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26
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA
FACULDADE DE PSICOLOGIA
CAMILA DO VALLE
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
CAMPINAS
2016
CAMILA DO VALLE
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS 
Trabalho apresentado à disciplina Fenômenos e Processos Psicológicos C, da Faculdade de Psicologia, do Centro de Ciências da Vida, como parte das atividades de laboratório exigidas para aprovação. Responsável pela disciplina: Profa. Berenice Carneiro e monitora Heloisa Morais.
PUC-CAMPINAS
2016
1. Introdução 
Gottfredson (1997, p.13), acredita que a inteligência é “a capacidade de raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de forma abstrata, compreender ideias complexas, aprender rapidamente e aprender com a experiência”.
Para Sternberg e Kaufman (1998) e Gleitman, Reisberg e Gross (2009), a inteligência é um conceito construído socialmente, onde diferentes culturas têm concepções diferentes sobre o que é inteligência. Sendo assim, consideram inteligentes aqueles que têm sucesso nessas sociedades, porém, essas diferenças culturais garantem que um teste de inteligência que parece adequado para indivíduos de um determinado ambiente cultural, pode ser totalmente inadequado em outro. 
Já para Myers (2012, p. 307) a inteligência é a “habilidade de aprender a partir da experiência, solucionar problemas e usar o conhecimento para se adaptar a novas situações. No campo das pesquisas, inteligência é aquilo que os testes de inteligência medem.”
De acordo com os autores Gleitman, Reisberg e Gross (2009, p.556), Binet pressupôs há mais de um século atrás que “a inteligência era uma capacidade singular, aplicável a praticamente qualquer conteúdo.” Segundo essa visão, uma pessoa inteligente poderia se sair bem e ter vantagens em quase qualquer tarefa mental. Porém existe uma outra visão, na qual apoia a ideia de que não se pode ser inteligente de modo geral. Pelo contrário, talvez cada um tenha habilidades e talentos diferentes e cada habilidade possa ser útil para certas tarefas mentais, mas não para outras. Portanto, de acordo com esta visão não encontraríamos pessoas que são bem-sucedidas em todo tipo de tarefas mentais, ou em contrapartida, pessoas que sejam inaptas para qualquer atividade intelectual. 
Segundo os autores Oliveira Castro J. e Oliveira Castro K. (2001), os especialistas em inteligência divergem muito sobre o conceito de inteligência ou até mesmo sobre a natureza do fenômeno. Mas de acordo com Myers (2012, p.307), “os especialista em inteligência concordam em um ponto: embora as pessoas tenham diferentes habilidades, a inteligência é um conceito e não uma “coisa”.” Pois o “QI” de alguém não pode ser considerado como se fosse um traço fixo e objetivamente real.
Ainda segundo o autor acima as tentativas ocidentais de avaliar como e porque os indivíduos diferem em habilidades mentais tiveram inicio há mais de um século. Com a pesquisa do cientista inglês Francis Galton, que em 1884 propôs medir “forças intelectuais” levando em consideração o tempo de reação, acuidade sensorial, força muscular e proporções corporais de cada indivíduo. Porém, nessa pesquisa adultos eminentes e estudantes de alto desempenho não se sobressaíram dos supostamente menos brilhantes. Então as medidas não tinham correlação em si.
No entanto, Myers (2012) revela que estudos recentes identificaram a correlação entre pontuação de inteligência e velocidade de assimilação de informações perceptivas e esta correlação corresponde a aproximadamente +0,3 a +0,5. Em outras palavras, aqueles que percebem com mais rapidez tendem a pontuar um pouco mais alto em testes de inteligência. E também existe correlação, cerca de +0,33, entre o tamanho do cérebro e os escores de inteligência. Embora os escores em testes de inteligência aumentem com a idade e por volta dos 7 anos tornam-se estáveis e consistente, porém, conforme os adultos envelhecem, o tamanho do cérebro e a pontuação em teste de inteligência tendem a cair em conjunto. 
Afirmam Woyciekoski e Hutz (2009), que Alfred Binet e Théophile Simon na França em 1905 criaram o primeiro teste satisfatório de inteligência, com objetivo de diagnosticar crianças necessitadas de educação especializada. A escala Binet-Simon possuíam itens que abrangiam a compreensão da linguagem e a habilidade de raciocinar a nível verbal e não verbal. Este teste não só serviu como base de pesquisas futuras, mas também foi aplicado em vários países e línguas. Alguns anos depois, iniciaram-se as pesquisas em avaliação mental de adultos, especialmente em 1939 quando David Wechsler criou a Escala Wechsler de Inteligência para Adultos (WAIS), sendo considerada como um teste de aptidão, que segundo Myers(2012) esses testes de aptidão são desenvolvidos para predizer o que você pode aprender. Já os testes de desempenho são desenvolvidos para avaliar o que você aprendeu. Esses testes devem ser padronizados, com uma amostra representativa das pessoas que serão retestadas, com objetivo de obter uma base para comparações de resultados. Os testes também devem ser confiaveis, ou seja, quando os indíviduos forem retestados deve gerar resultados coerentes e similares. E estes devem ainda ser validos e para que um teste tenha validade ele deve medir aquilo que se propõe a medir. 
