêlo
· Laparo – flanco (lateral do abdome)
· Adeno – glândula 
· Dermo – pele 
· Mio – musculo 
· Blefaro – pálpebra 
· Celio – abdome (linha média/alba)
· Cerato – córnea 
· Cisto – bexiga 
· Colecisto – vesícula
· Colo – intestino grosso
· Colpo – vagina 
· Entero – intestino delgado
· Gastro – estômago
· Epísio – vulva 
Sufixos utilizados em cirurgia
· Otomia – corte/incisão 
· Ectomia – remoção/excerese parcial ou total
· Pexia – fixação de um órgão a outra região/órgão
· Plastia – alteração da forma e/ou função
· Rafia – sutura/síntese
· Oscopia – inspeção do interior do corpo por meio de aparelhos com lentes especiais
· Ostomia – criação de fístula em víscera oca ou câmara corpórea
· Centese – aspiração de cavidade ou câmara corpórea
· Dese – junção, fixação de uma parte com outra que acarreta em perda da função inicial
· Rexis – ruptura por arrancamento
Sobre a plastia – ex. remoção de uma parte e ligação da parte que sobrou com uma parte mais longícua.
Dese exemplo – articulação em que se remove as cartilagens articulares, união das articulações sem capsula articular.
Rexis é mais uma manobra, e não é tanto usada.
Quando se fixa um órgão a uma parede (ex. abdominal) ou a outro órgão tem-se o sufixo pexia (ex. colopexia).
Castração praticada na medicina veterinária envolve a retirada do ovário, se envolver só ovário – ovarectomia, se for ovário+útero – ovariohisterectomia. Na vet não se pratica só histerectomia como é feito em mulheres.
Epísio – vulva (epísiorafia, epísiotomia, epísioplastia).
Onicectomia – remoção de unha, hoje em dia não se faz mais isso.
Em pneumotórax irá se aspirar a cavidade – necessário toracocentese.
Coração com tamponamento no pericárdio – necessário pericardiocentese.
Osteossíntese de tíbia, fêmur.
Quando se modifica a função do órgão, cria algo diferente nele se está fazendo uma plastia. Ex. trocleoplastia por conta de luxação patelar.
Cirurgia de catarata se remove a cápsula do cristalino – capsulorexi.
Alguns procedimentos não seguem a regra (ablação também significa excerese). Termo utilizado em alguns casos:
- Excerese de conduto auditivo (preferível ablação de conduto auditivo);
- Excerese do bulbo ocular e conteúdo da órbita (preferível exenteração); 
Remoção de todo conduto auditivo (ouvido externo e médio) – ablação do conduto auditivo.
Ter ciência do diagnóstico para saber se é exclusivamente clinica ou cirúrgica. Sem o diagnostico não se leva o paciente para mesa.
· Profilaxia das infecções:
Métodos preventivos antissepssia, assepsia, antibioticoterapia profilática, técnica cirúrgica adequada.
· Antissepssia:
Conjunto de medidas empregadas com a finalidade de destruir ou inibir o crescimento de microorganismos existentes nas camadas superficiais (microbiota transitória) e profundas (microbiota residente) da pele e de mucosas, pela aplicação de agentes germicidas, classificados como antissépticos.
· Assepssia:
Precauções que o cirurgião e seus auxiliares tomam com a finalidade de permitir que tanto a ferida cirúrgica, o instrumental utilizado e o ambiente cirúrgico permaneçam livres de microorganismos, evitando, assim, qualquer contaminação.
· Antissépticos mais usados:
Agente capaz de eliminar microorganismos. Reduzir risco de infecções trans e pós-operatórias.
O antisséptico cutâneo ideal tem amplo espectro de ação; eficaz contra esporos de bactérias; mata microorganismos rapidamente; tem efeito residual; tem capacidade detergente; tem eficácia na presença de material orgânico; ausência de toxicidade (não ser teratogênico e/ou carcinogênico).
Geralmente se usa antissépticos em pele, e não em abdome ou dentro do tórax.
