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caderno família

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A nossa família tem sua base alicerçada em dois modelos de famílias: a Grega e a Romana. 
A família Grega
Platão dizia que as mulheres eram seres de baixa racionalidade e pouca percepção de mundo, portanto, o amor poderia ser compreendido apenas pelos homens, devendo os homens se relacionar com outros homens se quisessem entender o amor;
Mulheres eram vistos apenas para procriar;
A família tinha um senhor (homem) e todos deviam obedece-lo;
Quando o filho nascia, o pai tinha o poder de aceitar aquela criança ou não; 
A utilização da violência era sinônimo de educação;
A percepção de família não tinha afeto;
No código civil de 1916 a mulher era considerada relativamente incapaz, passando de poder do pai para o poder do marido, muito parecido com o que ocorria na família grega; 
Sob a égide do CC de 16 só existia uma família: A Casamentaria; 
· Filhos de fora do casamento, não poderiam ser registrados, ainda que o pai quisesse, pois eram considerados bastardo e não possuíam nenhuma proteção jurídica.
Em 1962 surgia no Brasil a Lei do Estatuto da Mulher Casada, para época, significou uma grito de liberdade feminino:
· A mulher deixou de ser relativamente incapaz – torna-se capaz;
· A mulher torna-se partícipe das decisões do marido;
A mulher foi mudando conforme o papel da mulher foi mudando na sociedade; 
A família Romana
Tinha como principal característica o patrimonialismo, pois em Roma se o indivíduo morresse sem deixar patrimônio, ele era amaldiçoado;
Surge a cultura de colocar o sobrenome do marido no ato do casamento;
Família existia para acumular patrimônio;
Surge a insolubidade do casamento: não tinha nada ver com religião ou amor, o casamento era indissolúvel para evitar dilapidação patrimonial; 
Ainda hoje as pessoas acham que precisam viver para deixar patrimônio a seus descendente, como na família Romana;
Dessa forma, por muito tempo no Brasil, o casamento foi indissolúvel.
· Até a existência do divórcio, a comunhão universal era o regime de bens legal. 
· Com o divórcio, surge o regime da comunhão parcial de bens.
· Hoje, caminhamos para o regime legal ser o da separação convencional.
A família Romana tinha uma relação biológica com os filhos;
Portanto, morrer em Roma ser deixar filhos, igualmente seria considerado amaldiçoado, dessa forma, se não conseguisse ter filhos biológicos, a solução era a adoção.
· A adoção, portanto, não surge de uma percepção afetiva, mas sim, da necessidade de perpetuação de linhagem. 
· A adoção no Brasil, seguia a mesma linha, só podendo ocorrer, se provado a impossibilidade de ter filhos biológicos. 
O marco histórico responsável pela mudança drástica na mudança de paradigma da família no Brasil é a Constituição de 88.
· Rompe com muitos dogmas, pois cria um novo perfil de família brasileira;
· A família patriarcal antes de 88 era totalmente inviolável – protegida por uma redoma impermeável, assim, o que acontecia no ambiente doméstico, lá ficava. 
Princípios
Princípio da dignidade da pessoa humana
A família passa a existir, após a CF, em benefício das pessoas – surge o princípio da dignidade da pessoa humana, permitindo que se perceba que todos nós somos igualmente dignos; 
Rompe-se a redoma e a eficácia irradiante da CF entra no ambiente doméstico, preocupando-se individualmente com cada integrante. 
Antes tinha-se uma família-instituição, agora família-garantia (instrumento, eudemonista), família que se preocupa com o bem estar social de cada um de seus membros.
Para Hanna Arendt a dignidade pressupõe a percepção do outro, antes de você se perceber essa visão deve ser trazida para o âmbito familiar. 
O fenômeno como desdobramento do reconhecimento da dignidade: a família foi democratizada: não há mais a figura masculina como chefe e representante legal da família. 
A família também foi desmatrimonializada: com a CF de 88 deixa de reconhecer que família é só do casamento, podendo ter família sem a relação casamentaria. 
Também foi despatrimonializada: a família deixou de girar a redor do acúmulo de patrimônio.
E por fim, foi desbiologizada: o contexto familiar para formação de uma família, não é mais o critério biológico, mas sim o afetivo.
Desdobramento da dignidade da pessoa humano:
Princípio da Solidariedade
Significa a perspectiva da dignidade vista de forma coletiva.
- Princípio da dignidade: o indivíduo.
- Princípio da solidariedade: o indivíduo no contexto coletivo. 
Solidariedade é sinônimo de empatia – ver o outro no ambiente familiar tão digno quanto eu. 
· Dever de cuidado aos idosos;
· Pensão ao filho;
· Esposa que merece receber alimentos;
Princípio da Igualdade
Se desdobra em 3 subprincípios: 
· Igualdade entre homem e mulher: Art. 226, §5º CF
- Antes mulheres eram subordinadas às ordens de seu maridos.
Reconhecer situações familiares já existentes.
Estabeleceu situações que ainda não existiam.
· Igualdade entre os filhos: Art. 227, §6º CF
- Até a CF de 88, os filhos eram diferenciados, filhos adotivos eram considerados de segunda categoria.
Ocorre o fenômeno da desbiogilização, e surge então, o chamado filho socioafetivo. 
· Igualdade entre entidades familiares: Art. 226, §1º
O legislador se preocupou em dizer que o casamento era cível, pois até a CF de 88 o casamento era essencialmente religioso, com efeito cível (tinha que casar na igreja).
Constituinte reconheceu a união estável como entidade familiar. 
Não existe hierarquia entre casamento e união estável, os dois formam família da mesma forma, mas não pode-se negar que o primeiro confere maior segurança jurídica do que o segundo. 
O código civil não presume a paternidade na união estável, apenas no casamento – o STJ já entendeu que existe presunção na união estável. 
