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Jennifer Miguel Pacifico - Bacia Sedimentar

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Bacia sedimentar
 
Aluno: Jennifer Miguel Pacífico	Comment by Paulo Dias Ferreira Junior: •	Você faz um preâmbulo abordando o intemperismo e a sedimentação, mas não apresenta os exemplos que foram solicitados: "Apresente alguns exemplos de minerais gemológicos secundários relacionados ao ambiente sedimentar (pode ser em sedimentos ou em rochas sedimentares), abordando a qualidade do material extraído, comparando-o com aqueles extraídos na rocha matriz (depósito primário)."•	Você ficou muito presa ao que foi dito em sala e não trouxe novos exemplos da concentração de minerais gemológicos em depósitos sedimentares.
 
 
O ambiente sedimentar é constituído a partir da geração de bacias sedimentares, que são formadas em zonas de convergência e divergência de placas tectônicas, que geram quando se afastam um espaço que posteriormente é preenchido por sedimentos produzidos pelo intemperismo e erosão de encostas ao redor. Esses sedimentos são transformados em rochas sedimentares através do que é chamado de diagénese (cimentação e consolidação dos materiais), essas rochas novamente com a ação do intemperismo e movimentação das placas, podem ser erodidas ou soerguidas e metamorfizadas ocasionando novas rochas com diferentes composições (entre essas rochas pode ser encontrado minerais-gemas). Depois da formação dessas rochas, elas sofrem novamente com o intemperismo que gera sedimentos que são transportados, no entanto, no decorrer do transporte destes sedimentos existem diferentes condições que alteram os níveis de energia dispensados no processo fazendo com que oscilem, essa diferença no fluxo de energia cria diversos tipos de depósitos (Press et al, 2006). Entre os depósitos podemos destacar os detríticos, onde se encontra depósitos denominados como eluviais, coluviais, aluviais e fluviais, sendo os eluviais quando ocorre a desagregação de um material, mas o material permanece dentro do seu veio, os sedimentos gerados aqui são grandes e angulosos, em seguida com as chuvas as rochas são erodidas e os sedimentos advindos desta erosão serão arrastados até o sopé da montanha formando um depósito coluvionar, com o passar do tempo com mais chuvas e com isso enxurradas esses sedimentos são levados para o fundo do rio criando sedimentos fluviais, com a fluidez do rio os sedimentos são transportados por longas distâncias, o que ocasiona desses sedimentos terem como destino depósitos aluviais. Dentre os depósitos citados acima estão os depósitos conhecidos como pláceres e este termo é utilizado quando o depósito apresenta entre os seus sedimentos materiais que podem ser explorados economicamente. É um depósito sedimentar clástico, onde se encontram minerais pesados com densidade superior a 2,8-2,9, duros e resistentes. Neste local é possível encontrar uma grande variedade de minerais. Outra característica dos pláceres é a facilidade de retirada dos materiais e a diversidade de ambientes onde podem ser formados, como por exemplo, rios, mares entre outros (Suguio, 2003).
Prosseguindo com a classificação de depósitos, temos os leques aluviais (outro depósito sedimentar), em formato de leque, ocorrendo em regiões montanhosas, que devido sua inclinação proporciona uma alta energia possibilitando o transporte de sedimentos de grande porte e angulosos. Normalmente os leques apresentam coalescência, o que significa que pode haver vários leques um do lado do outro, que depositam ao mesmo tempo diferentes tipos de sedimentos que são gerados pelo intemperismo e erosão das rochas. Esses sedimentos são canalizados de uma única parte da montanha, e depositados dentro do leque, no canal onde os sedimentos passaram, fluxos aquosos continuam trespassando e lavando os sedimentos provocando o retrabalhamento dos canais, retirando sedimentos mais finos deixando os materiais mais grossos dentro do leque. Com o depósito formado, esses sedimentos são levados por rios, incorporando-os e são depositados no fundo do rio formando um depósito coluvionar. Os sedimentos são depositados dentro do leque aluvial e com a passagem do rio, transportados e distribuídos para outras regiões à medida que segue o seu fluxo. Este ambiente fluvial é muito importante na seleção de materiais gemológicos.
Citados acima os rios contribuem bastante para o retrabalhamento de materiais, eles apresentam diferenças em sua classificação, definidos por trechos e possuem dois fragmentos diferentes que são os rios meandrantes com canal único esse tipo de rio manifestam baixa energia e pouca capacidade de retrabalhar sedimentos grossos, pois contém muita lama e areias finas, logo não é o mais adequado para transportar minerais por que sua capacidade enérgica é baixo e os sedimentos que ele incorpora são finos e em pequenos tamanhos. O segundo tipo de rio é os entrelaçadas é característico deles terem muito energia e serem sazonais, ou seja, ter períodos com pouca água e os períodos de cheia, nos períodos de cheia é quando possui maior energia o que aumenta sua capacidade de transporte de sedimentos, permitindo que ele consiga transportar materiais arenosos e muito mais grossos como o cascalho. Esse estilo de rios não são fixos, ele fica migrando pelas planícies, essas migrações gera o que é chamado de dunas, que é a forma como os sedimentos são transportados, caracterizada pelas diferenciações no fluxo de energia do rio, essa diferenciação gerada a intercalação no depósito dos sedimentos que hora são depositados materiais finos (areia), outrora deposita-se materiais grossos (cascalhos).
Diante destas considerações é possível aferir aos ambientes de sedimentação como um grande selecionador de materiais gemológicos de depósitos secundários de alta qualidade e de grande aproveitamento para nós gemólogos, pois esse ambiente fornece materiais de tamanhos muito bom, que se adequam a lapidação, este ambiente retrabalhar os materiais fazendo uma seleção dos melhores espécimes. As diferenças entre os minerais encontrados nos depósitos sedimentar para os os depósitos primários é os minerais encontrados nos depósitos primários apresentam fraturas, são mais angulosos e mais frágeis, já dos depósitos secundários apresentam grande resistência, grande estabilidade, e com o transporte sofrem um retrabalhamento que os proporciona formato arredondado, os minerais são também mais densos. 
REFERÊNCIAS
Press, F., Siever, R., Grotzinger, J., Jordan, T.H. 2006. Para Entender a Terra. Porto Alegre, Bookman, 656p. (4a edição).
Suguio, K. 2003. Geologia Sedimentar. São Paulo: Edgard Blücher, 400 p.