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ALEITAMENTO MATERNO

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Aleitamento Materno
O aleitamento materno é uma prática fundamental para o desenvolvimento da criança. Ele envolve muito mais do que apenas o ato de nutrir, envolve uma grande interação entre mãe e filho com repercussões importantes sobre o desenvolvimento cognitivo, estado nutricional e emocional da criança.
O aleitamento materno é dividido em subtipos:
Aleitamento materno exclusivo (AME): Envolve oferecer à criança apenas o leite materno, seja por sucção direta da mama ou por ordenha manual, sem que haja adição de outros líquidos ou sólidos.
Aleitamento materno predominante (AMP): Quando é oferecido à criança água, sucos ou outras bebidas, porém sem deixar de lado o aleitamento materno, que deve ser feito de forma predominante sobre as outras bebidas.
Aleitamento materno: Oferecer leite materno, independentemente de outros alimentos.
Aleitamento materno complementado: Quando, além do leite materno, há a inserção de alimentos sólidos ou semissólidos de forma complementar e não substitutiva.
Aleitamento materno misto ou parcial: Oferecimento de leite materno e outros tipos de leite (vaca, cabra, etc.).
Desenvolvimento mamário e a produção láctea
Têm-se três processos principais de preparação da mama para o ato da amamentação:
· Mamogênese: Fase de desenvolvimento e crescimento mamário. Se inicia com a puberdade, e durante o período de gravidez esse desenvolvimento se acelera e se completa.
· Lactogênese: Se refere ao início da formação da secreção láctea. A produção e secreção do leite se dá com estímulos de dois hormônios principais, a prolactina (PRL), que é responsável por estimular a produção de leite pelas glândulas mamárias e pela ocitocina (OT) que estimula a contração da musculatura lisa e a consequente ejeção do leite pela mama.
· Galactopoiese: se refere à manutenção da secreção láctea. Essa secreção que requer um meio hormonal adequado (PRL + OT), sucção periódica e remoção regular do leite. A sucção é fundamental para produzir o leite, caso contrário, deve-se estimular a ordenha.
O estado mental, a presença de estímulos visuais, táteis, auditivos e olfatórios podem ter um papel estimulador ou inibidor destes processos. Por isso uma orientação adequada com enfoque na manutenção de uma boa saúde mental para as mães pode contribuir para a eficácia do aleitamento materno.
A produção láctea é diferente de mãe para mãe. Cada uma produz um leite com composição única. A produção passa por um processo de maturação, fazendo com que o leite passe por três fases principais em sua produção:
· Colostro: É produzido do primeiro ao quinto dia após o nascimento, possui coloração amarelada e sua composição é rica em proteínas e imunoglobulinas (IgA, IgG e IgM), sendo considerada a primeira imunização que o bebê recebe logo após seu nascimento.
· Leite de Transição: É produzido do sexto ao décimo quinto dia após o nascimento, sendo sua composição rica em gorduras, lactose e outros nutrientes importantes. Sua coloração é branca, opaca.
· Leite maduro: É considerado o leite ideal, com todos os componentes essenciais para o desenvolvimento da criança. É produzido a partir do 15º dia após o nascimento. Sua coloração é de transição entre o amarelo e o branco.
OBS: É normal as variações na coloração do leite materno, até mesmo durante o decorrer da própria mamada. Logo ao início da mamada a coloração do leite é mais esbranquiçada, devido à maior composição de água, eletrólitos, vitaminas, minerais e anticorpos, tornando-se mais opaco à medida que aumenta a concentração de caseína. Logo ao final da mamada ele passa a apresentar uma coloração mais amarelada devido ao alto teor de betacaroteno, de lipídeos e ácidos graxos, que darão saciedade à criança. Por isso é importante estimular que seja oferecido o leite até que a mama seja esvaziada completamente, para que o bebê fique hidratado e tenha suas necessidades calóricas supridas.
Componentes imunológicos importantes presentes no leite materno: imunoglobulinas (IgA, IgG e IgM), macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisosima e fator bífido.
Duração ideal da amamentação
· Até os 6 meses: Aleitamento Materno Exclusivo
· 6 meses a 2 anos: Aleitamento Materno seguido da inserção da alimentação complementar.
· Após os 2 anos: alimentação conjunta com a família.
Benefícios comprovados da amamentação
· Proteção contra cânceres de mama;
· Menor risco de obesidade, hipertensão, diabetes e hipercolesterolemia para a criança;
· Promove melhor desempenho cognitivo;
· Auxilia no desenvolvimento da cavidade bucal;
· Se torna um contraceptivo natural para as mães;
· Reduz risco de alergias e infecções na criança;
· Reduz risco de morte súbita;
· Promove vínculo entre a mãe e o filho;
· Diminui custos financeiros.
Principais desafios à manutenção do aleitamento materno
Intercorrências na glândula mamária
· Ingurgitamento mamário: causado em grande parte pela estase de leite na glândula (popular “peito empedrado”). Pode ser tratado com a realização de compressas mornas e evitado com a ordenha de leite e amamentação até esvaziar a mama.
· Traumas mamilares: Pode ser causada como consequência de uma pega incorreta. Pode causar fissuras/bolhas mamilares, muito dolorosas à mãe. O bebê pode vomitar sangue como consequência da ingesta do mesmo durante o ato de amamentação e dificultar o diagnóstico clínico. As fissuras podem ser tratadas com hidratantes à base de lanolina, com a aplicação do próprio leite materno no local e com banho de sol. Estas medidas favorecem uma boa queratinização no local lesado.
· Mononilíase mamária: Candidíase mamária. Causa prurido, dores profundas (fisgadas) e queimação nas mamas, que persistem após as mamadas. Deve ser tratada com antifúngicos (Miconazol ou Fluconazol).
· Mastite: Infecção aguda da mama, tendo como principal agente etiológico o Staphylococcus aureaus. Deve-se dar preferência à amamentação com a mama sadia, sempre tendo o cuidado de ordenhar a mama doente para evitar ingurgitamento mamário, usar sutiãs de alças largas e utilizar antiinflamatórios ou analgésicos para alívio da dor.
· Abcesso mamário: Geralmente é complicação de uma mastite não tratada. O tratamento definitivo consiste na drenagem cirúrgica do abcesso e avaliação da necessidade de antibioticoterapia.
Crise transitória na lactação
É considerado um período de “estirão” do bebê. Aumenta-se nesse período a demanda por leite materno, porém a produção não acompanha a nova demanda. Esse é um dos períodos cruciais para a inserção precoce da alimentação complementar por parte das mães. Porém deve-se orientar a continuar com a amamentação, pois quanto maior o consumo de leite pelo bebê, maior será a produção pela mãe, devido aos estímulos constantes pela prolactina. Este quadro se estabiliza aproximadamente com 7 dias.
Como armazenar o leite materno ordenhado corretamente?
O leite deve ser armazenado em um recipiente próprio, selado e esterilizado. O ideal é que não sejam cheios por completo, e que a data de ordenha seja anotada junto ao frasco. Pode ser armazenado na geladeira por até 24h, ou no congelador por até 2 semanas. Caso seja armazenado a fresco, sua armazenagem dura por 6h. Não é indicado seu aquecimento utilizando micro-ondas, podendo ser feito em banho-maria para evitar alteração em sua composição.
Técnica de amamentação – pegada correta

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