De acordo com Myers (2012), uma das formas de verificar a validade e a significancia de qualquer teste é comparar pessoas que obtem escores nos dois extremos da curva normal. Portanto, pessoas que obtem em testes de inteligência escores de 70 ou abaixo, estes estão situados no extremo inferior da curva normal, mas para estas pessoas serem rotuladas como portadoras de retardo mentar, ela deve não só apresentar um baixo escore em testes de inteligência como também uma dificuldade de adaptação às exigências normais da vida independente. Já no outro extremo da curva, o extremo superior, estão aqueles cujos escores obtidos em testes de inteligência são acima da média.
Porém, ainda segundo Myers (2012, p. 324), as pessoas diferem em relação à sua inteligência e seus talentos. Existem algumas pequenas diferenças de gênero e raça. Em relação ao gênero, homens e mulheres têm a mesma média em inteligência, porém mulheres são melhores soletradoras, localizam objetos com mais facilidade e detectam melhor as emoções. Já os homens são melhores em habilidades espaciais e em matemática. Em relação a raça, pesquisas mostram que os brancos obtem escores mais altos que hispânicos e negros, embora esta desigualdade não seja tão grande quanto era até meio século atrás. Estudiosos acreditam que as diferenças ambientas são amplamente responsáveis por essas diferenças grupais. Outro estudo em que as evidências apontam para os efeitos ambientais, são os estudos feito com gêmeos fraternos, que geneticamente não são parecidos, mas são tratados de maneira mais semelhantes por terem a mesma idade, eles tendem a obter escores mais proximos do que outros irmãos. Já as influências dos fatores genéticos podemos ver em estudos com gêmeos idênticos, onde foi descoberto que “os escores em testes de inteligência de gêmeos idênticos educados juntos foram praticamente tão semelhantes quanto os da mesma pessoa submetida ao mesmo teste duas vezes.” E também mostrou que os escores de gêmeos idênticos educados separadamente são bastante parecidos. 
Segundo Woyciekoski e Hutz (2009), com relação a definição de inteligência é possível perceber algumas correntes teóricas. Há autores que a definiram como uma capacidade geral de compreensão e raciocínio, como é o caso de Charles Spearman, que de acordo com Myers (2012) em 1904 Spearman notou que aqueles que obtem pontuação alta em uma área, tipicamente têm pontuações maiores que a media em outras, com isso Spearman propôs uma inteligência geral, onde um conjunto de compêtencias comum, o fator g, estaria subjacente a todo comportamento inteligente. 
Porém Woyciekoski e Hutz (2009) afirmam que “em 1938 Thurstone criticou a inteligência geral de Spearman, e postulou que a inteligênciapoderia ser decomposta em várias capacidades básicas através da análise factorial.” Thurstone então apresentou uma teoria de inteligência composta por sete fatores, sendo eles a compreensão verbal, fluência verbal, aptidão numérica, visualização espacial, memória, raciocínio e velocidade perceptiva. Além disso Thurstone criou o Teste de Capacidades Mentais Básicas. 
Schelini (2006) conta que:	
“Em 1942 Raymond Cattell analisando as correlações entre as capacidades primárias de Thurstone e o fator g da teoria bi-fatorial de Spearman, constatou a existência de dois fatores gerais. Alguns anos depois, John Horn confirmou os estudos de Cattell e os fatores gerais passaram a ser designados como “inteligência fluida e cristalizada”. A inteligência fluida (Gf – fluid intelligence) está associada a componentes não-verbais, pouco dependentes de conhecimentos previamente adquiridos e da influência de aspectos culturais. As operações mentais que as pessoas utilizam frente a uma tarefa relativamente nova e que não podem ser executadas automaticamente representam Gf. Além disso, a inteligência fluida é mais determinada pelos aspectos biológicos.”(SCHELINI 2006, p. 324 apud HORN, 1991; MCGREW, 1997). 
“E a inteligência cristalizada (Gc – crystallized intelligence) representa tipos de capacidades exigidas na solução da maioria dos complexos problemas cotidianos, sendo conhecida como “inteligência social” ou “senso comum” (Horn, 1991). Esta inteligência seria desenvolvida a partir de experiências culturais e educacionais, estando presente na maioria das atividades escolares.”(SCHELINI 2006, p. 324 apud HORN, 1991). 
Segundo Woyciekoski e Hutz (2009) Thorndike foi o primeiro a tentar ampliar o conceito de inteligência para além de capacidades intelectuais gerais, que são aquelas capacidades geralmente relacionadas a competências acadêmicas. Então Thorndike propôs a inteligência emocional, como a capacidade de perceber os motivos, comportamentos e estados emocionais próprios e alheios. Portanto esta inteligência consiste em resolver uma variedade de problemas apresentados nos diferentes contextos sociais. 
