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AULA 3 GESTÃO POR PROCESSOS E A INTEGRAÇÃO ESTRATÉGICA Profª Aneli Martins 2 TEMA 1 – IMPLANTAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer de seu próprio conhecimento. (Platão) O planejamento estratégico ou estratégia empresarial tem por objetivo definir o melhor caminho, as melhores ações a serem tomadas que levarão a organização de onde ela está para aonde ela quer chegar (Visão de futuro). Neste contexto, Wright (2000, p. 24) esclarece que estratégia se refere: Aos planos da alta administração para alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos gerais da organização. Pode-se encarar a estratégia de três pontos de vantagem: (1) a formulação da estratégia (desenvolvimento da estratégia); (2) implementação da estratégia (colocar a estratégia em ação); e (3) controle estratégico (modificar ou a estratégia, ou sua implementação, para assegurar que os resultados desejados sejam alcançados. As estratégias definidas devem ter uma abordagem integrada, relacionando as vantagens da organização com o que o ambiente mostra de desafios, assegurando, assim, o sucesso no que tange aos objetivos definidos. O processo de estabelecimento e implementação das estratégias empresariais é um dos aspectos mais importantes que os executivos da alta administração das empresas precisam enfrentar. Desse modo, espera-se que o processo seja desenvolvido da melhor maneira possível, propiciando uma otimização dos resultados da empresa. Para que a organização possa alcançar tais resultados, é necessária a observação de cinco fases distintas, as quais serão apresentadas a seguir. 1.1 Fase 1: formulação das estratégias empresariais A formulação de estratégias envolve vários aspectos, como reforça Oliveira (2012, p. 42): “o desenvolvimento de uma estratégia deve remontar ao processo de uma análise do objetivo empresarial resultante da referida estratégia e incorporar ao processo, a máxima aplicação de imaginação e criatividade”. Neste sentido, para sua formulação, deve-se considerar inicialmente alguns aspectos, conforme mostra o Quadro 1. 3 Quadro 1 – Aspectos a serem analisados no momento da formulação de estratégias ASPECTOS DEFINIÇÃO Os recursos da empresa Os recursos de uma empresa são todos os ativos que a organização pode lançar mão para produzir e se manter atuando no mercado. Os recursos podem ser divididos em tangíveis (financeiros e físicos) e intangíveis (cultura, marca, tecnologia capital intelectual etc.). Pontos fortes Todo e qualquer recurso disponível da organização e que possa ser utilizado para aumentar seu desempenho e competitividade. Pontos fracos Todo e qualquer recurso que sua falta possa ocasionar perda de desempenho, produtividade e competitividade. Missão *Definida na aula anterior. Propósito As empresas, geralmente, têm vários propósitos ou funções: algumas são funções primárias (como produzir e vender), enquanto outras são secundárias (como proporcionar segurança aos empregados e oportunidades de crescimento) (Oliveira, 2012, p. 118). Objetivos Objetivo da organização pode ser qualitativo ou quantitativo e é o que ela aspira para alcançar a sua missão, dentro do tempo definido e do ambiente em que está inserida. Políticas São as normas, regras e procedimentos que determinam seu posicionamento em relação aos produtos e serviços que oferece. Também diz respeito à forma de 4 relacionamento com todos os seus stakeholders. Oportunidades e ameaças proporcionadas pelas mudanças no ambiente. As oportunidades ambientais estratégicas referem-se às novas condições nos âmbitos social, político, econômico, tecnológico e mercadológico, que surgem no corpo da crise e que, se forem percebidas e incorporadas nos planos estratégicos das empresas, poderão transformar-se em novas áreas de investimento e de expansão (Oliveira, 2012, p. 125). Integração entre a empresa e o ambiente em que a organização está inserida. O ambiente empresarial não é um conjunto estável, uniforme e disciplinado, mas um conjunto bastante dinâmico, em que atua constantemente grande quantidade de forças, de diferentes dimensões e naturezas, em direções diferentes, as quais mudam a cada momento, pelo fato de cada uma dessas forças interferir, influenciar e interagir com as demais forças do referido ambiente empresarial (Oliveira, 2012, p. 116). Fonte: Martins, 2021. Lembramos que a formulação da estratégia é um processo contínuo e “complexo, pois depende de inúmeros fatores e condições que se alternam e se modificam incessantemente” (Oliveira, 2012, p. 43). 