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COMPILADO URO

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Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata - FACISB
Av. Loja Maçônica Renovadora 68, Nº 100 - Cep 14785-002 - Bairro Aeroporto - Barretos/SP
Fone (17)3321-3060 - Email atendimento@facisb.edu.br
PLANO DE ENSINO
0001 - Aparelho Geniturinário
Curso Período Ano Turma
Graduação em Medicina 6º Período - 2020/2 2020 Turma 8 (B)
Módulo Carga Horária total do Módulo
Atenção às Necessidades em Saúde 420 horas
Coordenador do Módulo Unidades Curriculares (UCs) do Módulo
EDUARDO SEGóVIA BADRA 0107 - Sistema Respiratório
0047 - Sistema Circulatório
0048 - Sistema Digestório
0001 - Aparelho Geniturinário
Unidade Curricular Carga Horária total da UC
Aparelho Geniturinário 100 horas
Coordenador da Unidade Curricular
WESLEY JUSTINO MAGNABOSCO
Professores
1) GUSTAVO FREZZA
2) WESLEY JUSTINO MAGNABOSCO (*U)
EMENTA
Atenção às Necessidades em Saúde I se caracteriza por ser especificamente a fundamentação do estudo dos mecanismos de
doença, com abordagem da medicina clínica através de um conteúdo multidisciplinar integrado, com abrangência em áreas
conceituais. Se caracteriza pelo desenvolvimento do estudo das enfermidades respiratórias, das doenças cardiocirculatórias, das
afecções gastrointestinais e geniturinárias, envolvendo o conhecimento das diferentes enfermidades em seus aspectos
fisiopatológicos, epidemiológicos, clínicos e terapêuticos, abrangendo, inclusive, aspectos da introdução aos conceitos de
procedimentos cirúrgicos relativos a estes sistemas.
OBJETIVOS GERAIS DA UNIDADE CURRICULAR
Ao final desta Unidade Curricular o aluno deverá ser capaz de: 
a)	Compreender a histologia e fisiologia renais em suas condições normais e patológicas.
b)	Entender a anatomia, as patologias e as principais estratégias de tratamento relacionadas ao sistema geniturinário e reprodutor.
ABORDAGEM DE CONTEÚDOS CURRICULARES DE ACORDO COM A ÁREA DE ATENÇÃO À SAÚDE
(Resolução CNE/CP no 3/2014, artigo 5º)
Serão consideradas, no processo de formação do graduando em Medicina as dimensões diversidade biológica, subjetiva,
étnico-racial, de gênero, orientação sexual, socioeconômica, política, ambiental, cultural, ética e demais aspectos que compõem o
espectro da diversidade humana que singularizam cada pessoa ou cada grupo social, conforme o artigo 5º da Resolucção CNE/CP
nº 3/2014.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1.0) Insuficiência Renal
2.0) Glomerulopatias (Síndromes Nefrítica e Nefrótica)
3.0) Distúrbios hidroeletrolíticos e do equilíbrio ácido-base
4.0) Infecções urinárias e Doenças sexualmente transmissíveis
5.0) Litíase Urinária
6.0) Avaliação das Hematúrias
7.0) Disfunções Miccionais 
8.0) Hiperplasia Prostática Benigna
9.0) Malformações congênitas e adquiridas do trato urinário
10.0) Neoplasias do trato gênito-urinário 
11.0) Urgências em urologia
12.0) Distúrbios do orgasmo e da ereção
13.0) Infertilidade conjugal e planejamento familiar
14.0) Alterações fisiológicas e patológicas dos órgãos genitais masculinos
15.0) Objetivos procedimentais
16.0) Farmácia Simulada 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
1.01) Descrever a histologia e fisiologia renais em suas condições normais e patológicas nas principais condições associadas às
insuficiências renais aguda e crônica
1.02) Reconhecer os marcadores de função renal e sua aplicação clínica, reconhecendo possíveis alterações decorrentes de idade,
sexo, etnia e metodologia utilizada para avaliação
1.03) Saber aplicar e interpretar os cálculos de função renal utilizando métodos reconhecidos 	pela comunidade científica
1.04) Definir insuficiência renal aguda e crônica com bases em dados clínicos, laboratoriais e de imagem
1.05) Identificar as principais causas, epidemiologia e complicações associadas às insuficiências renais agudas e crônicas
1.06) Interpretar dados clínicos, laboratoriais e de imagem na classificação da insuficiência renal aguda em pré-renal, renal
(glomerular) e pós-renal; e na identificação de possíveis causas e complicações que demandam intervenções urgentes
1.07) Definir insuficiência renal pós-renal através de mecanismos fisiopatológicos, apresentação clínica e exames laboratoriais e de
imagem, enumerando as principais causas com prevalência - no período intra-útero, na infância, na vida adulta - em ambos os sexos
1.08) Identificar as situações clínicas com indicação de diálise de urgência na insuficiência renal aguda, enumerando as suas
principais complicações
1.09) Interpretar e indicar corretamente as diversas modalidades exames de imagem na avaliação diagnóstica e de seguimento de
doenças do sistema genitourinário
1.10) Interpretar corretamente a gasometria arterial em diversas situações clínicas associadas à insuficiência renal
2.01) Identificar os principais achados no diagnóstico histopatológico das glomerulopatias
2.02) Identificar e diferenciar as glomerulopatias segundo sua etiologia, apresentação clínica inicial e achados de exames
laboratoriais
2.03) Definir as síndromes nefrítica e nefrótica com base em dados clínicos e laboratoriais
2.04) Identificar e diferenciar as possíveis causas das Síndromes Nefrítica e Nefrótica
2.05) Descrever as alterações no quadro clínico associadas as Síndromes nefrítica e nefrótica
2.06) Conhecer e interpretar as principais alterações nos exames complementares associados às Síndromes nefrítica e nefrótica
2.07) Descrever as principais formas de tratamento que envolvem as Síndromes Nefrítica e nefrótica
2.08) Identificar e listar as diferenças entre as síndromes Nefrítica e Nefrótica, sabendo diferencia-las
2.09) Interpretar e indicar corretamente as diversas modalidades exames de imagem na avaliação diagnóstica e de seguimento de
doenças do sistema genitourinário
2.10) Interpretar corretamente a gasometria arterial em diversas situações clínicas associadas à insuficiência renal
3.01) Identificar os principais distúrbios hidroeletrolíticos e do equilíbrio ácido-base, em especial na insuficiência renal, com base em
achados clínicos e laboratoriais e indicar as suas consequências
3.02) Identificar os princípios e métodos para a correção dos desequilíbrios hidroeletroliticos e do equilíbrio ácido-base, em especial
na insuficiência renal, e suas complicações secundárias
3.03) Identificar as principais complicações relacionadas aos distúrbios hidro-eletrolíticos e do equilíbrio ácido-base, em especiais as
mais graves
3.04) Interpretar corretamente a gasometria arterial em diversas situações clínicas associadas à insuficiência renal
4.01) Descrever a epidemiologia e etiologia das infecções urinárias e DSTs, enumerarando fatores de risco
4.02) Identificar os principais patógenos causadores das infecções urinárias e DSTs, e os métodos para sua identificação
4.03) Definir infecção urinária, segundo critérios clínicos e laboratoriais
4.04) Definir bacteriúria assintomática, infecção urinária recorrente, complicada e enumerar os critérios para indicação de
investigação complementar e tratamento diferenciado
4.05) Definir prostatites e balanopostites, conhecer os agentes mais comuns responsáveis por essas infecções e seu tratamento
4.06) Descrever o contágio, tempo de incubação, manifestações clínicas iniciais e métodos diagnósticos e de tratamento das DSTs
mais frequentes
4.07) Descrever as principais formas de tratamento das DSTs
4.08) Descrever as principais classes de antibiótico para tratamento das infecções do trato urinário e discutir as melhores indicações
de cada uma
4.09) Discutir estratégias de prevenção para infecções urinárias e DST
4.10) Interpretar e indicar corretamente as diversas modalidades exames de imagem na avaliação diagnóstica e de seguimento de
doenças do sistema genitourinário
5.01) Descrever a história, apresentação clínicas habituais, epidemiologia e etiologia da litíase urinária
5.02) Definir uma estratégia adequada de atendimento inicial e orientação de seguimento para um paciente com litíase urinária, com
base em dados clínicos, laboratoriais e de imagem
5.03) Descrever os principais tratamentos paralitíase urinária com base na apresentação inicial do quadro clínico, tamanho,
localização do cálculo e suas possíveis complicações
5.04) Interpretar e indicar corretamente as diversas modalidades exames de imagem na avaliação diagnóstica e de seguimento de
doenças do sistema genitourinário
5.05) Diferenciar as patologias que cursam com dor lombar, descrevendo as diferenças no quadro clínico, exame físico e exames
complementares entre elas
6.01) Definir hematúria, hematúria microscópica e macroscópica através de parâmetros clínicos e laboratoriais
6.02) Enumerar as principais causas de hematúria na infância e na idade adulta
6.03) Definir hematúria persistente, transitória, sintomática e assintomática, glomerular e pós-glomerular enumerando as possíveis
causas
6.04) Interpretar dados clínicos, laboratoriais e achados de imagem definindo uma estratégia racional para a investigação de
hematúria, em suas diferentes apresentações
6.05) Interpretar e indicar corretamente as diversas modalidades exames de imagem na avaliação diagnóstica e de seguimento de
doenças do sistema genitourinário
7.01) Descrever a fisiologia normal do enchimento e esvaziamento vesicais, com conhecimento de pressões de referência,
mecanismos responsáveis pelo controle e coordenação do enchimento e micção e estruturas responsáveis pelo controle neurológico
voluntário e autonômico.
7.02) Analisar as alterações da fisiologia da micção nas diferentes situações clínicas: obstrução infravesical, incontinência urinária e
disfunções miccionais neurogênicas.
7.03) Conceituar as disfunções miccionais através de parâmetros urodinâmicos: obstrução infravesical, incontinência urinária,
hipocontratilidade detrusora e hiperatividade detrusora.
7.04) Analisar a fisiopatologia da obstrução infravesical e sua relação com mecanismos de deterioração da função de filtração
glomerular secundários a esse processo fisiopatológico.
7.05) Enumerar as principais causas de obstrução infravesical masculinas e femininas definindo suas freqüências de acometimento
7.06) Enumerar os sintomas associados à obstrução infravesical masculina e feminina
7.07) Identificar um paciente com quadro clínico de retenção urinária aguda, enumerar suas principais causas e respectivas
prevalência de acometimento na população
7.08) Enumerar as principais causas de retenção urinária aguda masculina e sua prevalência na população
7.09) Descrever os mecanismos da incontinência urinária masculina e feminina
7.10) Conceituar bexiga neurogênica, seus tipos de apresentação clínica e definir suas principais causas
7.11) Conhecer e interpretar os principais questionários de avaliação específicos para disfunções miccionais difundidos por
entidades internacionais (como o Escore Internacional de Sintomas Prostáticos)
7.12) Interpretar os possíveis achados em exames laboratoriais e de imagem em diferentes situações associadas às disfunções
miccionais e processos obstrutivos dos tratos urinários alto e baixo
7.13) Interpretar e indicar corretamente as diversas modalidades exames de imagem na avaliação diagnóstica e de seguimento de
doenças do sistema genitourinário
8.01) Interpretar a avaliação sintomática, anatômica e funcional da obstrução infravesical masculina associada à hiperplasia
prostática benigna. 
8.02) Descrever a prevalência, a história natural e a frequência das principais complicações associadas à hiperplasia prostática
benigna
8.03) Descrever as principais estratégias de tratamento medicamentoso e cirúrgico para a hiperplasia prostática benigna sintomática,
suas indicações e seus efeitos adversos
8.04) Interpretar e indicar corretamente as diversas modalidades exames de imagem na avaliação diagnóstica e de seguimento de
doenças do sistema genitourinário
9.01) Definir e descrever a incidência e prevalência das seguintes mal-formações: hidronefrose neonatal, estenose da junção