Salienta o autor Myers (2012, p. 311), que a teoria de inteligência de Robert Stenberg concorda com a existência de diversas capacidades mentais relativamente independentes umas das outras, com isso Stenberg propôs uma teoria triarquica, sendo composta por inteligência analítica, que é a capacidade de analisar, comparar e avaliar ideias, a outra é a inteligência prática que é utilizada para tarefas cotidianas e a ultima é a inteligência criativa que envolve a criatividade, que é “a habilidade de produzir ideias que sejam tanto novas como valiosas.” Porém, a criatividade é mais do que os testes de inteligência revelam. De fato, os testes de inteligência requerem pensamento convergente, já a criatividade requer pensamento divergente.
	Gardner (1995, p.13), tem uma visão pluralista de mente, apontando muitas facetas diferentes e separadas da cognição e reconhecendo que as pessoas tem forças cognitivas diferentes e estilos cognitivos contrastante. E por isso devemos “observar as fontes de informações mais naturalistas a respeito de como as pessoas, no mundo todo, desenvolvem capacidades importantes para seu modo de vida.” 
	Para Gardner (1995, p.15), o principal ponto de sua teoria, das inteligências múltiplas, é deixar claro a pluralidade do intelecto. Portanto ele acredita que os individuos podem se distinguir nos perfis particulares de inteligência com os quais nascem e acabam. Ele considera “as inteligências como potenciais puros biológicos, que podem ser vistos numa forma pura somente nos indivíduos que são, no sentido técnico, excêntrico. Em quase todas as outras pessoas, as inteligências funcionam juntas para resolver problemas”ou ate mesmo para produzir vários resultados finais, como ocupações, passatempo etc. Para chegar a esta teoria, ele examinou um amplo conjunto de fontes que jamais havia sido consideradas juntas anteriormente, outra fonte é referente ao desenvolvimento de diferentes tipos de capacidades nas crianças normais. 
	“Uma outra fonte, e muito importante, é a informação sobre o modo pelo qual estas capacidades falham sob condições de dano cerebral. Quando alguém sofre um derrame ou outro tipo de dano cerebral, várias capacidades podem ser destruídas, ou poupadas, isoladamente, em relação a outras capacidades. Esta pesquisa com pacientes com dano cerebral produz um tipo muito poderoso de evidência, porque parece refletir a maneira pela qual o sistema nervoso evolui ao longo do milênio para resultar em certos tipos diferentes de inteligência.” (Gardner, 1995. p. 14)
De acordo com Gama (1993), Gardner acredita que a visão de inteligência do ponto de vista tradicional, é vista como uma capacidade geral, encontrada em graus variados em todos os indivíduos, essa visão de inteligência pode ser medida confiavelmente em testes padronizados de raciocínio lógico e verbal feitos com papel e caneta, onde o número de respostas certas são convertidas num escore padronizado que compara cada criança com uma população de crianças de idade semelhante. Gardner ressalta que estes tipos de testes de inteligência podem predizer o futuro sucesso escolar, mas não podem predizer de maneira satisfatória o desempenho numa profissão. 
E afirma que embora as escolas declarem que preparam os seus alunos para a vida, a vida não se limita apenas a raciocínios verbais e lógicos. E então Gardner propõe que as escolas favoreçam o conhecimento de diversas disciplinas básicas. Que encoragem seus alunos a utilizarem esse conhecimento para resolver problemas e efetuar tarefas que estejam relacionadas com a vida na comunidade a que pertencem, e que favoreçam o desenvolvimento de combinações intelectuais individuais, a partir da avaliação regular do potencial de cada um. ( Gama, 1993)
Com isso, segundo Gama(1993), Gardner propôs a teoria das inteligências múltiplas, que é a competência cognitiva humana como conjuntos de capacidades, talentos ou habilidades mentais, que são chamadas de inteligências. Esta visão de inteligência apoia a ideia de que todos os individuos normais apresentam pelo menos sete tipos diferentes de inteligência, sendo elas, inteligência linguística, que é a sensibilidade para os sons, ritmos e significado das palavras, além de ser uma habilidade para usar a linguagem para convencer, agradar, estimular ou transmitir ideias. Outra inteligência é a musical que se manifesta através de uma habilidade para apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical, já a inteligência lógico matemática é a habilidade de lidar com uma séries de raciocínios, para reconhecer problemas e resolvê-los. E a inteligência espacial é a capacidade de perceber o mundo visual e espacial de forma precisa ou a habilidade de manipular formas ou objetos mentalmente. A inteligência interpessoal pode ser descrita como uma habilidade para entender e responder adequadamente a humores, temperamentos, motivações e desejos de outras pessoas, já a inteligência intrapessoal é a capacidade para ter acesso aos próprios sentimentos, sonhos e ideias, para discriminá-los e utilizar na solução de problemas pessoais. Já a inteligência corporal-cinestésica consiste em controlar os movimentos do próprio corpo e a capacidade de manusear objetos com habilidade. 
