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■ INTRODUÇÃO
No início do século, as alternativas de tratamento para as doenças do quadril eram escassas, e o 
suporte ao paciente era realizado, muitas vezes, com medidas simples e paliativas. As cirurgias 
utilizadas, durante muito tempo, foram as artroplastias de ressecção ou as fusões.1,2 Foi a interposição 
de diferentes materiais na superfície articular — uma espécie de recapeamento — com objetivo 
de diminuir a dor e melhorar a movimentação dos quadris, que deu impulso inicial às substituições 
articulares da forma que conhecemos hoje.
A evolução do tratamento para as doenças do quadril começou com a cúpula de Smith-Petersen 
em 1938, seguida pelas próteses dos irmãos Judet. Os resultados iniciais eram animadores, mas os 
pacientes pioravam em poucos anos. A necessidade de melhora era evidente, e as próteses parciais 
e totais começaram a surgir. A introdução do conceito da prótese de baixa fricção de Charnley 
nas décadas de 1950 e 1960 foi importante e deu novo impulso aos resultados. A aparente “doença 
do cimento” deu força para o desenvolvimento de diversos modelos de próteses não cimentadas.
Com a compreensão de que o processo de osteólise e soltura estava associado aos 
debris, o estudo da chamada tribologia ganhou cada vez mais espaço na busca de 
pares de atrito com melhor desempenho. As superfícies soft (polietileno) e hard (metal e 
cerâmica) foram melhor compreendidas. As próteses de metal com metal, com resultados 
inicialmente animadores devido ao baixo desgaste, apresentaram altas taxas de falhas 
e hoje estão praticamente abandonadas.3 
A cabeça femoral, inicialmente com 22,25mm de diâmetro, aumentou gradativamente e 
hoje é possível encontrar modelos com até 40mm. Em 2007, a revista The Lancet publicou 
um artigo que revelou, mais uma vez, a importância da artroplastia total de quadril (ATQ) 
para os pacientes e para os ortopedistas, sendo considerada, nesta análise, a cirurgia 
do século.4
EDISON NOBORU FUJIKI
TAKESHI CHIKUDE
DORIAN RIKER TELES DE MENEZES JUNIOR
ARTHUR DE GÓES RIBEIRO
LUCAS FERRAZ
HENRIQUE ROSA DE OLIVEIRA
ARTROPLASTIA DO QUADRIL: 
COMO ESCOLHER 
A MELHOR PRÓTESE | PRO
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 | Seja por artrose ou por fratura, a ATQ é capaz de devolver ao paciente a sua plena 
saúde. Permite que ele retorne aos seus afazeres domiciliares, laborais, atividades físicas 
e, acima de tudo, melhorar a qualidade de vida. Os registros nacionais de artroplastia 
foram um passo importante para compreender o comportamento dos materiais utilizados 
ao longo das décadas, comparando modelos, técnicas e populações. 
Estudar artroplastia requer conhecimento de anatomia, fisiologia, patologia, física, 
engenharia e mecânica dos materiais. A evolução das técnicas e dos materiais soluciona 
problemas importantes, mas traz outros que são desconhecidos e inesperados. Por isso, 
é necessário ser crítico e ter prudência. Escolher a melhor prótese é um somatório de 
fatores, e os princípios são mais importantes do que os métodos, como o leitor verá a seguir.
■ OBJETIVOS
Ao final da leitura deste capítulo, o leitor será capaz de:
■ saber a história da artroplastia de quadril e os dados estatísticos atuais dos resultados e do
desempenho das diferentes técnicas em diversos países do mundo;
■ compreender a importância da anatomia e da biomecânica aplicadas à cirurgia desta articulação;
■ avaliar a indicação de uma artroplastia;
■ entender os princípios que devem ser respeitados para o sucesso da operação;
■ entender a tribologia e técnicas de fixação da prótese no fêmur e no acetábulo.
■ ESQUEMA CONCEITUAL
Conclusões
Diagnóstico e indicação cirúrgica
Anatomia e biomecânica 
aplicadas à artroplastia total 
de quadril
Tribologia
Posicionamento dos componentes
Tamanho da cabeça femoral
Seguimento em longo prazo
Caso clínico
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■ DIAGNÓSTICO E INDICAÇÃO CIRÚRGICA
A escolha de uma prótese de quadril não é simples. Estão envolvidas inúmeras questões técnicas, como 
motivo da artroplastia, expectativa do paciente, diagnóstico da causa da coxartrose e características 
individuais. Normalmente, o cirurgião que se inicia na arte da reconstrução artroplástica do quadril 
valoriza muito o par tribológico e quer saber, de início, se a prótese será:
■ cimentada;
■ híbrida;
■ não cimentada.
Antes disso, é fundamental entender que os objetivos de uma artroplastia de quadril são aliviar a 
dor do paciente e devolver, próximas à normalidade, a mobilidade e a função desta articulação. 
Fatores importantes, porque influenciam diretamente no sucesso a longo prazo e, portanto, na 
escolha dos componentes são:
■ sexo;
■ idade;
■ profissão;
■ atividades diárias;
■ hobbies;
■ prática esportiva ou de atividade física;
■ etnia;
■ estatura;
■ doenças associadas;
■ sequelas de doenças ou fraturas prévias;
■ deformidades pré-existentes.
As características da prótese a ser escolhida devem ser adequadas a cada caso 
para que se obtenha uma artroplastia que dure muitas décadas com um excelente 
resultado funcional, tais como: 
■ técnica de fixação;
■ tamanho dos componentes (acetábulo, haste e cabeça);
■ par tribológico;
■ modularidade.
Outro aspecto importante é conhecer bem:
■ o portifólio dos fabricantes utilizados;
■ os instrumentais de apoio;
■ os implantes disponíveis.
