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12/05/2021 15:39:38 1/3 REVISÃO DE SIMULADO Nome: MARILETE PAIXÃO DE OLIVEIRA Disciplina: Respostas corretas são marcadas em amarelo X Respostas marcardas por você. Questão 001 No geral, compreende-se o currículo como um modo de seleção da cultura produzida pela sociedade, para a formação dos alunos; é tudo o que se espera seja aprendido e ensinado na escola. Segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2003), quando se tem aquele currículo que, de fato, acontece na sala de aula, em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino, está se referindo ao currículo A) formal. X B) real. C) partilhado. D) oculto. E) prescrito. Questão 002 “Mais que a rejeição da cor da pele de um povo, o racismo se constituiu na negação da história e da civilização desse povo; a rejeição do seu ethos, de seu ser total. A diversidade, contudo, e a riqueza da experiência humana se funda em grande parte na interação, na intercomunicação e no intercâmbio entre culturas específicas. O objetivo verdadeiramente revolucionário não é erradicar as diferenças, mas, antes, evitar que elas sejam transformadas em pedras fundamentais da opressão, da desigualdade de oportunidades ou da estratificação social. ” (Abdias do Nascimento e Elisa Larkin.) De acordo com o exposto, analise as afirmativas a seguir: I. O tempo histórico vivenciado pela sociedade contemporânea, que deseja e reivindica uma educação democrática, impõe à escola novos posicionamentos. A implantação de um novo paradigma educacional de valorização da diversidade, garantindo respeito às diferenças e visualização positiva da cultura afro- brasileira é imperativo da educação antirracista que se deseja construir. II. Com inclusão do ensino de história da África e da cultura africana e afro-brasileira nos currículos oficiais, exigida pela Lei Federal nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003, a escola brasileira tem a oportunidade de contribuir com a ampliação do conceito de democracia, colocando em nível de igualdade de informações os conteúdos trabalhados no currículo escolar sobre os continentes e as diversas culturas mundiais. III. A escola tem priorizado um currículo totalmente voltado para uma concepção de mundo eurocêntrica. Tal posicionamento segue no rumo contrário à concretização de uma proposta de currículo vinculado à realidade brasileira, com base na diversidade e no pluralismo. O contar da história, tanto da humanidade quanto do Brasil, estaria fatalmente prejudicado sem a história africana como fundamento. IV.A construção efetiva da identidade brasileira implica, necessariamente, o reconhecimento e aceitação da representação dos grupos étnicos que compõem este país. Os segmentos negro e indígena vêm sendo historicamente discriminados na historiografia oficial. Hierarquizar ou produzir a eliminação simbólica da história das raízes desses povos é uma demonstração explícita de racismo. Estão corretas as afirmativas A) I e II, apenas. B) III e IV, apenas. X C) II e III, apenas. D) I, II, III e IV. E) I e III, apenas. Questão 003 Leia os trechos a seguir: Trecho I Para Jenkins, “(...) nenhum historiador consegue abarcar e assim recuperar a totalidade dos acontecimentos passados, porque o conteúdo desses acontecimentos é praticamente ilimitado”. “(...) nenhum relato consegue recuperar o passado tal qual era. ” A História, para o autor, “está sempre fadada a ser um constructo pessoal, uma manifestação da perspectiva do historiador como narrador... O passado que conhecemos é sempre condicionado por nossas próprias visões, nosso próprio presente” Logo, Trecho II (...) a história ensinada é sempre fruto de uma seleção, ou como atualmente se diz, de um “recorte” temporal, histórico. As histórias são frutos de múltiplas leituras, interpretações de sujeitos históricos situados socialmente. E assim posto temos Trecho III Segundo Sacristán, o currículo é uma construção social, “um projeto seletivo de cultura, cultural, social, política e administrativamente condicionado” (1998, p.34); portanto, uma opção cultural. Para Goodson, inspirado em Hobsbawn, o currículo “(...) é sempre parte de uma tradição seletiva, um perfeito exemplo de invenção da tradição” (1995, p 27). Assinale a alternativa correta. 