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Síndrome diarreica

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SÍNDROME DIARREICA 
Peso das fezes >200g 
 
Classificação: 
• Duração: aguda (até 3 semanas) e crônica (> 3 semanas) 
• Topografia: alta (delgado - alto volume e baixa frequência, sem tenesmo) e baixa (colônica - pouco 
volume e alta frequência, com tenesmo) 
• Inflamatória (invasiva = disenteria): muco, pus e sangue —> DII, amebíase, colite bacteriana 
 
DIARREIA AGUDA: 
Causas: 
• Vírus (mais comum): adultos (norovírus) / crianças (rotavírus) 
• Bacterias: 
• E. Coli enterohemorrágica (EHEC-O157:H7) = SHU 
• E. coli enterotoxigênica = diarreia do viajante 
• Shigella = alterações no SNC (tratar sempre) 
• Campylobacter jejuni = Sd. Guillain Barré 
• Campylo e Yersinia = pseudoapendicite 
• Salmonela = infecções à distância (não é indicada a ATB rotineira, só nos de maior risco) 
• C. Difficile (colite pseudomembranosa) = 
• Colonoscopia com pus (toxina) em 50% dos casos 
• Risco: uso prévio de ATB (clinda, cefalosporina e quinolona) 
• Diagnóstico: pesquisa de toxina nas fezes / cultura / PCR / colono 
• Desconfiar em todo paciente com diarreia que se inicia entre o primeiro dia e sexta semana após o 
início de ATB 
• Tratamento: vancomicina (oral) ou fidaxomicina (oral), alternativa é o metronidazol oral 
• Colite fulminante: vancomicina (oral) + metronidazol (IV) 
 
Abordagem: 
• Investigar = Sinais de alarme: 
• Desidratação 
• Fezes com sangue 
• Febre ≥38,5ºC 
• Não melhora após 48h 
• Idosos ≥70 anos 
• Dor abdominal grave em >50 anos 
• Novos surtos na comunidade 
• Imunocomprometidos 
• Uso recente de ATB (colite) 
• Como investigar: 
• HMG completo 
• Bioquímica 
• Exame de fezes: parasitológico, cultura, antibiograma, toxina 
• Como tratar: 
• Hidratação 
• Antidiarréico: diarreia com características não invasivas = Loperamida 
• ATB (empírico): se sinais de alarme (ou duração maior que 7 dias, mais que 8 evacuações, diarreia 
grave em viajantes, hospitalizados e válvulas cardíacas) = Quinolona 
• Na cólera, doxiciclina (eritromicina em crianças) 
*Sais biliares são absorvidos no íleo terminal 
*Padrao ouro para ma absorção de gordura é o teste quantitativo de gordura fecal 
 
 
*Diplyllobothrium latum = deficiência de B12 
*Whipple: mioarritmia oculomastigatoria e oculofacialesqueletica = macrófagos PAS+ e microbacilos —> 
ceftriaxone ou meropenem 14 dias + SMX TMP até completar 1 ano 
 
DOENÇA CELÍACA: 
• Reação à proteína do glúten (trigo, centeio, cevada) 
• HLA-DQ2 (DQ2.5) ou HLA-DQ8 positivo em 100% (altamente sensível = negativo exclui) 
• Clínica variável: 
• Assintomático 
• Disabsorção parcial (cálcio, ferro, esteatorreia) 
• Disarbsorção total (infância) 
• Miopatia (atrofia glútea) 
• Paranoia 
• Depressão 
• Ataxia 
• Condições associadas: 
• Dermatite herpetiforme 
• Tireoidopatias 
• DA 
• DM 
• Síndrome de Down 
• Risco elevado de neoplasias: linfoma e ADC de jejuno 
• Diagnóstico: 
• Sorologia: 
• Anti-transglutaminase tecidual IgA 
• Anti-gliadina (desuso) 
• Anti-endomísio (desuso) 
• EDA + Biópsia duodenal (mais distal possível): padrão-ouro (HP: atrofia de vilosidades com infiltrado 
linfomononuclear e hiperplasia de criptas) —> Antes e depois do tratamento 
• Tratamento: 
• Excluir glúten da dieta 
 
PARASITOSES INTESTINAIS: 
Protozoários: 
• Parasitas: 
• Entamoeba hystolitica 
• Giardia lambia (intestinalis) 
• Características: 
• Unicelulares 
• Não causam eosinofilia 
• Maioria assintomática 
• Transmissão fecal-oral 
• Ciclo/diagnóstico: 
• Ingestão do cisto —> Trofozoíta no intestino —> Cisto nas fezes 
• Diagnóstico: EPF —> cisto nas fezes 
• Tratamento: 
• Imidazólicos (metro / sec / tinidazol melhor porque é 2g DU) 
• Nitazoxanida 1cp/dia 3 dias 
• Empírico: albendazol 1cp/dia 5 dias 
 
