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Diagnóstico do ronco e apneia obstrutiva do sono Conceito: obstrução aérea 1) Ronco: vibração de partes moles da faringe 2) Sintomas noturnos a. Ronco em mais de 4x por semana b. Pausas testemunhadas c. Fragmentação do sono despertar por mecanismo de defesa em resposta à apneia · Descarga adrenérgica aumento de FC e estresse despertar 3) Queixas diurnas a. Sonolência excessiva b. Fadiga, déficits cognitivos, problemas de memória e humor Classificação do distúrbio obstrutivo 1) Ronco primário: ronco sem apneia ou alteração do sono 2) Apneia obstrutiva do sono: ronco com alteração de respiração e mudança no padrão de sono Fisiologia normal do sistema respiratório 1) Faringe: tubo com paredes maleáveis e que podem entrar em colapso com a pressão negativa da inspiração. Isso, normalmente, não ocorre por conta dos músculos dilatadores da faringe. E, é a falha desse mecanismo que deixa a via aérea mais suscetível à obstrução e roncos 2) Fatores de risco para alteração da fisiologia normal da faringe a. Envelhecimento: aumento da flacidez muscular b. Obesidade/Sobrepeso: acúmulo de gordura na região cervical que diminui o calibre da via aérea c. Alterações nasais e de via aérea superior d. Alterações craniofaciais e. Sexo masculino (faringe mais longa) f. Hormonal · Hipotireoidismo · Acromegalia · Menopausa g. Etilismo, sedativos relaxamento muscular Consequências 1) Pausas respiratórias Hipóxia intermitente fragmentação do sono ativação do SNA AUMENTO DO RISCO CARDIOVASCULAR 2) Má qualidade do sono · Mal desempenho profissional · Maior risco de acidentes · Piora da cognição Avaliação 1) Anamnese a. Impacto na qualidade de vida b. Fatores de risco c. Sintomas de VAS (dorme de boca aberta, rinite etc) d. Comorbidades cardiovasculares 2) Exame físico a. IMC e circunferência cervical (> 38 cm mulheres // > 43 cm homens) b. Avaliação craniofacial · Nariz · Orofaringe · Língua · Retrognatia · Hipoplasia mandibular · Palato em ogiva Diagnóstico 1) Clínico a. Sintomas b. Comorbidades cardiovasculares e/ou metabólicas 2) Polissonografia ** Tipo 1 ambulatorial ** Tipo 2 domiciliar a. Eletroencéfalograma (EEG) b. Eletromiograma (EMG) c. Eletroculograma (EOG) d. Sensores respiratórios · Fluxo nasal · Oximetria · Cinta toracoabdominal Apneia 1) Duração de no mínimo 10 segundos 2) Redução de 90% do fluxo respiratório Hipopneia 1) Redução do fluxo respiratório > 30% 2) Dessaturação > 3% ou despertar 3) Duração mínima de 10 segundos Arquitetura do sono na apneia 1) Diminuição de N3 (sono profundo e reparador) e REM (fase em que ocorrem os sonhos) 2) Aumento de IAH (índice apneia-hipopneia) 3) Queda da saturação de oxigênio Critérios diagnósticos 1) IAH 5-15/hora de sono + Sintomas clínicos ou Comorbidade cardiovascular ou Distúrbio de humor OU 2) IAH > 15/hora de sono 3) Gravidade Daniel Lucio Willing – Escola Paulista de Medicina/Unifesp @danielwilling.med
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