12/05/2021 15:39:38 2/3 A) Os trechos em questão podem ser relacionados timidamente à Didática e Práticas do Ensino de História na Educação Básica Brasileira, sendo que III assume um caráter conclusivo em relação a I, complementado por II, que traduz um sentido stricto sensu à compreensão do locus educacional onde a História, em conjunto com elementos diversos, compõe os vários espaços e tempos escolares/acadêmicos. B) Os trechos em questão podem ser relacionados à Didática e Práticas do Ensino de História na Educação Básica Brasileira, sendo que II assume um caráter dedutivo em relação a I, enquanto III traduz um sentido lato sensu à compreensão do locus educacional onde a História, em conjunto com elementos diversos, compõe os vários espaços e tempos escolares/acadêmicos. X C) Os trechos em questão podem ser relacionados à Didática e Práticas do Ensino de História na Educação Básica Brasileira, sendo que II assume um caráter dedutivo em relação a I, complementado por III, que traduz um sentido stricto sensu à compreensão do locus educacional onde a História, em conjunto com elementos diversos, compõe os vários espaços e tempos escolares/acadêmicos. D) Os trechos em questão podem não se relacionar à Didática e Práticas do Ensino de História na Educação Básica Brasileira, sendo que II assume um caráter Indutivo para I e III, que argumenta as contradições à compreensão do locus educacional onde a História, em conjunto com elementos diversos, compõe os vários espaços e tempos escolares/acadêmicos. E) Os trechos em questão podem não se relacionar à Didática e Práticas do Ensino de História na Educação Básica Brasileira, sendo que I assume um caráter dedutivo em relação a II, complementado por III, que argumenta as contradições à compreensão do locus educacional onde a História, em conjunto com elementos diversos, compõe os vários espaços e tempos escolares/acadêmicos. Questão 004 O currículo escolar se apresenta como elemento central do projeto pedagógico, por isso é preciso considerar em sua construção a complexidade dos saberes e das diferentes áreas presentes no contexto atual. Nesse sentido, pensar a organização do currículo escolar implica em X A) construir uma proposta fundamentada na interdisciplinaridade e na contextualização de modo a assegurar um maior diálogo entre as áreas do saber. B) refletir sobre a neutralidade inerente ao processo de construção da proposta da escola. C) desenvolver práticas que priorizem as disciplinas de primeira grandeza, como Linguagens e Matemática. D) construir um currículo que prevaleça a hierarquia das disciplinas, uma vez que facilitará o processo de ensino. E) dar ênfase aos conceitos em detrimento das habilidades e competências. Questão 005 O Capital Cultural consiste em ideias e conhecimentos que pessoas usam quando participam da vida social. Tudo, de regras de etiqueta à capacidade de falar e escrever bem, pode ser considerado capital cultural. A incorporação do capital cultural efetua-se através de ações pedagógicas. O conceito de Capital Cultural foi muito discutido no meio acadêmico por A) Anthony Giddens. B) Juan Tedesco. C) Theodor Adorno. X D) Pierre Bourdieu. E) Herbert Marcuse. Questão 006 No geral, compreende-se o currículo como um modo de seleção da cultura produzida pela sociedade, para a formação dos alunos; é tudo o que se espera seja aprendido e ensinado na escola. Segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2003), quando se tem aquele currículo que, de fato, acontece na sala de aula, em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino, está se referindo ao currículo A) prescrito. X B) real. C) partilhado. D) formal. E) oculto. 