Segundo a autora acima, Gardner acreditava que “essas competências intelectuais são relativamente independente, têm sua origem e limites genéticos próprios e substratos neuroanatômicos específicos e dispõe de processos cognitivos próprios”(p. 2). Ou seja, os graus de cada uma das inteligências varia de pessoa para pessoa, distinguindo-se através da maneira que elas se combinam, organizam e utilizam desta inteligência para resolução de problemas e criar produtos. Ele ainda destaca que embora essas inteligências sejam independentes uma das outras, elas raramente funcionam isoladamente.
	A inteligência corporal-cinestésica é exemplo disso, observaram que dançarinos e nadadores desenvolvem um grande dominiosobre os movimentos dos seus corpos. Outros exemplos são os artesões, jogadores de bola e instrumentistas que são capazes de manipular objetos com refinamento. Já no caso do ator ou do performer, para se ter uma performace bem-sucedida é necessario habilidade não somente em inteligências pessoais, mas também em inteligência musical ou linguística. Com isso, fica claro que “quase todos os papéis culturais exploram mais de uma inteligência, ao mesmo tempo, nenhuma performace pode ocorrer simplesmente através do exercicio de uma única inteligência.”(Gardner, 1994, p.161)
	Para Gardner (1994, p. 161), a “caracteristica desta inteligência é a capacidade de usar o próprio corpo de maneira altamente diferenciadas e hábeis para propósitos expressivos assim como voltados a objetivos.” 
De acordo com Gardner (1994), uma descrição do uso do corpo como forma de inteligência pode, a princípio, chocar. A separação entre o mental e fisico esteve alido à noção de que o que fazemos com nosso corpo é menos privilegiado e menos especial do que as rotinas de resolução de problemas, como os presentes na inteligência lógico matemático e linguística. 
O autor acima coloca que dificilmente seria exagero afirmar que a maioria dos segmentos do corpo participa de uma ou de outra maneira na execução de ações motoras, pois o nosso senso cinestésico nos permite julgar ritmos, força e a extensão dos nossos movimentos e ate mesmo a capacidade de fazer adaptações necessárias na esteira destas informações. E o funcionamento do nosso sistema motor é extremamente complexo, solicitando a coordenação de uma enorme variedade de componentes neurais e musculares de uma maneira profundamente diferenciada e integrada. 
2. Objetivos
· Avaliar e comparar o perfil dos participantes quanto às inteligências múltiplas, sendo elas: linguística, lógico-matemática, viso espacial, corporal cinestésica, musical, intrapessoal e interpessoal, a partir dos resultados obtidos pelo Inventário de Inteligências Múltiplas de Howard Gardner;
· Elaborar sete diferentes instrumentos para avaliar o desempenho dos participantes quanto aos sete tipos de inteligências múltiplas;
· Comparar o desempenho dos participantes, a partir da aplicação do instrumento elaborado por cada grupo;
· Comparar os resultados obtidos pelo experimento com a literatura. 
3. Método
3.1 Parte 01- Inventário de Inteligências Múltiplas de Gardner (adaptado por G. Gray).
3.1.1.Situação:
O experimento foi realizado com 14 participantes, todos ao mesmo tempo na sala C23A, da Faculdade de Psicologia Centro de Ciências da Vida, Pontifica Universidade Católica de Campinas. Nasala de formato retangular encontrava-se uma mesa ao centro onde todos os participantes se encontravam sentados em volta, também havia mesas e computadores desligados nas paredes laterais da sala, haviam lâmpadas acesas no interior da sala e ventiladores nos tetos os quais se encontravam ligados.
3.1.2.Participantes: 
P1 – sexo feminino; V.M; 20 anos e 1 mês;
P2 – sexo feminino; E.C.S.G.; 21 anos e 7 meses; 
P3 - D.A.; sexo masculino; 31 anos;
P4 – sexo feminino; C.G.C.; 23 anos e 9 meses;
P5 – sexo feminino; B.A.G.; 17 anos e 10 meses;
P6 - sexo feminino; A.M.V.; 28 anos e 1 mês;
P7 - sexo masculino; A.C.S. 23 anos e 8 meses;
P8 – sexo feminino; G.L.Z.; 19 anos e 6 meses;
P9 – sexo feminino; B.R.G.; 18 anos e 6 meses;
P10 – sexo feminino; L.C.G.; 18 anos e 5 meses;
P11 – sexo feminino; L.S.T.; 21 anos e 9 meses;
P12 – sexo feminino; J.G.N.; 22 anos e 6 meses;
P13 – sexo feminino; C.V.; 21 anos e 8 meses;
P14 – sexo feminino; L.F.; 19 anos e 8 meses.
