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Afo- Dados Epidemiológicos e Fisiopatologia

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INTRODUÇÃO
▪ Dados epidemiológicos
- Problema de saúde pública negligenciado
- Catástrofe familiar
- Jovens saudáveis, produtivos e com longa expectativa de vida
- No Brasil, não tem distinção em número de casos entre estados banhados ou não pelo mar
- 10 milhões de crianças internadas (1-14 anos)
- Brasil: +f (20-29 anos); -f (< 1 ano)
- Proporção 1 Mulher /1,33 Homem (arrisca-se mais)
▪ Estimativa anual:
- 260 mil hospitalizações
- 1,3 milhão resgates
- 600 corpos não encontrados
- 50%: álcool/drogas
- Verão (aumenta a incidência)
- Local de afogamento mais comum: piscina. Se lactente: banheira (50%); < 5 anos: baldes, vasos sanitários, lavadores, pias, piscinas
▪ Fatores de risco
- Idade: taxas de afogamento maior em < 5 anos (42%) e 15-19 anos (29%)
- Sexo: predomínio do sexo masculino em todas as idades. 74% mortes. Relação homem X mulher aumenta de 2:1 (crianças) para > 10:1 (adolescentes)
- Doenças associadas: epilepsia (> risco 4-13x)
▪ Conceitos
- Afogamento: entrada de líquido nas VA por imersão ou submersão que dificulta a ventilação e troca de oxigênio (alvéolos obstruídos)
- Resgate: pessoa é resgatada sem sinais de aspiração líquida (ausência de tosse ou espuma no nariz/boca)
- Já cadáver: óbito por afogamento sem chances de ressuscitação que ocorre quando o tempo de submersão > 1h ou quando presentes sinais cadavéricos (rigidez mãos/membros, livores, decomposição corporal)
▪ Classificação do afogamento
- Quanto ao tipo de água: água doce, salgada, salobra, em outros líquidos não corporais.
- Quanto à gravidade: classificar a vítima para conduta correta.
- Primário (pessoa não sabe nadar – 87%) ou secundário (álcool/drogas/trauma – 23%).
FASES DO AFOGAMENTO
1. Pânico: luta para se manter na superfície
2. Submersão: apneia voluntária, deglutição de grandes volumes, vômitos, laringoespasmo, aspiração de líquido.
3. Hipóxia: inconsciência, perda de reflexo das VA (parada respiratória), aumento de volume de água nos pulmões. Esses fatores culminam em parada cardíaca.
Submersão pode causar hipercapia/narcose e laringoespasmo (pequenas fases antes de entrar em apneia voluntária)
▪ Acidentes provocados pela água
- Hidrocussão: pode levar à morte súbita, sobretudo quando se tem patologia cardiovascular, uma vez que pode ocorrer broncoespasmo seguido de parada da respiração.
- Hipotermia: temperatura da água está muito baixa e corpo não consegue se adaptar à situação.
- Laringoespasmo: pode ocorrer antes ou depois de aspirar água.
FISIOPATOLOGIA
Aspiração → alteração surfactante (diluição, diminuição e disfunção) - processo inflamatório nos alvéolos → encharcamento → Edema pulmonar não cardiogênico → aumento shunt intrapulmonar → Hipóxia → acidose metabólica e respiratória → PCR
▪ Hipotermia (Temperatura central < 35°C)
- Pode levar a uma PCR
- Deve-se controlar a temperatura da vítima de afogamento com líquidos aquecidos, retirar roupas molhadas, secar e cobrir a vítima.
- É comum após submersão
- Decorrente:
1. Contato prolongado da superfície corporal com água fria (quanto mais profundo for um volume de água, mais fria vai se tornando)
2. Aspiração ou deglutição de grandes quantidades de líquido muito frio
3. E quedas adicionais de temperatura após remoção da água: ar frio, roupas molhadas, hipóxia.
- Crianças têm elevado risco de hipotermia: 
1. Relação relativamente alta de área de superfície para massa corporal
2. Menos gordura subcutânea
3. Capacidade termogênica limitada
- Hipotermia moderada (temp. central 32-35°C): atuação de mecanismos de compensação Aumento no consumo de O2 Termogênese por tremor e tono simpático aumentado
- Hipotermia grave (temp. central < 32°C): termorregulação falha e reaquecimento não ocorre: tremor cessa e a taxa metabólica celular diminui.