A maior diferença entre casamento e união estável, que dificilmente será alterado é a Outorga uxória (vênia conjugal) – necessidade de pedir autorização do cônjuge para alguns atos, dentre eles, a alienação de bens – Presente no CASAMENTO.
Isso significa que a descoberta do casamento vem devido a certidão de casamento, pois depois de se casar, não se pode mais tirar certidão de nascimento, devendo ser usado a certidão de casamento. 
Se a pessoa se divorciar, não volta a usar a certidão de nascimento, mas sim, a certidão de casamento com divórcio. 
· Quando casa, tem um título registrado, gerando a alteração do estado civil – SOLTEIRA CASADA. 
· A união estável não muda o estado civil “Em união estável – convivente em união estável, continua solteira” – STJ entende que quem vive em união estável tem direito de declarar que vive nessa condição. 
- Família monoparental: Art. 226, §4º 
Aplicada a homens e mulheres.
Existem outros arranjos familiares daquelas reconhecidas pelo CF:
- Família homoparental: Foi reconhecida, pois houve mudança do contexto. 
Houve mutação constitucional. 
Afeto é base de toda família, sendo desdobramento da dignidade e esta não depende da sexualidade. 
- Família Multiparental/Mosaico: Com o divórcio as pessoas que romperam o vínculo conjugal, puderam recomeçar, pois antes só se podia casar uma única vez, e caso, optasse pelo desquite, poderia romper o vínculo e a vida em comum, mas não poderia ter um novo relacionamento reconhecido pelo direito. 
Com o divórcio e a possibilidade da formação de novos arranjos familiares, as famílias se tornaram verdadeiro mosaicos reconstruídos. 
X – com 1 filho + Y – com 3 filhos: todos se unem.
Em razão do reconhecimento da multiparentaliedade, tenho a possibilidade do surgimento de filiação socioafetiva, possibilitando que uma pessoa tenha mais de um pai ou mais de uma mãe. 
Afeto se sobrepõe ao vinculo biológico. 
- Família poliafetiva: Nessa família existe o reconhecimento do amor de um indivíduo por mais de um indivíduo.
Há o rompimento do dogma da monogamia e admite-se relacionamentos paralelos com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos. 
O problema atua é que essa família não é reconhecida, por 2 motivos:
1ª: STJ disse que por enquanto não;
2ª: CMJ baixou uma ordem proibindo os cartórios de registrarem contratos de união estávelpoliafetivos;
Hipóteses:
A é casado com B e vive um relacionamento oculto com C: C no relacionamento é “amante” e não tem proteção do Direito;
A é casado com B e vive paralelamente uma união estável com C, mas a companheira (C) e a esposa (B) são inocentes e não sabem disso; C vive uma forma ostensiva de relacionamento, pois se ela souber do relacionamento de A com B, ela torna-se amante, portanto, está na união estável putativa, achando que está em união estável mas há um impedimento, A é casado. 
Código Civil admite que A tenha um casamento com B e uma união estável com C, reconhecida, mas deve romper no casamento, vida em comum, deve estar separada de fato. A é casada, mas não tem vida em comum mais com seu cônjuge, podendo ter união estável paralela com C.
FAMÍLIA POLIAFETIVA: A casada e convivendo com B, além disso, tem C como companheiro e todos sabem e aceitam disso – Relações paralelas com conhecimento de todos, para o STJ isso não é possível, pois se a pessoa não está separada de fato de B, essa união estável com C não é putativa porque a pessoa sabe e nem união estável, pois não está separada de fato. 
Mesmo não sendo reconhecidas, essas famílias não deixam de existir. 
Não se pode reconhecer duas união estáveis concomitante: concubinato. 
- Família anaparental: Membros possuem vinculo biológico, mas não é de ascendência.
Ex: dois irmãos, dois primos, tio e sobrinho. 
Apesar de não haver pai ou mãe, tem um núcleo familiar pautado no afeto e existe vínculo biológico, mas não de ascendência. 
É possível fazer parte de 02 núcleos familiares – família natural e família extensa.
- Família coparental: Pautada na ausência no exercício de sexualidade. 
O sexo não é obrigatório, mas deve hoje, ser uma decisão do casal. 
Indivíduos assexuados.
Famílias sem sexo – podendo ter filhos por inseminação/adoção. 
20/08
Princípio da afetividade
· Na boa-fé subjetivo precisa descobrir o estado anímico do indivíduo, compreensão do que ele pensava e sentia;
· A boa-fé objetiva, é um padrão ético de conduto, bastando ver a conduta externada pelo indivíduo, analisando seu contexto. 
O amor explicado pela psicologia/filosofia: é interno 
O princípio da afetiva, no entanto, diz respeito à um padrão de conduta no ambiente familiar.
· Relacionamento entre adultos:
No relacionamento entre pessoas adultas o que tem-se entendido como afetividade é a não violência (Patrimonial, física, moral, sexual) no âmbito familiar. 
O entendimento que prevalece é que o desamor por si só, não é indenizável, não sendo um dano e sim um prejuízo. 
· Porém, o desamor se torna indenizável quando houver abuso de direito, praticando um ato ilícito.
- Traição por si só, não gera dano moral, salvo se a descoberta dessa traição se dá de forma aviltante. 
· Relacionamento entre adultos e crianças: 
Pessoas que não recebem afeto na infância, ou as recebe de forma destorcida, vão apresentar diversos problemas em seus relacionamentos interpessoais, pois não vão conseguir estabelecer vínculos de afetividade e isso será pernicioso para sociedade.
O estado, percebendo isso, adota políticas públicas com o objeto de assegurar afetos as crianças.
Ex: Projeto Família Acolherada.
Amor dos país deve ser na medida – podendo ser tóxico e abusivo.
Surge a lei da alienação parental com intuito de proteger crianças de relacionamentos tóxicos com seus próprios genitores. 
O desamor dos pais com filho é indenizável, portanto, o STJ tem entendido abandono afetivo na infância é um dano e merece reparação. 