12/05/2021 15:39:38 3/3 Questão 007 “Todos os olhares em mim e eu não sabia para onde olhar. A professora falava sobre negros escravos (e não escravizados), chibata,mortes, famílias separadas, até que uma princesa branca chamada Isabel, assinou a lei Áurea e libertou os meus ancestrais, no dia 13 de maio de 1888. Uma salvadora branca, como todas as minhas bonecas. E eu, a única negra da sala era a representação dessa tragédia, a personificação de um povo que só sofreu, de acordo com os meus professores. Uns olhares eram de dó, outros me intimidavam, mas todos me deixavam desconfortável. O período da escravidão até a abolição era a única menção à população negra em quase toda a minha vida escolar, durante os anos 80 e 90. Como gostar de ser negra, se tudo o que eu aprendi na escola sobre meus antepassados estava atrelado ao maior ato terrorista da humanidade que foi a escravidão negra, que durou mais que o Holocausto e a maioria das guerras? [...] Nos tempos atuais, resta que as escolas e educadores se preparem para ensinar sobre os negros, não só sobre suas dores, mas sobre suas contribuições para humanidade, para alunos de todas as etnias”. NASCIMENTO, Silvia. ‘O constrangimento das crianças negras nas aulas sobre escravidão e abolição’ In: <https://mundonegro.inf.br/o-constrangimento-das-criancas-negras-nas-aulassobre-escravidao-e-abolicao/>, acesso em 12 de maio de 2019. (adaptado) A partir da Lei nº 10.639/2003, tornou-se obrigatório, em todos os segmentos da educação básica, o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Entretanto, como relata a reportagem acima, no geral, esse conteúdo é mal lecionado – quase sempre por falta de formação, informação ou sensibilidade. Assim, ao preparar aulas sobre história e cultura afro-brasileira e africana, o professor deve levar em consideração que A) pela pouca contribuição dos povos negros com a geração de riquezas de riquezas no Brasil é que pouco se sabe sobre sua história, sendo, portanto, irrelevante contá-la em sala de aula. B) o ensino da história dos africanos e de seus descendentes no Brasil é abordado, frequentemente, pelo viés da escravidão e do tráfico porque é a melhor forma de estudar a contribuição desse povo sofrido na história do Brasil. C) a única forma de abordar a história dos africanos e seus descendentes é pelo estudo das revoltas contra a escravidão, pois é somente nesse momento que deixam a coisificação do cativeiro para se tornarem protagonistas da sua história. X D) a história das sociedades africanas e de seus descentes foi, durante muito tempo, invisibilizada em grande medida devido às ideias preconcebidas sobre o continente africano produzidas, sobretudo, pelos europeus nos séculos XVIII e XIX. E) a contribuição de africanos e de seus descendentes para a história do Brasil foi marcante no âmbito do trabalho e ínfima no aspecto social e cultural, o que explica as abordagens marginalizadas e circunscritas a esse aspecto de suas vidas. Questão 008 “Pecado nefando” era expressão correntemente utilizada pelos inquisidores para a sodomia. Nefandus: o que não pode ser dito. A Assembleia de clérigos reunida em Salvador, em 1707, considerou a sodomia “tão péssimo e horrendo crime”, tão contrário à lei da natureza, que “era indigno de ser nomeado” e, por isso mesmo, nefando. NOVAIS, F.; MELLO E SOUZA L. História da vida privada no Brasil. V. 1. São Paulo: Companhia das Letras. 1997 (adaptado). O número de homossexuais assassinados no Brasil bateu o recorde histórico em 2009. De acordo com o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais (LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis), nesse ano foram registrados 195 mortos por motivação homofóbica no País. Disponível em: www.alemdanoticia.com.br/utimas_noticias.php?codnoticia=3871. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado). A homofobia é a rejeição e menosprezo à orientação sexual do outro e, muitas vezes, expressa-se sob a forma de comportamentos violentos. Os textos indicam que as condenações públicas, perseguições e assassinatos de homossexuais no país estão associadas A) à Constituição de 1988, que exclui do tecido social os homossexuais, além de impedi-los de exercer seus direitos políticos. B) à falência da democracia no país, que torna impeditiva a divulgação de estatísticas relacionadas à violência contra homossexuais. C) à baixa representatividade política de grupos organizados que defendem os direitos de cidadania dos homossexuais. X D) a um passado histórico marcado pela demonização do corpo e por formas recorrentes de tabus e intolerância. E) a uma política eugênica desenvolvida pelo Estado, justificada a partir dos posicionamentos de correntes filosófico-científicas.