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ALTERAÇÕES do LÍQUIDO AMNIÓTICO Maria Paula M Fernandes LÍQUIDO AMNIÓTICO Homeostase do feto Proteção contra traumas mecânicos Evita compressão do cordão umbilical Movimentação Fetal O LÍQUIDO AMNIÓTICO ele envolve o feto, é imprescindível p o seu desenvolvimento adequado e como um todo e suas funções são: Homeostase do feto Proteção contra traumas mecânicos e infecções Evitar compressão do cordão umbilical evitando hipóxia e possível sofrimento fetal Proporciona a movimentação corporal do feto 2 > 20ª semana Urina Fetal PRODUÇÃO ABSORÇÃO Fluido Pulmonar Deglutição Trocas pela pele e placet. Absorção Intestinal Varia de 400 a 2.000ml No PRIMEIRO TRIMESTRE ele é um ultrafiltrado do plasma materno. A partir das 20 semanas o feto assume a produção do liquido através de sua urina e seu fluido pulmonar. Mas ele n so produz como também reabsorve, dessa forma, existem varias vias que vão participar desse balanço do liquido amniótico: PRINCIPAIS FONTES: urina fetal e fluido pulmonar fetal PRINCIPAIS VIAS DE ABSORÇÃO: deglutição fetal + absorção intestinal e trocas através da pele fetal, da superfície do cordão umbilical e da placenta. PAPEL MENOS RELEVANTE NO BALANÇO DINAMICO FINAL DO VOLUME DO LIQUIDO: secreções das cavidades oral e nasal e trocas através das membranas amnióticas O liquido varia em quantidade ao longo da gestação, aumentando ate a 32º semana e depois decresce no 3º trimestre. Em torno da 32ºsemana, quando esta no apce, entre o percentil 5 e 95 que é a faixa de normalidade, seria uma variação entre 400ml a 2.000ml q é o NORMAL . No entanto, na pratica n tem como avaliar por volume absoluto, na pratica clinica é possível fazer uma presunção através da altura uterina, palpação abdominal (palpa e sente partes fetais com mta facilidade pode estar diante de oligodramnia ou se tiver dificuldade de sentir partes fetais ou de auscultar pode ser polidramnia), além das queixas maternas (polidramnia tem queixa de dispneia normalmente enquanto na oligodramnia as mulheres sentem o feto mexer menos, além de perda de liquido claro inodor que faz suspeita de ruptura de membranas ovulares). 3 ILA 8,1 - 18 cm MBV 3 - 8 cm NORMAL Olgo. Grave Oligoâmnio ≤5cm <2cm ≤3cm <1cm Polidrâmnio Polidr. Grave ≥35cm >16cm ≥25cm >8cm Técnica do maior bolsão vertical: examinador observa qual é o maior bolsão do feto que é a distância entre ele e a parede uterina q n tenha nenhuma parte fetal e nenhuma alça de cordão. Deve identificar e fazer a medida sempre na vertical; MAIS RECOMENDADO HJ EM DIA; Índice do liquido amniótico: divide o abdômen em 4 quadrantes e mede os bolsões em cada um, sempre verticalmente. A somatória desses 4 bolsões seria o liquido amniótico 4 ILA ≤5cm ou MBV<2cm Oligoâminio Polidrâminio ILA ≥25cm ou MBV ≥8cm 0,5 a 5,5% das gestações 0,4 a 1,5% das gestações Causas Insuficiência Placentária Medicamentos RPMO Malformações Fetais (TGU) S. da transfusão feto-fetal Idiopática Causas Idiopática Diabets Gestacional Infecções Maternas Malformações Fetais (SNC e TGI) S. da transfusão feto-fetal Várias situações podem levar a uma Insuficiencia placentaria. Esta pode causar oligodraminia pq nesses casos ocorre a CENTRALIZAÇÃO (o fluxo sanguineo fetal acaba sendo drenado mais p os orgaos vitais do feto que são adrenais, cerebro e coração, levando a hipofluxo renal e com isso o feto urina menos, causando a oligogramnia). Essa insuficiencia pode ser causada por pre eclampsia, HAS, trombofilia, tabagismo Primeiro trimestre: causas idiopáticas, muito difícil achar causa especifico, ate pq nesse período o LA nada mais é do q um ultrafiltrado materno; Segundo trimestre: má formações do trato urinário fetal Terceiro trimestre: insuficiência placentária ou RPMO Principal causa é o DM(hiperglicemia e poliuria fetal) , mas tb pode ocorrer por conta de infecções maternas como toxamegalovirus, siflis, citomegalovírus. As principais causas fetais são as mal formações fetais 31%SNC (bb fica hipotônico e vai deglutir e reabsorver menos) Cardíacas Gastrointestinais (atresia duodenal ou atresia de esôfago) Malformação toraxica impedindo ela de impedir e ingerir Aneuploudias como trissomia do 18 ou 21 Gestações gemelares monocorionicas, pode ter anastomoses entre as placentas. 