1.2 Fase 2: estabelecimento das estratégias empresariais O estabelecimento das estratégias deve necessariamente passar pela análise dos recursos disponíveis, pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades, os objetivos estabelecidos etc., ou seja, é necessário que a organização realize uma análise interna para verificar se todas as estratégias são possíveis de serem implantadas. 5 Oliveira (2012, p. 48) afirma que: Para que tais configurações empresariais e estratégias possam ser consideradas adequadas pelos executivos, é necessário que cada uma delas seja dimensionada de modo que: Seja competitiva; Tenha relações com as outras configurações, formando um todo mais forte e diferenciado; e Seja possível de ser operacionalizada com recursos que estão à disposição da empresa, no momento considerado. 1.3 Escolhas das estratégias empresariais Normalmente, a escolha recai sobre a estratégia que representa a melhor interação entre a empresa e o ambiente, e que propicie uma vantagem competitiva que seja significativa para empresa. Quando escolhemos uma estratégia, seja esta de lançamento de um novo produto, entrar em novos mercados, ou mesmo a compra de novos equipamentos, precisamos identificar os riscos envolvidos. Para a escolha da nova estratégia, Oliveira (2012, p. 49) identifica algumas perguntas que devem ser respondidas pela alta administração da organização: • Qual é a importância relativa de cada uma das considerações e dos aprendizados precedentes? • Qual é a alternativa que resolve melhor o problema da estratégia? • Qual é a alternativa que melhor se enquadra na competência e nos recursos da empresa? • Qual é a alternativa que oferece a maior e melhor vantagem competitiva para a empresa? • Qual é a alternativa que melhor satisfaz as preferências da alta administração? • Qual é a alternativa que melhor atende ao senso de responsabilidade social e de ética da alta responsabilidade? • Quais alternativas reduzem, ao mínimo, a criação de novos problemas? • Qual deve ser a nova estratégia empresarial? Os processos de uma organização devem ser sempre claros e objetivos, além de passar por uma profunda análise da alta gestão em todos os aspectos identificados em cada alternativa. Diante de uma situação difícil, por exemplo, o lançamento de um novo produto, entrar em novos mercados, ou mesmo a compra de novos equipamentos 6 que implicam ajustes de muitos processos, é importante saber por onde começar. Ainda segundo Oliveira (2012, p. 50): A estratégia escolhida deve equilibrar o risco mínimo com o máximo potencial de lucro, consistente com os recursos e perspectivas da empresa. Uma empresa com poucos recursos pode aceitar menor risco que uma com maior capacidade de sofrer perda. Existem alguns riscos que nem mesmos as grandes empresas podem suportar. Uma das finalidades principais da estratégia é equilibrar o risco e o lucro de forma apropriada. Em 1978, Kapner e Tregoe desenvolveram uma matriz chamada de Matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência) que auxilia na escolha, direcionamento e implantação da melhor estratégia a ser escolhida, mostrando a importância dos processos aserem priorizados com vistas ao atingimento dos objetivos definidos. Segundo Oliveira (2012, p. 52-53), a Matriz GUT é definida da seguinte forma: • G = Gravidade: todo processo ou atividade que afeta profundamente a essência, o objetivo ou o resultado da empresa, quando interagente com as necessidades e expectativas de seus clientes. Sua avaliação decorre do nível de dano ou prejuízo decorrente dessa situação. • U = Urgência: resultado da pressão de tempo que a empresa, negócio, processo ou atividade sofre ou sente. Sua avaliação decorre do tempo que se dispõe para atacar a situação ou para resolver a situação provocada pelo fator considerado. • T = Tendência: padrão de desenvolvimento da situação. Sua avaliação está correlacionada ao estado que a situação apresentará caso o executivo não aloque esforços e recursos adicionais visando à melhoria dos processos para otimizar a interação da empresa com as necessidades e expectativas dos mercados e dos clientes. 1.4 Implementação das estratégias empresariais Na fase de implementação das estratégias da empresa, devemos levar em conta os seguintes fatores de extrema importância: a formulação das estratégias, conforme explicadas na Fase 1, a qualidade da formulação, essencial para que a implementação seja possível, e a qualidade da escolha das estratégias conforme a Fase 3 (a Matriz GUT é uma das ferramenta a ser utilizada neste caso), e outro fator a ser observado para a implementação das estratégias é a “qualidade 7 decisória e administrativa da equipe que catalisa e coordena a implementação das estratégias” (Oliveira, 2012, p. 56). 