LEMBRAR
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 | Deve-se conhecer os pontos fortes e fracos de cada modelo, de modo a indicá-lo de forma 
precisa e, também, os limites do seu uso. Ter intimidade com o material utilizado agrega 
mais segurança a todo o procedimento. É notório que mesmo os cirurgiões experientes 
podem ter resultados inesperados se mudarem a sua prática de rotina.
Harmonia dentro da equipe cirúrgica, habilidade do cirurgião com a técnica escolhida e 
prática com a prótese que será utilizada são fundamentais para o sucesso da cirurgia. 
Uma mesma prótese pode apresentar diferentes resultados se for utilizada com técnicas 
e por cirurgiões diferentes.
ATIVIDADES
1. Diversos fatores influenciam diretamente no sucesso a longo prazo da cirurgia de
artroplastia de quadril. Quais são eles?
I — Sexo, idade e profissão.
II — Hobbies, etnia e atividade física.
III — Deformidades pré-existentes, tipo de alimentação e tabagismo.
IV — Número de filhos, propensão à obesidade, uso de medicamentos.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
A) Apenas I e II.
B) Apenas II e III.
C) Apenas II, III e IV.
D) Apenas IV.
Resposta no final do capítulo
2. Na escolha das próteses para a cirurgia de artroplastia do quadril, pode-se afirmar
corretamente que:
A) a técnica de fixação deve ser a mesma utilizada para todos os pacientes.
B) o par tribológico e a modularidade devem ser adequados a cada caso.
C) o tamanho dos componentes da prótese deve ser padronizado em qualquer caso.
D) o resultado funcional é menos importante do que a duração do implante.
Resposta no final do capítulo
3. Quanto aos cuidados necessários da artroplastia de quadril, considere a seguinte
sentença. “Uma __________ pode apresentar ___________ resultados se for utilizada 
com técnicas e por ______________.” Qual das alternativas a seguir preenche
corretamente as lacunas da sentença?
A) Prótese diferente — semelhantes — um mesmo cirurgião.
B) Mesma prótese — semelhantes — um mesmo cirurgião.
C) Mesma prótese — diferentes — cirurgiões diferentes.
D) Prótese diferente — diferentes — cirurgiões diferentes.
Resposta no final do capítulo
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■ ANATOMIA E BIOMECÂNICA APLICADAS
À ARTROPLASTIA TOTAL DE QUADRIL
Um dos objetivos, ao término da cirurgia, é restaurar a anatomia do paciente:
■ largura de quadril;
■ comprimento do membro inferior;
■ anteversãofemoral.
Dessa forma, o funcionamento biomecânico da nova articulação será o mais saudável e 
equilibrado possível, respeitando a balança de Pauwels (Figura 1).
Figura 1 — Balança de Pauwels. 
K = Peso corporal. M = Força da musculatura abdutora. b = Braço alavanca lateral 
(3 vezes maior que a); a = Braço alavanca medial. Fulcro da balança = Centro 
de rotação do quadril. 
M.b = K.a
M.b = K.3b
M = 3K
Fonte: Bombelli (2001).5
De acordo com a Figura 1, medialmente, nessa balança incide a força peso (K) e, 
lateralmente, incide a força da musculatura abdutora (M). No meio, como ponto de apoio, 
está o centro de rotação do quadril. O braço de alavanca lateral (b) é mais curto do que o 
medial (a). Segundo Pauwels e Bombelli, durante o apoio monopodal, para que a pelve 
permaneça estável (sinal de Trendelenburg negativo), a força dos músculos abdutores (M) 
deverá equilibrar a força peso (K) do paciente. Se a proporção da distância dos braços de 
alavanca da balança for a = 3b, a pressão resultante no centro da cabeça seria igual a 4K.
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 |
Ao planejar uma artroplastia de quadril, é necessário considerar a largura dos quadris 
do paciente (Figura 2).
Offset horizontal
Figura 2 — Largura do quadril e offset horizontal. Seta vermelha corresponde à largura do quadril. Seta 
preta corresponde ao offset horizontal.
Fonte: Arquivo de imagem dos autores.
A prótese a ser utilizada deve reproduzir o mesmo offset horizontal (Figura 3). 
Offset
Altura
vertical
Comprimento
da haste
Diâmetro
da haste distal
Comprimento
do colo
Offset
Altura
vertical
Comprimento
da haste
Diâmetro
da haste distal
Comprimento
do colo
Figura 3 — Componente femoral de artroplastia e fêmur do paciente. A escolha do componente femoral deve respeitar as 
dimensões do quadril original.
Fonte: Adaptada de Harkess e Crockarell (2017).6
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|17Caso o offset aumente, o paciente ficará com o quadril operado mais largo. Caso diminua, 
o resultado final será um quadril mais estreito. A avaliação do offset e a escolha da
prótese adequada devem ser realizadas no pré-operatório com uso de planilhas e de uma 
radiografia em tamanho natural para o planejamento (Figuras 4 e 5). A Figura 4 mostra
planejamento e adequação do offset horizontal.
5 44mm No.0
0580-1-440
44mm No.1
0580-1-441
A B
Figura 4 — A) Prótese não cimentada. B) Prótese cimentada.
Fonte: Adaptada de arquivo de imagem dos autores.
A Figura 5 apresenta exemplo de planejamento e adequação do componente acetabular.
32
28
22
22,2
63094240
22,2
63094250
63094646
26
26
58
46
20mm [LOAD]
A B
Figura 5 — A) Prótese não cimentada. B) Prótese cimentada.
Fonte: Adaptada de arquivo de imagem dos autores.
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 | Outro aspecto a ser considerado é o comprimento dos membros inferiores. O lado 
acometido, que será operado, na maioria das vezes está mais curto do que o lado 
contralateral. É necessário medir a discrepância pré-operatória para que, ao término da 
cirurgia, o comprimento esteja equiparado. A presença de anisomelia (desigualdade entre 
membros) é uma das principais queixas e uma das causas de conflito jurídico após ATQ.