Princípio do melhor interesse da criança
A visão estatal da criança mudou com a CF de 88.
Com a CF a criança passa a ser protegida de maneira mais efetiva – art. 227 CF.
· Dever de proteger a criança é da família, sociedade e estado. 
Surge então o princípio da parentalidade responsável, isto é, ao exercer a maternidade ou a paternidade, as escolhas devem ser pautadas no melhor interesse da criança. 
Princípio da convivência familiar
Igualmente pautado no art. 227, dispõe que a convivência da criança não deve estar restrito a família natural (núcleo - Pais), devendo ser expandida a família extensa – Art. 25 ECA.
Pai e mãe exercem tempo de convivência com seus filhos e não visita. 
Art. 19 ECA – reconhecido o direito dos menores convivem com seus pais presos sem autorização judicial.
CASAMENTO
 Provimento 83 – 14/08 – Só será possível reconhecer paternidade socioafetivo com crianças maiores de 12 anos. 
Casamento é uma das formas de se constituir família, sendo o protagonista, devido a segurança jurídica que proporciona. 
Casamento é negócio jurídico, tanto que ele vai ter uma repercussão significativa patrimonial, chamada regime de bens. 
· Mas é um NJ que não permite uma liberdade ampla, pois existem inúmeras normas de ordem pública que restringem as vontades da parte.
Ex: Não pode no pacto antinupcial estabelecer que o cônjuge não terá direito a herança ou que abrirá mão de alimentos/guarda dos filhos.
Conceito de casamento de Nelson Rosenvald: Casamento é um contrato especial de direito de família por meio do qual os cônjuges formam uma comunidade de afeto e existência, mediante a instituição de direitos e deveres recíprocos e em face dos filhos, caso existam, permitindo a realização de projetos de vidas.
CARACTERÍSTICAS DO CASAMENTO:
1ª – Negócio jurídico personalíssimo ou intuito in persona: Após o termino do procedimento de habilitação, terá um certificado de habilitação, não podendo haver substituição a noiva ou o noivo. 
Da mesma forma que não há a hipótese de casamento surpresa, pois antes precisa da habilitação. 
· Casamento por procuração: Confiro mandato para que uma pessoa vá em meu nome e se case com o meu noivo/noiva – não retira o caráter personalíssimo do casamento. 
2ª – Solenidade: O casamento é o negócio jurídico mais solene da nossa ordem jurídica. 
Ex: Por isso, não pode brincar, estar bêbada, titubear – caso isso ocorra, só podendo celebrar novamente depois de 24 hrs. 
O casamento começa solene com o procedimento de habitação e se encerra da mesma forma, pois ocorre por meio de registro. 
3ª – Inexigência de diversidade de sexo: Reconhecido o casamento entre pessoas do mesmo sexo, portanto, não é necessário, hoje, comprovar diversidade de sexo para se casar. 
4ª – Impossibilidade de imposição de termo ou condição: Os negócios jurídicos podem produzir efeitos de cara ou podem ser inseridos os chamados elementos acidentais (termo, condição, encargo).
O Casamento apesar de ser um negócio jurídico não comporta a imposição de termos e condições, não admitindo os chamados elementos acidentais. 
· Não pode estabelecer termo;
· Não pode estabelecer clausula resolutiva; 
5ª – Estabelecimento de comunhão de vida: Art. 1511 CC 
Comunhão Plena de Vida: formação de vinculo baseado no afeto, não se confundindo com a Comunhão Plena de Patrimônio;
6º - Dissolubilidade: Casamento é dissolúvel, no entanto, durante muito tempo no Brasil o casamento era indissolúvel, onde até pouco tempo, deveria provar separação de fato a pelo menos dois anos para poder se divorciar. 
Separação de fato: não haver mais vida em comum. 
Hoje, o divórcio é um direito potestativo, podendo ser exercido, mesmo contra vontade da outra parte.
TIPOS DE RELACIONAMENTO DIVERSAS DO CASAMENTO, MAS QUE TEM REPERCUSSÃO JURÍDICA:
- Ficante: Relacionamento fugaz, efêmero, focado na sua conotação sexual, não havendo necessariamente afetividade.
Podendo ser clandestino;
Ficante em regra, não tem relevância pro direito, excepcionalmente terá quando a ficante demonstrar a probabilidade de paternidade e requerer alimentos gravídico.
- Namoro: Ganha cunho de afetividade, existe vínculo afetivo e há publicidade. 
Contrato de namoro: namoro sem objetivo de casamento e sem vontade de partilhar o patrimônio – afastar união estável. 
- Namoro qualificado: Já existe promessa/expectativa legitima de casamento, podendo existir coabitação (nem sempre casais que coabitam vivem em união estável).
Para que haja união estável é preciso ter vida em comum, necessitando a constituição efetivade um núcleo familiar. 
- Noivado: No noivado já existe os preparativos para o casamento, já havendo o pedido de casamento.
· Grande risco é o dano material. 
Ex: A compra um apartamento durante o noivado, apenas no nome dele. B ajudou a pagar, A termina o noivado – B não tem direito a meação, pois é apenas noiva.
Noiva, igualmente, pode coabitar, mas ainda será apenas noiva. 
Portanto, o não direito a meação é resolvido via ação indenizatória.
· Gastos com as festas podem gerar dano material.
· Rompimento do noivado, não gera dano moral, podendo gerar dano material (indenizatório), o STJ tem admitido dano moral, quando está prestes a acontecer o casamento. 
- União Estável: É uma instituição fática de um núcleo familiar sem necessidade de qualquer formalização. 
Art. 1723 CC
Tanto no casamento, quanto na união estável há vida em comum, o que diferencia o primeiro é a formalidade e a segurança jurídica maior, enquanto o segundo não tem formalização e segurança jurídica menor.
ESTADO CIVIL: SOLTEIRO – CASADO – VIÚVO – DIVORCIADO – SEPARAÇÃO JUDICIAL.
