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Aula 9 – Educação Profissional – Teoria e prática As práticas de Educação Profissional: a Pedagogia Taylorista-Fordista e a Pedagogia das Competências Objetivos Ao final desta aula, o aluno será capaz de: 1. Caracterizar a pedagogia taylorista-fordista e relacioná-la às características da organização do trabalho e da produção taylorista/fordista; 2. Caracterizar pedagogia das competências em seus aspectos metodológicos e curriculares; 3. Analisar as implicações do conceito de competência como ordenador das ações de educação profissional. PEDAGOGIA TAYLORISTA-FORDISTA Nessa aula você: · A pedagogia taylorista-fordista: aspectos metodológicos e curriculares. A relação com as características da organização do trabalho e da produção taylorista/fordista. Contradições. Atenção às características e contradições da pedagogia taylorista-fordista, destacando suas relações com a organização do trabalho e da produção taylorista/fordista. Do conceito de qualificação para o conceito de competência. A crise do valor dos diplomas e reordenamento das profissões. O modelo de competências no interior das organizações e a pedagogia das competências. O modelo das competências e as práticas didáticas em construção. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. "Como resposta às novas exigências de competitividade que marcam o mercado globalizado, exigindo cada vez mais qualidade com menor custo, a base técnica de produção fordista, que dominou o ciclo de crescimento das economias capitalistas no pós-Segunda Guerra até o final dos anos 60, vai aos poucos sendo substituída por um processo de trabalho resultante de um novo paradigma tecnológico apoiado essencialmente na microeletrônica, cuja característica principal é a flexibilidade". (Adaptação do texto : AS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO E A EDUCAÇÃO: novos desafios pra a gestão* Acácia Zeneida Kuenzer ). Como se denomina esse novo paradigma? R.: Toyotismo. 2. Uma vez que no paradigma flexível a qualificação profissional passa a depender de conhecimentos e habilidades cognitivas que permitam ao trabalhador maior atividade intelectual, sendo capaz de dominar os conhecimentos científicos para resolver os problemas da prática produtiva, passou a ser adotado um novo tipo de pedagogia nos espaços escolares e não escolares: a pedagogia das competências, voltada para a formação dos sujeitos requisitados no paradigma flexível. Oriunda do discurso empresarial, a noção de competência traz a marca política e ideológica de sua origem. Significa, segundo Hirata (1994), mais do que saber fazer, saber ser. Implica dizer que o trabalhador competente é aquele que sabe utilizar todos os seus conhecimentos (obtidos de maneiras variadas), nas mais diversas situações encontradas em seu posto de trabalho. Competência assim é entendida como a capacidade de agir, em situações previstas e não previstas, com rapidez e eficiência, articulando conhecimentos tácitos e científicos a experiências sociais e produtivas vivenciadas ao longo das histórias de vida. A pedagogia das competências se caracteriza por: I. ensinar os conteúdos escolares na medida das necessidades II. conferir um sentido prático aos saberes escolares III. trazer para o interior das escolas uma concepção pragmática. IV. adotar como critérios definidores dos conteúdos as necessidades imediatas da produção. Assinale a alternativa correta: R.: Todas as afirmativas são verdadeiras. 3. Num contexto em que as formas de organização do trabalho eram pautadas em premissas tayloristas, os currículos de formação profissional apresentavam propostas características. Assinale a alternativa que caracteriza essas propostas: R.: Métodos repetitivos e mecanizados; 4. Assinale a alternativa INCORRETA: Na feliz síntese feita por Marise Nogueira Ramos (Pedagogia das competências,2013), ¿a pedagogia das competências pretende preparar os indivíduos para a adaptação permanente ao meio social instável da contemporaneidade¿. Isto significa que: R.: A pedagogia das competências pode ser aplicada eficazmente pela mera reformulação dos programas tradicionais. 5. Leia o texto abaixo e responda às questões subsequentes: O assalariado ideal segundo o gerenciamento pós-moderno De seus assalariados, as empresas esperavam antigamente que eles simplesmente estivessem presentes. Agora, as empresas exigem deles que se mostrem transparentes. [...] Agora, são os valores dos colaboradores, suas crenças, sua interioridade, sua personalidade que são cobiçadas. Uma evolução sociológica de monta. Sob a influência do gerenciamento pós-moderno, a fronteira entre a esfera privada e a esfera pública torna-se o alvo de uma luta histórica, como o programa "Big Brother" que expõe midiaticamente o que antes se escondia, sua intimidade. Os gerentes procuram a "eficiência total", lançando mão de organização matricial, de lógica de rede, de escritório virtual, de team, de task force, de incentive e mais fringe benefit. A este modelo gerencial corresponde um colaborador mutante, espécie de super-homem cujas qualidades pessoais (o "saber-ser") tornam-se tão importantes para sua carreira quanto o seu talento profissional (o "savoir-faire") [...]. Le Monde Diplomatique Brasil. Disponível em https://www.diplomatique.org.br/acervo.php?id=1135 Acesso em: 17/14/2013. O texto acima assinala o atual momento da produção capitalista, marcado pela transição: R.: c) do modo de produção fordista para o toyotista. 6. Nas primeiras décadas do século XX, o engenheiro Frederick Taylor desenvolveu os princípios de administração científica, que consistiam, basicamente, no controle dos tempos e dos movimentos dos trabalhadores para aumentar a eficiência do processo produtivo. Ao adotar estes princípios em sua fábrica, Henry Ford criava um novo método de produção. A inovação mais importante do modelo fordista de produção foi: R.: a linha de montagem. 7. No alvorecer do século XIX, a indústria automobilística europeia não só necessitou ampliar o número de fábricas como também organizar o trabalho do operariado. Nessa lógica, o Taylorismo se impõe como uma das principais maneiras de: R.: parcelar as tarefas e implantar a esteira na linha de montagem. 8. Toda atividade produtiva envolve um risco de fracasso, que pode ser reduzido, mas jamais eliminando totalmente. Quem deve assumir o risco? O governo, o empresário ou o trabalhador? KATO, J. M.; PONCHIROLLI, O.O desemprego no Brasil e os seus desafios éticos. Revista FAE. Disponível em: http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v5_n3/o_desemprego_no_brasil.pdf Acesso em:11 abril 2012 A contração do emprego e a precarização apontam para o fato de que o crescimento econômico apresenta desigualdades. Sobre a noção e o discurso da empregabilidade em tempos de globalizado, poderíamos tecer algumas considerações: I Que há distorção no foco da questão, culpabiliza-se o indivíduo e não o sistema; II Que todos os trabalhadores que buscam requalificar-se, prontamente são absorvidos pelo mercado; III Que o crescimento econômico apresenta-se não includente. Quando o fracasso é imputado ao trabalhador podemos inferir como sendo verdadeira a opção: R.: I e III
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