Tanto a técnica acetabular quanto a técnica femoral influenciam diretamente o comprimento 
final do membro operado. O acetábulo deve ser planejado na altura da gota de lágrima 
(com visto na Figura 5). Se, após a cirurgia, ele estiver mais distal, poderá causar 
alongamento do membro. Do contrário, se ele terminar mais proximalmente, haverá 
encurtamento da extremidade operada.
O centro de rotação de um quadril biomecanicamente equilibrado é alinhado com o 
ponto mais alto (topo) do trocanter maior. Quando a posição final do componente femoral 
for mais distal, isto é, quando a prótese for muito introduzida no canal e o seu centro 
de rotação ficar “mais baixo”, o resultado final será um membro encurtado. Já quando a 
prótese femoral ficar mais extrusa (“mais alta”), o membro terminará alongado.
Para controlar o comprimento utilizando uma haste cimentada sem colar, basta introduzir 
a prótese dentro do canal femoral (já preenchido por cimento) até a altura planejada 
e mantê-la nesta posição até o cimento secar. Quando a prótese não é cimentada, é 
necessário que a fixação primária sob pressão (press-fit) aconteça exatamente no nível 
planejado, caso contrário haverá discrepância final. Se o press-fit se der antes do nível 
planejado, o membro ficará alongado e, se acontecer depois do nível planejado, o membro 
terminará mais curto.
A anteversão do colo femoral natural varia 10 a 15 graus no adulto. A execução de uma 
artroplastia com anteversão femoral adequada é um dos fatores que permitem maior arco 
de movimento com menor risco de luxação (Figura 6).
Figura 6 — Possibilidades de anteversão do componente femoral. 
A = Posição adequada em anteversão do componente femoral. 
N = Posicionamento neutro do componente femoral. R = Posição 
inadequada em retroversão do componente femoral.
Fonte: Adaptada de Harkess e Crockarell (2017).6
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|19 O controle da posição com componentes cimentados é simples: basta posicioná-los na 
angulação desejada e segurá-los enquanto o cimento seca. Entretanto, quando a haste 
não é cimentada, existe uma tendência natural de o componente seguir a anatomia do 
paciente, com menor controle da anteversão pelo cirurgião.
ATIVIDADES
4. Em que consiste o offset horizontal?
A) Distância do ápice da cabeça femoral até o topo do grande trocanter.
B) Distância do ápice da cabeça femoral até o centro do canal femoral.
C) Distância do centro da cabeça femoral até o topo do grande trocanter.
D) Distância do centro da cabeça femoral até o centro do canal femoral.
Resposta no final do capítulo
5. Sobre a presença de anisomelia na ATQ, o que é correto afirmar?
A) É uma das principais queixas entre os pacientes submetidos à ATQ.
B) É uma das principais indicações diagnósticas para artroplastia de quadril.
C) É uma das principais anomalias resolvidas com implante de próteses de quadril.
D) É uma das principais técnicas utilizadas na cirurgia de ATQ.
Resposta no final do capítulo
6. O quanto as técnicas acetabular e femoral de artroplastia do quadril influenciam no
comprimento final do membro operado?
A) A técnica acetabular tem maior influência no comprimento do membro.
B) A técnica femoral tem maior influência no comprimento do membro.
C) Ambas influenciam diretamente o comprimento final do membro.
D) Nenhuma das técnicas influencia diretamente o comprimento final do membro.
Resposta no final do capítulo
7. Na observação após a ATQ, o que é correto afirmar?
A) Na maioria das vezes, o membro operado fica encurtado depois da cirurgia.
B) A discrepância dos membros leva à lombalgia.
C) A discrepância dos membros leva à falha mecânica prematura da ATQ.
D) Alongamentos superiores a 4,0cm podem resultar lesão do nervo ciático.
Resposta no final do capítulo
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 | 8. Em que consiste a atual “doença dos debris”? Compare sua resposta com o texto
a seguir.
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
 ...........................................................................................................................................
■ TRIBOLOGIACompreender a(s) superfície(s) de atrito é fundamental para escolher uma prótese que contemple 
todos os objetivos esperados. A duração (ou sobrevida) das artroplastias totais de quadril sofre 
influência direta do desgaste.7 A antiga “doença do cimento” atualmente deve ser compreendida 
como “doença dos debris”. Eles estimulam a atividade fagocitária e iniciam um processo de ativação 
osteoclástica. Mais desgaste gera maior quantidade de debris e, consequentemente, mais soltura.
A cabeça de metal promove maior desgaste do que a cabeça de cerâmica.8 Existem 
outros tipos de revestimento, como a cabeça L-Fit® (Stryker) e o Oxinium® (Smith & 
Nephew), que apresentam características mistas. A L-Fit® é metálica de cor dourada e 
gera menor desgaste do que a liga convencional de cromo-cobalto. 
Já o Oxinium® é um metal cuja superfície externa enegrecida apresenta características 
de desgaste semelhantes às da cerâmica e tem sido relacionado a uma baixíssima taxa 
de desgaste, como o leitor verá adiante (Figuras 7 e 8).
A B
D E
C
Figura 7 — Diferentes modelos de cabeça femoral. A) Cabeça de metal. B) Modelo 
BIOLOX® forte. C) Modelo BIOLOX® delta. D) Modelo L-Fit®. E) Modelo Oxinium®.
Fonte: Adaptada de CeramTec (2018);9 Smith & Nephew: global products (2019).10
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A Figura 8 apresenta as taxas de desgaste das diferentes superfícies de contato.
mm/ano
0.2
0.15
0.1
0.05
0
Me/PE Ce/PE Me/XPE Ce/XPE Me/Me Ce/Ce
Figura 8 — Taxas de desgaste com diferentes superfícies de contato nas artroplastias totais de quadril.
Me = Metal. PE = Polietileno. Ce = Cerâmica. XPE = Polietileno cross-linked.