REQUISITOS PARA O CASAMENTO:
· Capacidade núbil: Não se confunde com a capacidade para prática de atos da vida cível. 
· 18 anos: capacidade plena;
· 16 anos: pode ser emancipado;
· 16 anos: capacidade núbil;
Entre os 16 e os 18 se não for emancipado pode se casar, mas precisa de autorização dos pais.
Se for emancipado, não precisa de autorização dos pais. 
· Art. 1517 - Autorização dos pais (pode ser apenas um);
O juiz vai autorizar o casamento, quando perceber que aquela negativa de autorização é egoísta e que o adolescente tem a maturidade suficiente para o casamento - Suprimento de consentimento/vontade; 
· Art. 1518 – Os pais podem revogar autorização, juiz então, pode intervir por meio do suprimento de vontade.
· Art. 1641, inc. III – Quem se casar com suprimento de vontade – com autorização judicial – não pode escolher o regime de bens, devendo se casar no regime de separação obrigatória. 
· Antes dos 16 anos: Art. 1520 - atualmente esse casamento é proibido 
· Legitimação é relacional, pois não se olha apenas para uma pessoa, mas sim para o casal que deseja se casar – análise feita em conjunto.
IMPEDIMENTO PARA O CASAMENTO
· Principais motivos de impedimento, estão relacionados ao parentesco – Art. 1521 – é uma ordem.
Parentesco: É um vínculo estabelecido por pessoas em uma relação familiar – Art. 1591
1) Parentes em linha reta: ascendentes (pai, avô, bisavô) e descendentes (filho, neto, bisneto) são infinitos, pois o CC somente estabelece limite para o 4º grau apenas para os colaterais. 
2) Colaterais: Tem que subir encontrar um ascendente em comum e descer de forma transversal, pois um descendente nunca pode ser um colateral. 
· Art. 1594: irmão é colateral de segundo grau – sobe-se primeiro para o pai (primeiro grau) até o irmão (segundo grau). Filho do irmão (sobrinho – terceiro grau), descendo mais um até o sobrinho neto (quarto grau). 
Sobe para o avô (colateral de segundo grau), descendo de forma transversal, encontra-se o tio (colateral de terceiro grau), descendo mais um, até o primo (colateral de quarto grau).
Sobe para o bisavô, tio avô (colateral de quarto grau).
3) Parentes por afinidade: Não tem nada ver com afeto/amor, é o parente do seu cônjuge ou companheiro que também se tornam seu parente.
· Art. 1595: Limita-se aos ascendentes, descendentes e aos irmãos, excluindo sobrinho, sobrinho neto, bisavô, tio avô, tio e primo.
No divórcio, rompe-se apenas rompe-se o vínculo com o cônjuge – na linha reta a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável. 
O CC estabelece e mantém esse vínculo para após o termino, para impedir casamento. 
IMPEDIMENTOS PARA O CASAMENTO:
1) Não pode casar com os ascendentes com os descendentes: pai e filho;
2) Os afins em linha reta: madrasta e enteado;
3) O adotante com quem foi cônjuge o adotado e o adotado com quem o foi adotante: adotado e madrasto/padrasto
4) Os irmãos; seja ele bilateral ou unilateral e Demais colaterais; sobrinho, tio (terceiro grau) podendo casar com primo, tio avô e sobrinho neto (quarto grau).
Casamento entre tio e sobrinho a regra é que não pode, tendo a exceção do decreto 3200/41 – fazer exame e constar que não haverá problema para a prole, poderá casar.
Enunciado 98 da jornada de direito civil – STJ aplica o decreto. 
5) O adotado com o filho adotante: irmãos;
6) As pessoas casadas: Quem está casado, não pode se casar;
7) O cônjuge sobrevivente quando condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra seu consorte:
 homicídio doloso – A que mata B para casar com C – nulidade retroage ao transito julgado (se a pessoa não sabia, é nulo do mesmo jeito, podendo ser declarado putativo, somente produz efeitos a quem estava de boa-fé).
IMPEDIMENTOS PARA UNIÃO ESTÁVEL
Art. 1723, §1ª – todos os impedimentos do casamento, exceto o inc. VI.
Casamento: título.
União estável: fato da vida c/ proteção.
Concubinato: fato da vida s/ proteção – sem estado civil, direito sucessório, direito à meação.
CAUSAS SUSPENSIVAS
Nada suspende, em alguns casos não é recomendável que a pessoa se case (ex. viúva), mas se os cônjuges desrespeitarem esse conselho, isso não vai invalidar o casamento.
03/09 
Art. 1523 CC- Causa suspensiva é um conselho, nada suspende. Para o legislador em alguns situações é melhor que a pessoa não se case.
Neste caso, o casamento ainda existe, é valido, não havendo qualquer comprometimento seja no campo da existência, seja no campo da validade, tampouco haverá comprometimento do plano da eficácia porquanto a causa suspensiva nada suspende. 
· A única consequência será a imposição de um regime de bens – chamado separação obrigação – art. 1641
A regra é que as pessoas possam escolher livremente o regime de bens que desejam para o seu casamento, no entanto, em algumas situações essa liberdade é retirada dos nubentes, o legislador escolheu 3 situações das quais a liberdade de escolha não existe:
Art. 1641
I – das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 anos;
III – de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial;
Consequência é a imposição de um regime de bens – separação obrigatória. 
CAUSAS SUSPENSIVAS:
Art. 1523 – não devem casar
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros;
Não deve casar a viúva que tendo filhos cônjuge falecido, não fez ainda o inventário - situação pontual e especifica. 
Complica a situação da separação de patrimônio.
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; 
Não é um impedimento, é uma causa suspensiva, preferindo o legislador que eu mulher, após o termino do meu casamento, seja pelo divorcio ou pela viuvez, espere 10 meses para se casar. 