3.1.3. Material: 
- Inventário de Inteligências Múltiplas de Gardner (Anexo A);
O Inventário de Inteligências Múltiplas de Gardner é um teste que consiste em avaliar as sete inteligências desenvolvidas por Howard Gardner, o teste aqui apresentado é uma adaptação formulado por G. Gray, o inventario contem 70 afirmativas distribuídas na seguinte sequência: linguistica, lógico matemática, visoespacial, corporal-cinestesica, musical, interpessoal e intrapessoal, a sequência volta a ser repetida até o final das 70 afirmações. Cada afirmativa deve ser avaliada pelo participante em uma escala de 1 a 5, sendo que 1 significa que a afirmativa não se parece em nada com a pessoa e 5 significa que se parece totalmente com a pessoa. 
- Folha de resposta (Anexo B);
A folha de respostas do Inventário de Inteligências Múltiplas de Gardner é dividido em 7 linhas e 10 colunas, sendo cada linha correspondente a um tipo de inteligência, a folha de resposta deve ser respondida de maneira vertical, assim obedecendo a ordem das afirmações proposta pelo inventario. Ao termino de responder todas as afirmações, os resultados deveram ser somados por linha, sendo um total máximo de 50 pontos por linha, a linha que tiver uma maior nota é correspondente a melhor habilidade/inteligência da pessoa.
- Tabela descritiva sobre cada um dos sete tipos de inteligência (Anexo C);
- Lápis ou caneta;
- Calculadora;
- Cronometro
3.1.4. Procedimento:
O experimento começou com a leitura feita pela professora sobre as instruções do teste de Inteligências Múltiplas, ela ressaltou que o experimento embora fosse aplicado coletivamente em todos os participantes ao mesmo tempo, ele deveria ser realizado de forma individual e sem conversa. Após a leitura das instruções, a professora perguntou se os alunos tinham duvidas a respeito do teste e após esclarecidas as duvidas o teste foi aplicado. 
3.2 Parte 02- Teste para avaliar a inteligência corporal cinestésica
3.2.1.Situação:
O experimento foi realizado em todos os participantes na sala C23A, da Faculdade de Psicologia Centro de Ciências da Vida, Pontifica Universidade Católica de Campinas. A sala de formato retangular continha uma mesa ao centro, mesas e computadores desligados nas paredes laterais da sala, haviam lâmpadas acesas no interior da sala e ventiladores nos tetos os quais se encontravam ligados.
3.2.2.Participantes: 
B.A.G.; sexo feminino; 17 anos e 10 meses;
B.R.G.; sexo feminino; 18 anos e 6 meses;
D.Z.; sexo feminino; 19 anos;
G.L.Z.; sexo feminino; 19 anos e 6 meses;
V.M.; sexo feminino; 20 anos e 1 mês;
D.P.T.; sexo feminino; 21 anos;
E.C.S.; sexo feminino; 21 anos e 7 meses;
G.F.; sexo masculino; 21 anos e 8 meses;
L.T.; sexo feminino; 21 anos e 9 meses;
J.G.N.; sexo feminino; 22 anos e 6 meses;
C.G.C.; sexo feminino; 23 anos e 9 meses;
A.C.; sexo masculino; 23 anos e 8 meses;
L.S.F.; sexo feminino; 23 anos;
D.A.; sexo masculino; 31 anos.
3.2.3. Material: 
- Folha de pontuação (Anexo D);
- Caneta;
- Cronômetro;
- Caderno;
- Fita crepe;
- Bilboquê de garrafa pet;
- Bolsas; 
- Bolinhas feitas de durex;
- Objetos redondos que se parece com bolinhas;
- Argolas;
- Garrafa pet com areia;
- Bambolê.
3.2.4. Procedimento:
A segunda parte do experimento foi feita de modo a testar a inteligência Corporal-Cinestésica dos participantes, para isso foi realizado um circuito de atividades desenvolvido em cinco etapas, onde cada etapa era limitada a um total de 10 pontos na nota final e embora os participantes fossem chamados em trio para participar, os testes foram aplicados de forma individualmente, antes do inicio de cada etapa os participantes ouviam as instruções de como deveriam ser realizado as atividades. 
A primeira etapa do experimento consistia em testar o equilíbrio dos participantes, para isso eles deviam andar sobre uma linha no chão com um caderno na cabeça sem deixá-lo cair, os participantes tinham um tempo máximo de 15 segundos para realizar a atividade, sendo que no decorrer da linha haviam algumas marcações e conforme os participantes atravessavam essas marcações eles ganhavam dois pontos.
 Na segunda etapa os participantes deviam testar a sua coordenação motora, para isso eles tinham 10 segundos para acertar dez vezes a bolinha dentro do bilboquê sendo que cada acerto equivalia a um ponto.