Fonte: Adaptada de CeramTec Group (2018).11
As cerâmicas são utilizadas nas próteses de quadril desde a década de 1970.12 O modelo 
mais atual foi introduzido no mercado em 2003 e está em sua quarta geração. Apresenta 
cor rósea e é chamado de BIOLOX®delta (como visto na Figura 7C), do fabricante 
CeramTec. Devido à mudança na sua composição química ele é mais resistente do que 
o BIOLOX®forte, de geração anterior (como visto na Figura 7B).
A cerâmica de última geração pode proporcionar forças flexionais de 1.350MPa, suportar 
forças compressivas superiores a 4.700MPa e resistir a fraturas de até 6.4MPam1/2.É 
uma dispersão de cerâmica do tipo alumínio de zircônia endurecido, chamado de ZTA, 
desenvolvido especificamente para substituição da articulação (Figura 9).
Figura 9 — Exemplos de cabeça femoral e insertos acetabulares em cerâmica. Diferentes tamanhos 
e modelos.
Fonte: CeramTec Group (2018).13
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 | Para que haja menor atrito e menor desgaste entre as superfícies, é necessário que exista 
uma boa lubrificação. Dessa forma, um filme líquido interposto facilitará o deslizamento 
entre elas. A propriedade do líquido se distribuir sobre a superfície de um material é 
chamada de molhamento, que pode ser medido por meio do ângulo θ que uma gota 
faz sobre uma superfície sólida (Figura 10A).14 
A
B
45º
86º
�SL
�LV
�SV
C M
0
0
0
Figura 10 — Molhamento. A) Quanto menor o ângulo θ, maior é a distribuição 
de líquido sobre a superfície de um sólido e, portanto, maior é a capacidade de 
lubrificação (maior molhamento). B) Molhamento da cerâmica e da superfície 
metálica.
C = Superfície de cerâmica. M = Superfície de metal.
Fonte: Adaptada de arquivo de imagem dos autores.
Em resumo, quanto menor for o ângulo θ, maior será o molhamento, menor será o atrito 
e haverá menos desgaste. Entre os materiais utilizados nas artroplastias, a cerâmica tem 
o melhor molhamento.15 Por apresentarem naturezas diferentes, a superfície de metal
e a de cerâmica interagem com os líquidos de formas diferentes. A cerâmica possui um
melhor molhamento (θ = 45 graus), enquanto a superfície metálica possui pior desempenho,
com θ de 86 graus (que pode ser visto na Figura 10B).
Na “artroplastia de baixa fricção” (low friction arthroplasty) de John Charnley, o componente 
femoral era metálico, a cabeça possuía 22,25mm de diâmetro e o acetábulo era feito 
de polietileno. O sucesso da sua prótese baseou-se na menor transferência de força 
da cabeça femoral para deslocar o acetábulo, evitando a soltura mecânica. A grande 
vantagem do componente femoral metálico foi o baixo desgaste volumétrico causado 
no polietileno. O desgaste linear era de 0,1mm/ano, e preconizava-se que a espessura 
mínima do acetábulo fosse de 7 a 8mm.
A menor produção de debris causava pouca soltura dos componentes. Assim, Charnley obteve 
maior longevidade nas suas próteses. Os polietilenos modernos, muito mais resistentes ao desgaste, 
são chamados de cross-linked devido à grande quantidade de ligações covalentes nas suas 
moléculas. Existem alguns fabricantes que os produzem enriquecidos com vitamina E.16,17 Essa 
medida visa reduzir a taxa de oxidação molecular e, com isso, aumentar a resistência ao desgaste 
e a durabilidade desses componentes.
A maior durabilidade dos acetábulos de polietileno cross-linked é vastamente documentada 
na literatura. Em um estudo multicêntrico em 2013, Bragdon e colaboradores demonstraram o 
aumento médio da longevidade dos polietilenos modernos em relação aos antigos e a sua melhor 
performance em longo prazo.18 
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|23Como o desgaste do polietileno moderno é menor, já existe fabricação de acetábulos 
com 5mm de espessura (ou menos). Nesses casos, é necessário considerar o risco de 
quebra do plástico, uma vez que a resistência mecânica também diminui. O acetábulo de 
polietileno é versátil e pode ser utilizado tanto nas próteses cimentadas quanto, também, 
nas não cimentadas.
Alguns modelos apresentam o chamado long posterior wall (LPW), para aumentar a 
cobertura da cabeça femoral no local onde há maior chance de luxação (Figura 11A). Outros 
possuem flanges ao seu redor. Eles servem para melhorar a pressurização do cimento 
durante a fixação acetabular (Figuras 11B e 11C).19 As suas bordas devem ser recortadas 
no momento da cirurgia para permitirem um ajuste perfeito na borda do osso fresado.
A
B
C
Figura 11 — A–C) Acetábulos cimentados.
Seta preta = Long posterior wall (LPW). Setas vermelhas = Flanges.
Fonte: Adaptada de Expo Virtual Group (2018);20 Stryker (2018);21 Beyond 
Compliance (2016).22
Os acetábulos de cerâmica fazem parte das artoplastias denominadas hard-on-hard, com 
objetivo de mínimo desgaste.23 Eles só podem ser utilizados nas próteses não cimentadas 
em combinação com cabeças de cerâmica. Precisam ser cuidadosamente encaixados 
dentro de uma cúpula metálica (metal back) que é fixada no acetábulo sob press-fit. Devido 
ao risco de quebra da cerâmica, não pode haver interposição de partículas sólidas e nem 
parafusos proeminentes dentro da cúpula. Além disso, os insertos não podem ter LPW.
Uma revisão sistemática de 2012 demonstrou excelente sobrevida dos acetábulos de 
cerâmica.12 Korim e colaboradores documentaram, recentemente, o bom desempenho 
das cerâmicas tipo alumina após 19 anos de uso.24 A maioria dos autores concorda que as 
próteses de cerâmica com cerâmica são uma boa indicação para pacientes jovens e ativos.