 
AMEBÍASE GIARDÍASE 
Invasiva: disenteria, ameboma (ddx com câncer), 
abscessos (hepático = clínica semelhante com o 
piogênico, exceto pela icterícia ausente no amebiano) 
Não-invasiva 
Cólon 
Delgado (atapeta): má-absorção (ddx com doença 
celíaca) ATENCÃO: Entamoeba coli / Iodamoeba butschlii / 
Endolimax nana —> Não tratar (comensais) 
*Abcesso hepatico: único. No lobo direito do fígado, mais comum no sexo masculino entre 20-40 anos, 
quadro agudo com febre alta, dor no HD com sinal de Torres-Homem positivo, líquido com aspecto 
achocolatado ou de pasta de anchova, e a doença hepática não costuma se associar a doença intestinal, 
diagnóstico é por sorologia e ultrassom 
*Simulam DUP: Giardíase e estrogiloidiase 
*Esquistossomose: febre de Katayama / EPF negativo na fase aguda / glomerulonefrite 
membranoproliferativa / enterobacteriose septicemica prolongada / mielite transversa/ EPF e bx mucosa 
retal / praziquantel ou oximiniquine / controle mensal por 6 meses e último com biópsia 
 
Helmintos: 
• Características: 
• Visíveis 
• Causam eosinofilia 
• Maioria é assintomática (tratar!!!) 
• Transmissão fecal-oral / pele / carne 
• Ciclo/diagnóstico: 
• Ingestão do ovo —> Larva —> Verme no intestino —> Ovos nas fezes 
• Diagnóstico: EPF —> ovos nas fezes 
• Tratamento: bendazol (al / me / tia) 
 
Ascaridíase: 
• Ascaris lumbricoides 
• Habitat: delgado 
• Diarreia alta 
• Não existe autoinfestação 
• Larva = Loeffler —> tosse seca / infiltrado pulmonar migratório / eosinofilia intensa 
• SANTA (Strogiloides, Ascaris, Necator americanus, Toxocaríase, Ancilostomíase) 
• NÃO É HIPERSENSIBILIDADE 
• Clínica: 
• Loeffler 
• Cólica biliar, pancreatite 
• Pode cursar com urticária crônica 
• Suboclusão intestinal 
• Diagnóstico: pesquisa de ovos nas fezes através do EPF 
• Tratamento: 
• Bendazol 
• Outros: levamisol e pamoato de pirantel 
• Suboclusão intestinal: Estabilização clínica (SNG aberta + Hidratação) / Piperazina (bloqueador 
neuromuscular do parasita) + Óleo mineral / Após eliminação: bendazol 
 
Toxocaríase: 
• Toxocara canis (ascaris do cachorro) 
 
 
• Larva migrans visceral 
• Cachorro = hospedeiro definitivo 
• Homem = hospedeiro acidental (larva não acha intestino) 
• Doença autolimitada 
• Clínica: 
• Loeffler 
• Hepatomegalia, febre e hipergamaglobulinemia 
• Eosinofilia intensa (é o helminto que faz mais eosinofilia) 
• Diagnóstico: Sorologia por ELISA (não encontra o intestino) 
• Tratamento: Albendazol (ocular, associado ao corticoide) ± Corticóide (no quadro mais grave) 
 
Ancilostomíase: 
• Ancylostoma duodenale / Necator americanus 
• Habitat: delgado (diarreia alta) 
• Verme no intestino —> Ovo nas fezes que eclode no solo —> Larva rabditoide (RN) —> Larva filaroide 
(fura) —> Larva na pele —> Larva no pulmão —> Larva no intestino 
• Clínica: 
• Lesão cutânea = dermatite maculopapular pruriginosa 
• Diarreia com enterite catarral 
• Loeffler 
• Anemia ferropriva (principal associado = hematófago) 
• Hipoalbuminemia 
• Diagnóstico: EPF (método de Willis) 
• Tratamento: bendazol 
 