 Na terceira etapa os participantes deveriam encontrar dentro de 30 segundos cinco bolinhas feitas de durex dentro de uma bolsa grande cheia de objetostais como caneta, batom, papeis picados, fitas, bolinhas feitas de papel, chaves, grampos, algodão, fones de ouvido, etc. Cada bolinha encontrada tinha um valor de dois pontos.
Na quarta etapa os participantes deveriam acertar cinco argolas em uma garrafa pet que estava cheia de areia (para não tombar), nesta atividade os participantes não tinham tempo de realização, cada acerto equivalia a dois pontos. 
E na quinta e última etapa os participantes deveriam rodar o bambolê na cintura o máximo de tempo que conseguissem, sendo que eles ganhavam um ponto por cada segundo. 
4. Resultados
4.1 Parte 01- Inventário de Inteligências Múltiplas de Gardner 
Tabela 1. Resultados individuais dos participantes do inventário dos sete tipos de inteligências múltiplas de Gardner, com total e média de cada inteligência. 
	Participante
	Lin.
	Lóg. Mat.
	V.Esp.
	Cor. Cin.
	Mus.
	Inter.
	Intra.
	P 1
	45
	39
	41
	41
	44
	37
	45
	P 2
	25
	21
	30
	31
	19
	20
	31
	P 3
	41
	37
	39
	47
	32
	40
	38
	P 4
	31
	39
	44
	45
	32
	38
	35
	P 5
	27
	26
	32
	23
	32
	32
	23
	P 6
	33
	26
	35
	32
	34
	34
	34
	P 7
	32
	26
	23
	33
	26
	27
	38
	P 8
	38
	16
	33
	26
	24
	36
	31
	P 9
	31
	33
	42
	34
	29
	30
	38
	P 10
	35
	24
	30
	17
	34
	28
	34
	P 11
	30
	24
	32
	27
	20
	27
	32
	P 12
	22
	25
	26
	22
	26
	25
	36
	P 13
	23
	30
	30
	39
	21
	30
	33
	P 14
	26
	34
	36
	31
	29
	39
	32
	Total
	439
	400
	473
	448
	402
	443
	480
	Média
	31,4
	28,6
	33,8
	32,0
	28,7
	31,6
	34,3
Legenda:
Lin. = Linguistica Mus. = Musical
Lóg. Mat. = Lógica Matemática Inter. = Interpessoal
V. Esp. = Visoespacial. Intra. = Intrapessoal
Cor. Cin. = Corporal Cinestésica
Observa-se na tabela 1 que a média maior encontrada no inventário feito, foi a da inteligência intrapessoal, com 34,3 pontos dos 50 possíveis. Enquanto a menor média foi de 28,6 pontos referente a lógico matemático. 
Gráfico 1.Pontos extremos dos resultados individuais obtidos no inventário de inteligências múltiplas de Gardner.
Neste gráfico 1 analisamos se há pontos extremos (outliers) nos resultados de cada participante, sendo o extremo inferiorde 16 pontos e o extremo superior de 47 pontos. E 32 pontos sendo a pontuação mais obtida entre os participantes.
Gráfico 2. Distribuições, média e desvio padrão das pontuações obtidas no inventário de inteligências múltiplas de Gardner.
Analisando o gráfico 2 conseguimos ver a distribuição e alguns dados das pontuações obtidas no teste.
Com esses dados podemos observar que a média de pontuação obtida é 31,48 com desvio padrão de 6,798. Sendo que, o desvio padrão é a dispersão média das pontuações em relação à média do conjunto de dados. Portanto, um desvio padrão baixo, indica que os dados tendem a ser próximo da média; um desvio padrão alto, indica que os dados tendem a ser espalhados pelo conjunto de dados.
4.2 Parte 02- Teste para avaliar a inteligência corporal-cinestésica.
Tabela 2. Pontuações individuais e média do teste feito para avaliar a inteligência corporal-cinestésica.
	Participante
	Atv. 1
	Atv. 2
	Atv. 3
	Atv. 4
	Atv. 5
	Total
	B.A.G.
	 10
	4
	4
	0
	2
	20
	B.R.G
	 9
	8
	10
	2
	2
	31
	D.Z.
	 10
	6
	6
	0
	2
	24
	G.L.Z
	 10
	5
	10
	2
	2
	29
	V.M.
	 8
	8
	8
	2
	1
	27
	D.P.T.
	 10
	4
	10
	0
	3
	27
	E.C.S.
	 10
	7
	8
	0
	1
	26
	G.F.
	 8
	 10
	2
	2
	1
	23
	L.T.
	 10
	0
	8
	2
	2
	22
	J.G.N.
	 9
	6
	6
	2
	1
	24
	C.G.C.
	 10
	6
	6
	2
	1
	25
	A.C.
	 2
	6
	10
	2
	1
	21
	L.S.F.
	 7
	5
	10
	2
	2
	26
	D.A.