Os acetábulos metálicos foram muito utilizados no início dos anos 2000, momento em que as 
próteses de metal-metal e de recapeamento (resurfacing) foram muito utilizadas. A ideia de que estas 
próteses possibilitavam movimentos amplos, maior estabilidade e pouco desgaste, levaram-nas a 
um grande sucesso momentâneo. Mas as vantagens teóricas do baixo desgaste e a possibilidade 
de se utilizarem grandes cabeças não se mostraram satisfatórias na prática clínica.
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 | A indicação mais restrita para que se utilizasse a técnica do resurfacing e o surgimento 
de complicações gravesprovenientes dos debris metálicos da superfície metal-metal 
(aumento da concentração sérica de íons metálicos, aparecimento de pseudotumores e 
alta taxa de revisão) levaram a uma grande redução no uso dessas próteses.
ATIVIDADES
9. Segundo o conceito de molhamento, assinale a alternativa correta.
A) Maior molhamento = menor atrito e maior desgaste.
B) Menor molhamento = menor atrito e maior desgaste.
C) Menor molhamento = maior atrito e maior desgaste.
D) Maior molhamento = maior atrito e menor desgaste.
Resposta no final do capítulo
10. Sobre os acetábulos de cerâmica, o que é correto afirmar?
I — Fazem parte das artroplastias denominadas hard-on-hard.
II — Só podem ser utilizados nas próteses não cimentadas em combinação com cabeças 
de cerâmica.
III — São pouco usados por serem mais suscetíveis a sofrer demasiado desgaste.
IV — Apresentam muita resistência e nenhum risco de quebra da cerâmica.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
A) Apenas I e II.
B) Apenas I, II e III.
C) Apenas II, III e IV.
D) Apenas IV.
Resposta no final do capítulo
11. Sobre a ATQ, o que é correto afirmar?
A) Para pacientes com qualidade óssea ruim, é mandatório o uso de ATQ cimentada.
B) A tribologia metal-metal, utilizada na artroplastia de recapeamento (resurfacing), apesar
de um coeficiente de atrito baixo, caiu em desuso por causa das graves complicações
decorrentes deste par tribológico.
C) As superfícies tribológicas são classificadas como soft (metal e cerâmica) e hard
(polietileno).
D) A prótese original de Charnley consistia em uma ATQ cimentada com polietileno
espesso e haste femoral em monobloco com cabeça 24.
Resposta no final do capítulo
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■ TAMANHO DA CABEÇA FEMORAL
As cabeças femorais variam de 22mm até 40mm ou mais. Menores cabeças causam maior 
desgaste linear, menor desgaste volumétrico e possuem menor amplitude de movimento 
(maior risco de luxação). Conforme aumentam de tamanho, aumentam progressivamente 
o desgaste volumétrico e o arco de movimento (maior estabilidade) (Figura 12).25
123°
28mm 
130°
32mm 
136°
36mm 
152°
40mm 
Figura 12 — Mobilidade articular de acordo com o tamanho das cabeças femorais. Cabeças menores possibilitam menor 
amplitude de movimento e impacto precoce no rebordo acetabular. Ao contrário, as cabeças maiores são mais estáveis, 
com maior amplitude de movimento.
Fonte: Adaptada de CeramTec (2018).9
Cabeças maiores têm maior amplitude de movimento e, consequentemente menor 
possibilidade de impacto no rebordo acetabular e menor possibilidade de luxação, ou 
seja, mais segurança ao cirurgião, mas causam maior desgaste.25
Hoje é possível combinar polietilenos menos espessos com cabeças maiores, se isso 
for desejado.26 Esta combinação pode ser interessante em algumas situações, como, por 
exemplo, nos casos de fratura de colo femoral, onde há mais chance de luxação, ou, 
ainda, em pacientes mais idosos nos quais a expectativa de vida não é tão grande. É 
preciso levar em consideração as características pessoais e a demanda de cada paciente.
Quando se utiliza o par cerâmica-cerâmica, aumentar o tamanho da cabeça pode ser uma 
vantagem. Isso aumenta a mobilidade articular, aumenta o jump distance e diminui o risco de 
luxação e de quebra da cabeça. Entretanto, é necessário ponderação. As cabeças de 36mm ou 
maiores podem causar impingement junto ao tendão do músculo iliopsoas, sendo causa de dor 
persistente. As grandes cabeças também podem causar corrosão por atrito na zona de encaixe do 
cone morse, cabeça-haste.27
■ POSICIONAMENTO DOS COMPONENTES
O componente acetabular deve ser posicionado com 45 graus de inclinação e 15 graus 
de anteversão, com alguma variação para que permaneça dentro da zona de segurança 
já estabelecida na literatura.6,28,29 O componente femoral também precisa ser posicionado 
em anteversão.6 O método de anteversão combinada auxilia no posicionamento seguro 
dos componentes. Nele, a soma das anteversões do fêmur e do acetábulo deve ser de 
35 graus, variando de 25 até 50 graus.30 Weber e colaboradores afirmam que, apesar de 
este ser um bom método auxiliar, é incapaz de prever os impactos ósseos extra-articulares 
que também são causa de instabilidade.31 
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 | As próteses cimentadas podem ser posicionadas com liberdade na posição desejada 
(profundidade, inclinação e anteversão), de acordo com o planejamento pré-operatório. 
Como as próteses não cimentadas dependem de fixação e estabilidade primárias, 
exigem um cuidado especial no momento da cirurgia, de forma que o press-fit aconteça 
exatamente na posição desejada. Em algumas situações isso é difícil, pois sequelas 
e deformidades acetabulares ou femorais podem influenciar na posição de press-fit, 
eventualmente em uma posição não desejada.
ATIVIDADE
12. Como é medida a durabilidade das artroplastias? Compare sua resposta com o texto 
a seguir.
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■ SEGUIMENTO EM LONGO PRAZO
A melhor maneira de se avaliar o desempenho das próteses é acompanhar seu resultado em longo 
prazo. A durabilidade das artroplastias é medida em função de um tempo transcorrido (por exemplo, 
90% de sobrevivência da prótese após 10 anos).