- Diacetato de clorexidina 2%: Está sendo bastante usado. Promove destruição por precipitação da parede celular; tem largo espectro (mais contra gram positivo, mas também contra negativo); é bom virucida; não se inativa na presença de material orgânico (muito importante); tem atividade residual (se conjuga com a ceratina), até dois dias de eficácia, eficácia aumenta com a reaplicação (se acumula); é menos irritante que os iodóforos (ex. iodo-povidona); se for diluir que seja em água estéril a 0,02% (1:40), não diluir em NaCl (solução fisiológica) ou RL pois precipita; tem diferença entre o shampoo de clorexidine de cor amarelo e a solução alcoólica de clorexidine que é azul ou transparente.
- Iodo povidona: É um iodóforo (PH 3,2). Encontra com o nome Polivinil pirrolidona (PVPI). Faz a destruição da bactéria por penetração e oxidação da membrana celular (substituição fosfo-lipídios por iodo livre). Largo espectro de ação (gram posit. e negativo), mas baixa ação em esporos. É inativado por material orgânico. Requer no mínimo 2 minutos de contato cutâneo (diferente do clorexidine que você passa por 1 minuto e já vai grudando na ceratina). Atividade residual baixa (apenas 4-8 horas). Pode ser diluído em solução fisiológica ou ringer lactato (diferente do clorexidine). A solução comercial vem com 10% de concentração e é para ser usado em pele íntegra. Pode-se fazer uma solução 1% (1:10) visando limpeza de feridas cutâneas, soluções mais concentradas não aumentam espectro de ação. Tem como fazer uma solução bem mais diluída para aplicação em mucosas, de 0,02% (1:40) para superfície ocular (córnea e conjuntiva) e mucosas (oral, peniana e vaginal). Para lavar superfície da córnea e conjuntiva (mucosa ocular) o clorexidine nao se dá muito bem pois é solução alcoólica. Já mucosas oral, peniana e vaginal tanto faz iodo ou clorexidine.
- Álcool 70%: Não se usa álcool em gel. Promove destruição por desnaturação protéica, interrupção metabólica e lise celular. Tem bom espectro de ação, desengordurante, penetra biofilmes, é inativado em matéria orgânica, ação rápida mas sem efeito residual (pois evapora), irrita mucosas e é inflamável. NÃO PODE SER USADO EM MUCOSA. Atualmente tem produtos que misturam álcool 98% com clorexidine que dispensa a escovação das mãos do cirurgião e do paciente.
· Preparo do paciente:
 Restrição dietética: 
Jejum de sólidos:
- Cães e gatos: 12h adultos cirurgias urgenciais e eletivas, 6h filhotes, 48h cirurgias no TGI (na pratica não se faz isso). Não se restringe acesso à agua. 
- Equinos: 18h.
- Bovinos: 24h, pode usar sonda gástrica para esvaziar o rumem em caso de emergência. 
 Passeio:
- Urinar e defecar: Principalmente procedimentos abdominais.
 Tricotomia:
- Sentido contrário do pelo, não no sentido a favor. Sempre um palmo aberto a mais daquilo que se vai abordar (20cm de cada lado). Número da lamina inversamente proporcional ao tamanho do corte do pelo. Realizar a trico fora do centro cirúrgico (evitar contaminação). No caso da face, pálpebras e cílios mais complicado fazer com o paciente anestesiado, não usar gilete (acidentes anatômicos). Utilizar aspirador de pó dentro do centro cirúrgico.
 Cateterização venosa:
- cefálica (ortopedia e cirurgia geral).
- safena (cirurgias oftálmicas, otológicas e pescoço).
 Posicionamento:
Local a ser operado acessível ao cirurgião.
Decúbitos – dorsal (abdome, região ventral do pescoço, toracotomiaabordagem esternal, palato); esternal (região perineal, cabeça, olhos e dorso); lateral direita ou esquerda (coluna vertebral, cabeça/olhos, dentes/gengivas, orelhas e membros).
· Estéril:
Aprender e praticar o estéril.
Equipe cirúrgica quando fora do centro cirúrgico a roupa de fora não adentra o centro cirurgico. Mas pode usar jaleco por cima quando precisar ir fora do centro cirurgico e for coisa rápida.
