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Anatomia e fisiologia dos olhos -PRT-2

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Anatomia e fisiologia part-2 
 
• Parte externa do olho 
• As pálpebras desempenham duas 
principais funções. 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
• Dinâmica palpebral 
 
• O espaço entre as pálpebras é 
chamado de “fissura” ou 
“abertura ocular”. As fibras do 
músculo orbicular formam um 
anel ao redor da abertura 
palpebral e sua contração leva ao 
fechamento dela. A abertura 
palpebral é realizada 
principalmente pelo músculo 
elevador da pálpebra superior, 
embora ainda existam túnicas 
fibrosas que agem na retração da 
pálpebra inferior. O músculo 
elevador se origina no ápice da 
órbita, cursa anteriormente sobre 
o músculo reto superior e insere-
se na placa tarsal e na pele da 
pálpebra superior. As pálpebras 
são firmemente aderidas as 
margens da órbita pelos 
ligamentos palpebrais medial e 
lateral. 
• O movimento de piscar distribui a 
lagrima através da córnea, o que 
mantem uma superfície lisa, além 
de promover a retirada de debris. 
O reflexo palpebral do piscar é 
também um importante fator de 
proteção. A via nervosa aferente 
é composta por um ramo do 
trigêmeo (V par), e a eferente, 
pelo nervo facial (VII par). Os 
cílios também desempenham 
função protetora 
 
 
 
 
1. Proteção do globo 
ocular. 
2. Secreção, 
distribuição e 
drenagem da 
lagrima. 
 
• Inervação 
 
A inervação sensorial é originada do 
nervo trigêmeo. (V par craniano), 
via divisão oftálmica (pálpebra 
superior) e divisão maxilar (pálpebra 
inferior). O músculo orbicular é 
inervado pelo nervo facial (VII par 
craniano). O músculo levantador da 
pálpebra superior é inervado pelo 
nervo oculomotor (III par craniano). 
Uma paralisia desse nervo leva a 
uma queda da pálpebra superior 
denominada “ptose”. Note-se que 
todos os nervos, exceto o facial, são 
oriundos da órbita e alcançam a 
pálpebra. 
 
 
• Irrigação vascular e drenagem 
linfática 
 
As pálpebras são supridas por uma 
extensa malha vascular, a qual forma 
anastomoses entre ramos originados 
da artéria carótida externa (pela 
face) e da artéria carótida interna 
(pela órbita). Isso fornece excelente 
recuperação dessa região no 
póstrauma. 
O fluido linfático das pálpebras 
superiores é 
drenado para linfonodos pré ́-
auriculares e das pálpebras inferiores 
para os linfonodos submandibulares. 
Linfadenopatia é um sinal comum de 
infecção das pálpebras e das 
conjuntivas (principalmente por 
vírus). 
 
• Conjuntiva 
 
é uma membrana mucosa que 
reveste posteriormente as pálpebras 
e cobre a superfície anterior do olho 
até a córnea. 
Na reflexão superior e inferior, 
entre o globo ocular e as pálpebras, 
a conjuntiva forma um fundo de 
saco, denominado “fórnice”. A 
conjuntiva é firmemente aderida às 
pálpebras, frouxamente aderida ao 
globo ocular e encontra-se livre na 
região dos fórnices. Portanto, 
inflamações podem causar edema 
(quemose) na região dos fórnices e 
da conjuntiva bulbar (globo ocular). 
 
A conjuntiva é composta de uma 
camada epitelial e de um estroma 
subjacente. A conjuntiva facilita o 
livre movimento do globo ocular e 
promove uma superfície lisa para 
que as pálpebras deslizem sobre a 
córnea. 
• A inervação sensorial é mediada 
via divisão oftálmica do nervo 
trigêmeo. A vascularização é pré- 
dominantemente originada de 
ramos orbitários com presença de 
anastomoses do sistema facial. A 
conjuntiva tem um importante 
papel na proteção do olho contra 
microrganismos. 
 