Vários fatores exercem influência nesta avaliação, e aquilo que hoje é considerado como um 
“padrão aceitável” pode não ser depois de algumas décadas. As características físicas da população, 
tradições culturais e hábitos locais influenciam nos resultados dos registros.32 Em 2009, Ling e 
colaboradores relataram os resultados de 433 artroplastias cimentadas após 39 anos de seguimento. 
Dos pacientes ainda vivos, 93% mantinham as suas próteses firmes e sem necessidade de revisão.33
Em um estudo recente, Kiran e colaboradores avaliaram 104 artroplastias cimentadas em pacientes 
abaixo de 55 anos.34 Registraram bons e excelentes resultados funcionais em 89% dos pacientes 
após 25 anos de acompanhamento. A taxa de revisão nessa coorte foi baixa, apresentando 97% de 
sobrevida das próteses em 22 anos de acompanhamento. Concluíram que as próteses cimentadas 
são uma boa escolha para os pacientes jovens.
Existe controvérsia sobre a escolha da melhor artroplastia para os pacientes com má qualidade 
óssea. Seja por artrites inflamatórias ou osteoporose severa, sabe-se que, nesses pacientes, o 
resultado em longo prazo é inferior. As próteses cimentadas são uma boa opção, porque prendem-
se firmemente ao osso e permitem descarga de peso precoce sem maiores preocupações. 
O uso das próteses não cimentadas exige cuidado especial na escolha do modelo da 
prótese e no sucesso das estabilidades primária (press-fit) e secundária dos componentes. 
O maior risco de fraturas (intraoperatórias e pós-operatórias) também deve ser considerado 
nas próteses sem cimento. 
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|27Rabello e colaboradores demonstraram que, em uma média de 5,6 anos de acompanhamento, 
é possível obter bons resultados com as próteses não cimentadas.35 White e colaboradores 
avaliaram 81 pacientes operados com um único modelo de prótese não cimentada e descreveram 
os fatores que podem estar associados com a migração da haste. Entre eles estavam a baixa 
qualidade óssea e os canais femorais mais cilíndricos.36 Jämsen e colaboradores avaliaram 
4.777 artroplastias totais de quadril naFinlândia até o ano de 2009. Nos pacientes acima de 80 
anos, a prótese não cimentada não mostrou benefício, aumentou o risco de revisão e não diminuiu 
a mortalidade dos pacientes.37
Além dos trabalhos científicos tradicionais, existem os registros de artroplastia. Alguns são mais 
antigos, como o da Suécia (desde 1979). Outros são mais recentes, como o dos EUA, que hoje 
está na sua sexta edição. A escolha entre próteses cimentadas e não cimentadas é bem variada 
entre os diferentes países e, portanto, entre os diferentes registros também. Em 2015, o Registro 
Sueco de Artroplastia (Swedish Hip Arthroplasty Register) apontou 62,5% de próteses femorais 
cimentadas. No Reino Unido, esse valor foi de 53,6% e, na Austrália, de 36,7%. Os Estados Unidos 
apresentam o menor valor, variando entre 1 e 24%.38
Na Suécia, tradicionalmente, se utiliza mais prótese cimentada, e o seu registro já possui quase 
40 anos de existência. Nos anos 2000, 93% das suas próteses eram cimentadas. Em 2016, esse 
número mudou para 61,9% contra 21,8% de próteses não cimentadas, enquanto a frequência de 
próteses híbridas foi de 4,6%.32 A sobrevida média das hastes cimentadas foi de 90% em 10 anos. 
A prótese femoral não cimentada com melhor desempenho chegou a 87,5% de sobrevida 
em 9 anos (Figura 13).32
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Sobrevida do implante – Lubinus SPII Sobrevida do implante – Corail
2005-2016
11 a = 91,6% (90,8;92,5), n = 32.597
2005-2016
9 a = 87,5% (83,9;91,3), n = 1.605
diagnóstico de fratura
e todas as causas (2005-2016)
Anos de pós-operatório
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Anos de pós-operatório
diagnóstico de fratura
e todas as causas (2005-2016)
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Figura 13 — Sobrevida das hastes femorais no registro sueco em 2016. A) Haste cimentada. B) Haste não cimentada.
Fonte: Adaptada de Kärrholm e colaboradores (2016).32
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 | O panorama nos EUA é bem diferente, e as próteses não cimentadas são as mais 
frequentes. As cimentadas são mais utilizadas nas últimas décadas de vida quando, a 
partir dos 90 anos, representam 24% das artroplastias (Figura 14).38
0.8% 0.6% 1.5% 4.4% 12.2%
24.3%
75.7%
87.8%95.6%
98.5%99.4%99.2%
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30%
20%
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Sem cimento Cimentado
Idade do paciente por década de vida
<50 50-59 60-69 70-79 80-89 ≥90
Figura 14 — Porcentagens de próteses cimentadas e não cimentadas nos Estados Unidos de acordo com a idade – AJRR 2017.
Fonte: Adaptada de American Joint Replacement Registry (2017).38
Na Austrália, a indicação das próteses não cimentadas e híbridas aumentou nas últimas décadas, 
chegando, respectivamente, a 63,4% e 33,2%.39 Em 2016, as próteses cimentadas representaram 
somente 3,4% dos casos. O percentual de revisões variou de 3,2% a 17% em um prazo de 15 anos. 