	 1
	7
	8
	2
	1
	19
	Média
	 8,14
	 5,85
	7,5
	1,4
	1,5
	 24,5
Legenda :
Atv = ativdade
Analisando a tabela 2 as pontuações totais individuais apresentam uma dispersão de 12 pontos, sendo que o maior é de 31 pontos e o menor de 19 pontos. E a média total das pontuações individuais foi de 24,5. Em relação a média das atividades iremos cobrir no gráfico abaixo.
Gráfico 3. Média das pontuações obtidas em cada instrumento elaborado para avaliar a inteligência corporal-cinestésica.
Neste gráfico 3 é possível observar que a maior média foi obtida na atividade 1, que está relacionada ao equilíbrio, enquanto que a segunda maior média refere-se à atividade 3 relacionada ao tato. As atividades com menor média são as de número 4 e 5, e estas são referentes a mira e coordenação corporal. 
Gráfico 4. Distribuições, média e desvio padrão das pontuações obtidas no teste feito para avaliar a inteligência corporal-cinestésica.
No gráfico acima podemos ver as pontuações obtidas no teste e alguns dados como a média e o desvio padrão. Sendo que a média de pontuação obtida é de 24,571 com desvio padrão de 3,413. O desvio padrão é a dispersão média das pontuações em relação à média do conjunto de dados. Portanto um desvio padrão baixo, indica que os dados tendem a ser próximo da média; um desvio padrão alto, indica que os dados tendem a ser espalhados pelo conjunto de dados.
Grafico 5. Distribuição de pontos obtidos em cada atividade aplicada para avaliar a inteligência corporal-cinestésica.
Teste diferença de medianas:
Ho: a mediana da pontuação de todos os tipos de testes é igual.
H1: pelo menos uma mediana da pontuação dos testes é diferente.
Nível confiança: 95%
Observa-se através desde gráfico 5 e dos dados obtidos que a média de pontuação para todos os tipos de teste é diferente. Pois como o p-valor é menor que 0,05, rejeita Ho e conclui-se que a mediana de pontuação das atividades é diferente. Como podemos ver no gráfico as atividade 4 e 5 apresentam as menores medianas.
Gráfico 6. Comparação entre as medias das pontuações no inventário de inteligências múltiplas de Gardner e o teste feito para avaliar a inteligência corporal-cinestésica. 
Neste gráfico podemos ver que no primeiro teste, o inventário de inteligências múltiplas de Gardner, a média da inteligência corporal-cinestésica foi de 32 pontos, já no segundo teste, que foi um teste feito para avaliar a inteligência corporal-cinestésica, a média foi de 24,5 pontos. 
5. Discussão 	
A partir da análise dos resultados obtidos no inventário de inteligências múltiplas de Gardner e o teste feito para avaliar a inteligência corporal-cinestésica, juntamente com a base téorica levantada, podemos chegar a algumas conclusões e hipóteses sobre as inteligências. 
Análisando os resultados do inventário de inteligências múltiplas de Gardner, nota-se que a maior média obtida dentre as sete inteligências, foi a inteligência intrapessoal, já a inteligência lógico matemática foi a de menor média. É possível que isso se deu pelo fato dos participantes serem todos estudantes de psicologia e se identificarem mais com a área de humanas e menos com a área de exatas, ou ainda pelo falo de apresentar um número maior de mulheres do que de homens entre os participantes, já que segundo Myers (2012), as mulheres são melhores em detectar e entender as emoções e os homens são melhores em matemática. 
De acordo com o nosso quadro teórico, Gardner (1995) acredita que as pessoas apresentam diferentes graus em cada uma das sete inteligências. Tambem verificamos isso com o gráfico 1, que nos mostra os pontos extremos obtidos pelos 14 participantes no inventário de inteligências múltiplas de Gardner, onde o extremo inferior foi de 16 pontos obtidos pelo participante P8 na inteligência lógico matemática e a maior pontuação nesta inteligência foi a dos participantes P1 e P4 de 39 pontos. Já o extremo superior foi de 47 pontos obtidos pelo participante P3 na inteligência corporal-cinestésica e a menor pontuação desta inteligência foi de 17 pontos obtido pelo participante P10. 
Já no teste feito para avaliar a inteligência corporal-cinestésica também podemos observar esses diferentes níveis entre as pessoas dentro de uma única inteligência, pois a menor pontuação nesse teste foi de 19 pontos e a maior de 31 pontos, mostrando assimque algumas pessoas possuem estágios básicos em um tipo de inteligência e já outras possuem estágios mais sofisticadas. 
Foi possível notar que na atividade 4 do teste de inteligência corporal-cinestésica, que consistia em acertar argolas em uma garrafa pet cheia de areia, que foi utilizado não somente a inteligência corporal, que nos permite medir a força ao lançar a argola, mas também utilizaram a inteligência visuo-espacial calculando mentalmente o espaço para acertar a garrafa. Pois como diz Gardner (1995), embora essas inteligências sejam, até certo ponto, independentes uma das outras, elas raramente funcionam isoladamente. 