1.5 Controle, avaliação e acompanhamento das estratégias empresariais Corresponde à fase na qual a gestão verifica se a estratégia (modelagem) está proporcionando o alcance dos objetivos, desafios e metas da empresa, conforme demonstrado na Figura 1: Figura 1 – Controle e avaliação da estratégia empresarial Fonte: Martins, 2021, elaborado com base em Oliveira, 2012. Portanto, podemos afirmar que o resultado final do processo de controle e avaliação é a informação. Porter (1999, p. 84) afirmou que: A revolução da informação está afetando a competição de três maneiras vitais: 1. Muda a estrutura setorial e, assim, altera as regras da competição; 2. Gera vantagem competitiva ao proporcionar às empresas novos modos de superar o desempenho dos rivais; 3. Dissemina negócios inteiramente novos em geral a partir das atuais operações da empresa. Se a informação é resultado final do processo de controle e avaliação, podemos então ressaltar a importância de manter essas informações sempre atualizadas, tanto internamente como externamente, visando atender às demandas surgidas a partir de um ambiente em constante mudança. As informações ainda são o mais importante input para o desempenho das organizações. Resultados alcançados com a implantação da estratégia MEIOS Compara e Avalia Nível do Alcance dos Objetivos FINS 8 TEMA 2 – INTERLIGAÇÃO COM OS PROCESSOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO É importante, do ponto de vista metodológico e prático, que se entenda como a estratégia se interliga com outras questões da empresa, porque na maioria das vezes, as estratégias aparecem como parte de um processo estratégico mais amplo. Na Figura 2, podemos visualizar e correlacionar como se interligam os níveis de decisão com os tipos de planejamento: Figura 2 – Interligação dos níveis de decisão e tipos de planejamento Fonte: Martins, 2021, elaborado com base em Oliveira, 2012. Neste sentido, podemos ainda correlacionar o planejamento estratégico como o planejamento que estabelece a direção que a empresa deve seguir, o planejamento tácito, o qual possibilita a otimização dos resultados ou dos processos, com vistas ao futuro desejado e ao planejamento operacional, o planejamento que, por meio do mapeamento de processos, possibilita o alcance dos objetivos específicos. 9 TEMA 3 – A GESTÃO DO DIA A DIA Para a gestão do dia a dia, vamos imaginar a seguinte situação: imagine que uma determinada empresa deseja ampliar sua atuação no mercado nacional. Nesse caso, uma das definições da estratégica (nível tático) pode ser conseguir pelo menos mais oito grandes clientes em outros estados dentro do período de um ano. Quebrando em metas menores, ela poderia definir que, para ter sucesso nesta estratégia, ela precisaria fechar dois novos contratos a cada trimestre. Agora, olhando para baixo (nível operacional), esses objetivos traçados pela estratégia da empresa precisam ser “traduzidos” para o nível operacional. Portanto, é necessário responder alguns questionamentos: • O que é preciso fazer para conseguir os novos contratos? • Tendo como premissa que processos são a base de qualquer organização, quais deles precisam ser modificados ou criados? • Existe alguma norma à qual os processos precisam se adequar? Utilizando como orientação o modelo do Balanced Scorecard – BSC, no qual, segundo os autores Kaplan e Norton (2004), a estratégia é convertida em resultados tangíveis por meio de 4 perspectivas: a perspectiva financeira, que descreve as consequências econômicas das estratégias bem-sucedidas (lucro, por exemplo); a perspectiva dos clientes, que descreve a estratégia (proposição de valor), e depois que a organização forma uma imagem clara desses objetivos, financeiro e para os clientes, as outras duas perspectivas, a de processos internos e de aprendizagem e crescimento (do capital humano) descrevem como executar a estratégia. Segundo os autores, na perspectiva de aprendizagem e crescimento ou do capital humano, são descritos os ativos intangíveis, no qual pessoas, tecnologia e clima organizacional dão sustentação à estratégia (verifique aqui o alinhamento existente com a Fase 1 da Formulação das estratégias empresariais). Somente assim haverá condições ou o conhecimento necessário para que as perspectivas dos processos internos possam produzir e fornecer uma proposição de valor aos clientes, além de melhorarem os processos e reduzir os custos, otimizando os resultados (lucro, produtividade, etc.) definidos pela perspectiva financeira. Por exemplo, ainda segundo kaplan e Norton (2004. p. 46), os processos internos cumprem dois componentes vitais da estratégia da organização: 10 1. Produzem e fornecem a proposição de valor para o cliente; 2. Melhoram os processos e reduzem os custos. Os processos de gestão operacional são os processos básicos do dia a dia por meio dos quais as empresas produzem os atuais produtos e serviços e os entregam aos clientes. Esses processos devem ser priorizados, pois estão relacionados com os objetivos instituídos pela empresa. Assim, é essencial para sobrevivência da organização identificar quais são os processos mais relevantes para o negócio, ou que precisam ser analisados com urgência. Dificilmente será possível mapear todos de uma única vez, por isso é necessário identificar aqueles que exigem ações imediatas, pois terão reflexo direto nas metas e resultados. Sem uma clara definição das metas e o devido acompanhamento, as empresas irão se deparar com problemas para conduzir seus esforços, uma vez que essas atividades contribuem pouco no resultado final. TEMA 4 – IMPLEMENTAÇÃO DE INDICADORES Após serem definidos os objetivos e as estratégias da organização, é necessária a elaboração e a gestão dos indicadores de desempenho ou KPIs (Key Performance Indicators), os quais são utilizados no acompanhamento da evolução dos resultados. Esses indicadores (KPIs) são utilizados para avaliar a eficácia das ações tomadas em uma empresa a fim de alcançar suas metas e objetivos estabelecidos no planejamento estratégico. De acordo com Wildauer (2015, p. 40), indicadores “constituem uma forma de representar quantitativamente as característicasde um processo e dos insumos utilizados; sua função é apoiar o controle e melhoria da qualidade (desempenho) dos produtos (bens e serviços) entregues ao cliente”. Ter essa questão em mente contribui para que os processos existentes na organização sejam desenvolvidos, implementados e executados de maneira estratégica, mantendo-os alinhados com as expectativas da empresa. Uma das formas de classificação dos Indicadores de desempenho KPIs se dá por meio de sua hierarquia: estratégico, tático ou operacional. Segundo Scartezini (2009), citado por Wildauer (2015, p. 40), “existem basicamente dois tipos de indicadores no processo de decisão: os Indicadores Resultantes, também conhecidos por Outcomes Indicators ou lagging; e os Indicadores Direcionadores, 11 também chamados de drivers, ou leading, que medem os fatores que levam aos efeitos”. Ainda segundo Wildauer (2015. p. 40), “o monitoramento destes indicadores, os resultantes e os direcionadores, é de onde deriva a relação de causa/efeito no gerenciamento de processos”. Portanto os indicadores chamados de resultantes (ou lagging ou Outcomes) são indicadores que estão relacionados ao atingimento dos objetivos estratégicos. Estes estão correlacionados aos resultados a serem medidos, permitindo determinar se os resultados foram alcançados. Já os indicadores direcionadores (ou drivers, ou leading) são os indicadores que monitoram com antecedência se a estratégia será cumprida ou não. Nos permitem analisar as causas do efeito de forma proativa, ou seja, medem a causa do efeito antes deste se confirmar. Os indicadores fornecem os dados referentes ao passado, sobre as decisões e ações definidas e também sobre os resultados de cada uma. O quadro a seguir apresenta as diferenças entre Drivers e Outcomes. Quadro 2 – Diferenças entre Drivers e Outcomes Fonte: Martins, 2021. Um dos principais índices utilizados na área relacionada a processos e que está presente em todas as indústrias é o de produtividade, o qual representa, na organização, a efetividade na utilização dos recursos utilizados. De acordo com Stevenson (2001, p. 24), citado por Wildauer (2015, p. 36), “produtividade é um índice que mede a relação entre o resultado gerado, output (bem produzido ou DRIVERS OUTCOMES Relacionados ao atingimento de objetivos estratégicos Relacionados aos fatores críticos de sucesso. Demonstram desempenho do passado com foco na avaliação de efeitos finais. Demonstram tendências, buscando antecipar o futuro. São medidos em intervalos de tempo maiores e com MENOR frequência. São medidos em intervalos de tempo menores e com MAIOR frequência. Medem resultados. Medem esforço e causas. Normalmente já existem. Normalmente devem ser criados, são indicadores novos. 