Mulher pode estar grávida, preocupando-se o legislador, com a questão sanguínea 
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal;
Uma pessoa pode estar divorciada sem ter feito partilha dos bens, não sendo necessário para que saia o divórcio, já ter feito partilha. 
Se houver briga por patrimônio, o juiz decreta o divórcio, e o processo continua correndo pra partilha.
Medo de confusão patrimonial que prejudique alguém. 
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas.
O tutor não está proibido de casar com o curatelado, assim, se eles se casarem o casamento não é nulo, todavia, se ele, seu sobrinho, seu cunhado, seus ascendentes, descendentes ou irmão, se casarem com o tutelado antes da prestação de contas, é melhor impor o regime de separação obrigatória. 
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejamaplicadas as causas suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do prazo.
É possível afastar causa suspensiva, devendo requer judicialmente. 
No caso dos impedimentos, apenas um poderá ser afastado, que é o caso de tio e sobrinho, que como regra não pode. 
Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do casamento podem ser arguidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, sejam consanguíneos ou afins, e pelos colaterais em segundo grau, sejam também consanguíneos ou afins.
PROCEDIMENTO DE HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO
Nesse procedimento, os nubentes já declaram que querem se casar. 
Todas as espécies de casamento existentes no código cível, pressupõe a existência do procedimento de habitação para o casamento.
· Casamento Civil
· Casamento Religioso com efeito Civil
Ambos são realizados por autoridade celebrante, mas no casamento civil vai ser um juiz de direito ou juiz de paz, no outro qualquer autoridade religiosa. 
Os requisitos do casamento religioso são os mesmos do casamento civil, o que inclui o registro, conforme preceitua o art. 1.516 da atual codificação privada.
No que tange ao registro em si, seu prazo de natureza decadencial é de noventa dias, contados de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulamentada pela codificação (art. 1.516, § 1.º, do CC). Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação.
Se o casamento religioso for celebrado sem as formalidades exigidas pela legislação (processo de habilitação), terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente (art. 1.516, § 2.º, do CC). Nesse caso, deve ser respeitado o prazo de noventa dias, contados de quando foi extraído o certificado para a eficácia dessa habilitação (art. 1.532 do CC). Sendo homologada a habilitação e certificada a inexistência de impedimento, o oficial fará o registro do casamento religioso. Os efeitos do registro, nessa segunda situação, também são retroativos, ou seja, ex tunc.
Como se nota, duas são as situações de casamento religioso com efeito civil: precedido ou não de processo de habilitação.
Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil (art. 1.516, § 3.º). Isso porque não podem casar as pessoas casadas (art. 1.521, VI, do CC), o que consubstancia violação ao referenciado princípio da monogamia. 
É trifásico:
1ª Requerimento: Pode ser feito pelas próprias partes ou por procurador – art. 1525 e 1526 do Código Civil. 
· Regime de bens – se não escolher nenhum, legislador escolhe comunhão parcial;
· Se eu não quiser esse regime, apresenta-se o pacto antinupcial 
· Escolhe se deseja o nome do outro – Art. 1565 §1ª. 
2ª Publicação de editais
3ª Entrega de certificado de habilitação;
Ambos os noivos podem inserir o nome do outro, no entanto, com o divórcio não será possível retirar o nome, tendo em vista que este aderiu a personalidade.
Provimento 82 de 10/09/2019 – é possível de forma administrativa, o Requerimento da alteração.
O STJ admite que altere o nome mesmo após o casamento (acrescentar o nome do cônjuge após o casamento). 
Feito o pedido, ocorre a segunda parte do processo de habilitação:
· 2ª FASE: PUBLICAÇÃO DE EDITAIS: Art. 1527 CC
Art. 1.527. Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que se afixará durante quinze dias nas circunscrições do Registro Civil de ambos os nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na imprensa local, se houver. 
Parágrafo único. A autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar a publicação. 
Nesse momento se dará publicidade ao interesse dos nubentes de se casarem, sendo o momento oportuno para as pessoas interessadas alegar a existência de causas suspensivas e impedimentos para o casamento. 
Se alguém alegar causa suspensiva ou impedimento o processo deve ser suspenso. 
Art. 1.529. Tanto os impedimentos quanto as causas suspensivas serão opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a indicação do lugar onde possam ser obtidas. 
Art. 1.530. O oficial do registro dará aos nubentes ou a seus representantes nota da oposição, indicando os fundamentos, as provas e o nome de quem a ofereceu. 
Parágrafo único. Podem os nubentes requerer prazo razoável para fazer prova contrária aos fatos alegados, e promover as ações civis e criminais contra o oponente de má-fé. 
Estando tudo em ordem é emitido o certificado de habilitação para o casamento. 
· 3ª FASE: CELEBRAÇÃO
Podem se passar 90 dias do certificado até a celebração. 
Podendo ser uma celebração civil ou religiosa.
· Feita a celebração civil o registro é feito no ato. 
· Feita a celebração religiosa, tem que levar a registro, no prazo de 90 dias. 
Art. 1.533. Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e lugar previamente designados pela autoridade que houver de presidir o ato, mediante petição dos contraentes, que se mostrem habilitados com a certidão do art. 1.531. 
Art. 1.534. A solenidade realizar-se-á na sede do cartório, com toda publicidade, a portas abertas, presentes pelo menos duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes, ou, querendo as partes e consentindo a autoridade celebrante, noutro edifício público ou particular. 
§ 1 o Quando o casamento for em edifício particular, ficará este de portas abertas durante o ato. 
§ 2 o Serão quatro as testemunhas na hipótese do parágrafo anterior e se algum dos contraentes não souber ou não puder escrever. 
Art. 1.535. Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará efetuado o casamento, nestes termos: "De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados." 
Se morrer antes de haja a declaração de que está casado, está casado, pois tem natureza declaratória. 
Art. 1.538. A celebração do casamento será imediatamente suspensa se algum dos contraentes: 
I - recusar a solene afirmação da sua vontade; 
II - declarar que esta não é livre e espontânea; 
III - manifestar-se arrependido. 	
