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Natalia Maria Borba da Silva RA: 8130788 Educação Física Para Grupos Especiais e Adaptada Curso Educação Física Bacharel Aula prática I Trabalho apresentado ao Claretiano Centro Universitário para a disciplina_ Educação Física Para Grupos Especiais e Adaptada como requisito parcial para obtenção de avaliação, ministrado pelo professor: Antonio Eduardo Ribeiro. Sorocaba-SP 2021 Relatório aula prática I de educação física adaptada A formação humana se divide em filogênese (história de uma espécie animal), ontogenise (história do indivíduo dentro da espécie), sociogenise (história cultural onde o indivíduo está inserido), e a microgenise (desenvolvimento específico em uma determinada habilidade do indivíduo) todas estas características contribuem para o desenvolvimento deste indivíduo, seja ele portador de alguma deficiência ou não. A pessoa com deficiência é um termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura neurológica, fisiológica ou anatômica, sendo assim esta pessoa pode vir a ter uma limitação (uma deficiência). Essas ausências ou disfunções segundo a ONU causam impedimentos de longo prazo, de natureza física, intelectual ou sensorial, esses impedimentos não permitem que o indivíduo, em seu dia a dia ao contato com diversas barreiras, os mesmos não tem a plena participação efetiva em suas atividades de vida diária ( ex: uma pessoa com limitação motora, devido a uma lesão neurológica, ou questão anatômica, não consegue com a mesma funcionalidade subir o degrau de uma escada, comparado com uma pessoa que não possui esta limitação, sendo assim o degrau é a barreira/ obstáculo que a “impede” de realizar a atividade com a mesma funcionalidade). Definição de grupos especiais: pessoas que possuem características biopsicossociais e especificidades de diferentes populações como: cardiopatas, diabéticos, obesos, idosos, gestantes, bebês e adolescentes. Sendo assim para nós educadores físicos, este grupo é um grupo que precisa de cuidados especiais de acordo com a característica de cada um, na realização de alguma atividade, para isso devemos conhecer cada um destes públicos e suas especificidades. Público-alvo da educação especial (público ligado a escola): a partir de uma nova política os alunos considerados público-alvo da educação especial são aqueles com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação. Para se trabalhar com grupos de pessoas com deficiência ou com grupos especiais, não podemos realizar o trabalho da mesma forma que seria com pessoas que não possuem essas características/deficiência, devemos realizar alterações/modificações para incluir esses indivíduos e alcançar o objetivo proposto. Com o passar do tempo surgiram paradigmas (crenças) voltados a deficiência, dentre esses paradigmas, há o paradigma da exclusão, o da segregação, o da integração e o da inclusão. Paradigma da exclusão, nesse paradigma o atendimento era dado apenas para as pessoas que se encontravam dentro dos padrões de acordo com a ideia da época, e aqueles que eram considerados diferentes eram excluídos totalmente. Paradigma da segregação, nele ainda existe o atendimento para os que estavam dentro dos padrões (os iguais), porém iniciou-se também o atendimento para os que estavam fora dos padrões (considerados diferentes). Cada um dos “grupos” recebia atendimento em locais diferentes/separados, daí o nome SEGREGAÇÃO, “separação de pessoas”. Paradigma da integração, neste paradigma o indivíduo é incorporado no mesmo local, porém em espaços diferentes. O último paradigma é o da inclusão, é o mais novo em relação a formas de atendimento a pessoa com deficiência, onde todos estão inseridos no mesmo espaço, com atendimento no mesmo local. Deve-se pensar na forma de trabalhar, e o que está sendo alcançado a partir deste trabalho, se o profissional está incluindo, excluindo, integrando ou segregando os indivíduos. Para se trabalhar com pessoas com deficiência e com grupos especiais, a adaptação estará sempre presente, pois é essencial para que possamos atender esta pessoa com eficiência para que a mesma consiga realizar as atividades. Estas adaptações vão ao encontro das adaptações arquitetônicas, adaptações pedagógicas e das adaptações humanas. A adaptação arquitetônica é se adaptar a uma estrutura de um estabelecimento, local, tudo que facilite o acesso de pessoas com deficiência/limitação, para que ela consiga chegar ao local desejado. A adaptação pedagógica é onde o profissional busca informações (materiais que tragam informações adequadas do tipo de público que estamos trabalhando, o tipo de deficiência) para poder se adaptar e adaptar suas aulas para incluir pessoas com deficiência/limitação. Por fim a adaptação humana ocorre por duas partes: por parte dos profissionais e por parte dos indivíduos, um se adaptando com o outro, em meio a essas adaptações ocorrem os processos de inclusão e o processo no geral mostra como trabalhar com esse púbico de forma eficiente e funcional. Para realizar as atividades há a flexibilização, onde podemos modificar as regras, mas não os recursos (podemos realizar modificações para facilitar/ajudar o indivíduo que tenha alguma limitação, caso algo esteja o impedindo de realizar a atividade), podemos também alterar ou não os recursos, não modificando os recursos e nem as regras (o público apesar das limitações consegue realizar a atividade sem nenhuma alteração), podemos modificar os recursos mas não as regras ( trocar o objeto da atividade para facilitar a execução e assim incluir o indivíduo na atividade sem a troca das regras), e podemos modificar os recursos e as regras (modificar ambos para que o indivíduo seja incluso e consiga realizar a atividade com sucesso). No paradigma da integração a inserção da pessoa é baseado no princípio da normalização, o qual pressupõe que o indivíduo tem direito de experienciar um estilo de vida que é comum para sua cultura, porem a sociedade não faz nenhum tipo de modificação para que esse indivíduo tenha plena participação na atividade, então ao invés de normalizar os serviços e ambiente para atender as necessidades de pessoas com deficiência, passou a se impor um padrão de vida voltado a igualdade de condições, no qual o foco recai sobre a deficiência entendida como um déficit a ser superado, isso quer dizer que o próprio individuo deve superar sua limitação. A exclusão muitas vezes ocorre por esse motivo, pois o indivíduo pode participar de uma mesma atividade que outro individuo, porém não com a mesma eficiência e produtividade. O paradigma da integração diz que o indivíduo que deve se moldar/adaptar aos requisitos das atividades, nela não deve haver adaptações, tudo é feito pelo método tradicional, o mesmo deve contornar os obstáculos, não é trabalhado com o público sobre atitudes discriminatórias e preconceituosas, o indivíduo está no meio realizando a atividade, porém não está se preocupando com aquilo que ela está fazendo, está fazendo por fazer e acaba que de certa forma está se excluindo. O paradigma da inclusão diz que a responsabilidade pela inclusão deixa de ser exclusivamente da pessoa com deficiência e passa a ser uma responsabilidade compartilhada com a sociedade, os princípios da inclusão são: aceitação das diferenças individuais, valorização de cada pessoa, convivência da diversidade humana e aprendizagem por meio da cooperação. Diferença entre integração e inclusão, a integração preconizava a ideia de uma suposta igualdade (todos iguais), já a inclusão reconhecea diversidade e se propõe a aceitar as diferenças entre as pessoas, independente das suas condições. Dimensões que compõe o ser humano, essas dimensões são trabalhadas juntas, pois não há como trabalhar o ser humano “por partes”, essas dimensões são: física, emocional, social, profissional, intelectual e espiritual, sendo assim no momento de se montar uma atividade/exercício devemos lembrar que esta pessoa é composta por vários elementos e isso nos traz ganhos com maior produtividade na realização do trabalho, e isso reflete muito em nossa área de atuação que é a qualidade de vida e a saúde.
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