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07 - Planejamento Dietético para pacientes com necessidades de controle de peso ou obesidade (Recuperação Automática)

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Aula 07 
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PACIENTE MOTIVADO PARA A MUDANÇA 
Para completar o desenvolvimento de um planejamento 
alimentar a longo prazo, o paciente e sua família devem estar 
motivados ou aptos para executá-lo. Caso contrário, o 
nutricionista, deve avaliar as razões e/ou motivações que 
impedem com que o paciente queira perder o peso, e buscar 
entender todas as tentativas prévias e as causas de 
insucesso. 
 
Podendo o nutricionista verificar: 
1- Como é a rede de apoio familiar e dos amigos; 
2- Quais as atitudes a favor ou contra o aumento de atividade 
física o paciente refere; 
3- O tempo disponível; 
4- As dificuldades atuais percebidas pelo paciente para estas 
mudanças necessárias. 
 
IMPORTANTE: 
O sucesso do planejamento nutricional dependerá da 
integração e envolvimento de todos. 
 
O GANHO DE PESO 
ORIGENS 
O tecido adiposo, aumenta de tamanho (hipertrofia) ou de 
número de células (hiperplasia). O ganho de peso pode ser 
então, resultante de hiperplasia, hipertrofia ou da combinação 
das duas. 
 
Na obesidade, o ganho de peso é sempre caracterizado pela 
hipertrofia, mas em algumas obesidades, também envolvem 
hiperplasia (em especial durante a lactância e adolescência). 
 
A hiperplasia pode ocorrer na vida adulta quando o conteúdo 
de gordura das células existentes tiver alcançado sua 
capacidade. 
 
Quando o peso é reduzido, o tamanho da célula de gordura 
diminui, mas não seu número. O maior nível de gordura no 
crescimento normal ocorre aos 6 meses de idade. 
 
O PLANEJAMENTO DO PACIENTE COM 
SOBREPESO 
O PLANEJAMENTO INCLUI 
 
1- Determinação do diagnóstico nutricional e das 
necessidades nutricionais através de: 
→ Buscas na história clínica de informações sobre o diagnóstico 
e intercorrências clínicas afetam o estado do paciente; 
→ Realizando uma avalição do estado nutricional 
(antropometria, avaliação clínica e dados bioquímicos); 
→ E descrevendo um padrão alimentar ou o tipo de dieta que o 
paciente está ingerindo no dia a dia. 
 
Esses dados deverão ser monitorados e reavaliados 
regularmente para permitir o acompanhamento detalhado 
dos 
pacientes. É neste momento, muitas vezes, que o nutricionista 
consegue perceber quanto o seu paciente está disposto e apto 
a mudança. 
 
2- Plano alimentar e cardápio : 
Devendo-se observar os resultados de indicadores fisiológicos 
e objetivos, como glicose plasmática, lipídios séricos e pressão 
para que seja definido os objetivos do tratamento, além de 
peso e porcentagem de perda ponderal. 
 
É importante que o nutricionista saiba avaliar exames 
bioquímicos e estabelecer sua relação com o quadro clínico de 
seu paciente. Sendo preciso considerar, nesta etapa, a 
realidade do paciente, ou seja, sua atividade ocupacional, 
suas rotinas, horários, disponibilidade financeira, hábitos 
regionais, entre outros, visando, mais uma vez, a 
individualização da intervenção. 
 
 
3- Implementação do planejamento nutricional : 
A implementação do plano alimentar pode ter resultados 
frustrantes pela razão da utilização de estratégias equivocadas 
como: 
1. O mau uso dos recursos terapêuticos; 
2. Baixo nível de acompanhamento em sua evolução; 
3. Pela não adaptação da dieta estabelecida pelo nutricionista. 
 
O papel do nutricionista na implementação de um plano é: 
Estar atento às dificuldades encontradas pelo paciente; 
Executar os ajustes necessários; 
Em algumas vezes, fazer o uso de dietas hipocalóricas, 
apresentando modificações dos teores de macronutrientes 
muito marcantes e que exclui (proíbe) ou desencoraja a 
ingestão de alguns alimentos pode ser desastrosa. 
 
Normalmente, este tipo de dieta popular, pode ser facilmente 
seguida pelos indivíduos, em função de sua natureza 
concentrada. Contudo, os estudos mostram que a adesão é 
limitada pelo tempo em que o indivíduo consegue manter. 
 
 O nutricionista, sendo assim, deverá utilizar os princípios da 
dietoterapia, que consiste no manejo terapêutico dos 
alimentos para produzir um balanço negativo de energia e, 
desta forma, reduzir o peso e melhorar a composição corporal. 
 
4- Acompanhamento do progresso em todos os 
aspectos relacionados ao cuidado nutricional (as 
intervenções nutricionais ): 
Nesta etapa, as dificuldades encontradas pelo paciente para o 
seguimento/cumprimento da dieta vão sendo relatadas e, na 
falta de resultados concretos, o paciente pode desistir do 
tratamento. 
 Aula 07 
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 
Aqui temos um ponto de atenção! 
O nutricionista deve manter contato com o paciente, para 
que possa propor novos estímulos, mantendo a 
motivação do paciente e, desta forma, dando continuidade à 
intervenção. 
 
POSSIBILIDADES DE TRATAMENTO NUTRICIONAL 
PLANO DE RESTRIÇÃO CALÓRICA MODERADA 
Conteúdo energético: calcular o valor energético desejado 
segundo a situação clínica. Aconselha-se reduzir 
progressivamente a ingestão entre 500kcal e 1000kcal por dia 
com relação ao valor obtido, segundo a anamnese alimentar 
(não inferior a 1200 kcal/dia). 
 
 
DE BAIXO VALOR CALÓRICO 
Denomina-se assim aquele que prevê entre 800-1200kcal ou 
entre 10 a 19kcal por kg de peso desejável. Está é indicado 
para aqueles que, se após um período razoável com um plano 
moderado não se conseguiu diminuir de peso. 
DE MUITO BAIXO VALOR CALÓRICO 
Denomina-se assim aquele que prevê menos de 800kcal 
diárias ou menos de 10kcal por kg de peso desejável/dia. Está 
é indicado para obesidades graves e recorrentes, 
descompensação diabética e outros estados que necessitam 
rápida perda de peso. Deve ser aplicado por períodos curtos 
(3-4 semanas). Não se recomendam dietas de menos de 400 
kcal/dia, nem o jejum total (menos de 200 kcal/dia). 
DIETAS NÃO ACONSELHADAS 
As que não têm fundamento científico nutricional, como as 
dietas da moda. Portando a fundamentação científica deve 
ser buscada sempre. 
 
Cada uma dessas, são algumas estratégias para o tratamento 
nutricional. 
 
 
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL 
Quanto mais cedo iniciamos um processo de mudança do 
padrão alimentar (educação nutricional), mais fácil é de 
ajustá-lo. 
 
Como, muitas vezes, o paciente que chega para o tratamento 
nutricional já está com este padrão bem definido, talvez seja 
impossível modificá-lo, individualmente, ou seja, o 
nutricionista precisa criar estratégias de educação nutricional 
para toda família como forma de garantir adesão ao 
tratamento.

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