Parágrafo único. O nubente que, por algum dos fatos mencionados neste artigo, der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no mesmo dia. 
§ 2o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades (procedimento de habilitação) exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo (90 dias), no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532.
Art. 1.532. A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado.	
É feito o casamento religioso (não ocorreu antes o procedimento de habilitação), o CC diz que pode-se pedir o registro, mas ao pedir este, deve ser feito um procedimento de habilitação, podendo ser autorizado o registro. 
Existência do casamento: consentimento e uma autoridade celebrante.
Não importando neste momento se o consentimento é válido, nem essa autoridade é competente. 
A existência do casamento é importante, pois pode existir o “casamento putativo”, quando apesar de invalido, um ou ambos os nubentes estão de boa-fé e haverá a produção de efeitos para esse casamento.
Casamento inexistente não pode ser declarado putativo – não casamento. 
Validade do casamento: se o casamento como negócio jurídico, cumpre os requisitos estabelecidos por lei.
Casamento invalidopode ser nulo (somente em caso de impedimento) ou anulável; 
Casamento nulo – art. 1548 e 1550: Impedimento (art. 1521 – legitimação) 
Art. 1.548. É nulo o casamento contraído:
II - por infringência de impedimento.
Idade núbil diz respeito à capacidade para o casamento, e a falta de legitimação é impedimento. 
No brasil é proibido se casar antes dos 16 anos, mas se você conseguir, o casamento é só anulável. 
Art. 1.550. É anulável o casamento: 
I - de quem não completou a idade mínima para casar (16 anos); 
Art. 1.551. Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez.
Art. 1.553. O menor que não atingiu a idade núbil poderá, depois de completá-la, confirmar seu casamento, com a autorização de seus representantes legais, se necessária, ou com suprimento judicial.
Portanto, é proibido o casamento de quem tem menos de 16 anos, mas se casar é só anulável (quando deveria ser nulo) sendo possível convalidar esse casamento com a gravidez. 
HIPÓTESES DO CASAMENTO ANULÁVEL:
I - de quem não completou a idade mínima para casar;
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; 
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558; ERRO E COAÇÃO 
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; 
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; 
VI - por incompetência da autoridade celebrante;
01/10 
	III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558 
	Situações de vício de consentimento que invalidam o casamento: erro e coação.
· ERRO: Algo que torna insuportável e que seja perdoável (erro escusável, qualquer pessoa ordinariamente cometeria aquele erro), que comprometa o consentimento do indivíduo. 
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro. 
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: 
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado; 
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;
· COAÇÃO: Se a coação for física o casamento não existe, deve ser coação moral para que seja anulável. 
Se for física sequer existe consentimento. 
Art. 1.558. É anulável o casamento em virtude de coação, quando o consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares.
Casamento nulo não se convalida, sendo nulo, sempre será nulo. Já o anulável, se convalida. 
· Convalescimento por tempo
· Convalescimento por questões fáticas; 
Art. 1.551. Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez.
Art. 1.553. O menor que não atingiu a idade núbil poderá, depois de completá-la, confirmar seu casamento, com a autorização de seus representantes legais, se necessária, ou com suprimento judicial.
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a contar da data da celebração, é de: 
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550; 
II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante; 
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557: 
IV - quatro anos, se houver coação. 
§ 1 o Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos menores de dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que perfez essa idade; e da data do casamento, para seus representantes legais ou ascendentes. 
§ 2 o Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do casamento é de cento e oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver conhecimento da celebração.
Ações que invalidam o casamento:
· Ação declaratória de nulidade: casamento nulo;
- Sentença declaratória.
- Efeitos: retroativos – era casada, volta a ser solteira.
· Ação anulatória: casamento anulável; 
- Sentença desconstitutiva ou constitutiva negativa.
- Efeitos: retroativos 
Art. 1561 – Putativo: casamento será invalidado, mas ele vai produzir efeitos.
 
CASAMENTOS ESPECIAIS
· CASAMENTO COM MOLÉSTIA GRAVE: Já aconteceu o processo de habilitação, mas em razão de uma doença, a celebração precisa ser antecipada.
Doença de um dos nubentes;
Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever.
§ 1 o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato. 
§ 2 o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro dentro em cinco dias, perante duas testemunhas, ficando arquivado. 
· CASAMENTO NUNCUPATIVO: Não foi feito procedimento de habilitação. 
Pessoa a beira da morte que decide se casar;
Próprios noivos irão celebrar o casamento;
Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.
Regime será o de separação obrigatória;
Art. 1.541. Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais próxima, dentro em dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de: 
I - que foram convocadas por parte do enfermo; 
II - que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo; 
III - que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e mulher. 
§ 1 o Autuado o pedido e tomadas as declarações, o juiz procederá às diligências necessárias para verificar se os contraentes podiam ter-se habilitado, na forma ordinária, ouvidos os interessados que o requererem, dentro em quinze dias. 
§ 2 o Verificada a idoneidade dos cônjuges para o casamento, assim o decidirá a autoridade competente, com recurso voluntário às partes. 
§ 3 o Se da decisão não se tiver recorrido, ou se ela passar em julgado, apesar dos recursos interpostos, o juiz mandará registrá-la no livro do Registro dos Casamentos. 
§ 4 o O assento assim lavrado retrotrairá os efeitos do casamento, quanto ao estado dos cônjuges, à data da celebração. 
§ 5 o Serão dispensadas as formalidades deste e do artigo antecedente, se o enfermo convalescer e puder ratificar o casamento na presença da autoridade competente e do oficial do registro.
· CASAMENTO CONSULAR: Casamento celebrado perante uma autoridade consular.
Art. 7º e 17º da LINDB – local do domicilio. 
Art. 1.544. O casamento de brasileiro, celebrado no estrangeiro, perante as respectivas autoridades ou os cônsules brasileiros, deverá ser registrado em cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1 o Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir.