▪ Outras consequências sistêmicas - hipotermia
- SARA
- Metabolismo hepatorrenal diminuído 
- Hipoglicemia
- Hiperglicemia
- Trombocitopenia
- Comprometimento da função de neutrófilos e retículo endotelial Maior suscetibilidade à infecção bacteriana, fúngica e sepse.
ALGORITMO - OBSERVAÇÕES
- Retirou vítima da água: respiração boca-a-boca
- Grau 2: estertores leve a moderada intensidade + tosse
- G2 - Se necessário, colocar paciente em posição de segurança: decúbito lateral direito. Nesse caso, evitar VA para cima caso venha a expelir água. Pode ser necessário Rx tórax (esperar algumas horas após o incidente, pois se fizer logo, estará normal) ou gasometria (após retirada da água, não necessita fazer gasometria)
- Suspeita de EAP: paciente começa a eliminar uma baba amarela pela boca + auscuta alterada (pulmão encharcado)
- G3: solicitar Rx tórax, gasometria arterial, eletrólitos, ECG, ureia, creatinina, glicose, EAS
- G4: restringir expansão volêmica (não piorar EAP), sobretudo em idoso
- Até o G4, paciente está acordado, apresentando um quadro menos grave de comprometimento pulmonar
CONDUTA E PROGNÓSTICO
▪ Métodos de ventilação dentro da água:
- Sem equipamento: 2 guarda-vidas OU 1 guarda-vidas em águas rasas
- Com equipamento: 1 guarda vidas
▪ Transição da água para areia.
- O transporte ideal é do tipo australiano
- Reduz a incidência de vômitos e mantém as VAS pérvias durante o transporte.
- Graus de 1 a 5: quando sobrevivem, raramente apresentam sequelas, evoluindo para a cura em quase 95% dos casos. Varia de acordo com a “qualidade” da água onde se afogou (p.ex. Rio Tietê), que pode causar pneumonia ou outras complicações
- Grau de 6: dependente principalmente da existência ou não de lesão neurológica relacionada diretamente ao tempo e ao grau de hipóxia.
O que diferencia o paciente morto do grau 6 é a lesão neurológica e o tempo que permaneceu submerso.
Esse abaixo é usado em Portugal, sendo aplicado em paciente vítima de afogamento em piscina
RCT, mulher de 17 anos, pedindo ajuda ha mais ou menos uns 30 metros da Praia ou flutuando ha uns 15 metros da praia.
Conduta inicial:
A o identificar a vitima na agua: pedir ajuda
Ao sair fora da água: resnimar com respiração boca-a-boca
Com SAMU no local: intubar e aquecer paciente, transferir para hospital mais próximo
Caso faça respiração boca-a-boca e retorne: deixar na posição de segurança e aguardar, buscando sempre falar com o paciente (não deixa-lo ficar inconsciente)
AFOGAMENTO
Afogamento
www.erc.edu | info@erc.edu
Publicado em Outubro 2015 pelo European Resuscitation Council vzw, Emile Vanderveldelaan 35, 2845 Niel, Belgium
Copyright: © European Resuscitation Council vzw Referência do Produto: Poster_SpecCircs_ Drowing_Algorithm_PRT_20150930
EUROPEAN 
RESUSCITATION 
COUNCIL
Inconsciente, 
 respiração anormal
Grita por ajuda e liga 112
Permeabilizar a via aérea
5 insuflações iniciais, 
com oxigénio se possível
Sem sinais de vida?
Iniciar RCP
 30 compressões/2 insuflações 
Ligar DAE e 
seguir as instruções