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ESTAFILCOCOSE E ESTREPTOCOCOSE

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MÓDULO II - DOENÇAS BACTERIANAS
ESTAFILOCOCOS E ESTREPTOCOCOS
● São bactérias cocóides, de formas arredondadas/esféricas
● Diferentes espécies
● São bactérias que estão geralmente presentes:
○ Pele
○ Trato respiratório superior
○ Trato entérico
● Secundários à outras infecções primárias:
○ Pasteurelose, micoplasmose, coriza infecciosa, adenovírus,
○ Doença de Gumboro, leucose linfóide ou mielóide, doença de Marek,
anemia infecciosa e micotoxicoses
Causadas por outras bactérias que são mais virulentas, ou mesmo por
alguns vírus. Às vezes o vírus tem aquele componente imunossupressor, e
as bactérias oportunistas acabam causando essas infecções secundárias,
então dentro dessas oportunistas temos os Staphylococcus e
Streptococcus
● Recentemente associadas, em aves reprodutoras pesadas à:
Com quadro de:
○ Artrite viral
○ Otite
○ Blefarite heterofílica fibrinosa
São lesões muito comuns em aves reprodutoras pesadas, principalmente se
existe alguma doença imunossupressora de base ou algum fator estressor
● Suscetíveis: aves comerciais e silvestres
● Estafilococos: osteomielite, artrite, sinovite, onfalite, necrose geral,
dermatite gangrenosa
● Estreptococos: salpingite, peritonite, ooforite, onfalite, artrite, septicemia,
conjuntivite, blefarite, foliculite, bursite, dermatite gangrenosa (diátese
exsudativa) e celulite
Como podemos ver tanto o Estafilococos como os Estreptococos eles podem
causar lesões generalizadas em diferentes órgãos e tecidos
ETIOLOGIA
STAPHYLOCOCCUS SPP.
● Família Micrococcaceae
○ S. aureus,
○ S. epidermidis,
○ S. hyicus,
○ S. intermedius,
○ S. gallinarum
STREPTOCOCCUS SPP
● Família Streptococcaceae
○ S. zooepidemicus
○ S. suis,
○ S. dysgalactiae,
○ S. equi,
○ S. pyogenes,
○ S. bovis,
○ S. agalactiae
● Aves particularidade - amostras de streptococcus são geralmente
hemolíticas, que são aquelas que causam um halo de hemólise quando
utilizamos o agar sangue como isolamento
STAPHYLOCOCCUS SPP.
● Cocos Gram-positivos - formando cachos
● Anaeróbios facultativos
● Comensais
STREPTOCOCCUS SPP.
● Cocos em cadeias vão se formando linearmente, as células filhas vão se
formando ao lado da célula mãe, formando como se fosse um colar de
pérolas. Podem estar em cadeias longas ou aos pares na forma de
diplococos
● Gram-positivos (coloração azulada/roxa)
ESTAFILOCOCOSE
● Infecção geralmente decorre de imunossupressão
● Comprometimento da pele ou das membranas mucosas inflamadas (nos
pintinhos por exemplo pode ocorrer um quadro chamado onfalite que é a
inflamação da região do umbigo, ou contaminação por aplicação de
vacinas injetáveis algumas vacinas aplicadas de forma inadequada
havendo contaminação por bactérias que estão na pele da ave, essas
bactérias podem causar lesões abscedativa e inviabilizar a eficácia vacinal)
● PI: 3-4 dias
● Infecção por via oral ou por aerossóis, mas lesões na pele como porta de
entrada também são comuns
● PI: 1 dia a algumas semanas
ESTAFILOCOCOSE e ESTREPTOCOCOSE
Patogenia: as duas doenças tem patogênias muito semelhantes
● Fatores de virulência:
○ Hemolisinas
○ Hialuronidases
○ Coagulases
Essas enzimas possuem poder de destruir tanto hemácias quanto tecidos de
uma forma geral, até parede dos vasos sanguíneos podem ser lesionadas por
essas enzimas e a ave pode apresentar um quadro de septicemia e morte, isso é
muito comum em aves ornamentais que são manejadas de uma forma
inadequada, sofrendo estresse crônico e assim por diante
● Com isso as aves podem apresentar um quadro de Septicemia e morte –
comum em aves ornamentais que são manejadas de uma forma
inadequada, sofrendo por estress crônico
Clínica
● Reprodutoras pesadas: blefarites; edema
ocular, exsudato caseoso
● Aves comerciais: problemas nas patas –
gerando fraqueza, fragilidade óssea e artrite
● Ornamentais: dermatites gangrenosas (associadas a infecções por
clostrídios) e septicemias
Ali no quadrinho são sinais muito inespecíficos que podem ser confundidos
inclusive por várias doenças que já vimos, entre outras.