uretero-piélica, mega ureter primário, refluxo vésigo-ureteral, válvula de uretra posterior, doenças renais císticas, alterações de
número e localização renais
9.02) Descrever os achados da uretrocistografia em pacientes com refluxo, a classificação radiológica, indicando a idade ideal para
sua realização na avaliação das hidronefroses
9.03) Identificar as alterações genéticas associadas às doenças renais císticas e seu possível impacto no aconselhamento dos
familiares de pacientes acometidos
9.04) Interpretar e indicar corretamente as diversas modalidades exames de imagem na avaliação diagnóstica e de seguimento de
doenças do sistema genitourinário
10.01) Indicar os princípios básicos para a abordagem de pacientes oncológicos: diagnóstico, estadiamento, tratamento e
seguimento - aplicando esses princípios às neoplasias mais frequentes do trato urogenital: adenocarcinoma de próstata, neoplasias
uroteliais, carcinomas renais e neoplasias testiculares
10.02) Conhecer a patologia das neoplasias mais frequentes de acometimento do trato urinário inferior e as respectivas
classificações TNM
10.03) Conhecer a epidemiologia, apresentação inicial, história natural e fatores de risco das principais neoplasias de acometimento
do trato urogenital
10.04) Descrever o racional para a realização do rastreamento do câncer de próstata com base no PSA, recomendações aos
pacientes, indicações, complicações e parâmetros para a realização de acordo com orientações de entidades nacionais e
internacionais
10.05) Descrever as indicações para realização de biópsias prostáticas e descrever o método de sua realização, recomendações de
segurança, contraindicações e possíveis complicações
10.06) Descrever as principais modalidades de tratamento dos pacientes com adenocarcinoma de próstata - em casos localizados,
localmente avançados e metastáticos
10.07) Descrever o papel da cistoscopia e citologia oncótica urinária no diagnóstico, estadiamento e seguimento dos pacientes com
neoplasia urotelial
10.08) Conhecer as modalidades de tratamento cirúrgico das neoplasias uroteliais, suas indicações e complicações mais frequentes
10.09) Descrever os achados de exames de imagem das neoplasias renais, incluindo a classificação de Bosniak para lesões císticas
10.10) Interpretar e indicar corretamente as diversas modalidades exames de imagem na avaliação diagnóstica e de seguimento de
doenças do sistema genitourinário
11.01) Conhecer, e saber identificar as principais urgências traumáticas e não traumáticas em urologia
11.02) Descrever os diagnósticos diferenciais das patologias consideradas urgências urolóticas
11.03) Descrever as formas de tratamento das principais urgências urológicas traumática e não traumática
11.04) Interpretar e indicar corretamente as diversas modalidades exames de imagem na avaliação diagnóstica e de seguimento de
doenças do sistema genitourinário
12.01) Descrever a anatomia e fisiologia normais para a ocorrência da ereção, emissão e ejaculação
12.02) Descrever os sinais e sintomas da disfunção erétil, da deficiência androgênica do envelhecimento masculino e do
hipogonadismo, e conhecer os exames subsidiários envolvidos na avaliação inicial dessas condições
12.03) Indicar a correlação entre disfunção erétil e sintomas do trato urinário inferior, cardiopatias e dislipdemias, diabetes mellitus,
hipertensão arterial sistêmica
12.04) Descrever as principais formas de tratamento para a disfunção erétil, as principais indicações e os mecanismos de ação de
cada uma
13.01) Enumerar as principais causas da infertilidade conjugal, de acordo com fatores masculinos e femininos
13.02) Identificar o impacto da criptorquidia e varicocele na infertilidade masculina
13.03) Descrever a correlação entre infertilidade conjugal e varicocele e definir os critérios para indicação de tratamento cirúrgico da
varicocele
13.04) Interpretar os resultados do espermograma, reconhecendo as chances de reprodução e as formas indicadas de reprodução
assistida, se necessário
14.01) Definir e descrever a incidência e prevalência das seguintes mal-formações: fimose,parafimose, hidrocele, varicocele,
hipospádias, complexo epispádia e extrofia-vesical, criptorquidia, intersexualidade
14.02) Definir as estratégias de tratamento para fimose e parafimose, incluindo as indicações de cirurgias
14.03) Identificar o impacto da criptorquidia e varicocele na infertilidade masculina
14.04) Reconhecer, saber diferenciar das patologias e saber as orientações para os pacientes das seguintes condições fisiológicas
dos órgãos genitais: fimose, aderência balano-prepucial, Glândulas de Tyson, Manchas de Fordyce
14.05) Reconhecer, saber o quadro clínico, o diagnóstico diferencial e indicar os tratamentos das seguintes condições que
acometem os órgãos genitais masculinos: orquite/epididimite, cistos de cordão, hérnias inguinais e inquino-escrotais, hidrocele,
varicocele, torção testicular, anorquidia, criptorquidia,atrofia testicular
15.01) Interpretar e indicar corretamente as diversas modalidades exames de imagem na avaliação diagnóstica e de seguimento de
doenças do sistema genitourinário
15.02) Debater sinais e sintomas, exame físico, exames laboratoriais e exames de imagem das principais doenças do sistema
genitourinário, indicando a melhor abordagem diagnóstica, de seguimento e tratamento
15.03) Identificar as características básicas para o diagnóstico anátomo-patológico das glomerulopatias e principais neoplasias do
sistema genitourinário
15.04) Interpretar corretamente a gasometria arterial em diversas situações clínicas associadas à insuficiência renal
15.05) Aplicar corretamente as fórmulas para a estimativa de função renal de acordo com características individuais de cada
paciente
15.06) Aplicar o questionário (IPSS) e interpretar seus resultados na avaliação de sintomas do trato urinário inferior
15.07) Indicar corretamente e realizar o procedimento de sondagem vesical na sequência e técnica adequadas, e com os materiais
apropriados
15.08) Realizar e interpretar os achados do exame digital da próstata
15.09) Realizar e interpretar os achados de exame físico dos genitais externos e da bolsa escrotal no sexo masculino
16.01) Conhecer os diferentes modelos de receituários
16.02) conhecer as orientações básicas para prescrição médica
16.03) Preencher corretamente um receituário médico
METODOLOGIA DE ENSINO
Pedagogicamente, o Curso de Medicina da FACISB alicerça-se nos princípios e atividades relacionados à metodologia ativa. No
Plano de Ensino há a especificação dos objetivos de aprendizagem, que têm relação com os objetivos gerais e conteúdos. Assim, a
metodologia ativa baseada em módulos de aprendizagem se desenvolve em cinco (5) fases, de acordo com os momentos, abaixo
relacionados, de estudo dos conteúdos conceituais/procedimentais/atitudinais (objetivos de aprendizagem):
Fase 1: Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos, apresentação e discussão de objetivos, de forma a elaborar em
colaboração com os docentes um “mapa conceitual” e compreender a aplicação dos conhecimentos na prática clínica. (discussão
dialogada, brainstorm, team-based learning, seminários introdutórios, etc). 
Fase 2: Estudo dos conteúdos conceituais/procedimentais/atitudinais (objetivos de aprendizagem) por meio de leitura, análise,
síntese e resolução de exercícios em roteiros, análise de lâminas histológicas e peças anatômicas, discussão de problemas em sala
de aula (individual ou em grupo). Práticas laboratoriais e/ou assistenciais: Inserção dos alunos em cenários reais e/ou simulados
para aquisição de competências clínicas associadas aos objetivos definidos para unidade curricular. O aluno também terá a
oportunidade de refletir e discutir com seus pares e professores sobre as experiências clínicas vivenciadas. 
Fase 3: Aprofundamento, acompanhamento dos conteúdos conceituais/procedimentais/atitudinais (objetivos de aprendizagem) e
identificação das insuficiências de aprendizagem por meio de discussões em grupo, questionários, discussão de casos clínicos e
apresentação de seminários. (Seminários de Casos Clínicos: Por meio de casos clínicos, os alunos partilham e discutem de forma
individual ou em grupos, os conteúdos associados aos objetivos de aprendizagem, num ambiente interativo moderado pelo(s)
docente(s). Permite ainda a identificação das insuficiências de aprendizagem que podem ser sanadas por meio de consultorias).
Fase 4: Consultoria nas salas de aula, laboratórios, entre outros, visando sanar dúvidas e oferecer esclarecimentos complementares
quanto aos conteúdos conceituais/procedimentais/atitudinais (objetivos de aprendizagem).
Fase 5: Avaliação da aprendizagem.
Metodologia de Ensino (Estratégias de Ensino e Recursos Didáticos): Durante o período de realização do Plano de Ensino serão
empregados métodos no sentido de mobilizar o aluno para operações de pensamento mais complexas contemplando metodologias
e estratégias de ensino que incluem aula expositiva dialogada, estudo de textos, brainstorm, solução de problemas, ensino em
pequenos grupos, ensino baseado em equipes (TBL), estudo de caso, palestras.
AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Ao longo do processo educativo desta componente curricular, serão utilizadas estratégias formativas e/ou somativas de avaliação,
que podem incluir os seguintes componentes: Avaliação de Atitude e Comportamento, Avaliação Prática e Avaliação de
Conhecimentos.
As avaliações de caráter estritamente formativo permitem fornecer feedback específico, relevante e em momento adequado, de
maneira construtiva, catalisando a aprendizagem dos discentes e fornecendo indicações úteis para melhorar o processo de
ensino-aprendizagem. 
Os aspectos gerais da avaliação estão descritos no Regulamento do Sistema de Avaliação de Aprendizagem da FACISB, conforme
abaixo:
a) O desempenho do aluno será avaliado numa escala de 0 (zero) a 10 (dez).
b) O discente que obtiver nota final da componente curricular igual ou superior a 6,0 (seis-vírgula-zero) e frequência na componente
curricular igual ou superior a 75% estará aprovado.
c) O discente que obtiver nota final da componente curricular, inferior a 6,0 (seis-vírgula-zero) e igual ou superior a 3,0
(três-vírgula-zero), e frequência na componente curricular igual ou superior a 75%, terá direito a recuperação.
d) A reprovação direta do discente, sem direito a recuperação, irá ocorrer quando o mesmo obtiver frequência na componente
curricular inferior a 75% e/ou nota final da componente curricular inferior a 3,0 (três-vírgula-zero).
e) O discente que obtiver média da componente curricular após recuperação inferior a 6,0 (seis-vírgula-zero) encontra-se reprovado,
estando de dependência da respectiva componente curricular.
As informações detalhadas referentes aos critérios de Avaliação específicos para cada componente curricular podem ser
encontrados no Regulamento do Sistema de Avaliação da Aprendizagem da FACISB.
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
1) Netto Junior N. Urologia Prática. 5a ed. São Paulo: Pancast; 2012. 
2) Goldman L, et al. Cecil, Tratado de Medicina Interna. Tradução de Ana Kemper, Edianez Chimello, Tiago Fontes Saboga Cardoso.
24a ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2014 
3) Fauci A, et al. Harrison, Medicina Interna. Tradução de Giuseppe Taranto et al. 18a ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill; 2013. 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTARES
1) Srougi, Miguel; Cury, José. Urologia Básica: curso de graduação médica. Barueri: Manole; 2006. 
2) Lemos, Gustavo Casert. Urologia: Diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: Cultura Médica; 2008. 
3) Guidelines resumidos da European Urological Association (EUA) 
4) Guidelines da Escola Superior de Urologia 
5) GOLAN, David E. Princípios de Farmacologia: A Base Fisiopatológica da Farmacologia. Armen H. TASHJIAN JR, Ehrin J.
ARMSTRONG, April W. ARMSTRONG. 3ª. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2018. 
6) Diretrizes da Sociedade Brasileira de Urologia 
7) Diretrizes da Associação Médica Brasileira 
 