A necessidade de revisão das próteses cimentadas chegou a 5,3% em 15 anos, das próteses não 
cimentadas a 4,6% em 16 anos e, das próteses híbridas, 7,3% em 16 anos.39 
Neste mesmo registro, o par tribológico associado a menor taxa de revisão foi a cabeça 
de oxínio (metal ceramizado) com o acetábulo com polietileno cross-linked (3,4% em 
10 anos). O pior desempenho em 16 anos foi das próteses com acetábulo de polietileno 
convencional (até 13,1% de taxa de revisão). Não foram encontradas diferenças na 
durabilidade dos acetábulos de polietileno associado a algum antioxidante até o momento 
desta edição.39 
Os pacientes submetidos à artroplastia constrita (isto é, aquelas que possuem um 
mecanismo antiluxação) apresentaram taxa de revisão semelhante às obtidas com as 
próteses convencionais. Quando analisados por grupos de idade, os pacientes com 
menos de 70 anos apresentam cerca de 3,5 vezes mais chance de revisão do que os 
mais velhos.39 
O Reino Unido (NJR 2017) realizou cerca de 87.700 artroplastias totais de quadril em 2016.40 A 
maioria (38,5%) foi não cimentada, 29,6% foram cimentadas, 28,1% foram híbridas e 3% foram 
híbridas reversas. Nessa casuística, a chance de uma cirurgia de revisão depois de 13 anos foi de 
4,34% para as próteses cimentadas e de 8,66% para as próteses não cimentadas.40 
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ATIVIDADES
13. Quanto ao desgaste linear e volumétrico, está correto afirmar que:
A) quanto maior a cabeça, maior o desgaste linear.
B) quanto menor a cabeça, maior o desgaste volumétrico.
C) quanto menor a cabeça, menor o desgaste linear.
D) quanto menor a cabeça, menor o desgaste volumétrico.
Resposta no final do capítulo
14. Segundo Lewinneck e colaboradores, o posicionamento tido como ideal para o
componente acetabular de uma ATQ quanto a sua inclinação e anteversão é de
respectivamente:
A) 35 graus, 0 grau.
B) 45 graus, 15 graus.
C) 45 graus, 0 grau.
D) 35 graus, 15 graus.
Resposta no final do capítulo
15. No posicionamento dos componentes, comente sobre o uso das próteses cimentadas
e não cimentadas.
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16. Qual uma boa opção para pacientes com má qualidade óssea?
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17. Relate e comente um caso tratado por você com artroplastia do quadril. Compare
sua resposta com o caso clínico a seguir.
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■ CASO CLÍNICO
Idosa com 92 anos de idade, ativa, sem comorbidades, apresenta dor no quadril direito após 
cair da própria altura ao chão na cozinha da sua casa. Foi levada ao Pronto-Atendimento 
devido à incapacidade de caminhar após a queda. As Figuras 15 e 16 documentam o 
caso desta paciente.
Figura 15 — Radiografia de bacia realizada no Pronto-Atendimento.
Fonte: Arquivo de imagem dos autores.
Figura 16 — Radiografia pós-operatória.
Fonte: Arquivo de imagem dos autores.
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ATIVIDADES
18. Baseado nas Figuras 15 e 16 do caso clínico, resposta às seguintes atividades. Qual 
é o diagnóstico para a paciente do caso clínico apresentado?
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Resposta no final do capítulo
19. Qual é o tratamento preconizado para o caso clínico apresentado?
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Resposta no final do capítulo
20. Qual princípio de fixação da prótese seria mais seguro para o caso clínico apresentado?
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Resposta no final do capítulo
21. Que tamanho de cabeça escolher para o caso clínico apresentado?
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Resposta no final do capítulo
22. Qual par tribológico escolher para o caso clínico apresentado?
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Resposta no final do capítulo
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 | 23. O que se deve observar na radiografia pós-operatória da paciente do caso clínico
apresentado?
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Resposta no final do capítulo
■ CONCLUSÕES
Escolher a melhor prótese de quadril é uma tarefa complexa. Apesar das diferenças individuais, 
as próteses modernas apresentam uma longa sobrevida, com desempenho e melhora funcional 
semelhantes. Ou seja, os resultados tendem a um equilíbrio, exceto em raras exceções, como no 
caso das próteses de metal com metal.
Quando um cirurgião opera com os seus materiais de preferência e uso habitual, a perfeição 
e o sucesso aumentam, enquanto as complicações diminuem.32 Compreender a doença 
do paciente, planejar cuidadosamente a cirurgia, respeitar os princípios, aplicar uma 
técnica minuciosa e observar os resultados são mais importantes do que o(s) método(s) 
escolhido(s). Seguir este caminho certamente levará à melhor prótese de quadril possível 
para cada paciente.
■ RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS
Atividade 1
Resposta: A
Comentário: Fatores importantes, porque influenciam diretamente no sucesso a longo prazo e, 
portanto, na escolha dos componentes, consistem em sexo; idade; profissão; atividades diárias; 
hobbies; prática esportiva ou de atividade física; etnia; estatura; doenças associadas; sequelas de 
doenças ou fraturas prévias; deformidades pré-existentes.
Atividade 2
Resposta: B
Comentário: As características da prótese a ser escolhida, como técnica de fixação, tamanho dos 
componentes (acetábulo, haste e cabeça), par tribológico e modularidade, devem ser adequadas 
a cada caso para que se obtenha uma artroplastia que dure muitas décadas com um excelente 
resultado funcional.
Atividade 3
Resposta: C
Comentário: Uma mesma prótese pode apresentar diferentes resultados se for utilizada com técnicas 
e por cirurgiões diferentes.
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|33Atividade 4
Resposta: D
Comentário: Offset é a distância do centro da cabeça do fêmur (independentemente se original ou 
protético) até o centro do canal femoral (ou o meio da haste femoral, que idealmente fica centrada 
no canal femoral).
Atividade 5
Resposta: A
Comentário: A presença de anisomelia é uma das principais queixas e uma das causas de conflito 
jurídico após ATQ.
Atividade 6
Resposta: C
Comentário: Tanto a técnica acetabular quanto a femoral influenciam diretamente o comprimento 
final do membro operado.
Atividade 7
Resposta: D
Comentário: Após a realização de ATQ, observa-se, na maioria das vezes, o alongamento do 
membro operado. Não é observada correlação entre discrepâncias sutis no comprimento dos 
membros inferiores e lombalgia ou falha mecânica prematura. Alongamentos superiores a 4,0cm 
podem ocasionar lesão do nervo ciático.