Diagnóstico
● Clínico/epidemiológico
● Laboratorial
○ Microbiologicamente fazemos Isolamento e caracterização do
agente – principalmente a partir dos órgãos acometidos
● Necropsia
Aqui temos o meio agar sangue, esse meio pode ser
feito com sangue bovino, ovino e equino. Temos
também colônias bacterianas mostrando o halo de
hemólise (porque essas bactérias produzem
hemolisinas que deixam esse halo ao redor)
ESTAFILOCOCOSE
Diagnóstico
● Isolamento
○ Sangue total; exsudato de articulações (quando há problemas
articulares) ou de coxim plantar (se lembrarmos da aula de
necropsia temos que sempre fazer uma incisão no coxim plantar da
ave para verificar se tem algum abscesso no local, se tiver a gente
faz a coleta com um swab estéril e faz o cultivo a partir desse
material)
○ Suabe de fígado, baço e rins
Órgãos internos e fluidos: cultivo em ágar sangue bovino ou ovino a 5% ou caldo
BHI (vem do significado infusão cérebro e coração) a 37°C 24-48h
Tecidos externos: principalmente pele e musculatura, nós temos que utilizar
meios seletivos, como por exemplo =>: ágar salmanitol, que é um meio seletivo
para bactérias que toleram, alta concentração de sal
Por que precisamos de um meio seletivo nesse caso? pois o os tecidos externos
tendem a ser mais contaminados, então de repente a gente pode fazer um
diagnóstico de uma bactéria contaminando que não é a que ta causando
problema ao animal, então acabamos optando por um meio seletivo para poder
melhorar o diagnóstico quando as amostras são muito contaminadas por outros
microrganismos ambientais
Fotos: Aqui temos as placas de S. aureus no ágar sangue, que é uma espécie
muito comum na pele, mucosas dos animais e seres humanos. ele tem também
esse hemólise bem acentuada
Foto: Essa é ágar samanitol onde temos por exemplo a diferenciação de outras
espécies de Staphylococcus do St. aureus. O Sta aureus a gente considera
samanitol positiva pois ela muda a coloração do ágar salmão ela passa a ser
amarela pois o Sta. aureus acaba alterando o pH do meio, e existe um indicador
de pH e como acidifica esse meio a coloração passa a ser amarelada, então
geralmente essa bactéria tem essa característica. Então esse meio além de ser
seletivo ele ajuda a diferenciar as espécies de Staphylococcus que estão
presentes
ESTREPTOCOCOSE
Diagnóstico
● Isolamento
○ Sangue total
○ Material de lesões
○ Fluidos subcutâneos - que podem ser adquiridos por punção
aspirativa
○ Fígado
○ Baço
○ Saco vitelino
○ Fluidos do embrião
● Cultivo em ágar sangue bovino ou ovino a 5%
● Caldo BHI ou tripticase soja (transporte 2-4 horas)
● Mais de 24 horas entre colheita de amostra e cultivo: transportar os
suabes em meio de transporte (Stuart)
Podem ser hemolíticas ou não, mas geralmente
nas aves elas são
ESTAFILOCOCOSE e ESTREPTOCOCOSE
Diagnóstico:
● Após o isolamento, para diferenciar os agentes avaliar:
○ Morfologia das colônias
○ Hemólise (presença e tipo)
○ Coloração de Gram
○ Prova da catalase
○ Prova da coagulase
○ Séries bioquímicas
Foto 1: Gram de Staphylococcus onde vamos ver a formação de cachos de uva
que é característico da bactéria
Foto 2: Aqui sendo Streptococcus que são aquelas que tendem a formar colares
de pérolas, ou podem estar em diplococcus
PROVA DA CATALASE
Aqui conseguimos diferenciar Sta de Strep.