• Córnea e esclera. 
 
córnea e a esclera formam uma 
superfície esférica que compõe a 
parede externa do globo ocular. 
Embora as duas sejam muito 
similares, a estrutura corneana é 
unicamente modificada para 
transmitir e refratar a luz A esclera 
é formada principalmente por fibras 
colágenas. É avascular, apesar de 
apresentar 
 
• vasos em sua superfície, e 
relativamente acelular. Apesar de 
ser fina é a esclera que dá o 
suporte para inserção dos músculo 
extraoculares. É perfurada 
posteriormente pelo nervo optico 
e por vasos e nervos (sensoriais e 
motores) ao longo do globo 
ocular. A união entre a córnea e 
esclera chama-se “limbo”. 
 
• A córnea é formada por cinco 
camadas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A córnea é extremamente sensível 
ao toque (em contraste com a 
esclera) devido a fibras nervosas 
originadas da divisão oftálmica do 
nervo trige ̂meo. 
• A córnea é avascular, sendo 
nutrida pelo humor aquoso, pelo 
filme lacrimal e por difusão de 
vasos presentes no limbo. 
1. o epitélio, 
2. camada de Bowman, 
3. estroma (mais 
espessa). 
4. membrana de 
Descemet 4 
5. e endotélio (camada 
única de células 
hexagonais). 
• A isquemia do limbo pode levar 
a um afilamento corneano 
periférico (mel-ting), e a 
restrição da oxigenação através do 
filme lacrimal (devido ao uso de 
lentes de contato, por exemplo) 
pode resultar em ulceração 
corneana. As funções principais da 
córnea são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A refração da luz ocorre porque a 
superfície de curvatura corneana 
possui índice refracional maior que 
o do ar. Sua superfície é 
transparente devido ao 
especializado arranjo das fibras de 
colágeno presentes no estroma, 
as quais devem se manter em um 
estado de relativa desidratação. 
• A perda severa de células 
endoteliais leva a uma hidratação 
excessiva (edema) e à perda da 
transparência corneana. 
 
 
 Produção e drenagem lacrimal. 
 
• A glândula lacrimal secreta a 
maior parte do componente 
aquoso do filme lacrimal. 
Ela repousa na região súpero-
temporal da órbita anterior. 
É inervada por fibras 
parassimpáticas carreadas pelo 
nervo facial. 
• A lagrima corre em um menisco 
na margem palpebral inferior, é 
espalhada através da superfície 
ocular pelo movimento do piscar 
e é drenada nos pontos lacrimais 
superior e inferior (situados no 
canto nasal palpebral). Os 
canalículos de cada ponto lacrimal 
se unem para formar o canalículo 
comum que termina no saco 
lacrimal. Finalmente, a lagrima 
passa pelo ducto nasolacrimal e 
alcança a cavidade nasofaríngea 
através do meato inferior. Isso 
explica o desconfortável sabor que 
se segue após a administrac ̧ão de 
certos colírios. Ao nascimento, o 
ducto nasolacrimal pode não estar 
totalmente desenvolvido, 
causando lacrimejamento 
constante (epífora). Na maioria 
dos casos o seu completo 
desenvolvimento se dá em um 
proteção contra 
invasão de 
microrganismos e 
transmissão e 
refração da luz 
ano de vida. Já ́ a obstrução 
adquirida do ducto nasolacrimal é 
uma causa importante de epífora 
em adultos. Pode ser causada por 
uma infecção aguda do saco 
lacrimal, a qual se manifesta por 
edema da região medial palpebral. 
 
 
 
 
 
• Parte interna do olho 
 
A função das estruturas oculares 
internas é basicamente de refinar a 
imagem vinda da córnea e converter 
a energia luminosa em energia 
elétrica para formação da imagem no 
cérebro. 
 