Atividade 9
Resposta: C
Comentário: Quanto menor o ângulo θ, maior será o molhamento, menor será o atrito 
e menor também será o desgaste.
Atividade 10
Resposta: A
Comentário: Os acetábulos de cerâmica fazem parte das artoplastias denominadas hard-on-hard, 
com objetivo de mínimo desgaste. Eles só podem ser utilizados nas próteses não cimentadas em 
combinação com cabeças de cerâmica. Precisam ser cuidadosamente encaixados dentro de uma 
cúpula metálica (metal back) que é fixada no acetábulo sob press-fit. Devido ao risco de quebra da 
cerâmica, não pode haver interposição de partículas sólidas e nem parafusos proeminentes dentro 
da cúpula. Além disso, os insertos não podem ter LPW.
Atividade 11
Resposta: B
Comentário: A superfície metal-metal, embora tenha coeficiente de atrito extremamente baixo, 
gera debris metálicos que resultam em complicações graves, como a formação de pseudotumores, 
aumento de concentração sérica de íons metálicos e alta taxa de revisão por soltura asséptica.
Atividade 13
Resposta: D
Comentário: As cabeças menores geram mais desgaste linear e pouco desgaste volumétrico, 
em contrapartida, as cabeças maiores geram um desgaste linear menor e ainda maior desgaste 
volumétrico.
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 | Atividade 14
Resposta: B
Comentário: Idealmente, se busca o posicionamento acetabular com inclinação de 45 grause 
anteversão de 15 graus.
Atividade 18
Resposta: O diagnóstico para a paciente do caso clínico apresentado é de fratura do colo do fêmur 
direito desviada.
Atividade 19
Resposta: O paciente idoso (ou maior de 65 anos) portador de fratura desviada do colo do fêmur 
deve ser tratado com artroplastia de quadril, porque os riscos de desvio, perda de redução, falha 
dos implantes, ausência de consolidação e necrose da cabeça chegam a 30%, ou mais, quando 
submetidos à redução e osteossíntese, não justificando o risco de 2 procedimentos consecutivos 
em um paciente com saúde frágil e risco de morte. A artroplastia parcial do quadril é preconizada em 
pacientes com baixa expectativa de vida. Os estudos comparativos e de seguimento demonstram 
que, nos pacientes que sobrevivem mais tempo, apesar do menor risco de luxação, a maioria dos 
casos necessita de revisão depois de 5 anos, sendo a corrosão com afundamento acetabular um 
dos principais motivos. As próteses totais de quadril possuem melhores resultados funcionais do 
que as próteses parciais, comprovados por estudos que avaliam dor, função e retorno às atividades 
diárias com auxílio de escores específicos. Apesar da idade avançada da paciente em questão, o 
seu bom estado de saúde e a sua alta demanda física diária permitem indicar a ATQ com solidez 
e embasamento de literatura.
Atividade 20
Resposta: É possível optar por uma artroplastia total de quadril não cimentada. A maioria dos estudos 
apresenta bons resultados quando se obtém um bom press-fit durante a cirurgia. Entretanto, como 
os riscos de press-fit inadequado e fratura intraoperatória são maiores nesta paciente, devido ao 
alto grau de osteoporose, a escolha pela ATQ cimentada é segura e previsível. A prótese cimentada 
pode ser indicada sempre, para qualquer paciente e em qualquer situação clínica, permitindo 
carga total pós-operatória e imediata. Além disso, também permite o posicionamento desejado 
dos componentes em profundidade, anteversão e inclinação, para que a restituição da anatomia e 
da biomecânica do quadril favoreça um bom desempenho funcional, com menor desgaste e baixo 
risco de instabilidade.
Atividade 21
Resposta: Um dos principais riscos da artroplastia de quadril após fratura é a luxação, que tem 
incidência de até 15% em algumas séries. No caso apresentado, tanto o sexo feminino quanto a 
fratura são dois fatores de risco importantes. Seguindo esta linha de raciocínio, quanto maior o 
diâmetro da cabeça na prótese escolhida, maior estabilidade será alcançada e menor será o risco 
de luxação. A cabeça de 28mm tem 123 graus de arco de movimento, enquanto a cabeça de 36mm 
possui 136 graus de movimento até poder desencaixar. As cabeças de maior diâmetro também 
apresentam um maior jump distance, o que reduz a chance de luxação. Como a paciente é idosa 
e apresenta expectativa de vida reduzida, é possível escolher uma cabeça de maior diâmetro sem 
preocupação com a taxa de desgaste. A melhor escolha será a cabeça de maior diâmetro possível 
combinada com um polietileno que apresente uma espessura mínima de 5mm ao redor da sua 
superfície.
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|35Atividade 22
Resposta: Os registros nacionais de artroplastia demonstram durabilidade mínima e sucesso de 
95% em 15 anos com um par tribológico em que a cabeça é de metal e o acetábulo é de polietileno. 
Como a paciente em questão é muito idosa, já está justificada esta escolha como uma ótima opção 
em termos de segurança, previsibilidade de resultado e custo financeiro dos implantes.
Atividade 23
Resposta: Observar o posicionamento e a angulação dos componentes. Adequação do comprimento 
do membro, do offset horizontal e da largura do quadril. Manta de cimentação uniforme, homogênea 
e adequada ao redor de toda a haste femoral e do acetábulo. Observar os furos de contenção 
acetabular.
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Como citar este documento
Fujiki EN, Chikude T, Menezes Junior DRT, Ribeiro AG, Ferraz L, Oliveira HR. Artroplastia do 
quadril: como escolher a melhor prótese. In: Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; 
Comissão de Educação Continuada, Comissão de Ensino e Treinamento, organizadores. 
PROATO Programa de Atualização em Traumatologia e Ortopedia: Ciclo 16. Porto Alegre: 
Artmed Panamericana; 2020. p. 11–38. (Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 2).

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