Os Staphylococcus produzem a enzima catalase,
então quando colocamos a bactéria em contato
com água oxigenada, existe a quebra da água
oxigenada em água e oxigênio, havendo o resultado positivo, que devido a sua
enzima catalase quebraram a molécula de água oxigenada produzindo O2
No caso dos Streptococcus eles não possuem a enzima catalase, então eles vão
ser prova da catalase negativa
PROVA DA COAGULASE
Aqui utilizamos esta prova para Staphylococcus,
utilizamos plasma de coelho, geralmente essas
bactérias têm a enzima coagulase e eles vão coagular
o plasma do coelho, ficando com aspecto de gel,as
que não possuírem essa enzima deixaram o plasma líquido
ESTAFILOCOCOSE
● Diagnóstico anatomopatológico - tem haver muito com a clinica que o
animal apresenta
○ Abscessos no coxim plantar (camas úmidas) => osteomielite, artrite,
lesões decorrentes de septicemia
○ Fragilidade cabeça do fêmur; congestão com exsudato caseoso
○ Artrite, sinovite e periartrite associadas a M. synoviae (os casos de
artrite serão muito mais agravados se tiver associado ao
Micoplasma synoviae)
○ Necrose e congestão: baço, fígado, rins e pulmões (os órgãos mais
afetados nas infecções bacterianas)
○ Hepatomegalia e necrose focal; fígado esverdeado
○ Pele: alteração da coloração e crepitação à palpação
○ Lesão caseosa ocular (reprodutoras pesadas)
Ave com aumento de volume na região dos coxins, e quando fizemos a incisão na
necropsia verificamos uma lesão articular com presença de exsudato purulento
Na foto de cima é a ave é em uma posição não anatômica por conta da
dificuldade de locomoção. No exame físico nota-se o aumento de volume nas
articulações, e após a necropsia após a incisão na articulação verifica-se lesão
articular e também presença de exsudato purulento
Aqui a mesma coisa, por isso é tão importante quando fizemos a necropsia nos
coxins das aves, pois podemos estar negligenciando um diagnóstico de
Staphylococose ou Streptococose
Na segunda foto temos um
quadro de osteomielite, além
da artrite que podemos notar
nas duas fotos das pontas, no
osso temos o quadro de oesteomielite é um
osso de fêmur onde temos os abcessos dentro da medula óssea
ESTREPTOCOCOSE
● Diagnóstico anatomopatológico
○ Hepatoesplenomegalia, com ou sem focos de necrose e trombose
○ Aumento de volume dos rins
○ Onfalite
○ Peritonite
○ Artrite firbinosa, tenossinovite, osteomielite
○ Salpingite - infecções do trato reprodutivo
○ Pericardite e periepatite fibrinosa (essa última é uma lesão muito
importante em questão de abate dos animais, porque é um tipo de
lesão que leva a condenação de carcaça)
○ Miocardite e endocardite valvular
Coração das aves com problema
inflamatório necrótico nas
válvulas cardíacas provavelmente
levando a óbito de forma subita
ESTAFILOCOCOSE E ESTREPTOCOCOSE
Diagnóstico diferencial
○ E. coli
○ Pasteurela multocida
○ Mycoplasma synoviae
○ Artrite viral (Reovírus) - geralmente essa vai ser o agente primário
imunossupressor e o staphylococcus vai agravar o quadro de artrite
que o vírus já causou
○ Tifo aviário - Salmonella
○ Pulorose - Salmonella
○ Deficiências nutricionais
○ Doenças associadas a lesões em ossos ou articulações
○ Doenças septicêmicas em geral
○ Inclusive doenças fúngicas
Tratamento = por antimicrobianos (quando viável)
● Penicilina
● Ampicilina
● Eritromicina
● Estreptomicina
● Tetraciclina
● Oxitetraciclina
● Novobiocina
● Enrofloxacina
● Danofloxacina
+ Suplementação vitamínica e substâncias imunoestimulantes = pois as aves
estão imunossuprimidas com certeza
Profilaxia e Controle
● Biosseguridade
● Controle de doenças imunossupressoras/ principalmente das afecções
respiratórias
● Adequado aporte nutricional
● Manejo – evitar ferimentos; adequada higiene utensílios, equipamentos
● Vacinas com base em bacterinas, que são as bactérias inativadas => que
não são utilizadas na rotina, mas podem ser indicadas para reprodutoras
bastante susceptíveis não só por problemas articulares mas também por
problemas oftálmico

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