08/10 
· CASAMENTO POR PROCURAÇÃO: Não se admite casamento por procuração por instrumento particular. 
Se revoga a procuração, e a pessoa não tinha conhecimento o casamento será anulável. 
Se tinha o conhecimento da revogação da procuração, o casamento se quer existe, por falta de consentimento. 
Se houver coabitação, convalesce. 
Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais. 
§ 1 o A revogação do mandato não necessitachegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos. 
§ 2 o O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo. 
§ 3 o A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias. 
§ 4 o Só por instrumento público se poderá revogar o mandato. 
EFEITOS DO CASAMENTO
· PESSOAIS;
· SOCIAIS;
· PATRIMONIAIS (regime de bens);
EFEITOS PESSOAIS:
· Estabelecimento de comunhão de vida – art. 1511 
· Estabelecimento do domicilio conjugal – art. 1569
· Contribuição igualitária para manutenção do lar – art. 1568
· Exercício conjunto da direção da sociedade conjugal – art. 1567
· Estabelecimento de deveres recíprocos – art. 1566 
· Possibilidade do acréscimo de sobrenome – art. 1565, §1º
EFEITOS SOCIAIS: 
· Formação de uma entidade familiar – art. 1565 
· Emancipação do incapaz
· Parentesco por afinidade
· Mudança de Estado Civil
· Presunção de paternidade
EFEITOS PATRIMONIAIS (REGIME DE BENS);
· Regime de comunhão parcial: Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
- Meação: metade – alguns regimes dão a possibilidade da meação, outros não. 
· Regime de comunhão parcial de bens tem direito à meação sob os bens que forem adquiridos onerosamente na constância do casamento – Para o STJ ocorrendo a separação de fato, apesar de estarem casados, rompe-se o direito à menção - Art. 1830.
PRINCIPÍOS APLICAVEIS AO REGIME DE BENS
· LIBERDADE DE ESCOLHA: Art. 1639 CC.
Existem dois regimes de separação: o LEGAL (próprio legislador impôs o regime. Ex. art. 1641, inc. III) e o CONVENCIONAL (as partes escolhem o regime).
As pessoas elencadas no art.1641 podem escolher o regime da separação convencional? A regra é que qualquer um possa escolher seu regime, sendo a exceção quem se encontra no art. 1641, pois para essas pessoas foi imposto o regime da separação obrigatória.
Exceção: Dentro do regime de separação obrigatória é possível fazer o pacto antinupcial, é possível a escolha, desde que seja o regime mais gravoso (separação convencional), afastando a súmula 377 do STF: Estabelecido pelo enunciado 634 da JEC. 
· PRINCÍPIO DA VARIABILIDADE: Dentro da variedade de regime pode escolher qualquer um e ainda mescla-los. 
· PRINCÍPIO DA MUTABILIDADE: Alteração de regime de bens, deve submeter o pedido ao poder judiciário.
Mesmo se casando antes de 2002, pode alterar o regime de casamento - EJC: 260.
Pode mudar o Regime de separação obrigatória para outro? Pode, não sendo possível no inc. II. 
É possível afastar o inc. II, se demonstrar que antes do 70 anos já vivia uma união estável. – EJC: 262
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; 
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
§ 2 o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. – NÃO PODE TER LIDE, O PEDIDO DEVE SER DE AMBOS OS CÔNJUGES.
A sentença da mudança de alteração de regime retroage, mas caso perceba-se prejuízo a um dos cônjuges, não será indeferido, mas produzirá eficácia absoluta (daqui pra frente). 
PACTO ANTENUPCIAL
É um negócio jurídico solene, opcional, devendo ser apresentado no momento do requerimento para habilitação. 
A falta de registro do pacto não vai impossibilitar a produção de efeitos para o casal – art. 1657
Se o pacto for nulo o regime será alterado, pois não produzira efeitos. 
Art. 1653.
Aplica-se a união estável.
Menor emancipado pode fazer pacto
Menor entre 16 e 18 anos pode fazer, desde que assistido por seus pais; 
REGIMES
REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL
· Tem direito a metade de tudo que é adquirido a título oneroso.
Ex: Ambos se esforçam juntos, trabalham e compraram um apartamento – tem direito a metade;
Um fica em casa e outro trabalha e compra um apartamento – também tem direito – pois esse regime tem presunção de esforço comum, não precisa provar esforço comum para ter direito a menção. 
Presunção de contribuição, presumindo que houve a contribuição, ainda que efetivamente ela não tem acontecido. 
· Bem particular: Nem todo bem adquirido após o casamento vai dar ao meu cônjuge direito à menção, pois no regime da comunhão parcial de bens, existe o direito a menção para bens adquiridos onerosamente na constância do casamento.
Portanto, bens adquiridos à título gratuito (doação e herança) não se comunicam, sendo bem particular.
· Bem comum: Olha pra determinado bem e chega à conclusão que para aquele bem existe direito a menção. 
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes. 
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: BENS PARTICULARES (sem meação) 
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; 
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; 
III - as obrigações anteriores ao casamento; 
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; 
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; 
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; 
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. 
Art. 1.660. Entram na comunhão: BENS COMUNS 
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; 
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior; 
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges; 
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; 
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão. 
Se optar pelo regime da comunhão parcial de bens, não será necessário fazer pacto antinupcial;
MEAÇÃO: direito a metade daquilo que o cônjuge adquiriu na constância do casamento a título oneroso. 
COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS
O regime da comunhão universal faz com que após o casamento, todos os bens pertencentes a ambos os cônjuges se tornem automaticamente bens comuns.
Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte. 
Art. 1.668. São excluídos da comunhão: 
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar – quem grava com essa cláusula é o de cujus (testamento) ou o doador (doação), a escolha, portanto, não é do cônjuge, recebendo o bem com a referida cláusula. 
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva – fideicomisso é uma espécie de substituição testamentária. 
