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DOENÇAS VIRAIS E BACTERIANAS DE TRANSMISSÃO INTERPESSOAL CA P 29 DOENÇAS BACTERIANAS TRANSMISSÍVEIS PELO AR: ✓ Os microrganismos encontrados no ar são provenientes do: solo, da água, das plantas, dos animais, das pessoas, das superfícies ou de outras fontes; ✓ A maioria dos microrganismos dificilmente sobrevive no ar; ✓ Bactérias gram-positivas (Staphylococcus, Streptococcus) são geralmente mais resistentes ao dessecamento do que as bactérias gram- negativas, em virtude de sua parede celular ser mais espessa e rígida; ✓ Inúmeras gotículas de umidade são expelidas durante o espirro; ✓ O trato respiratório humano é dividido nas regiões superior e inferior, e patógenos respiratórios específicos tendem a explorar uma ou outra região, ou ambas em alguns casos; ✓ À medida que o ar perde velocidade, as partículas cessam sua movimentação, depositando-se; ✓ Infecções respiratórias superiores, como o resfriado comum, são geralmente agudas e não fatais; ✓ Infecções respiratórias inferiores, como pneumonias bacterianas ou virais, são muitas vezes crônicas e podem ser muito graves, especialmente em idosos e pessoas imunocomprometidas; ✓ Embora a maioria das infecções respiratórias comuns não seja grave em um hospedeiro saudável, elas podem servir de cenário para infecções secundárias que podem ser fatais; ✓ A maioria dos patógenos respiratórios humanos é transmitida de indivíduo para indivíduo; DOENÇAS ESTREPTOCÓCICAS: ✓ Os estreptococos são cocos gram-positivos, aerotolerantes, homofermentativos e não esporulantes; 3º Período Medicina Faculdade Atenas- Sete Lagoas - 2021 MICROBIOLOGIA 2ºCICLO Streptococcus pyogenes ✓ Também denominado estreptococo do grupo A; ✓ É frequentemente isolado do trato respiratório superior de adultos sadios; ✓ Quando as defesas do hospedeiro se encontram debilitadas, ou quando uma nova linhagem altamente virulenta é introduzida, infecções graves podem ocorrer; ✓ A faringite estreptocócica caracteriza-se por dor de garganta intensa com aumento das amígdalas e pontos vermelhos no palato mole, nódulos linfáticos cervicais dolorosos, febre moderada e uma sensação de mal-estar geral; ✓ Cerca da metade dos casos clínicos de amigdalites graves é provocada por Streptococcus pyogenes, sendo a maioria dos demais decorrentes de infecções virais; ✓ Ferramentas clínicas para diagnosticar rapidamente as infecções de garganta estão amplamente disponíveis e em uso de rotina em unidade de saúde de cuidados básicos; - Essas ferramentas incluem, em particular, sistemas de detecção rápida de antígenos que contêm anticorpos específicos para proteínas da superfície celular de S. pyogenes; Escarlatina, febre reumática e outras síndromes causadas por estreptococos do grupo A: ✓ Certas linhagens de estreptococos do grupo A apresentam um bacteriófago lisogênico que codifica a produção das exotoxinas estreptocóccicas pirogênicas A; ✓ Responsáveis pela maioria dos sintomas da síndrome do choque tóxico estreptocóccico e da escarlatina; ✓ As Spe são superantígenos que recrutam grandes números de células T para os tecidos infectados; ✓ O choque tóxico ocorre quando as células T ativadas secretam citocinas, as quais ativam um grande número de macrófagos e neutrófilos, provocando inflamação sistêmica e destruição de tecidos; ✓ Ocasionalmente, estreptococos do grupo A provocam uma infecção sistêmica invasiva fulminante (súbita e grave), como celulite, uma infecção das camadas subcutâneas da pele, ou a fasceíte necrosante, uma doença rápida e progressiva, resultante da extensa destruição de tecidos subcutâneos, músculos e gordura; “bactéria carnívora” ✓ A resposta imune ao patógeno invasor pode produzir anticorpos que reagem cruzadamente com antígenos teciduais do hospedeiro no coração, nas articulações e nos rins, levando a danos nesses tecidos; a mais grave dessas doenças é a febre reumática, causada por linhagens reumatogênicas de S. pyogenes; ✓ - É uma doença autoimune, também reagem cruzadamente contra os antígenos das válvulas cardíacas e articulações, causando inflamação e destruição tecidual; Streptococcus pneumoniae: ✓ Causa infecções pulmonares invasivas que, frequentemente, desenvolvem-se como infecções secundárias a outros distúrbios respiratórios; ✓ São particularmente patogênicas por serem potencialmente muito invasivas; ✓ As células invadem os tecidos alveolares do trato respiratório inferior, onde a cápsula permite que as células resistam à fagocitose, gerando uma intensa resposta inflamatória no hospedeiro; DIFTERIA E COQUELUCHE: DIFTERTERIA: ✓ O Corynebacterium diphtheriae penetra no corpo por via respiratória, com as células infectando os tecidos da garganta e das amígdalas; ✓ A resposta inflamatória dos tecidos da orofaringe à infecção por C. diphtheriae resulta na formação de uma lesão característica, denominada pseudomembrana que consiste em células hospedeiras lesadas e células de C. diphtheriae; ✓ A toxina diftérica inibe a síntese proteica no hospedeiro, promovendo, assim, a morte celular; ✓ A pseudomembrana pode bloquear a passagem de ar, sendo a morte por difteria geralmente decorrente de uma combinação dos efeitos de asfixia parcial e destruição tecidual pela exotoxina; ✓ A prevenção da difteria é realizada pelo uso de uma vacina altamente eficaz; COQUELUCHE: ✓ É uma doença respiratória aguda, altamente infecciosa; ✓ As células de B. pertussis aderem-se às células do trato respiratório superior e secretam a exotoxina pertússis; ✓ Clinicamente, a coqueluche é caracterizada por tosse violenta e recorrente, podendo perdurar por até seis semanas; TUBERCULOSE E HANSENÍASE: TUBERCULOSE: ✓ A tuberculose (TB) é facilmente transmitida pela via respiratória; ✓ Cerca de um terço da população mundial está infectada com o M. tuberculosis, embora a maioria não apresente a doença ativa por causa da imunidade mediada por células, que desempenha um papel crítico na prevenção de uma doença ativa após a infecção; ✓ Ela pode ser classificada como uma infecção primária (infecção inicial) ou pós-primária (reinfecção); ✓ As bactérias inaladas alojam-se nos pulmões e se multiplicam; ✓ O hospedeiro reage exibindo uma resposta imune a M. tuberculosis, resultando na formação de agregados de macrófagos ativados, denominados tubérculos; ✓ As micobactérias sobrevivem e crescem no interior dos macrófagos presentes nos tubérculos, formando granulomas e, se a doença não for controlada, pode ocorrer uma destruição extensiva do tecido pulmonar. - Se a doença atingir esta fase, a infecção pulmonar pode ser fatal; ✓ Na maioria dos casos de TB, não há o desenvolvimento de uma infecção aguda evidente; ✓ A terapia antimicrobiana da tuberculose foi um dos principais fatores no controle da doença; HANSENÍASE: ✓ O Mycobacterium leprae, um parente do M. tuberculosis, causa a doença chamada hanseníase, mais formalmente denominada doença de Hansen; ✓ A forma mais grave da hanseníase, denominada forma lepromatosa, é caracterizada por lesões rugosas e nodulares em todo o corpo, especialmente nas porções mais frias do corpo, como face e extremidades; ✓ Em casos graves não tratados, as lesões desfigurantes levam à destruição de nervos periféricos, os músculos atrofiam e a função motora é comprometida; ✓ A perda de sensibilidade das extremidades leva a lesões inaparentes, como queimaduras e cortes; ✓ A perda de cálcio ósseo leva a uma diminuição lenta dos dedos e a sua transição para formas parecidas com garras em uma fase final da doença; ✓ A patogenicidade de M. leprae é decorrente de uma combinação entre a hipersensibilidade tardia e a alta invasividade do organismo, que podecrescer no interior de macrófagos e gerar lesões características; ✓ A transmissão envolve tanto o contato direto quanto a via respiratória, mas não tem o elevado potencial de contágio da tuberculose; MENINGITE E MENUNGOCOCCEMIA: ✓ A meningite é uma inflamação das meninges, as membranas que revestem o sistema nervoso central, especialmente a medula espinal e o cérebro; ✓ A bactéria é transmitida a um novo hospedeiro, geralmente por via respiratória de um indivíduo infectado, e adere-se às células da nasofaringe; ✓ A meningite caracteriza-se pelo desenvolvimento súbito de cefaleia, acompanhada de vômitos e rigidez da nuca, podendo progredir para o coma e morte em questão de horas; ✓ A Meningite meningocóccica frequentemente ocorre na forma de epidemias, geralmente em populações confinadas, como em instalações militares e dormitórios universitários; ✓
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