1 UROLOGIA - TORTO 
UROLITÍASE 
_____________________________________________________________________________EPIDEMIOLOGIA 
A incidência de cálculos varia com a idade, 
sendo baixa na infância e nos idosos e picos 
da quarta à sexta década de vida. É 
relativamente rara antes dos 20 anos de 
idade. 
 
Fisiopatologia 
Fatores de risco 
Fatores genéticos familiares; HAS, DM e 
obesidade; infecções urinárias de repetição; 
baixa ingesta hídrica; distúrbios hormonais 
e alterações anatômicas do trato urinário 
etc. 
 
Formação do cálculo 
• Saturação: uma quantoidade 
excessiva de minerais deve estar 
presente na urina para que ocorra a 
formação de cálculo. Quando essa 
concentração passa o valor de 
saturação da urina, há a formação 
de cristais. 
• Nucleação: formação de núcleos a 
partir dos cristais. Quando atingem 
um tamanho crítico, começam a 
acumular mais cristais caso não 
sejam eliminados antes. 
• Agregação: Processo pelo qual 
cristais e cúcleos em solução 
juntam-se para formar uma 
partícula maior. 
• Retenção: se os cristais forem 
eliminados com o fluxo urinário, não 
haverá a formação do cálculo. Se 
esses cristais ficarem retidos nos 
túbulos renais ou no sistema 
coletor, haverá uma exposição 
constante a solução saturada, 
levando ao aumento desses núcleos 
e formar o cálculo. 
• Inibidores da litogênese: o citrato, 
magnésio e pirofosfato (20% da 
inibição). Algumas glicoproteínas, 
como a de Tamm-Horsfall, também 
atuam. Sua deficiência genética 
predispõe a formação de cálculos. 
 
Classificação dos cálculos 
 
 
2 UROLOGIA - TORTO 
Fatores de risco 
Hipercalcinúria 
• Primária ou idiopática; 
• Excreção urinária de cálcio >4 
mg/kg/dia. 
• 40% tem história familiar positiva; 
evidência de componentes 
genéticos. 
 
Hiperuricosúria 
• Excreção maior que 600 mg/dia; 
 
Hiperoxalúria 
• Excreção de oxalato > 40 mg/dia; 
• Causa dietética: excesso de 
consumo de oxalato e baixa ingestão 
de cálcio são fatores de risco. 
• Entérica: ressecção intestina, snd 
desabsortivas ou doença de Crohn; 
levam a hiperabsorção do oxalato 
livre (não conjugado ao cálcio). 
• Primária: hiperoxalúrias 
hereditárias tipo I ou II. 
 
Hipocitratúria 
• < 320 mg/dia. 
• Citrato é inibidor da litogênese. 
• Hipocitratúria essencial ou 
idiopática está presente em 10 a 
40% dos portadores de nefrolitíase. 
Cistinúria 
• Doença hereditária, atossômica 
recessiva, caracterizada por 
aumento na absorção de 
aminoácidos dibásicos nas 
microvilosidades. 
 
Baixo volume urinário 
Desidratação, baixa ingestão líquida e 
exposição ocupacional a altas temperaturas. 
 
Hiperparatireoidismo primário 
• Nefrolitíase presente em 20% dos 
pacientes. 
 
Cálculo coraliforme 
São cálculos em que a calcificação corre 
preenchendo todo o espaço das vias renais 
superiores, tomando uma forma semelhante 
a um coral. Além disso, possui inúmeros 
orifícios que permitem a passagem da urina 
(por isso geralmente não causam obstrução 
e dor). A principal etiologia é a infecção de 
repetição por bactérias, sobretudo a 
Proteus mirabilis. 
 
 
3 UROLOGIA - TORTO 
Manifestações clínicas 
• Cálculos remanescentes no rim ou 
no coletor renal são 
frequentemente assintomáticos, a 
menos que causem obstrução ou 
infecção. 
• A dor intensa está associada com 
cálculos que migraram para o 
ureter e causaram obstrução 
aguda. 
• A dor é em cólica, muito intensa e 
tipicamente excruciante, ocorre 
ciclicamente de forma intermitente. 
Pode causar náuseas e vômitos, A 
localização varia de acordo com o 
trajeto da pedra, podendo ser em 
hipocrôndio, fossa ilíaca, região 
supra púbica e até nas genitais. 
• Urgência urinária, tenesmo e 
polaciúria são sintomas de cálculo 
em ureter distal. 
• Pode apresentar hematúria 
macroscópica. 
• A ITU e pielonefrite complicada são 
evoluções comuns nesses pacientes 
e exigem uma abordagem mais 
rígida, podendo ser indicada a 
internação e drenagem de 
abscessos. 
 