40 a 60% dos casos são IDIOPÁTICOS. 5 Oligoâminio Polidrâminio Suspeita Clínica FU < esperado Palpação + fácil ↓ Movimentação fetal Possível perda de líquido Suspetia Clínica FU > esperado Palpação e BCF + difícil Distensão da Parede Abd Lisa Dispnéia Brilhante Dor abdominal e lombar SUSPEITA CLÍNICA: O) É possível ter uma suspensão clínica através do FU, quando menor que o esperado para IG No entanto, na pratica n tem como avaliar por volume absoluto, na pratica clinica é possível fazer uma presunção através da altura uterina, palpação abdominal (palpa e sente partes fetais com mta facilidade pode estar diante de oligodramnia ou se tiver dificuldade de sentir partes fetais ou de auscultar pode ser polidramnia), além das queixas maternas (polidramnia tem queixa de dispneia normalmente enquanto na oligodramnia as mulheres sentem o feto mexer menos, além de perda de liquido claro inodor que faz suspeita de ruptura de membranas ovulares). p) Altura uterina maior do que o esperado para a idade gestacional; Edema na região suprapubica Distensão da parede abdominal, lisa, brilhante mto mais do q o esperado p aquela idade gestacional Dificuldade de palpação uterina e para auscultar BCF Queixas maternas como dispneia e dorm abdominal ou lombar 6 Oligoâminio Polidrâminio MORBIDADES Hipoplasia pulmonar Deformidades fetais Micrognatia, pé torto, fenda palatina... Sofrimento Fetal Crônico Óbito perinatal MORBIDADES Dificuldade resp materna Apresentações Anômalas RPMO Parto Prematuro DPP Óbito Perinatal MORBIDADES ASSOCIADAS: Feto pode ficar sem espaço p movimentos respiratórios levando a hipoplasia pulmonar Sequencia de deformidades fetais (sequencia de Potter) q pode ir desde um perfil facial achatado, micrognatia, fenda palatina, pé torto e na maioria das vezes associado a agenesia renal bilateral. ATENÇÃO: n é o mesmo que a SÍNDROME DE POTTER, q são síndromes genéticas na maioria das vezes associadas a agenesia renal, sendo a sequencia de potter as deformidades acarretadas pela oligodramnia. Sofrimento fetal crônico Óbto perinatal MORBIDADE ASSOCIADA: Dificuldade respiratória materna aos mínimos esforços Associada a maior numero de casos de doença hipertensiva especifica da gestação Apresentações anômalas (bb tem mto espaço no útero, no trabalho de parto uma apresentação cefalaica pode virar pélvica) Roptura prematura das membranas ovulares Trabalho de parto prematuro Descolamento prematuro da placenta Distocia funcional (se for optado por parto vaginal ele sera mais demorado e mais difícil) No momento da ruptura das membranas pode ser abrupta e levar a prolapso de membros ou do cordão umbilical Óbito perinatal No pos parto a mulher pode ter hemorragia em decorrência da atonia uterina 7 Oligoâminio Polidrâminio CONDUTA Investigar Etiologia Controle da vitalidade USG Hidratação Amnioinfusão CONDUTA Investigar Etiologia USG avaliar morfologia Controle de peso e edema Dieta hiperproteica >34s 34 a 37s (avaliar PBF) RPMO CIUR >37s (PBF OK) Idiopática <34s (Cons Corticoterapia) O. Grave Correção causas maternas Diuréticos Amniocentese Diag ou Terap Dispnéia progressiva Dor abd persistente Cariótipo Susp de Infecção Considerar corticoterapia <34s Inib. da Prostaglandina-sintase (Indometacina) em PP CONDUTA: -Investigar etiologia (muda a conduta de acordo com a causa, avaliar se a mae tem alguma comorbidade, tomando medicações, queixa d eperd de liquido) -Controle vigoroso da vitalidade através da USG, avaliar placenta, que da