 
 
 
 
 
 
• Úvea 
 
A úvea compreende a íris e o corpo 
ciliar, anteriormente, e a coroide, 
posteriormente. 
 
 Íris 
 
tecido conjuntivo contendo fibras 
musculares, vasos sangu ̈íneos e 
células pigmentares. 
 Sua superfície posterior é 
determinada por uma camada de 
células pigmentares. Em seu centro 
há uma abertura, a pupila. A função 
principal da íris é: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A dilatação da pupila é causada 
por contrações de fibras 
musculares lisas radiais inervadas 
pelo sistema nervoso simpático. 
• A contração pupilar ocorre quando 
um anel de fibras musculares lisas 
em torno da pupila se contrai. 
Esse anel é inervado pelo sistema 
nervoso parassimpático. A 
. controlar a entrada de 
luz na retina e reduzir a 
lesão intraocular 
causada pela 
luminosidade. 
pigmentação da íris reduz a lesão 
intra-ocular. A quantidade de 
pigmento iriano determina a “cor 
dos olhos”: olhos azuis contém 
menos quantidade de pigmento 
do que olhos marrons. 
 
 Corpo ciliar 
 
O corpo ciliar é uma estrutura 
especializada que une a íris com a 
coróide. É responsável pela produção 
do humor aquoso. O corpo ciliar é 
ligado ao cristalinopela zo ̂nula. 
 
• A contração de fibras musculares 
presentes no músculo ciliar causa 
uma redução em sua 
circunferência; isso reduz a tensão 
na zo ̂nula, fazendo com que a 
elasticidade natural do cristalino 
gere um aumento em sua 
convexidade, propiciando um 
melhor foco para a visão de 
perto. Esse fenômeno é chamado 
“acomodação”, o qual é 
controlado por fibras 
parassimpáticas do nervo óculo- 
motor (III par craniano). O 
relaxamento das fibras é um 
processo passivo, aumentando a 
tensão na zônula, de forma que 
aplaina o cristalino, gerando 
melhor visão para longe. 
• A região posterior do corpo ciliar 
une-se à retina através da ora 
serreta. 
 Ambas as estruturas representadas 
na figura. 
 
 
 Coroide 
 
A coroide consiste em: vasos 
sangu ̈íneos, tecido conectivo e células 
pigmentares. Está localizada entre a 
retina (camada interna) e a esclera 
(camada externa). É responsável 
pelo aporte de oxigênio e de 
nutrição das camadas externas da 
retina. 
 
 
 
 
 
 Cristalino 
 
 O cristalino tem formato discoide, 
e compreendido por uma massa de 
células alongadas, chamadas “fibras 
cristalinas”. No centro, essas fibras 
estão compactadas em um núcleo 
duro envolto por uma menor 
densidade de fibras, o córtex. Toda 
essa estrutura está envolvida por 
uma capsula elástica e é capaz de se 
deformar para realizar a 
acomodação. Fale ̂ncia da acomodac ̧ão 
relacionada à idade (presbiopia) 
ocorre devido à perda da elasticidade 
capsular e do enrijecimento do 
cristalino. 
O cristalino é relativamente 
desidratado e suas fibras conte ̂m 
proteínas especiais, o que gera sua 
transpare ̂ncia. A catarata é qualquer 
opacidade, conge ̂nita ou adquirida, 
do cristalino. 
 
 
 
 Humor aquoso 
 
O humor aquoso preenche as 
ca ̂maras anterior e posterior. A 
ca ̂mara anterior é o espac ̧o entre a 
córnea e a íris. Atrás da íris e 
anteriormente ao cristalino, situa-se 
a ca ̂mara posterior. Essas duas 
regiões comunicam-se através da 
pupila. 
 
 Formação do humor aquoso 
 
humor aquoso (ou apenas “aquoso”) 
é produzido pelo corpo ciliar por 
ultrafiltração e por secreção ativa. 
Sua composição é estritamente 
regulada para excluir proteínas de 
alto peso molecular e células, mas 
contém glicose, oxige ̂nio e 
aminoácidos para a córnea e para o 
cristalino. 
 