 
 
 
Diagnóstico 
Imagem 
• Ultrassom: rápido e barato, pode 
identificar cálculos nos rins, pelve 
renal e bexiga, além de mostrar 
sinais que podem acusar a presença 
de cálculo no ureter, como a 
hidronefrose (dilatação do trato). 
• TC sem contraste: é o padrão ouro 
para diagnóstico de urolitíase. 
 
OBS: para grávidas, o padrão ouro é o US 
 
Laboratório 
• Emergência (dor aguda): sedimento 
urinário, creatinina, ácido úrico, 
sódio, cálcio, potássio, PCR e provas 
de coagulação. 
• Sem emergência: sedimento 
urinário, creatinina, cálcio e ácido 
úrico. 
 
 
 
 
 
4 UROLOGIA - TORTO 
Tratamento clínico 
Cálculos renais 
• Não há um consenso de quando 
fazer tratamento invasivo. 
• Recomendado segmento semestral; 
• Orientações: elevação da ingesta de 
líquidos, dieta balanceada em cálcio, 
pobre em sódio, com certa restrição 
proteica e rica em frutas ácidas, 
fibras e vegetais, além de prática de 
atividade física. 
 
Cálculos ureterais 
• Na crise emergencial, o alívio da dor 
é prioridade: analgesia (se opioide 
for usado, não ser morfina por 
causa do risco de vício) e AINES. 
• Após o controle da dor, considerar a 
estimulação da eliminação pela 
administração de alfabloqueadores. 
Geralmente usado para cálculos 
ureterais com < 10 mm em qualquer 
segmento do trato. 
• Além do alfabloqueador (se 
indicado), o paciente tem alta com 
analgésicos e AINEs. 
• Se há infecção como complicação, o 
paciente deve ser internado com 
antibioticoterapia EV + 
desobstrução e drenagem de 
abscessos com cateter duplo J. 
 
 
Tratamentos cirúrgicos 
Litotripsia extracorpórea por ondas 
de choque (LECO) 
Feita com ondas de ultrassom. Está 
classicamente indicada para cálculos renais 
de até 2 cm. 
 
Nefrolitotripsia percutânea 
Indicado em: cálculos renais > 2cm; cálculos 
duros como os de cistina; cálculos no polo 
inferior maior que 1 cm; cálculos 
coraliformes; falhas de tratamento ou 
contraindicações para LECO; variações 
anatômicas. 
 
Uretrolitotripsia 
Por via endoscópica pela uretra, vai até o 
local da obstrução pela pedra e, com um 
laser, despedaça o cálculo e o puxa para 
fora. É minimamente invasiva, tem boa 
recuperação. 
 
Nefrectomia 
Faz-se uma perfuração por acesso 
percutâneo do rim. Um aparelho é 
introduzido e a pedra é despedaçada e 
retirada. Principal complicação são as 
hemorragias. 
 
 
 
 
5 UROLOGIA - TORTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 UROLOGIA - TORTO 
Hiperplasia prostática benigna 
_____________________________________________________________________________ 
Definição e epidemiologia 
Doença em que há um aumento significativo 
da próstata (cujo tamanho saudável é de 20-
25g), gerando sintomas miccionais. É uma 
afecção comum do envelhecimento 
masculino, prevalente na faixa etária entre 
40 e 60 anos. 
 
Etiologia 
É multifatorial e não ainda muito bem 
compreendida. 
 
Envelhecimento 
É o principal fator de risco para a HPB. É 
avaliado uma remodelação prostática 
significativa, sobretudo na zona de transição 
da próstata. Provavelmente está 
relacionado ao desequilíbrio entre a 
apoptose e a proliferação celular. 
 
Alteração hormonal 
A di-hidrotestosterona (DHT) possui ação 
proliferativa sobre as células prostáticas. 
Seus valores elevados estão intimamente 
relacionados a HPB, sendo a inibição da 5-
alfa-redutase (conversora de testosterona 
em DHT) um dos principais alvos 
terapêuticos. 
Síndrome metabólica 
DM não insulino dependente, HAS, obesidade 
e dislipidemia são fatores de risco. 
 
Outros 
• Inflamação; 
• Genética 
 
Fisiopatologia 
A próstata possui 3 zonas: periférica, 
central e de transição. A principal região 
acometida na HPB é a zona de transição, em 
que há uma proliferação de estroma 
fibromuscular. Isso gera os sintomas, que 
são decorrentes de: 
• Componente mecânico: diminuição 
do calibre da uretra; 
• Componente dinâmica: atividade 
alfa-adrenegica elevada; 
• Componente vesical:alterações da 
musculatura detrusora secundário 
ao esforço exigido para vencer a 
obstrução (evolução para falência 
detrusora é comum em doenças 
avançadas). 
 
 
 
2 UROLOGIA - TORTO 
Quadro clínico 
• Sintomas irritativos: frequência 
miccional elevada (< 2 horas de 
intervalo); urgência miccional e 
nictúria 
• Sintomas obstrutivos: jato urinário 
fraco/fino; esforço ou demora para 
iniciar a micção; hesitância 
(intervalo aumentado entre início do 
desejp miccional e ocorrência 
efetiva do fluxo urinário); jato 
intermitente e esvaziamento 
incompleto; polaciúria (urinar 
várias vezes, mas com volume 
urinário reduzido). 
 
Diagnóstico 
• Questionário I-PSS sobre os 
sintomas e qualidade de vida do 
paciente. Permite avaliar a 
gravidade. 
• Toque retal: avaliação do tamanho, 
consistência da próstata e 
existência de nódulos ou mesmo de 
tecido muito alterado que podem 
ser sugestivos de neoplasia. 
• Urina 1: descartar infecções e 
hematúria. 
• Antígeno específico prostático 
(PSA): é obrigatório na avaliação 
inicial, sendo importante para 
suspeita de câncer de próstata. Em 
geral, valores < 2,5 ng/ml em > 65 
anos é normal. 
• US: casos duvidosos iniciais ou 
evolução pouco usual de 
tratamento. 
 
Diagnósticos diferenciais 
 
 
Tratamento 
Objetivos 
• Aliviar as manifestações clínicas do 
paciente. 
• Corrigir complicações relacionadas 
ao crescimento prostático. 
 
Tratamento clínico 
Em pacientes assintomáticos, a conduta é 
orientação e monitorização ambulatorial. É a 
situação mais frequentes. 
Em grupos de pacientes sintomáticos, a 
intervenção farmacológica inclui. 
• Alfabloqueadores: indicado para 
pacientes de próstata pequena e 
que necessitam de alivio de 
 
3 UROLOGIA - TORTO 
sintomas. Tem ação rápida, mas não 
altera o curso da doença. Podem 
causar hipotensão ortostática. 
• Inibidores da 5-alfaredutase: atuam 
reduzindo o volume prostático em 
20% e os níveis de PSA em 50%. 
Demora em torno de 6 meses para 
uma ação efetiva e, por isso, 
geralmente é utilizado em 
combinação com alfabloqueadores, 
já que esses causam alívio 
sintomático em curto prazo. Os 
efeitos adversos principais são: 
disfunção sexual, diminuição de 
libido e alterações ejaculatórias. 
 
 
Tratamento cirúrgico 
• Ressecção transuretral da 
próstata: é a cirurgia mais 
frequentemente empregada para 
tratamento. Utilizadas em órgãos 
com < 60g. 
• Incisão transuretral da próstata: 
menos invasivo; limitado para 
pacientes jovens e com próstata < 
30g. 
• Prostatectomia aberta: reservada 
para próstatas> 80g. 
 
Complicações 
• Retenção urinária; 
• Litíase vesical; 
• Infecção urinária de repetição; 
• Insuficiência renal e hematúria. 
 
 
 
1 UROLOGIA - TORTO 
Distúrbios miccionais 
_____________________________________________________________________________ 
Incontinência urinária aos 
esforços 
Definição 
Perda involuntária de urina ocasionada por 
situações que resultem no aumento da 
pressão intravesical, como tosse, espirro, 
levantamento de peso, mudança brusca de 
posição, esforço físico etc., sem que antes 
haja desejo miccional. É a forma mais 
frequente de IU nas mulheres. 
 
Etiologia 
Ela é causada pela redução da pressão 
uretral, que se torna incapaz de impedir a 
saída de urina durante a realização de 
atividades que aumentem a pressão 
intravesical. Isso é decorrente de lesões de 
esfíncter, lesões no assoalho pélvico e 
distopias vesicais secundárias a algumas 
situações, como: 
• Envelhecimento; 
• Fatores genéticos; 
• DPOC; 
• Obesidade; 
• Esportes de alto impacto; 
• Mulher multípara (múltiplos partos); 
• Menopausa; 
• Cirurgia pélvica etc. 
 
Tratamento 
• Em casos mais leves, é possível 
optar pela fisioterapia de 
fortalecimento da musculatura 
pélvica. Se necessário, pode-se 
associar a duloxetina. 
• Em casos mais graves, a melhor 
opções é a cirurgia. Nas mulheres, 
opta-se pelo Sling (na imagem 
abaixo). Nos homens, as opções são 
esfíncter artificial, uripen ou clampe 
peniano. 
 
 
Incontinência urinária de 
urgência 
definição 
Necessidade súbita, intensa e imperiosa de 
urinar. A paciente perde urina 
 
2 UROLOGIA - TORTO 
involuntariamente, pois não tem tempo 
suficiente para chegar ao banheiro. 
 
Etiologia 
Decorre de distúrbios neurológicos (como a 
neuropatia diabética), sensitivos ou 
hiperatividade do músculo detrusor. 
 
