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• Sensação inquieta, vaga, difusa • A ansiedade é uma emoção normal em circunstancias de ameaça – reação evolutiva de luta ou fuga • Sintomas nucleares – medo e preocupação • Transtornos de ansiedade – excede o limite na normalidade • Medo e ansiedade – emoções humanas normais • Supressão de demais funções para priorizar um estado motivacional de defesa • Comprometimento funcional ou sofrimento clinicamente significativo – transtorno de ansiedade • A ansiedade é um estado emocional mais duradouro que ocorre quando as pessoas anteveem uma situação futura pessoalmente aversiva, imprevisível e incontrolável que percebem como uma ameaça a seus interesses vitais MEDO • Complexa resposta psicológica, comportamental, cognitiva e subjetiva que ocorre mediante um estimulo ameaçador • Envolve uma resposta adaptativa a uma ameaça real e normalmente é transitório • É uma coisa mais direcionado, já na ansiedade é uma coisa mais inespecífica • O medo é a percepção (ex.: pensamento) de ameaça ou perigo iminente à segurança ou integridade de uma pessoa. • O medo está na raiz da ansiedade; portanto, descobrir o medo básico que conduz à ansiedade é importante na terapia cognitiva MODELO COGNITIVO TRANSTORNOS DE ANSIEDADE • Os transtornos de ansiedade estão associados com morbidades significativas e com frequência são crônicos e resistentes a tratamentos • ESTÃO INCLUSOS o Transtornos de ansiedade generalizada o Transtorno de pânico SITUAÇÃO TEMIDA ATIVAÇÃO DE CRENÇAS DE INCAPACIDADE/ INADEQUAÇÃO SITUAÇÃO É PRECEDIDA COMO PERIGOSA SINTOMAS COGNITIVOS E SOMATICOS ATENÇÃO AUTOFOCADA (começa a prestar muita atenção) o Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) o Fobia especifica o Transtorno de ansiedade social o Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)* − Não é mais tido como um transtorno ansioso, no entanto, tem uma ligação muito grande. FISIOPATOLOGIA • GENÉTICA o Transtorno do pânico, ansiedade generalizada, fobias e TOC podem acontecer em vários membros da mesma família o Parentes em primeiro grau de indivíduos com transtorno do pânico tem risco de apresentar esse transtorno o Transtorno do pânico, TAG e fobias são definidos em grande parte pelos genes o Há sobreposição de fatores de risco genéticos entre depressão e ansiedade generalizada • O CÉREBRO EM DEFESA o Envolvimento amplo encefálico o Amigdala – centro do medo − Responsável pelas valências emocionais − Respostas reflexas, inatas ou aprendidas o Pacientes com transtorno de ansiedade: hiperatividade basal e/ou hiper-reatividade de amigdala (não tem sentido clinico, só a nível de estudo) o Iminência baixa − Envolvimento de estruturas frontais – córtex pré-frontal ventromedial, cingulado anterior, orbitofrontal e amigdala lateral o Ameaças mais iminentes: estruturas mesencefálicas como PAG e amigdala central o Estruturas mais corticais estão envolvidas em estratégias mais sofisticadas de defesa e mais adaptativas se o risco ainda é potencial o Estruturas como o vmPFC suprimem respostas primitivas para possibilitar defesas mais elaboradas o Sistema límbico – hipocampo o Insula e sensações do corpo o Gânglios da base com menor metabolismo em pacientes com TAG o Menor sensibilidade em receptores alfa adrenérgicos cerebrais • NEUROTRANSMISSORES ENVOLVIDOS o Não existe comprovação que seja especifico de um sistema de neurotransmissores o Maior evidencia de envolvimento da serotonina o GABA – receptores por todo o cérebro e efeitos inespecíficos QUADRO CLINICO • FÍSICOS o Autonômicos: taquicardia, vasoconstricção, sudorese, aumento do peristaltismo, náusea, midríase, piloereção, vertigem. o Musculares: dores, contraturas, tremor, tensão. o Cinestésicos: parestesias, calafrios, ondas de calor. o Respiratórios: sensação de sufocamento e asfixia. • PSÍQUICOS o Nervosismo, apreensão, insegurança, dificuldade de concentração, sensação de estranheza, despersonalização (estranheza referida a si mesmo) e desrealização (sensação de irrealidade referida ao ambiente). Transtorno de Ansiedade General izada – F41.1 • Ansiedade excessiva e preocupação sobre diversos eventos e atividades rotineiras • Ansiedade e preocupação excessivas e contínuas acompanhadas de 3 de 6 sintomas somáticos, sintomas • presentes na maioria dos dias, por pelo menos 6 meses. • QUADRO CLINICO o Dificuldade para controlar preocupações o Inquietação, fadiga, irritabilidade, tensão muscular, perturbação do sono, cefaleia, taquicardia, tremores o Muitos pacientes fazendo uso de substancias psicoativas (Álcool, cigarro...) na tentativa de sanar os sintomas