 Drenagem 
O aquoso circula da ca ̂mara 
posterior para a ca ̂mara anterior 
pela pupila, deixando o olho pela 
malha trabecular; esta é um 
tecido especializado, localizado no 
a ̂ngulo da ca ̂mara anterior, entre 
a íris e a córnea, semelhante a 
uma peneira. A partir da malha 
trabecular, o aquoso é coletado 
pelo canal de Schlemm, o qual 
circunda o olho no limbo 
corneoescleral, drenando-se, 
então, para as veias episclerais. 
A produc ̧ão e a drenagem do 
aquoso são balanceadas para 
manter uma pressão intra-ocular 
adequada. 
 
 
 Vítreo 
O corpo vítreo é formado na sua 
grande maioria por água (99%), 
acido hialuro ̂nico e fibras de 
colágeno (o que promove sua 
consistência gelatinosa) 
• Com o avanc ̧ar da idade, o vítreo 
sofre uma progressiva liquefac ̧ão 
(degenerac ̧ão). É aderido à retina 
em certos pontos, 
particularmente no nervo optico 
e na ora serrata. Quando ocorre 
sua degenerac ̧ão, pode haver 
trac ̧ão e consequ ̈ente 
descolamento da retina. 
• O vítreo ajuda no amortecimento 
do globo ocular e tem um menor 
papel como fonte de metabolitos. 
 
 Retina 
• A retina converte a imagem 
luminosa em impulsos nervosos. É 
compreendida pela retina 
neurossensorial e pelo epitélio 
 
 
• pigmentar retiniano (EPR). O 
raio luminoso tem que passar 
através da retina interna para 
alcanc ̧ar os fotorreceptores (cones 
e bastonetes), os quais 
convertem a energia luminosa em 
elétrica. A retina então tem que 
ser transparente. Neuro ̂nios 
conectores (interneuro ̂nios) 
modificam e passam o impulso 
elétrico para as células 
ganglionares, cujos axo ̂nios correm 
ao longo da superfície retiniana e 
entram no nervo optico. 
• Uma região da mácula é 
responsável pela visão central. Em 
seu centro existe uma área 
altamente especializada 
denominada “fóvea”, a qual é 
responsável pela visão de alta 
qualidade. O restante da retina é 
responsável pela visão periférica. 
 
• Os cones estão concentrados na 
mácula. Eles são responsáveis pela 
acuidade visual e pela apreciação de 
cores. Os bastonetes estão 
relacionados com a visão em baixos 
níveis de luminosidade e com a 
detecção de movimento, estando 
distribuídos por toda a retina. 
Tabela 1. 
 
 
 Bastonetes Cones 
Função Visão no escuro, movimento Visão no claro,cores, definição 
Número >100 milhões 6-7.000 milhões 
Concentração Periferia da retina Mácula 
 
 
Os fotorreceptores conte ̂m 
pigmentos visuais, como o retinol 
(vitamina A), ligados à proteínas 
(opsina). A absorção luminosa causa 
uma mudanc ̧a estrutural e química 
que resulta na hiperpolarizac ̧ão 
elétrica do fotorreceptor. 
Externamente à retina 
neurossensorial encontra- se o EPR, 
uma camada única de células 
pigmentadas que são essenciais na 
fisiologia dos fotorreceptores. As 
células do EPR reciclam a vitamina 
A para formac ̧ão do fotopigmento, 
transportam água e metabólitos, 
renovam os fotorreceptores e 
ajudam na redução do dano 
luminoso. Prejuízo na func ̧ão do 
EPR, que pode ocorrer com a idade 
e em muitos estados patológicos, 
pode levar a uma perda da func ̧ão 
retiniana e, consequ ̈ente- mente, da 
visão. 
A barreira hematoretiniana, que 
consiste nas ti- ght junctions entre 
as células endoteliais dos vasos 
retinianos e as células do EPR, isola 
a retina da circulação siste ̂mica. A 
quebra dessa barreira, que ocorre na 
retinopatia diabética, por exemplo, 
leva a um edema retiniano e a 
acúmulo de proteínas e de lipídeos, 
causando perda da transpare ̂ncia .
 