Tratamento 
• A primeira linha de tratamento é o 
medicamentoso por meio do uso de 
anticolinérgicos 
(oxibutina/tolterodina). 
• Outras medidas são a fisioterapia 
por eletroneuroestimulação e, em 
casos refratários, a aplicação de 
toxina botulínica. 
 
Incontinência urinária 
paroxística/por 
transbordamento 
definição 
Distúrbio da micção secundária a uma 
retenção urinária crônica. Ou seja, a 
plenitude vesical acaba por resultar em 2 
situações: ou um refluxo para o ureter ou um 
transbordamento pela uretra. 
 
Fístula urinária 
Surgimento de uma comunicação entre a 
bexiga e/ou a uretra com estruturas 
próximas, como o útero, a vagina ou o reto. 
Surge após traumas, câncer de colo de 
útero, pós-radioterapia etc. 
 
Obstrução de uretra 
Condição em que há uma dificuldade em 
urinar. São duas as principais situações 
associadas e de maior incidência: 
• Estenose de uretra: secundária a 
traumas uretrais, sequela de 
gonorréia, radioterapia, tumores 
etc. 
• Obstrução por: hiperplasia 
prostática benigna, não 
relaxamento do esfíncter urinário e 
tumores pélvicos. 
 
Sintomas vesicais 
• Sintomas obstrutivos: jato fino, 
esforço para urinar (voluntário), 
com consequente enfraquecimento 
da musculatura detrusora e 
sensação de ainda estar com a 
bexiga cheia após urinar. 
• Sintomas irritativos: polaciúria 
(ocorre durante o dia, vontade de 
urinar o tempo todo, mas com 
volume baixo), nictúria e urgência 
miccional. 
 
 
 
3 UROLOGIA - TORTO 
Bexiga neurogênica 
Definição e tipos 
A bexiga urogênica corresponde à disfunção 
vesical e esfincteriana decorrente de uma 
afecção do sistema nervoso que supre, 
direta ou indiretamente, o trato urinário 
inferior. Sua classificação pode ser dividida 
em hiperatividade ou hipoatividade: 
 
 
 
 
 
Tratamento 
• Tratamento medicamentoso: 
anticolinérgicos (antagonistas 
muscarínicos – M3). Os principais 
efeitos colaterais dessa terapia são: 
- redução na secreção salivar (boca 
seca); 
- bloqueio da movimentação da 
musculatura ciliar, gerando visão 
turva; 
- tonturas; 
- constipação intestinal. 
 
enurese 
definição e classificação 
Perda urinária que ocorre durante o sono 
em crianças com mais de 5 anos de idade. 
Ela pode ser monossintomática e não 
monossintomática. 
Na primeira, podemos ainda classificar em: 
• Primária: paciente nunca teve 
períodos secos após retirar as 
fraldas. Geralmente tem etiologia 
genética. 
• Secundária: quando a criança 
apresentou um período seco de no 
mínimo 6 meses. Geralmente tem 
etiologia psicogênica (maus tratos, 
medo e ansiedade). 
 
Tratamento 
• Nunca tratar pacientes com menos 
de 5 anos de idade; 
 
4 UROLOGIA - TORTO 
• Orientar sobre a natureza 
involuntária do problema; 
• Tratamentos de primeira linha: 
- alarme (aparelho que apita quando 
há umidade); 
- desmopressina quando há 
polinictúria. 
• Se familiares forem avessos ao 
tratamento proposto: manter 
conduta expectante; fazer um diário 
miccional para avaliar se há 
sintomas diurnos e notar a 
frequência de enurese. 
 
Retenção urinária aguda 
Definição 
Incapacidade súbita de esvaziamento 
voluntário e satisfatório da bexiga. 
 
Quadro clínico 
• Dor na região do hipogástrio 
associada a desejo miccional 
importante. 
• Volume vesical palpável na região 
hipogástrio (globo vesical). Trata-se 
de um bexigoma secundária a 
retenção de urina na bexiga, 
causandouma grande distensão do 
órgão. 
 
 
Etiologias 
• Homens > 50 anos a HPB é a 
principal causa. 
• ITU e prostatites; 
• Abuso de álcool; 
• Constipação; 
• Viagens prolongadas; 
• Uso de medicamentos 
simpatomiméticos e drogas 
parassimpatolíticas. 
• Obstrução por neoplasias ou 
coágulos secundários a estas. 
• Causas iatrogênicas (pós cirurgia e 
anestesia, já que estas causam 
inibição reflexa da contratilidade 
detrusora). 
• Estenose uretral; 
• Parafimose; 
• Cálculos urinários; 
• Retenções idiopáticas (geralmente 
mulheres jovens). 
 
Tratamento 
Envolve a passagem de sondas vesicais e 
tratamento da causa base. 
 
5 UROLOGIA - TORTO 
Sondagem vesical 
Tipo de sondas vesicais 
• De alívio; 
• De demora; 
- 2 vias; 
- 3 vias. 
• Tamanhos diferentes entre elas, 
 
Sonda vesical de alívio 
É feita de plástico, um material mais duro e 
não possui balancete. É indica para aliviar 
sintomas de retenção miccional aguda e que 
a causa é de origem transitória. 
• Uma indicação da sonda de alívio é 
em situações de estenose de uretra. 
A “rigidez” dessa sonda é mais 
propícia para perfurar a uretra 
fibrosada. A conduta é ir 
aumentando a espessura para abrir 
ainda mais o canal. Uma 
consequência comum é a recidiva 
constante da estenose. 
 
 
 
 
 
Sonda de demora 
Feita de borracha ou silicone. Possui um 
dispositivo para insuflar o balonete e outro 
para conectar o sistema de coleta. Está 
indicada em situações em que você deve 
manter a sonda por mais tempo no paciente. 
A sonda de três vias é utilizada para fazer 
irrigação vesical em casos de hematúria 
com coágulos, a fim de limpar a bexiga e 
evitar acúmulo desses coágulos que podem 
causar obstrução. 
• Hiperplasia prostática benigna: pela 
hiperplasia e protusão do lobo 
médio da próstata, é comum uma 
RUA nesses pacientes. A conduta é 
passar uma sonda de demora mais 
grossa. NÃO PASSAR MAIS FINA 
QUANDO TIVER DIFICULDADE DE 
PASSAR, DEVE-SE AUMENTAR O 
CALIBRE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 UROLOGIA - TORTO 
 
 
1 UROLOGIA - TORTO 
Disfunção sexual masculina 
_____________________________________________________________________________ 
Disfunção erétil 
Definição 
Incapacidade persistente do homem obter 
ou manter a rigidez peniana o suficiente 
para o ato sexual satisfatório, o que leva à 
dificuldade para a penetração. 
 
Epidemiologia 
Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais 
comum na população idosa, especialmente 
após 40 anos. Acima de 70 anos há 12,3% de 
disfunção severa. 
 
Etiologia 
• Fatores associados com risco 
cardiovascular elevado: 
sedentarismo, obesidade, 
tabagismo, hipercolesterolemia e 
síndrome metabólica. A disfunção 
erétil pode ser um sintoma de 
doença cardiovascular, 
• Drogas: anti-hipertensivos, 
antidepressivos, antipsicóticos, 
diuréticos, dutasterida e finasterida 
(inibidores da 5 alfa redutase para 
tratamento de HPB), estrógenos, 
cimetidina, propanolos, cocaína, 
maconha, álcool, fumo, heroína e 
metadona. 
• Doenças neurológicas: Neuropatia 
diabética, alcóolica, polineuropatia, 
TCE, Parkinson, AVC, esclerose 
múltipla, Guillain-Barré, infecções 
(citomegalovírus). 
• Metabólicas: hipogonadismo 
hipogonadotrófico, 
hiperprolactinemia e diabetes. 
• Sistêmicas: AIDS, insuficiência renal 
e hepática, câncer, colagenoses etc. 
• Iatrogênicas: cirurgias pélvicas e 
retroperitoneais → prostatectomia 
radical, amputação de reto etc. 
• Fatores psicológicos: medo, 
ansiedade, autocobrança de 
desempenho etc. 
 
Tratamento clínico 
• Tratamento da causa base: 
sicoterapia; tratamento 
cardiovascular; reposição hormonal 
etc. 
• Inibidores da 5-fosfodiesterase 
(I5FD): eles inibem a enzima de 
conversão do GMPc, fazendo com 
que fique mais tempo atuando. É 
importante lembrar que essa 
medicação NÃO tem efeito se não 
houver um estimulo sexual. 
 
2 UROLOGIA - TORTO 
Exemplos são a sildenafila, 
vardenafila, tadalafila etc. 
OBS: é contraindicada se o paciente 
apresenta hipotensão ou se faz uso 
regular de NITRATO. 
• Drogas injetáveis: segunda linha de 
tratamento, é um preparo de 
prostaglandina E liofilizada. 
 
Tratamento cirúrgico 
Indicado para pacientes que não respondem 
ao tratamento clínico ou os efeitos 
colaterais foram de intensidade a não 
permitir a continuidade. Existem duas 
opções de próteses: 
• Semirrigidas: mais baratas, mas 
fica ereto o tempo todo; 
• Infláveis. 
 
Ejaculação rápida 
definição 
Ocorre sempre ou quase sempre antes de 
um minuto após penetração vaginal e 
incapacidade de retardar a ejaculação. Ela 
pode ser primária (quando o indivíduo nunca 
consegue controla-la) ou secundária (tendo 
controlado, ela ocorre de forma rápida). 
Geralmente está associada a DE. 
 