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; 
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; 
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659 .
Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende aos frutos, quando se percebam ou vençam durante o casamento. 
Art. 1.670. Aplica-se ao regime da comunhão universal o disposto no Capítulo antecedente, quanto à administração dos bens. 
Art. 1.671. Extinta a comunhão, e efetuadaa divisão do ativo e do passivo, cessará a responsabilidade de cada um dos cônjuges para com os credores do outro. 
REGIME DA SEPARAÇÃO CONVENCIONAL 
(consensual/absoluta).
O regime da separação convencional é absolutamente o oposto do regime da comunhão universal, porque nesse regime não haverá em nenhuma hipótese comunicação patrimonial. 
Se ficar caracteriza que o cônjuge colaborou economicamente, fica caracteriza o condomínio (não é uma questão de ter direito a metade por conta do regime, significa um condomínio de fato).
REGIME DA SEPARAÇÃO LEGAL/OBRIGATÓRIO 
Tem pacto? Se sim, será do regime da separação convencional. Não tem pacto será do regime da separação legal.
A separação legal estabelece 03 situações na qual será imposto esse regime.
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; 
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos;      
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial (não pode escolher o regime da separação convencional, se casa pelo regime da separação legal e quando fizer 18 anos faz a retificação de registro)
A quem for imposto esse regime, poderá escolher o regime da separação consensual – enunciado 634 da JDC. 
A pessoa que estaria sob a égide da separação legal, ela pode optar pela separação convencional, enunciado 634 permite que as pessoas que estejam elencadas no art. 1641 escolham um regime mais gravoso com menos direitos. 
Súmula 377 do STF: No regime de separação de bens comunicam-se os bens adquiridos na constância do casamento – Transformou o regime da separação legal em algo muito parecido ao regime com o regime da comunhão parcial. 
STJ passou a entender que apenas na situação do casamento de pessoas acima dos 70 anos a colaboração devia ser provada (antes era presumido).
Em 2018 o STJ passou a entender que a colaboração deve ser provada em TODAS as situações. 
A súmula 377 não foi revogada, comunicam-se os bens adquiridos na constância do casamento, mas ela foi reinterpretada – desde que haja prova da colaboração. 
REGIME DA PARTICIPAÇÃO FINAL DOS AQUESTOS
Art. 1.672. No regime de participação final nos aqüestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
Art. 1.674. Sobrevindo a dissolução da sociedade conjugal, apurar-se-á o montante dos aqüestos, excluindo-se da soma dos patrimônios próprios: 
I - os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram; 
II - os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade; 
III - as dívidas relativas a esses bens. 
Parágrafo único. Salvo prova em contrário, presumem-se adquiridos durante o casamento os bens móveis.
OUTORGA UXÓRIA - VÊNIA CONJUNTAL OU MARITAL
É a obrigação que o cônjuge tem de pedir autorização do outro, para a prática de alguns atos da vida civil. 
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta (convencional): 
REGRA: Será necessário a vênia conjugal na comunhão parcial, comunhão universal, separação legal e participação final dos aquestos – EXCETO NO REGIME DA SEPARAÇÃO ABSOLUTA/CONVENCIONAL. 
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; 
Pode o pacto antinupcial de pessoas que se casem sob o regime da participação final dos aquestos, podem dispensar a outorga uxória, somente para a alienação de bens imóveis - Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aqüestos, poder-se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.
No regime da comunhão parcial, quanto do regime da separação legal, comunhão universal e participação final dos aquestos, mesmo que o bem seja particular, será necessário a outorga uxória mesmo que o outro cônjuge não tenha direito a menção. 
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; 
III - prestar fiança ou aval; 
Enunciado 132 da JDC – Essa obrigatoriedade do aval deve ser revogada.
STJ: A falta de aval vai gerar ineficácia parcial em relação ao cônjuge que não deu a outorga. 
Súmula 332 do STJ: Implica a ineficácia total da garantia (fiança)
Novo entendimento do STJ: A ineficácia será total se o fiador declarar seu status civil e o credor sabendo do status civil não pedir outorga, ou parcial se de alguma forma o fiador omitir seu status civil, pois estará enganando o credor para burlar a lei para não pedir outorga para seu cônjuge. 
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação. 
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la – suprimento judicial.
UNIÃO ESTÁVEL
Art. 226, §3º - União Estável é reconhecida na CF;
Lei 9078/96 - Art. 9° Toda a matéria relativa à união estável é de competência do juízo da Vara de Família, assegurado o segredo de justiça.
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. 
Não existe união estável secreta;
§ 1 o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente – Concubinato. 
§ 2 o As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável – As causas suspensivas do casamento não se aplicam a união estável. 
Enunciado 641 da JNC – Segurança jurídica do casamento. 
União estável acima dos 70 anos – O STJ entende que quem constitui união estável após os 70 anos também está impedido de escolher seu próprio regime, poderá escolher o regime quem constitui a união estável aos 69 anos. 
Não é obrigado a fazer contrato para união estável, mas se fizerem não precisa ser por instrumento público. 
No entanto, o contrato por instrumento particular pode ser questionado judicialmente com mais facilidade.
Art. 1.726. A união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no Registro Civil – O código civil estabeleceu que a conversão da união estável em casamento deve ser feito judicialmente. 
FILIAÇÃO
A filiação estabelece uma forma de parentesco entre o ascendente e o descendente de 1º grau. 
Princípio do melhor interesse da criança é basilar nas relações paterno filiar.
- Dever-poder: Poder Familiar. 
Art. 1.596. Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Art. 1.597. Presumem-se (de paternidade) concebidos na constância do casamento os filhos: CASAMENTO e UNIÃO ESTÁVEL 
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal; 
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento; 
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido; 
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga; 
V - havidos por inseminação artificial heteróloga (doador) desde que tenha prévia autorização do marido – Permite que casais homossexuais sejam pais.

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