 Nervo optico 
 
Os axo ̂nios das células ganglionares 
presentes na camada de fibras 
nervosas da retina chegam ao nervo 
óptico através do disco óptico, o 
qual não possui fotorreceptores e 
corresponde, por- tanto, a uma 
mancha cega fisiológica. A maioria 
dos discos ópticos tem uma cavidade 
central, denominada “escavação”, a 
qual é pálida em comparação com a 
coloração rósea das fibras nervosas 
que a circundam. A perda das fibras 
nervosas, que ocorre no glaucoma e 
em outras patologias, resulta em 
um aumento dessa escavac ̧ão. 
Há aproximadamente um milhão de 
axo ̂nios no nervo óptico. Atrás do 
globo ocular, esses axo ̂nios tornam-
se mielinizados e o nervo óptico é 
revestido pelo fluido cerebroespinhal 
do espac ̧o subaracnóideo, sendo 
protegido por uma bainha contínua 
com as meninges cerebrais. 
 
 
 
 
 órbitas 
 
As paredes ósseas da órbita formam 
uma estrutura piramidal. São 
constituídas pelos ossos frontal, 
maxilar, zigomático, etmoidal, 
lacrimal e esfenoidal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A parede medial e o assoalho da 
órbita são finos. Quando uma forte 
pressão é exercida sobre a órbita 
(por exemplo nos traumas), sua 
descompressão através de fraturas 
do assoalho ou da parede medial 
ajuda a minimizar o dano ao globo 
ocular. Por outro lado, infecc ̧ões dos 
seios maxilar e etmoidal podem 
facilmente penetrar na órbita. 
No ápice orbitário, o forame 
orbitário leva o nervo óptico, 
posteriormente, para o quiasma 
óptico intracraniano, e a artéria 
oftálmica, anterior- mente, para a 
órbita. Lateralmente ao forame, 
existem duas fissuras: 
• A fissura orbitária superior, a qual 
dá passagem para os nervos lacrimal, 
frontal e nasociliar (divisão oftálmica 
do V par craniano), para os III, IV e 
VI 
pares cranianos e para a veia 
oftálmica superior. • A fissura 
orbitária inferior, a qual permite a 
saída da veia oftálmica inferior e a 
entrada da divisão maxilar do V par 
craniano. 
Os quatro músculos retos extra-
oculares (medial, superior, lateral e 
inferior) deixam o ápice da órbita 
para se inserir no globo ocular de 5 
a 7 mm atrás dajunc ̧ão 
corneoescleral. Eles formam um 
cone, cujo interior possui nervos 
sensoriais e autono ̂micos, artérias do 
globo ocular, nervo óptico e nervos 
motores para todos os músculos 
extra-oculares, com excec ̧ão do 
músculo oblíquo superior. Portanto, 
a compressão do ápice orbitário por 
um tumor, por exemplo, pode 
resultar na perda da sensibilidade 
corneana, na reduc ̧ão dos 
movimentos oculares e no prejuízo 
da func ̧ão visual, assim como num 
deslocamento anterior do globo 
ocular (proptose). A completa 
anestesia ocular, por injec ̧ão local, 
requer que o anestésico seja injetado 
ou difundido para esse espac ̧o 
intraconal. 
 
 Músculos extra-oculares 
 
• Os quatro músculos retos te ̂m 
uma adesão posterior comum no 
anel de tecido conjuntivo que 
circunda o canal óptico e que 
divide a fissura orbitária superior 
em dois comparti- mentos. 
 