 
 
Tratamento 
• Terapia psicossexual: reeducação 
sexual; reduzir focos de ansiedade; 
treinamento do controle 
ejaculatório (stop-start); terapia de 
casal por 4 a 6 meses. 
• Medicamentos: antidepressivos IRS 
(fluoxetina, sertralina, paroxetina, 
citalopram), antidepressivos 
tricíclicos (amitriptilina); 
ansiolíticos (alprazolam e 
lorazepam. 
• Anestésicos tópicos, como lidocaína 
 
Ejaculação retrógrada 
Definição 
Ejaculação para a bexiga, ou seja, o colo 
vesical permanece aberto durante a 
emissão de sêmen. Possui causas 
anatômicas, neurológicas e farmacológicas. 
 
 
 
 
 
1 UROLOGIA - TORTO 
Alterações genitais 
_____________________________________________________________________________ 
Criptorquidia 
Definição 
Significa literalmente “testículo oculto”, 
escroto vazio ou testículo não descido. É 
uma anormalidade na qual o testículo não 
atinge o escroto no período pós-natal. 
 
Fisiopatologia 
Normalmente, ao final da gestação, os 
testículos partem do abdome para o sacro 
escrotal guiados pelo gubernáculo pelo 
funículo espermático. Por disfunções 
genéticas, hormonais ou anatômicas no 
neonato, pode ser que um dos testículos não 
cumpra seu trajeto de costume. 
 
Classificação 
• Abdominal: acima do anel inguinal 
interno; 
• Inguinal: entro os anéis inguinais 
interno e externo. 
• Ectópico: fora do trajeto natural de 
descida; 
• Retrátil: movimentação livre do 
testículo descido na linha de 
descida. 
 
Complicações comuns 
• Malignização do testículo: se não 
tratados adequadamente, pacientes 
com criptorquidia tem 5 a 10x mais 
chance de desenvolver câncer 
testicular (seminoma e carcinoma 
de células embrionárias), sobretudo 
após a puberdade. 
• Torção testicular; 
• Hérnias; 
• Infertilidade. 
 
Diagnóstico 
• Exame físico cuidadoso, sobretudo a 
palpação, a fim de ter a localização, 
determinar o tamanho e a 
consistência da gônada 
criptorquídica. Alguns, porém, não 
são identificáveis, principalmente os 
abdominais. 
• Exames de imagem: US, TC, RN e 
venografia espermática. 
• Avaliação hormonal. 
• Laparoscopia é o método mais 
preciso e confiável para localizar 
um testículo não descido. 
 
 
 
2 UROLOGIA - TORTO 
Tratamento 
• Objetivos: diminuir risco de 
infertilidade e malignização; 
prevenir torção; corrigir 
cirurgicamente hérnias associadas; 
amenizar o efeito psicológico; 
• Terapia hormonal: reposição de HCG 
e LH a fim de restaurar o ambiente 
hormonal adequado, aumentando a 
chance de assegurar fertilidade. 
• Tratamento cirúrgico: a 
orquidopexia clássica é o 
procedimento de escolha; por ele há 
a identificação do testículo, 
mobilização do testículo e do cordão 
espermático, isolamento e ligadura 
alta do conduto peritoneovaginal e 
reposicionamento e fixação 
testicular no escroto. 
 
Hidrocele 
Definição 
Uma coleção líquida entre a túnica vaginal e 
o testículo ou ao longo do cordão 
espermático. Muito comum em recém-
nascidos, sendo que geralmente regridem 
espontaneamente até o 1 ano de vida. Depois 
de dois anos de idade, é necessária acirurgia. 
 
 
 
 
Diagnóstico 
• Exame físico: escroto edemaciado, 
de consistência um pouco flácida e 
incômoda. 
 
 
• Transiluminação da bolsa é 
fundamental como método auxiliar, 
porque evidencia a passagem de luz 
sem nenhum obstáculo, 
 
 
Tratamento 
• Recém-nascidos: conservador, 
excetuando-se hidroceles de 
crescimento acentuado e rápido ou 
com hérnias inguinais. 
• A intervenção cirúrgica baseia-se 
na drenagem do líquido e remoção 
das túnicas para evitar recidivas. 
 
 
 
3 UROLOGIA - TORTO 
Torção testicular 
Definição 
Deve ser a primeira hipótese diagnóstica 
suspeitada em um caso de dor testicular 
intensa e aguda – quadro escroto agudo. 
Ocorre devido à rotação anormal do 
testículo sobre seu próprio eixo, causando 
prejuízo na irrigação sanguínea; possui pico 
no período perinatal e ao redor da 
puberdade. 
 
 
Quadro clínico 
Hemiescroto com dor local extrema, com 
volume aumentada, edema, temperatura 
elevada consistência aumentada e elevado 
em relação à sua posição natural. Pode 
estar acompanhada de náuseas e vômitos. 
 
Diagnóstico 
• Geralmente clínico e imediato após 
história e exame físico; 
• US com Doppler pode evidenciar 
diminuição do fluxo sanguíneo. 
• Se tem dúvidas e o exame demorar, 
deve-se partir para cirurgia. 
Tratamento 
O tratamento deve ser cirúrgico e imediato. 
Torções corrigidas num período máximo de 
6 horas garantem boa viabilidade. Mais do 
que esse tempo há prejuízo às funções 
germinativas e hormonais. Se o testículo já 
estiver necrosado e sem sinais de 
reperfusão, ele deve ser retirado . 
 
Orquites e epididimites 
Definição 
Processo inflamatório agudo que afeta 
testículos e/ou epidídimo. 
 
Viral 
A orquite viral mais comum é a relacionada 
ao vírus da parotidite epidêmica (caxumba). 
Há forte dor testicular e aumento de volume. 
O tratamento deve ser analgesia e repouso 
até resolução espontânea. 
 
Bacteriana 
São geralmente associadas com infecções 
do trato urinário, sendo os agentes, 
portanto, bactérias entéricas. O tratamento 
consiste na administração de antibióticos 
específicos, elevação do testículo, 
antiinflamatórios e calor local. 
 
 
 
 
4 UROLOGIA - TORTO 
Varicocele 
Definição 
Dilatação e tortuosidades das veias do plexo 
pampiniforme secundárias a estase do fluxo 
sanguíneo e refluxo de sangue para as veias 
gonadais transmitindo-se para os testículos 
por pssível incompetência valvar e diferença 
de pressão. É mais comum em adolescentes, 
sendo raro antes da puberdade e predomina 
do lado esquerdo. 
 
Quadro clínico 
Geralmente assintomático, podendo haver 
algum incômodo após esforço físico ou 
abstinência sexual. No exame físico, são 
palpadas varicosidades, sendo o achado 
mais típico, 
 
 
Tratamento 
O tratamento cirúrgico deve ser indicado 
aos casos de dor persistente, redução nas 
dimensões do testículo, deformidade 
escrotal importante e alteração na 
qualidade do sêmen. 
 
Complicações 
A principal complicação é a infertilidade, 
ocorrendo devido, provavelmente, ao 
aumento de temperatura local e hipóxia 
secundários a estase sanguínea venosa. 
 
Câncer de testículo 
Epidemiologia 
• Neoplasia mais comum em homens 
jovens (15 a 35 anos de idade); 
• A idade média de diagnóstico é de 34 
anos, sendo que 75% dos casos 
ocorrem dos 20 aos 40 anos. 
• Em crianças e adolescentes é raro, 
principalmente antes dos 13 anos. 
 
Fatores de risco 
• Principais: criptorquiadia, tumor 
testicular controlalateral prévio, 
história familiar (1º grau) e 
infertilidade. 
• Outros: microlitíase testicular, 
vasectomia, trauma escrotal e/ou 
testicular, hérnia inguinal e 
tabagismo são apontados como de 
risco. 
 
Quadro clínico 
Achado de massa palpável, endurecida, com 
tecido edemaciado e pouco doloroso. Essa 
massa aumenta relativamente de forma 
rápida (em meses). 
 
5 UROLOGIA - TORTO 
 
Diagnóstico 
• US de bolsa escrotal; 
• Marcadores tumorais inespecíficos 
– beta HCG, alfa-fetoproteína e DHL. 
 
Estadiamento 
• Dados anatomopatológicos da 
orquiectomia, estudos de imagem 
(TC) em busca de metástases e 
marcadores tumorais séricos. 
• Sistema TNMS. 
 
Tratamento 
• Orquiectomia radical com 
tratamento adjuvante. 
• Prevenção por meio do auto exame 
testicular corriqueiramente. 
 
Hipospádia 
Definição 
Doença congênita do pênis em que há 
desenvolvimento incompleto da uretra 
anterior, do corpo cavernoso e do prepúcio. 
Associa-se frequentemente à curvatura 
peniana e pode resultar em infertilidade. 
OBS: a epispádia é a mal formação da uretra 
posterior. É menos frequente que a 
hipospádia. 
Classificação 
 
 
 
 
Tratamento 
A correção é feita de forma cirúrgica, com 
reparo inicial bem sucedido na maioria dos 
 
6 UROLOGIA - TORTO 
pacientes, sobretudo naqueles com 
abordagem precoce. OS objetivos são a 
reconstrução peniana, com 
reposicionamento do meato, de forma que o 
fluxo urinário seja dirigido para frente, o 
intercurso sexual seja normal e ocorra 
ejaculação apropriada do sêmen. 
 
 
Fimose 
Definição 
Incapacidade de tracionar o prepúcio a fim 
de expor a glande. 50% dos recém nascidos 
retraem o prepúcio até o final do primeiro 
ano de vida e 89% até os 3 anos. 
 
