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Aula 11 - Propedêutica do Aparelho Respiratório

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Introdução à Propedêutica I - 4° Semestre
PROPEDÊUTICA DO
APARELHO RESPIRATÓRIO
→ Em que momento do exame físico é
realizado o exame pulmonar?
- O exame físico pulmonar é realizado no momento
do exame físico de uma anamnese completa.
❖ Adultos:
- Exame físico da cabeça aos pés.
- Exame pulmonar é realizado depois de cabeça
e pescoço.
❖ Crianças:
- Primeira parte do exame físico.
→ Cuidados Gerais:
- Para realizar esse exame é necessário:
• Tórax descoberto;
• Iluminação adequada e ambiente silencioso;
• Avaliar as faces anterior, posterior e laterais;
• Paciente sempre em atitude cômoda;
• Os músculos devem estar relaxados e os braços
suspensos na lateral do tórax.
→ Quais são as etapas do exame físico pulmonar?
1. Inspeção
a) Estática.
b) Dinâmica.
2. Palpação
3. Percussão
4. Ausculta
1. INSPEÇÃO
a) Inspeção Estática:
→ Como realizar a inspeção estática?
• Observar o tórax sem roupa por todos os ângulos.
A) Normal.
B) Tonel ou barril.
C) Infundibuliforme ou pectus escavatum.
D) Cariniforme ou pectus carinatum.
E) Escoliose.
F) Cifose.
• Descrever lesões.
• Tipo de Tórax
♥ Tórax normolíneo – quando o ângulo de Charpy é
de 90°;
♥ Tórax longilíneo – quando apresenta ângulo de
Charpy menor do que 90°;
♥ Tórax brevilíneo – quando apresenta ângulo de
Charpy maior do que 90°.
Bruna Embacher Sanz ❥
Introdução à Propedêutica I - 4° Semestre
b) Inspeção Dinâmica:
→ Como realizar a inspeção dinâmica?
• Observar as movimentações do tórax.
OBS: importante realizar esse procedimento sem
que o paciente perceba para que não seja
influenciado;
→ Frequência Respiratória:
❖ Adultos: 16 a 20 ipm.
❖ Crianças: maior que 20 ipm.
❖ Recém nascidos: 40 a 60 ipm.
OBS:
- Frequência respiratória baixa: Bradipneia.
- Frequência respiratória alta: Taquipneia.
→ Ritmos Respiratórios:
❖ Ritmo Respiratório Normal
❖ Ritmo Respiratório de Cheyne-Stokes
✓ Períodos de respirações crescentes, chegando a
máxima capacidade ventilatória, seguido de
respirações decrescentes chegando a apnéia.
Geralmente, devido a lesão cerebral Bilateral. Ex:
hipertensão intracraniana.
❖ Ritmo Respiratório Kussmaul
✓ Padrão respiratório profundo, com
hiperventilação, utilizando VRI e VRE. Ocorre em
acidose metabólica. Ex: acidose diabética.
❖ Ritmo de Biot
✓ Padrão respiratório completamente irregular com
trechos de inspiração e expiração rápidos e curta,
trechos irregulares e apnéia. Geralmente devido a
lesões no bulbo.
→ Conceitos:
▪ Pausa respiratória: períodos de interrupção da
respiração menor que 20 segundos.
▪ Apnéia: períodos de interrupção da respiração
maior que 20 segundos.
▪ Parada respiratória: interrupção da respiração.
▪ Platipneia: piora ao ficar em pé.
▪ Ortopneia: é a dificuldade respiratória (dispneia)
que ocorre quando a pessoa está deitada.
▪ Dispneia: falta de ar.
• Em casos de dispneia é possível algumas
alterações como: retração subcostal, retração
intercostal, retração de fúrcula;
Dispneia → retração subcostal.
Dispneia → retração intercostal.
Bruna Embacher Sanz ❥
Introdução à Propedêutica I - 4° Semestre
Dispneia → retração de fúrcula.
2. PALPAÇÃO
→ Como realizar a palpação?
• Utilizando as duas mãos em todo o tórax para
testar a:
❖ Expansibilidade
❖ Elasticidade
❖ Frêmito toracovocal
→ Expansibilidade
• Manobra de Ruault: avalia a expansão dos ápices
pulmonares.
• Bases pulmonares.
→ Elasticidade
• Manobra de Lasègue.
→ Frêmito toracovocal:
• Vibração das cordas vocais transmitidas à
parede torácica - é pedido ao paciente que fale
“trinta e três” → realizar contato somente com
dedos e articulações metacarpofalangeanas;
OBS:
- Frêmito tóraco vocal diminuído: Derrame pleural e
enfisema.
- Frêmito tóraco vocal aumentado: Pneumonia e
tumores.
3. PERCUSSÃO
→ Como realizar a percussão pulmonar?
• O 3° dedo da mão dominante irá percutir na
base da falange distal do 2° dedo da outra mão.
Posicionar o dedo no espaço intercostal.
Bruna Embacher Sanz ❥
Introdução à Propedêutica I - 4° Semestre
• Padrão “em escada”ou zigue-zague: percussão e
ausculta.
• Notas de percussão e seus exemplos de
localização:
❖ Normal: Som claro pulmonar.