No teste feito para avaliar a inteligência corporal-cinestésica as atividades foram elaboradas e aplicadas por ordem crescente de dificuldade e pudemos perceber que as atividades que praticamos com mais frequência, como a atividade 1, que envolve o equilíbrio, e a atividade 3, que envolvia o tato, foram melhores pontuadas. Já a atividade 2, que refere-se a coordenação motora, a atividade 4, que exigia a mira e a atividade 5 que envolve a coordenação corporal, tiveram menores pontuações, isso se deu porque essas atividades exigiam uma coordenação motora, mira e coordenação corporal muito específicas, diferentes das utilizadas no cotidiano. Neste sentido, Gardner (1995) afirma que o desenvolvimento de cada inteligência será determinada tanto por fatores genéticos quanto por condições ambientais, e cada domínio pode ser visto em termos de uma sequência de estágios, em que indivíduos normais possuem estágios básicos em todas as inteligências e estágios mais sofisticados que dependem de maior trabalho ou aprendizado.
Já as atividades 4 e 5, foram as menos pontuadas, por conta das pessoas não utilizarem aquele tipo de movimento com frequência, porém, observamos uma ligeira vantagem da atividade 5 em relação a 4, que pode ser explicada pela variabilidade alta causada por um outlier (ponto fora da curva) em uma amostra pequena, uma vez que uma das 14 pessoas possuía uma habilidade acima da média em como conduzir o bambolê dada a experiencia passada. 
No comparativo entre os dois testes, podemos observar que a média da inteligência corporal-cinestésica do inventário de inteligências múltiplas de Gardner, foi maior do que no teste de inteligência corporal-cinestésica, é possível que isso tenha ocorrido devido as pessoas suporem ser capazes de executarem ações que na prática, isso não se confirma. 
Analisando o desvio padrão, que é a dispersão média das pontuações em relação à média do conjunto de dados. Portanto, um desvio padrão baixo, indica que os escores tendem a ser mais próximos da média; um desvio padrão alto, indica que os escores tendem a ser espalhados pelo conjunto de dados. 
No inventário de inteligências múltiplas de Gardner o desvio padrao é alto, como mostra no gráfico 2, pois os escores obtidos estão espalhados pelo gráfico, não apresentando o formado da curva normal. Mas isso pode ser explicado pela fato de que Gardner acredita que todos os individuos normais são capazes de uma atuação em pelo menos sete tipos de áreas intelectuais. E estes divergem entre os níveis de inteligência em cada uma das sete áreas. Seguindo esta visão, os escores serão variados em cada uma das inteligências, apresentando assim um desvio padrão alto.
Mas quando testamos um único tipo de inteligência, que foi a inteligência corporal- cinestésica, o desvio padrão foi menor, isto pode ter ocorrido pelo fato de ter menos variáveis.
6. Referências 
GAMA, Maria Clara S. S. A teoria das inteligências múltiplas e suas implicações para educação. 1993.
GARDNER, Howard. Estruturas da mente. Ed. 1. Artmed, 1994. 340 p. 
GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Ed. 1. Porto Alegre: Artmed, 1995. 356 p. 
GLEITMAN, Henry; REISBERG, Daniel; GROSS, James. Psicologia. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 848p.
GOTTFREDSON, Linda S. Mainstream science on intelligence: An editorial with 52 signatories, history, and bibliography. Intelligence, 1997. [online] Disponível em: <http://www.udel.edu/educ/gottfredson/reprints/>. Acesso em: 12/11/2015.
MYERS, David G. Psicologia. Ed. 9. Rio de Janeiro: LTC, 2012. 706 p.
OLIVEIRA-CASTRO, Jorge M;  OLIVEIRA-CASTRO, Karina M..A Função Adverbial de "Inteligência": Definições e Usos em Psicologia. Scielo [online]. 2001, v.17, n.3, p. 257-264. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-37722001000300008&script=sci_arttext>. Acesso em: 12/11/2015.
SCHELINI, Patrícia W. Teoria das inteligências fluida e cristalizada: início e evolução. 2006. Scielo [online] Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-294X2006000300010&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 12/11/2015.
STERNBERG, R.J; KAUFMAN, J.C. Human abilities. Annual Review of Psychology, 1998 Ed. 1 v.49. 502 p.     
WOYCIEKOSKI, Carla;  HUTZ, Claudio Simon.Inteligência emocional: teoria, pesquisa, medida, aplicações e controvérsias.Scielo [online]. 2009, vol.22, n.1, pp. 1-11. ISSN 1678-7153. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010279722009000100002>. Acesso em: 12/11/2015.
Atividade 1	Category 1	8.14	Atividade 2	Category 1	5.85	Atividade 3	Category 1	7.5	Atividade 4	Category 1	1.4	Atividade 5	Category 1	1.5	
Média	Teste 1	Teste 2	32	24.5	
4
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3
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