 
Tratamento 
• Tratamento clínico com esteroides 
tópicos mostram eficiência em 
60% dos casos. 
• A postectomia é recomendada para 
casos persistentes após 3 anos de 
vida, ou com balanopostites e/ou 
ITU de repetição em qualquer idade. 
 
 
Parafimose 
Incapacidade de recobrir a glande do 
prepúcio devido a fibrose da fimose. Causa 
intensa dor pelo edema formado. 
 
A maioria das vezes necessitam de 
tratamento para reestabelecer a glande. 
 
Doença de peyronie 
Definição 
Formação de uma placa fibrosa que envolve 
o tecido cavernosos levando a uma 
deformidade peniana, com 
supercurvamento. Atinge homens na faixa 
etária de 40 a 60 anos e tem etiologia que 
envolve fatores genéticos e ambientais 
(como microtraumas). 
 
7 UROLOGIA - TORTO 
 
 
Clínica e tratamento 
O paciente em geral reclama de pênis com 
uma grande curvatura quando está ereto. 
Isso provoca dor, dificuldade de penetração 
e certo grau de disfunção sexual. 
A cirurgia é o método de escolha para a 
correção. 
 
Câncer de pênis 
epidemiologia 
O tipo histológico predominante é o 
carcinoma epidermoide de pênis (CEP). No 
Brasil, representa 16% dos tumores 
malignos em homens adultos. Sua 
prevalência é na sexta década de vida, sendo 
pouco encontrado em jovens. 
 
Fatores de risco 
• Indivíduos não circuncidados e/ou 
com fimose; 
• Má higiene (acúmulo de esmegma) e 
desnutrição; 
• Papilomavírus humano 16 e 18 (HPV). 
• Baixo nível sócio econômico. 
 
Quadro clínico e diagnóstico 
Lesão exofítica, superficial ou ulcerada, que 
pode se tornar invasiva. Ocorre mais 
comumente na glande (50%) e no prepúcio, 
mas pode acometer haste peniana e escroto. 
Tem progressão lenta e pacientes não 
tratados, em geral, morrem de 
complicações (infecção inguinal, necrose e 
erosão dos vasos femorais). 
 
 
O diagnóstico é clínico e envolve diferenciar 
a lesão de outras doenças que tem curso 
benigno. 
 
Estadiamento 
• Exame físico criterioso; 
• TC, US ou RS para avaliação de 
metástases linfonodais e a 
distância; 
• Sistema TNM. 
• Classificação: 
 
8 UROLOGIA - TORTO 
 
 
Tratamento 
Cirurgia que envolve a exérese completa da 
lesão com margens de segurança. 
Quanto maior a lesão, maior a chance de ter 
que remover todo o órgão. 
 
Prognóstico 
• Melhor parâmetro de prognóstico é 
o comprometimento linfonodal 
regional. 
• Casos diagnosticados 
precocemente tem bom 
prognóstico; 
• Alguns indivíduos conseguem 
manter a vida sexual. 
• Sangramento e infecção é a 
principal causa de morte. 
 
Prevenção 
• Boa higiene genital; 
• Circuncisão;• Tratamento da fimose; 
• Prevenção contra IST (HPV). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 UROLOGIA - TORTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 UROLOGIA - TORTO 
 
 
 
 
 
1 UROLOGIA - TORTO 
hematúria 
_____________________________________________________________________________ 
Definição 
É a presença de sangue na urina. É 
considerada hematúria quando há 5 ou mais 
hemácias por campo ou mais de 10.000 
eritrócitos por mL de urina. 
 
classificação 
local de origem 
Hematúrias de origem glomerular surgem 
do próprio rim e vêm acompanhadas de: 
• Anisocitose das hemácias no 
dismorfismo eritrocitário; 
• Proteinúria; 
• Cilindros celulares e hemáticos. 
• Alteração da função renal. 
Hematúrias não glomerulares possuem 
hemácias íntegras, sendo normalmente 
gradas por lesão urotelial ou vascular das 
vias urinárias excretoras. 
Quando referidas de vias renais inferiores, 
sobretudo quando há coágulos 
acompanhando a urina, a principal suspeita 
é de câncer de bexiga. 
 
 
 
Conforme a ocorrência 
• Sangue no início do jato: origem 
uretral; 
• Sangue no fim do jato: próstata, colo 
ou trígono vesical; 
• Durante todo o jato: sangramento de 
bexiga ou trato urinário alto. 
 
Conforme a etiologia 
 
 
2 UROLOGIA - TORTO 
Hematúria microscópica 
Não são visíveis a olho nu, sendo que são 
acusadas quando há > 3-5 hemácias por 
campo na urina de rotina. A conduta de 
rotina na avaliação desse tipo de achado é: 
1. Descartar alterações benignas 
(menstruação, cálculos, lesão por 
exercício físico intenso etc). Caso 
seja isso, avaliar o exame de urina 
após tratamento correspondente ao 
quadro ou em outra ocasião. 
2. Caso este quadro seja negativo, 
avaliar proteinúria, função renal e 
dismorfismo eritrocitário → 
descartar causas glomerulares. 
3. Avaliar presença de coágulos ou 
outros sintomas indicativos de lesão 
maligna. Prosseguir com TC e 
cistoscopia. 
 
Hematúria macroscópica 
Trata-se, na grande maioria das situações, 
de afecções de cunho urológico e não renal, 
sendo que em 25% desses casos o 
diagnóstico é de neoplasia. 
Hematúria macroscópica na ausência de 
trauma antecedente ou ITU documentada 
por cultura, deve-se avaliar exame 
citológico de urina, cistoscopia e emagem do 
trato superior. 
 
 
 
Quadro clínico 
Os quadros de hematúria de origem 
inflamatória, como na litíase ou ITU, são mais 
exuberantes, podendo apresentar dor e 
febre. 
Outra queixa comum é a retenção urinária. 
Em casos seletos de doença muito avançado, 
podem estar presentes anemia e até 
instabilidade hemodinâmica. 
 
Avaliação laboratorial 
• Se a inspeção direta da urina não 
demonstrar sangramento, ele pode 
ser acusado pelo exame de urina 
rotina. 
• Um ponto importante é avaliar se há 
hemipigmento (+) que acompanha a 
hematúria. Um hemipigmento 
isolado (sem hematúria) pode 
indicar outros pigmentos, como 
mioglobulina da rabdomiólise. 
• Outros exames importantes são: 
função renal, hemograma, 
coagulograma e cultura de urina. 
 
Exames de imagem 
TC com contraste 
É o exame de maior acurácia para avaliação 
de pacientes com hematúria importante, 
principalmente porque consegue avaliar 
como um todo o trato urinário. 
 
3 UROLOGIA - TORTO 
Além disso, possui grande acurácia para a 
detecção de neoplasias vesicais. 
 
 
RNM e ultrassom 
Possui baixa especificidade e sensibilidade 
quando comparadas a TC, mas são vias 
alternativas para pacientes que não podem 
ter contato com radiação e/ou contraste. O 
US também de mais fácil acesso. 
 
Cistoscopia 
É mandatória em casos de hematúria 
importante, sobretudo aquelas com 
coágulos ou em pacientes com fatores de 
risco (homem, > 35 anos, história de 
tabagismo atual ou passada, história de 
doença urológica ou de sintomas irritativos 
urinários etc.). Além disso, tem alta 
sensibilidade para identificar tumores 
vesicais papilares, porém baixa 
sensibilidade para carcinoma in situ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 UROLOGIA - TORTO 
 
 
 
 
 
 
 
5 UROLOGIA - TORTO 
 
 
 
 
 
1 UROLOGIA - TORTO 
NEOPLASIAS 
_____________________________________________________________________________ 
CÂNCER DE PRÓSTATA 
Epidemiologia 
Tumor sólido não cutâneo mais frequente em 
homens com mais de 50 anos de idade. 
 
História natural da doença 
• Em pessoas mortas assintomáticas 
com 50 anos, 10% tem câncer de 
próstata. Em maiores de 70 anos, 
essa estatística sobe para 40%; 
• O tempo de crescimento é lento, 
duplicando de tamanho a cada 2-4 
anos. 
• Metástases: são tardias (média após 
12 anos de doença), sendo a mais 
comum a metástase óssea (com 
sobrevida de 20 a 30 m). 
• Desses 40% com CA de próstata 
com 70 anos, apenas 15% terão 
manifestações clínicas e 3% 
morrerá pela doença. 
 
Fatores de risco 
• Idade – quanto mais velho maior o 
risco; 
• Etnia – mais comum em brancos 
caucasianos; pouco comuns em 
orientais e muito comum e com 
prognóstico ruim em negros. 
• História familiar. 
 
Quadro clínico 
Fases inicias 
Em sua grande maioria, os tumores 
aparecem na zona periférica da próstata, o 
que justifica a baixa incidência de sintomas 
em fases iniciais. Em casos de câncer inicial 
e presença de sintomas de dificuldade 
miccional (LUTS), estes geralmente são 
decorrentes de HPB, afecção muito presente 
com o CA de próstata. 
 
Fases tardias 
Os sintomas passam a ser decorrentes do 
tumor quando ele atinge proporções 
maiores e/ou há metástase associada. As 
principais manifestações são: 
• Emagrecimento e mal estar; 
• Dificuldade miccional por 
compressão da uretra; 
• Insuficiência renal por lesão pós-
renal (compressão dos ureteres); 
 
2 UROLOGIA - TORTO 
• Dificuldade para evacuar 
(obstrução do reto); 
• Sintomas de metástase óssea – dor 
óssea, parestesia (por compressão 
medular) etc. 
• Massa abdominal. 
 