sinasi de insuficiência placentária ao não -A hidratação materna é uma conduta controversa, ela so teria resposta no caso de desidratação materna. Fora isso so estaria hiperhidratando a mae -Amnioinfusão:realizar amniocentese guiada por USG injetando soro fisiológico nesse espaço no sentido de tentar aumentar o volume de LA, entretanto isso seria temporário, pois o feto iria absorver e como a produção esta baixa voltaria a faltar. Esse procedimento n é livre de riscos: infecção, lesão fetal, rotura das membranas ovulares. A única situação q poderia considerar seria no caso de uma USG p avaliar a função fetal e como o feto vai estar enluvado no útero poderia fazer p tentar uma expansão temporária da cavidade amniótica p avaliar melhor o feto. Antecipação do parto: vai depender da causa RPMO >34 semanas Restrição do crescimento RCIU 34 a 37 semanas (depende das condições do feto, avalia vitalidade fetal através do PBF-perfil biofísico fetal- q deve ser realizado a cada semana ou quinzenalmente. Mas se o feto estiver estável pode levar ate 37 semanas) Idiopática >37 semanas se tiver vitalidade fetal garantida Se >37sem ou alterações da vitalidade fetal: interrupção imediata Oligodraminio GRAVE considerar corticoterapia (<34 semanas) e parto. Colcoar na balança risco da prematuridade e da oligodramnia. p) CONDUTA: Investigar a causa TTGO (principal causa) Investigar sorologias Pesquisa de anticorpos irregulares (pensando em uma isoimunização) USG obstétrica p avaliar morfologia fetal (procurar indícios de ma formação fetal) Avaliar velocidade sistólica máxima da artéria cerebral media (fala sobre anemia fetal quando >1,5) Ecocardiografia feta Não necessariamente precisa pedir todos, mas a depender da suspeita clinica pode pedir um e excluir outros. Tentativa de corrigir causas maternas e fetais (ex DM) Medidas p controle do peso e edema materno (ganhar menos peso) Repouso relativo Dieta hiperproteica (diminuiur ingesta de liquido e sal n adianta, a única coisa q influencia seria dieta hiperproteica) Inibidores da prostaglandina-sintetase (afeta os rins fetais e diminui a produção do LA, mas pode ter outros efeitos como problemas cardíacos p o feto. Por isso n se usa sempre, mas no caso de uma mulher em trabalho de parto prematuro com indicação de TOCOLISE, como a indometacina é um tocolitico, vc escolhe essa droga em detrimento de outros.) Prova de vitalidade fetal: a melhor é a perfil biofísico fetal (PBF) q deve ser semanal ate o parto Não tem indicação de antecipar o parto, mas como o risco de parto prematuro é alto pode considerar corticoterapia antes de 34 semanas Quando entrar em trabalho de parto deve ter cuidado já q os riscos são grandes: riscos de prolapso de cordão, risco de rotura prematura de membranas ovulares, descolamento da placenta, mudança da apresentação. Alguns altores recomendm esvaziamento da bolsa amniótica, em q vc passa o especulo e com visualização direta vai com agulha fina e faz punçoes na bolsa fazendo um esvaziamento delicamento, p n ocorrer esvaziamento brupto, mas n é livre de risco NÃO TEM INDICAÇÃO DE DIURETICO, a única coisa q ele vai fazer é depletar volume na paciente AMNIOCENTESE: exame pode servir de diagnostico(suspeita de aneuploidia pode fazer cariótipo através da coleta do liqudio amniótico ou suspeita de infecção materna com comprometimento fetal e pode fazer o PCR através da coleta) ou terapêutico. A amniocentese tem duas indicações: Mae com dispneia preogressiva Mae com dor abdominal persistente Ela tb vai corrigir de forma temporária q so vai fazer para dar um conforto para a mae, mas sempre deve ser bem esclarecido os riscos: trabalho de parto prematuro, lesão fetal, infecção uterina, descolamento de placenta, rotura prematura das membranas e hemorragias. 8 ALTERAÇÕES do LÍQUIDO AMNIÓTICO Maria Paula M Fernandes
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