❖ Timpânico: Pneumotórax, enfisema.
❖ Submaciço: Pneumonia, infarto pulmonar.
❖ Maciço: Derrame pleural.
• Lobos Pulmonares:
5. AUSCULTA
→ Como realizar a ausculta pulmonar?
• Estetoscópio.
• Auscultar tórax anterior e posterior.
• Cada lobo terá um som mais audível em locais
diferentes.
→ Ausculta pulmonar
Normal: Murmúrios vesiculares
Anormal: Ruídos adventícios (estertores finos,
estertores grossos, roncos, sibilos e estridor).
• Estertores finos: “Fecho de velcro”.
- Líquido dentro do alvéolo.
- Final da inspiração.
- Não modifica com a tosse.
- Pneumonia, edema agudo de pulmão,
contusão pulmonar, DPOC, fibrose cística.
Bruna Embacher Sanz ❥
Introdução à Propedêutica I - 4° Semestre
• Estertores grossos:
- Secreção em brônquios e bronquíolos.
- Ocorre na inspiração e expiração.
- Modifica com a tosse.
- Bronquite crônica.
• Roncos:
- Som mais grave e contínuo.
- Ocorre na inspiração e expiração
(predomina).
- Muda frequentemente.
- Secreção.
• Sibilos: “miado de gato”.
- Ar passando por região de calibre
reduzido.
- Localizado: Tumor ou corpo estranho.
- Difuso: Asma.
• Estridor:
- Semi obstrução da laringe ou traquéia.
- Afonia, rouquidão, tosse “de cachorro”.
- Laringite, corpo estranho, anafilaxia.
→ Broncofonia
• É a transmissão anormal dos sons originados dos
pulmões ou dos brônquios. Constitui-se em um
sinal observado pelo médico, à auscultação
pulmonar.
• Solicite ao paciente para falar “Trinta e três”.
• Comparação de regiões homólogas como se faz
na avaliação do frêmito toracovocal.
❖ Broncofonia normal:
- Voz cochichada.
❖ Broncofonia diminuída:
- Derrame pleural, pneumotórax.
❖ Broncofonia aumentada: condensação.
- Pectorilóquia fônica: nitidez na voz normal.
- Pectorilóquia afônica (áfona): nitidez na voz
cochichada.
- Pectorilóquia egofônica ou egofonia: voz
anasalada.
Bruna Embacher Sanz ❥
Introdução à Propedêutica I - 4° Semestre
→ Casos Clínicos:
Interpretação dos achados do exame físico:
1. Homem, 40 anos, recebe facada em hemitórax
direito durante briga no bar.
Ao exame físico apresenta:
- Aumento do diâmetro ântero-posterior de
hemitórax direito → acúmulo de ar na
pleura; aumento da pressão intratorácica.
- Redução da expansibilidade torácica de
hemitórax direito → redução do volume
corrente, devido a compressão do pulmão.
- Redução do frêmito toracovocal de
hemitórax direito → barreira de ar,
transmite menos som.
- Timpanismo à percussão de hemitórax
direito.
- Redução de MV de hemitórax direito.
Qual é a hipótese diagnóstica (HD)?
R: Pneumotórax Direito.
2. Mulher, 28 anos, recebe tiro de revólver calibre
38 em hemitórax direito durante briga com o
marido.
Ao exame físico apresenta:
- Inspeção estática normal.
- Redução do frêmito toracovocal de
hemitórax direito → barreira de sangue.
- Macicez à percussão de hemitórax direito
→ sangue.
- Redução de MV de hemitórax direito → o
parênquima pulmonar vai estar afastado.
Qual é a hipótese diagnóstica (HD)?
R: Hemotórax direito.
3. Homem, 35 anos, apresenta dispneia há 6
horas,
após entrar em loja com ar condicionado mofado
e
muito frio.
Ao exame físico apresenta:
- Aumento do diâmetro ântero-posterior do
tórax → devido a dificuldade de respirar.
- Redução da expansibilidade torácica →
redução do volume corrente.
- Redução do frêmito toracovocal.
- Timpanismo à percussão do tórax → ar
preso no pulmão.
- Presença de sibilos difusos.
Qual é a hipótese diagnóstica (HD)?
R: Exacerbação asmática.
4. Idoso, 75 anos, apresenta tosse produtiva com
secreção amarelada, febre e dispneia há 5 dias.
Ao exame físico apresenta:
- Inspeção estática e dinâmica preservada.
- Aumento do frêmito toracovocal em base
esquerda → condensação do pulmão.
- Submacicez à percussão de base de
hemitórax esquerdo.
- Presença de estertores finos em base de
hemitórax esquerdo.
Qual é a hipótese diagnóstica (HD)?
R: Pneumonia localizada na base do pulmão
esquerdo.Referência Bibliográfica:
IRINEU, Francisco et.al. Propedêutica médica da
criança ao idoso. 2 ed. São
Paulo: Atheneu, 2015; Capítulo 7:
Propedêutica do Aparelho Respiratório.
BATES, Barbara et.al. Bates propedêutica médica.
11 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2015; Capítulo 8: Tórax e
Pulmões.
Bruna Embacher Sanz ❥

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