Preparo do paciente se faz com outra roupa, não com a que vai entrar no centro cirurgico.
· Paramentação da equipe cirúrgica:
- Decide área a ser tricotomizada (cirurgião);
- Cateterização de vasos, MPA e tricotomia (volantes e anestesista, volante é o pessoal que participa do procedimento ajudando a pegar materiais);
- Durante preparo do paciente, a mesa cirúrgica pode ser montada pelo cirurgião, auxiliar e instrumentador. Na pratica é muito difícil se observar a presença do instrumentador, geralmente se tem o cirurgião e auxiliar.
- Dentro do centro cirurgico obrigatório uso de pijama, mascara, gorro e pró-pé. Antes mesmo de entrar na sala de cirurgia já tem que estar de máscara e gorro. O pro-pé que se coloca na transição da área suja para a limpa.
- Quem deve se paramentar (se lavar e tudo mais): Cirurgião, auxiliar e instrumentador.
- Quem não devem se paramentar: Volantes e anestesista, so tem que entrar de pijama limpo.
Limpar o paciente e se limpar antissepsia.
Entrar no centro cirurgico com pijama limpo, gorro e mascara assepsia.
· Esterilização dos cirurgiões:
Escovação cirúrgica vem caindo em desuso, tanto do paciente quanto dos cirurgiões. Já foi comprovado que esfregação das mãos é tão útil quanto a escovação. Estudos da última década que comprovam que espalhar sobre as mãos produtos como o que misturam antissépticos e ÁLCOOL 98% reduz de forma similar que as inquinações (escovações). A escovações pode causar microescoriações e infecções.
· Fatores relevantes:
- Unhas devem estar curtas, SEMPRE! Unhas maiores que 2mm tem maior bactérias;
- Unhas roídas, assim como esmalte novo ou lascado não é fonte de infecção;
- Joias e bijuterias devem ser removidos.
· Esterilização de membros:
- Prende-se o membro elevado;
- Antissepsia prévia (igual se faz no abdome);
- Alguém paramentado faz antissepsia definitiva.
· Esterilização cutânea (abdome);
Após indução anestésica, animal já em decúbito e anestesiado;
Fazer Antissepsia prévia – uso de álcool para remover o biofilme de gordura nessa pele, posteriormente uso de clorexidine degermante sabao. Vai ficar ensaboado. A mão de quem está aplicando não precisa ser estéril. Sentido do movimento: Do centro do quadrado que se vai operar para a periferia, após essa primeira passada dobrar a gase e fazer novamente do centro para a periferia em uma região em que não se passou ainda, e por assim vai. Posteriormente a isso vir com o clorexidine sabão e ir esfregando a região.
O cirurgião faz a antissepsia definitiva com uso de uma pinça comprida (pinça de Forester ou Duval), gase estéril e álcool, posteriormente gase estéril com clorexidine alcoólico.
Uma gase dá para usar no mínimo três vezes se for dobrando.
· Esterilização de locais especiais:
Mucosas e olhos não se usa clorexidine nem álcool. Se usa Iodo povidona (PVPI 1:40 – 0,02%). Sempre se inicia de dentro para fora. Não se usa álcool e clorexidine ao redor dos olhos (caustico para córnea a conjuntiva).
Cirurgias perineais – oclusão retal: Dedo de luva preenchido com gase, membros pélvicos do paciente para fora da mesa, prender a cauda cranialmente, parte posterior da mesa inclinada.
· Esterilização de materiais:
São autoclavados;
Já aparelhos elétricos não permitem autoclavagem (se usa pastilha de formol);
· Colocação de panos de campo estéreis:
Cobrir a mesa inteira (não há exceções);
Iniciar pelos extremos que não são incisados, até formar triangulo ou retângulo;
Dobrar o bordo que contactua a incisão, pegar por debaixo (protege luva de contaminação);
Se for fazer cirurgia de pênis mas não tiver feito antissepsia do prepúcio tem que tampar o orifício (prepúcio pinçado para lateral).

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