12 serviço executado) e a entrada utilizada, input (mão de obra, materiais, energia, e outros recursos) para produzir aquele resultado, output”. Portanto, o índice de produtividade (resultante) é representado pela relação entre o resultado atingido e os recursos utilizados, conforme representado na fórmula abaixo: Figura 3 – Índice de Produtividade Fonte: Martins, 2021. Observação: o índice de produtividade pode ser representado pela relação entre o resultado, seja este em unidade de produção ou valor (R$) total da produção e um único recurso utilizado, mão de obra, por exemplo, que poderá ser denominado produtividade da mão de obra. Também pode ser representado pela relação entre o resultado, seja este em unidade de produção ou valor (R$) total da produção, por um conjunto de recursos, mão de obra mais a energia, mais os materiais, etc., o qual poderá ser denominado de produtividade geral, ou total, ou global. Segundo Wildauer (2015, p. 41), existem ainda outros tipos de indicadores, que são especificamente direcionados para monitorar as metas estipuladas em cada processo da organização, conforme mostra o quadro a seguir. Quadro 3 – Tipos de indicadores e premissas de uso TIPO DE INDICADOR PREMISSAS Eficácia Quando se deseja monitorar o atingimento (ou não) das metas mediante os recursos disponibilizados (tempo, dinheiro, material, pessoas e outros), os quais serão expressos por meio de dados quantitativos que os PRODUTIVIDADE RESULTADO (Outputs) RECURSOS (Inputs) 13 expliquem mediante comparação aos padrões previamente acordados. Eficiência Quando se deseja monitorar a relação existente entre o explicado, elucidado, apresentado como sendo a forma de se executar e como aquilo foi realmente executado, resultando em dados quantitativos que permitam comparar ante os padrões previamente estabelecidos. Efetividade Quando se deseja monitorar o grau de cumprimento (ou parcela de atingimento) dos objetivos das iniciativas previamente acordadas, mediante percentual de execução (ou cumprimento). Econômico Quando se deseja monitorar os custos dos insumos, os valores dos recursos ou as quantidade monetárias gastas/empregadas para a realização das tarefas ou transformação (fabricação) dos inputs dos processos; são expressos geralmente pelo custo (ou gasto, ou empenho) médio monetário por unidade. Fonte: Martins, 2021, elaborado com base em Wildauer, 2015, p. 41. As informações e os dados oriundos dos indicadores passam a constituir um importante elemento para a identificação e aplicação de melhoria nos processos produtivos (nível tático e nível operacional), oriundos da estratégia empresarial adotada pela alta administração da organização. TEMA 5 – PLANOS DE AÇÃO E ROTINAS DE ACOMPANHAMENTO O plano de ação pode ser apresentado como uma ferramenta de gestão empresarial que, além de desdobrar a tarefa em etapas, apresenta quem (pessoas) irá executá-lo, em quanto tempo será executado e com qual custo estimado. 14 Para permitir o efetivo alinhamento da estratégica com o nível tático- operacional, as organizações devem, em um primeiro momento, destacar aquelas ações que impactam diretamente nos objetivos definidos na Estratégia. Nesse sentido, um plano de ação deve ter: • Líderes comprometidos; • Definição da data de início e de término das ações; • O que se espera deve ser claramente definido (indicadores e metas); • Orçamento; e • Responsável pelo plano e pelo acompanhamento. Um Plano de Ação deve e pode ser utilizado para descrever as inúmeras atividades que precisam ser realizadas para atingir uma meta ou um objetivo definido. Lembrem-se: todo plano de ação deve estar alinhado à estratégia da organização. 15 REFERÊNCIAS KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. Organização orientada para a estratégia: como as empresas eu adotam o balanced scorecard prosperam no novo ambiente de negócios. Tradução de Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000. _____. Mapas estratégicos: convertendo ativos intangíveis em resultados tangíveis. Tradução de Afonso Celso da Cunha Serra. Rio de Janeiro. Elsevier, 2004. LOBATO, D. M. et al. Estratégia de empresas. 9. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009. OLIVEIRA, D. P. R. Estratégia Empresarial e vantagem competitiva: como estabelecer, implementar e avaliar. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012. PORTER, M. E. Competição: estratégias competitivas essenciais. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999 WILDAUER, E. W. Mapeamento de processos: conceitos, técnicas e ferramentas. Curitiba: Intersaberes, 2015. WRIGHT, P. L. et. al. Administração estratégica: conceitos. São Paulo: Atlas, 2000.
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