 Reto lateral: 
• é inervado pelo VI par craniano 
(abducente). Sua contração move 
o olho lateral- mente e, 
portanto, sua paralisia gera um 
desvio para dentro (convergente). 
 
 Reto medial 
é inervado pelo III par craniano 
(oculomotor). Sua contrac ̧ão move 
o olho nasal- mente. 
 
• Reto superior e inferior: 
esses músculos não só movem o 
olho para cima e para baixo, 
respectivamente, mas também 
te ̂m ac ̧ões adicionais, ajudando na 
aduc ̧ão (movimento em direc ̧ão ao 
nariz) e na rotac ̧ão. Eles também 
são inervados pelo nervo 
oculomotor. 
 
 
Oblíquo superior e inferior: 
 
o músculo oblíquo superior se origina 
na região posterior da órbita, sofre 
um desvio em um tipo de polia 
(tróclea) situada atrás da rima 
orbitária súpero-nasal, e é então 
direcionado para trás, para se inserir 
no globo ocular. É inervado pelo IV 
par craniano (troclear). Age 
principalmente na rotac ̧ão do olho, 
mas também contribui para o 
movimento lateral (abduc ̧ão) e para 
alguma depressão ocular. O músculo 
oblíquo inferior origina-se na rima 
orbitária inferior próximo à parede 
medial e passa lateralmente, e, 
posteriormente, para se aderir ao 
globo próximo à topografia da 
mácula. Como o oblíquo superior, ele 
roda o olho e ajuda na elevac ̧ão e na 
abduc ̧ão. É inervado pelo nervo 
oculomotor. 
 
 
 
 
 
 
 
Musculo levantador da pálpebra 
 
 O músculo levantador (inervado 
pelo III par craniano) projeta-se 
anteriormente na forma de uma 
ampla aponeurose, ligando-se na 
placa tarsal superior e na pele da 
pálpebra superior Associadas a ele 
encontram-se fibras de músculo liso 
inervadas pelo sistema nervoso 
simpático. A func ̧ão do músculo 
levantador é a de elevar a pálpebra 
superior. 
 
 
Figura 1 vista lateral 
 
 Nervos da órbita 
 
Além dos nervos motores dos 
músculos extra- oculares, a órbita 
contém nervos sensoriais e au- 
tono ̂micos. O principal nervo 
sensorial é o nervo óptico (II par 
craniano), envolto por uma 
membrana contínua com as meninges 
intracranianas, sendo que o espac ̧o 
subaracnóideo estende-se até o globo 
ocular. 
Ramos da divisão oftálmica do nervo 
trige ̂meo fornecem a inervac ̧ão 
sensorial para o globo ocular 
(especialmente a córnea), para a 
conjuntiva e para a pele das 
pálpebras, com extensão para a 
fronte e o occipício. O nervo 
nasociliar dirige-se ao globo ocular, 
mas não termina nele. O nervo 
passa pela órbita junto à parede 
medial e emerge ao lado do nariz. O 
herpes zoster ocular geral- mente 
encontra-se associado a lesões 
cutâneas nasais. 
 
 Vias opticas. 
 
Os nervos ópticos unem-se no 
quiasma óptico sobre a sela túrcica 
do osso esfenóide. A gla ̂ndula 
pituitária projeta-se inferiormente 
atrás do quiasma. As fibras nervosas 
da retina nasal (campos visuais 
temporal ou lateral) cruzam para o 
lado oposto do quiasma, sendo que 
as fibras pós-quiasmáticas do lado 
esquerdo representam o campo 
visual do lado direito de ambos os 
olhos (e vice-versa). 
O trato óptico estende-se do 
quiasma até o corpo geniculado 
lateral, onde nervos que comec ̧aram 
como fibras na superfície da retina 
formam sinapses com neuro ̂nios, os 
quais seguem pela radiac ̧ão óptica 
para alcanc ̧ar o córtex visual no lobo 
occipital.

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