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EPIDEMIOLOGIA CÂNCER

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VITÓRIA DRESCH XAVIER
EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER
➔ A incidência de câncer varia de acordo com a
geografia, idade, raça e histórico genético.
➔ Os cânceres são mais comuns em adultos
com mais de 60 anos de idade, mas ele ocorre
em adultos de todas as idades.
➔ Acredita-se que a variação geográfica
resulta, principalmente, de diferentes
exposições ambientais.
➔ O risco de câncer aumenta por proliferações
reparadoras causadas por inflamação crônica
ou lesão tecidual, certas formas de
hiperplasia e imunodeficiência.
➔ As interações entre fatores ambientais e
fatores genéticos podem ser importantes
determinantes do risco de câncer.
➔ O Instituto Nacional do Câncer considera
como principais fatores de risco para o
câncer:
◆ o tabagismo;
◆ o alcoolismo;
◆ Obesidade e hábitos alimentares,
principalmente em relação ao
consumo de alimentos ricos em
gordura, nitritos, alcatrão e
aflatoxina.
◆ As radiações, sendo estas as
ionizantes e as radiações ultravioletas
natural, provenientes do sol;
◆ o uso de medicamentos, que podem
ter efeito carcinogênico ou ainda
supressores imunológicos;
◆ o uso de hormônios e fatores
reprodutivos;
◆ o contato com os agentes infecciosos
e parasitários;
◆ a exposição ocupacional, com
exposição a agentes químicos, físicos
ou biológicos;
◆ a poluição do ambiente geral.
Os tumores mais comuns em homens:
● próstata,
● pulmão
● cólon/reto.
Em mulheres, os cânceres de
● mama
● pulmão
● Regiao colorretal
Os cânceres de pulmão, da mama feminina,
da próstata e da região colorretal constituem mais de
50% dos diagnósticos de câncer e das mortes por
câncer na população dos Estados Unidos.
Nos países em desenvolvimento os cânceres
mais comuns envolvem o pulmão, estômago e fígado
nos homens; e a mama, colo do útero e pulmão nas
mulheres
As influências ambientais parecem ser os
fatores de risco dominante para a maioria dos tipos
de câncer.
Agentes infecciosos:
Acredita-se que cerca de 15% de todos os
cânceres no mundo sejam causados direta ou
indiretamente por agentes infecciosos,
EX.: o vírus do papiloma humano (HPV),
Tabagismo:
O fumo, principalmente de cigarros, tem sido
apontado como causador das mortes por câncer de
boca, faringe, laringe, esôfago, pâncreas, bexiga e,
mais significativamente, de cerca de 90% das mortes
por câncer de pulmão
Consumo de álcool:
O abuso do álcool por si só aumenta o risco de
carcinomas de orofaringe (excluindo os lábios),
laringe e esôfago e carcinoma hepatocelular (pelo
desenvolvimento da cirrose).
VITÓRIA DRESCH XAVIER
O álcool e o tabaco, juntos, aumentam de
forma sinérgica o risco de câncer nas vias aéreas
superiores e no trato digestório.
Dieta:
uma ampla variação geográfica na incidência
de carcinoma colorretal, carcinoma de próstata e
câncer de mama é atribuída a diferenças na dieta.
Obesidade:
Os indivíduos mais obesos na população
norte-americana apresentam aumento de 52%
(homens) e 62% (mulheres) nas taxas de mortalidade
por câncer em relação aos seus colegas mais
magros; como consequência aproximadamente 14%
das mortes por câncer em homens e 20% em
mulheres podem ser atribuídas à obesidade
História reprodutiva:
Estimulação por estrogênio, especialmente
se não houver oposição pela progesterona, aumenta
o risco de câncer de mama e do endométrio, tecidos
que são sensíveis a esses hormônios.
Carcinógenos ambientais:
Raios ultravioleta [UV], poluição atmosférica,
água de poço (p. ex., o arsênico, especialmente em
Bangladesh), certos medicamentos (p. ex.,
metotrexato), trabalho (p. ex., amianto), ou até
mesmo carne grelhada, dieta rica em gordura, álcool.
A maioria dos carcinomas ocorre nos anos
mais tardios da vida (>55 anos).
O câncer é a principal causa de morte entre
as mulheres com idade entre 40 e 79 anos e entre os
homens com idades entre 60 e 79 anos;
Causas:
● acúmulo de mutações somáticas associadas
ao surgimento das neoplasias malignas (ver
adiante)
● declínio na imunocompetência, que
acompanha o envelhecimento
OBS.: A leucemia aguda e as diferentes neoplasias do
sistema nervoso central acometem a crianças. As
neoplasias comuns da lactância e da infância incluem
os denominados tumores de células pequenas,
redondas e azuis tais como o neuroblastoma, o tumor
de Wilms, o retinoblastoma, as leucemias agudas e
os rabdomiossarcomas.
Inflamação Crônica e Câncer:
● A inflamação crônica causa lesão tecidual
acompanhada por uma proliferação
compensatória de células que servem para
reparar os danos.
● Isso pode aumentar o grupo de
células-tronco teciduais, que podem ser
particularmente suscetíveis à transformação.
● Lesões epiteliais crônicas também muitas
vezes levam à metaplasia
● ao longo de períodos mais longos de tempo
(anos a décadas), tais alterações podem
permitir que as células com mutações
potencialmente oncogênicas sobrevivam,
levando ao câncer.
EX.: o diagnóstico e o tratamento eficaz da gastrite
por Helicobacter pylori com antibióticos pode acabar
com uma condição inflamatória crônica que poderia
levar ao desenvolvimento de um câncer gástrico.
Lesões precursoras e câncer:
● São alterações morfológicas localizadas que
estão associadas a um alto risco de câncer.
● Praticamente todas as lesões precursoras
surgem em superfícies epiteliais e estão
associadas a um risco aumentado de várias
formas de carcinoma.
● Muitas surgem no contexto da inflamação
crônica e podem ser reconhecidas pela
presença de metaplasia:
EX.: esôfago de Barrett (metaplasia gástrica e
colônica da mucosa esofágica no contexto de refluxo
gástrico); metaplasia escamosa da mucosa
brônquica (em resposta ao tabagismo) e da mucosa
VITÓRIA DRESCH XAVIER
da bexiga (em resposta à infecção esquistossomose);
e metaplasia colônica do estômago (no contexto de
anemia perniciosa e gastrite atrófica crônica).
● OBS.: alguns tumores benignos de alto risco
podem virar malignos por possuírem como
propriedade uma instabilidade genômica que
pode. Tumores verdadeiramente benignos
não a possuem.
Estados de imunodeficiência e câncer:
Os pacientes que são imunodeficientes, e em
particular aqueles que têm déficits de imunidade de
células T, apresentam um risco aumentado para
cânceres.
Principalmente linfomas, certos carcinomas
e mesmo alguns sarcomas e proliferações
semelhantes ao sarcoma.
● Contribuições hereditárias e não hereditárias
interagem entre si.
● Mesmo em tumores com um componente
hereditário bem definido, o risco de
desenvolvê-lo pode ser fortemente
influenciado por fatores não genéticos
Ex.: o risco de câncer de mama em mulheres que
herdam cópias mutadas de genes supressores de
tumor BRCA1 ou BRCA2 é quase três vezes maior
para as mulheres nascidas depois de 1940 do que
para as mulheres nascidas antes daquele ano, talvez
por causa das mudanças na história reprodutiva.