Estrongiloidíase: 
• Strongyloides stercoralis 
• Habitat: delgado (diarreia alta) 
• Verme no intestino —> Ovo eclode no intestino —> Larva rabditoide (RN) nas fezes —> Larva filarioide 
(fura) no solo —> Pulmão —> Intestino 
• Como há larvas filaroides no intestino, pode haver autoinfestação e fazendo translocação bacteriana = 
Sepse por Gram-negativo entérico —> Por isso se faz a profilaxia quando se faz imunossupressão 
• Clínica: 
• Lesão cutânea = Dermatite eritematosa migratória 
• Loeffler 
• Eosinofilia nos casos não complicados 
• Autoinfestação: forma disseminada e sepse (translocacao de gram negativo) 
• Diagnóstico: EPF (Baermann-Moraes - para larva rabditoide) 
• Tratamento: 
• Ivermectina* / Cambendazol / Tiabendazol 
 
DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA: 
• Bimodal (jovem e idoso) 
• Clínica: diarréia invasiva, perda de peso, anemia de doença crônica 
• História familiar é o fator de risco mais importante 
• Fatores protetores: apendicectomia (RCU) e amamentação 
• Associada com outras doenças autoimunes 
• Atividade da doença = eritema nodoso e artrite periférica 
 
Doença de Crohn: 
• Localização: boca ao anus (íleo terminal) 
 
 
• Transmural 
• Não contínua 
• Clínica: diarreia + dorabdominal + emagrecimento 
• Relacionada ao tabagismo 
• Faz fístulas e complicação sistêmica 
• Complicações: fistulas, abscessos, estenoses e fissuras 
• Manifestações extraintestinais: 
• Cutânea: Eritema nodoso = atividade de doença 
• Hepatobiliar: Cálculo biliar 
• Articular: Artrite periférica 
• Renal: Nefrolitíase (disabsorção faz com que gordura se ligue ao cálcio, sobrando e absorvendo mais 
oxalato) 
• Diagnóstico: 
• Ileo-colonoscopia = Pedras de calçamento / Úlceras aftóides (primeira manifestação) 
• Biópsia = Granuloma não caseoso (específico, em 30% dos casos) 
• Sorologia = ASCA+ 
• Tratamento: 
• Leve a moderada (step up): 
• Remissão = Derivados 5-ASA -> Corticoide (local ou oral) -> Imunomodulador ± biológico 
• Manutenção = Derivados 5-ASA -> Imunomodulador ± biológico 
• Moderada a grave (top down): 
• Remissão e Manutenção = Imunobiológico (anti-TNF) + Imunossupressor 
• Fístula = Biológico + ATB 
• Cirurgia: 
• Não é curativa = Síndrome do intestino curto —> Por isso, somente operar nas complicações 
• Indicação: obstrução intestinal (estenose) / perfuração intestinal (fístula) / abscesso (tamponamento de 
perfuração) / hemorragia maciça / megacólon tóxico 
• Ressecção local/segmentar com anastomose 
 
Retocolite ulcerativa: 
• Localização: cólon esquerdo + reto 
• Acomete somente até a submucosa 
• Contínua e ascendente (começa no reto) 
• Maior predisposição ao CA de cólon (>8 anos de doença e pancolite) 
• Clínica: colite disentérica 
• Manifestações extraintestinais: 
• Cutânea: Pioderma gangrenoso 
• Hepatobiliar: CEP 
• Diagnóstico: 
• Colonoscopia = Mucosa eritematosa, friável, edemaciada / Pseudopólipos 
• Biópsia = Criptite 
• Sorologia = p-ANCA+ 
• Tratamento: 
• Leve (colite distal): 
• Remissão = Mesalamina retal -> Corticóide -> Biológico 
• Manutenção (se necessário) = Mesalamina retal -> Biológico 
• Grave (pancolite): 
• Remissão = ATB + corticoide venoso -> Biológico ou ciclosporina 
• Manutenção = Mesalamina retal -> Biológico ou ciclosporina 
• Cirurgia: 
• Tratamento curativo 
 
 
• Indicada: casos refratários / displasia ou câncer / complicações (megacólon, sangramento maciço) 
• Eletiva = Protocolectomia com IPAA (bolsa ileal + anatomose anal) = pode complicar com bolsite e 
obstrução de delgado 
• Urgência = Colectomia à Hartmann (colostomia + coto retal) 
 
SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL: 
• Cólon (diarreia baixa) 
• Funcional / Mulheres (30-50 anos) / Alteração psiquiátrica (80%) 
• Clínica: 
• Dor abdominal + Diarreia e/ou constipação + muco nas fezes (50%) 
• Diagnóstico = Exclusão + Critérios de ROMA IV: 
• Dor abdominal pelo menos 1 dia na semana nos últimos 3 meses = obrigatório 
• Pelo menos 2 = Relação com evacuação / Alteração na frequência / Alteração na forma das fezes 
• Com início há 6 meses 
• Tratamento: 
• Sintomático

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