Prevenção 
Prevenção primária 
É controversa. 
• Dieta: pouca gordura animal, muita 
fibra e chá verde. 
• Selênio (castanha do Pará), 
vitaminas A e D, licopeno (tomate e 
vinho). 
• Inibidores da alfa-5-redutase 
(finasterida 5 mg/dia): apesar de 
ter reduzido a incidência geral de 
tumores, houve um aumento 
relativo de tumores de alto grau. 
Isso acontece porque a supressão 
sintomática desse remédio acaba 
por mascarar a progressão de uma 
doença instalada. 
 
Prevenção secundária 
Baseia-se na técnica de rastreamento de 
tumores na população. 
A Sociedade Brasileira de Urologia 
recomenda o rastreamento em homens com 
> 45 anos ou 40 anos se tiver história 
familiar positiva. 
Psa – antígeno prostático específico 
É uma enzima que evita que ocorra a 
coagulação do esperma. Dessa forma, é uma 
substância específica da próstata, mas não 
específica do CA de próstata, podendo estar 
alterado em qualquer afecção no órgão. 
Outra questão é que ele aumenta com a 
idade seguindo o aumento da própria 
próstata. 
 
• Relação PSA livre e PSA Total (PSA 
livre/total): 
- < 10% (PSA total aumentado) → 
câncer de próstata; 
- > 25% (PSA livre aumentado) → 
inflamação. 
Condições que cursam com PSA elevado e 
não são neoplasia: tamanho aumentado, ITU, 
prostatites, manipulação durante exames, 
relação sexual (?) e retenção urinária. 
Condições que nebulam o diagnóstico: uso de 
finasterida por > 4 meses (deve-se dobrar o 
valor do valor). 
 
Toque retal 
Apesar do PSA ser mais sensível, ele pode 
vir negativo ou baixo em tumores muito 
avançados, em que a produção de PSA está 
baixa. Por isso, o toque retal sempre deve 
ser feito para o rastreio e sua associação 
 
3 UROLOGIA - TORTO 
com o PSA aumenta muito a sensibilidade e 
especificidade do exame. O exame deve se 
atentar com as seguintes características: 
tamanho, consistência, 
regularidade/simetria,presença de nódulos 
e a posição deles). 
 
Diagnóstico 
É importante lembrar que o PSA e o toque 
retal ajudam na suspeita de um câncer de 
próstata durante o rastreamento, mas não 
firmam diagnóstico. 
 
Ultrassom transretal 
O diagnóstico é feito por meio da coleta de 
material para biópsia. Devem ser colhidos 
pelo menos 2 fragmentos de cada porção 
dos lobos da próstata. O histopatológico 
confirma o diagnóstico. 
 
Tratamento 
Localizado 
Apesar da preferência pela cirurgia, tanto 
ela quanto a radioterapia possuem 
resultados semelhantes. 
• Prostatectomia: pode ser aberta 
(retropúbica ou perineal), 
videolaparoscópica ou robô 
assistida; 
• Radioterapia: pode ser externa ou 
por braquiterapia. 
 
Metastástico 
Não é relevante fazer um tratamento 
cirúrgico localizado. A melhor opção de 
tratamento é o bloqueio hormonal (não 
produzir testosterona) → método cirúrgico 
(orquiectomia) ou medicamentoso (análogo 
LHRH). 
 A quimioterapia está reservada para 
pacientes refratários ao BH. 
 
Vigilância ativa 
Trata-se de um acompanhamento (vigiar o 
tumor). É recomendado para: 
• Paciente idoso/com muitas 
comorbidades e baixa expectativa 
de vida. 
• Doença de baixo risco. 
 
Complicações do tratamento 
• Cirurgia: incontinência urinária, 
disfunção erétil e estenose de 
uretra; 
• Bloqueio hormonal: disfunção erétil, 
fogachos, ginecomastia e 
osteopenia; 
• Radioterapia: incontinência 
urinária, disfunção erétil, cistite e 
retite actínicas. 
 
 
 
 
4 UROLOGIA - TORTO 
Câncer de rim 
Epidemiologia 
• Pouco prevalente, sendo mais 
incidente em áreas mais 
industrializadas. 
• Aumento de incidência nas últimas 
décadas. 
• Mais comum em 50-70 anos e mais 
comum em homens. 
• A maioria são assintomáticos e 
diagnosticados como acidentalomas 
durante um US para outras causas. 
• Relação genética (gene VHL). 
 
Quadro clínico 
60% são assintomáticos (acidentalomas). 
Se possuem sintomas, apresentam uma 
tríade clássica (<10%): 
• Dor lombar; 
• Hematúria; 
• Massa palpável. 
Outros sintomas incluem: aparecimento de 
varicocele ou edema de MMII; síndromes 
paraneoplásicas (hipertensão, febre, 
sudorese noturna, emagrecimento, 
caquexia, anemia e disfunção hepática). 
 
 
 
Diagnóstico 
Depende de exames de imagem, sendo a TC 
o principal exame. No entanto, há certa 
dificuldade em se definir por ele se o tumor 
benigno (angiomiolipoma) ou maligno. A 
biópsia não é indicada. 
 
Cistos renais 
Os cistos não podem evoluir para 
malignidade. No entanto, algumas 
malignidades se apresentam sob a forma de 
cistos. Dessa forma, é importante qualificar 
esses cistos na TC: 
 
 
 
 
5 UROLOGIA - TORTO 
Doença renal policistica 
 
 
Estadiamento 
Uma coisa importante do estadiamento é a 
metatização pela veia cava abdominal, em 
que há a formação de um trombo tumoral. 
 
Tratamento 
• Tumor grande ou no hilo renal: 
nefrectomia radical. 
• Tumor pequeno e em posição 
favorável: nefrectomia parcial 
(cirurgia poupadora de nefrons). 
• Doença metastática: a 
quimioterapia também não é muito 
efetiva. Dessa forma, opta-se pela 
terapia alvo molecular → 
supressão do gene VHL, suprimindo 
a angiogênese. 
 
 
 
Tumor de bexiga e urotelial 
Epidemiologia 
Urotelial → pode acometer toda a extensão 
do urotélio (desde a pelve renal até uretra). 
• 70% são diagnosticados 
inicialmente; 
• Alta recorrência – 80% persistem 
superficiais. 
 
Fatores de risco 
• O tabagismo é o principal fator de 
risco (4x mais risco), além de 
aumentar a recorrência. 
• Outros são: exposição a aminas 
aromáticas (pintores, manufaturas 
de couro e roupas, trabalho em 
salões de beleza, limpadoras a seco, 
motoristas de caminhão); sondagem 
vesical prolongada; irradiação 
pélvica/QT (ciclofosfamida). 
 
Quadro clínico 
• HEMATÚRIA: é o sintoma mais 
comum, podendo ser macroscópica 
ou microscópica; geralmente é 
indolor e ter caráter intermitente 
(cíclico). 
• Sintomas urinários irritativos. 
 
 
 
6 UROLOGIA - TORTO 
Diagnóstico 
Exames de imagem 
• A cistoscopia é o exame padrão ouro 
para o diagnóstico de CA de bexiga, 
sendo que ela consegue identificar 
até tumores < 1cm. 
• A TC também pode ser utilizada, 
capaz de identificar tumores 
maiores. 
• US tem menos acurácia, sendo 
reservado para triagem. 
 
Histologia 
• Carcinoma de células transicionais 
(>90%); 
• Carcinoma de células escamosas (3 
a 7%) – associado à irritação 
crônica; 
• Adenocarcinoma (<2%) – extrofia 
vesical (anomalia congênita 
associada a epispádia), TU úraco 
(geralmente no ápice), metástase 
de intestino. 
 
Estadiamento 
 
É importante definir o grau de extensão e 
invasão do tumor para a correta conduta 
terapêutica: 
• Doença superficial: invade até a 
lâmina própria; 
• Doença músculo-invasiva: invade 
muscular própria. 
 
Tratamento 
Tumor Superficial 
Ressecção transuretral de bexiga: além 
de retirar o tumor, ainda consegue avaliar 
com precisam a extensão do tumor pelo 
anatomopatológico (que a TC não viu) → se 
há acometimento muscular deve-se seguir 
para tratamento mais invasivo; se não, a RTU 
de bexiga já é suficiente. 
60-90% de risco de recorrência por esse 
procedimento. Quimioterapia intra-vesical 
pode ser usada para tentar evitar essas 
recidivas. 
 
Tumor músculo-invasivo 
Cistectomia radical (no homem vem a 
próstata junto). Deve-se fazer uma 
derivação urinária: 
• Bricker; 
• Ureterostomia cutânea; 
• Neobexiga; 
 
Doença avançada 
Quimioterapia 
• Doenças metastáticas (LNF, 
pulmões, ossos, fígado e cérebro); 
 
7 UROLOGIA - TORTO 
• Resposta 46 a 49%, mas com alto 
risco de recidiva. 
• Nefrotóxica. 
 
Tumores uroteliais 
 
 
 
 
1 UROLOGIA - TORTO 
ist 
_____________________________________________________________________________ 
Sífilis 
 
 
 
 
 
2 UROLOGIA - TORTO 
 
 
 
 
3 UROLOGIA - TORTO 
 
 
 
Cancroide, linfogranuloma venéreo e donavanose 
 
 
4 UROLOGIA - TORTO 
Verrugas visíveis 
 
 
Herpes 
 
 
5 UROLOGIA - TORTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 UROLOGIA - TORTO 
Uretrites 
 
 
 
 
7 UROLOGIA - TORTO 
 
 
 
Hpv