o Causa desconforto clinico e/ou prejuízo social e profissional • Excluir condições clinicas (hipertireoidismo, anemia, uso de medicação...) • EPIDEMIOLOGIA o Mais comum em mulheres 2:1 o Em geral por volta dos 30 anos o Prevalência de 5-8% ao longo da vida. o 50-90% possuem outro transtorno psiquiátrico comórbido (T.P., TDM, distimia e uso de substâncias). • PROCESSO DE EVITAÇÃO DO PACIENTE – através do que ele evita podemos entender melhor a causa do adoecimento o Evitar desconforto o Adiar preocupação o Evitar gatilhos (ex.: fobia especifica) o Evitar lembranças Dificuldade em iniciar ou manter o sono, ou despertar precoce; Diferenciar Insônia (o paciente não dorme bem e fica cansado durante o dia (sono não restaurador)) da redução da necessidade de sono Transtorno do Pânico – F41.0 • São ataques súbitos, recorrentes e involuntários sem causa identificada. • Acompanhado a isso, há uma sensação de morte iminente ou de perda de controle, gerando uma ansiedade antecipatória. • Vem acompanhado de outros sintomas (por exemplo, sudorese, tremores, sensação de falta de ar, náusea, tontura), que são autolimitados, durando entre 10-20 minutos. • O transtorno do pânico costuma ser acompanhado por agorafobia • Os principais neurotransmissores envolvidos são norepinefrina, serotonina e GABA. • EPIDEMIOLOGIA o 2-3 % da população o Mais comum em mulheres o 20-24 anos o Não costumas iniciar após 45 anos • Excluir causas orgânicas (causas clinicas não psiquiátricas) • QUANDRO CLÍNICO o Ataques inesperados e recorrentes o Surtos súbitos de medo/desconforto o Sensação de morte eminente ou enlouquecimento o O pico é atingido em poucos minutos e dura 10-30 min o Preocupação “MEDO” persistente de ter novos ataques o NÃO ACREDITE QUANDO O PACIENTE DISSER QUE ESTÁ COM O TRANSTORNO DO PÂNICO − Investigue − Pergunte como é, me explique... • SINTOMAS DURANTE A CRISE o Sudorese o Tremores ou abalos o Taquicardia ou palpitações (normalmente vem encaminhados do cardiologista) o Falta de ar ou sufocamento o Dor ou desconforto torácico o Náuseas ou vômitos o Calafrios ou ondas de calor o Parestesias o Despersonalização ou desrealização o Medo de perder o controle ou enlouquecer o Medo de morrer • DIAGNOSTICO DIFERENCIAL o Condições médicas − Hipo/Hipertireoidismo − Hiperparatireoidismo − Hipoglicemia AGORAFOBIA Medo ou ansiedade em relação a lugares em que a fuga possa ser difícil (espaços abertos, transporte público, locais fechados, multidões, sair de casa só). − Doenças Neurológicas − Doenças Cardíacas (sempre pedir ECG) − Doenças Pulmonares. o Transtornos mentais − Outros Transtornos de Ansiedade (fobia social, fobia específica, TAG, TEPT) − Uso de substâncias − Feocromocitoma “FEO” – tumor raro que causa picos hipertensivos Síndrome com Importante Componente de Ansiedade FOBIAS • Medo interno e irracionais ou desproporcionais • Agorafobia (medo de aglomerado de pessoas, medo de estar fora de casa) • Fobias simples o Medo ou ansiedade excessivos, desproporcional a cerca de um objeto ou situação. o Aracnofobia, ailurofobia (gatos), hidrofobia,claustrofobia, cinofobia, misofobia, zoofobia. ANSIEDADE SOCIAL • Ansiedade intensa em situações de interação social (contato interpessoal) ou de desempenho • Medo do constrangimento ou avaliação negativa pelas outras pessoas em diversas situações • Causando sofrimento excessivo ou interferindo no dia a dia da pessoa Quadro Clinico • Sintomas mais comuns o Taquicardia sudorese o Tremores o Rubor o Tensão e/ou abalos musculares • Sintomas psíquicos o Sentimentos de confusão o Vergonha e humilhação o Autodepreciação o Antecipação negativa o Medo da avaliação negativa o Timidez excessiva Atenção • Uso de álcool e outras drogas como forma de “automedicação podem mascarar os sintomas • Uso abusivo de substancias é frequente no meio universitário • Maconha: síndrome apático-abúlica o É rica em THC o que pode levar a predisposição a esquizofrenia Tratamento Mudança do Estilo de Vida • Atividade física regular • Higiene do sono • Psicoterapia / mindfulness (ou Atenção Plena - é um estado onde treinamos qualidades de atenção ao momento presente com experiências desafiadoras. Aprendemos a perceber pensamentos, sensações corporais e emoções no momento que ocorrem, sem reagir de maneira automática ou habitual) • Evitar carga de trabalho excessiva • Evitar uso de SPA (cigarro, café, álcool, maconha) Medicamentoso • ISRS (fluoxetina e escitalopram) • Duais - Antidepressivos (venlafaxina) • Anticonvulsivantes - Pregabalina • Benzodiazepínicos – uso se necessário (em especial no primeiro mês, de preferência sublingual )