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Aula 14 - Alimentação de Bovinos de Corte

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11/21/2012
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Paulo R. Leme
prleme@usp.br
Nutrição de bovinos de 
corte a pasto
Nelore constitui cerca de 
70% do rebanho bovino 
brasileiro
2
A base da produção de gado de 
corte no Brasil
Cerrado
Brachiaria sp and Panicum spp.
Bos indicus, especialmente, 
Nellore
3
Terra disponível
Fonte: Barros, 2010
Abate de fêmeas nos principais países produtores Destino da carne bovina brasileira - 2010
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Carne sustentável
Sustentabilidade:
Econômica
Ambiental
Social
Efeito da idade de abate na 
eficiência produtiva
Abate aos
Variável 42 meses 38 meses 24 meses
Número animais 6.874 7.234
+5,2%
7.534 
+10%
Número vacas 1.866 2.140 2.495
Número bezerros 1.206 1.384 1.566
Animais abate 1.135 1.293
+21,9%
1.492
+31,5%
Produção, kg/ha 111 122 138
Carcaça, kg/ha 52 57 67
Desfrute, % 16 18 20
Fonte: Euclides Filho & Cezar, 1995
Pedro A.A. Pereira, Diretor 
da Embrapa
� “Se utilizássemos a mesma tecnologia de 1970 
para produzir o mesmo volume de grãos que 
temos hoje – cerca de 150 milhões de toneladas -
, precisaríamos de uma área cinco vezes maior”.
Fonte: O Estado de São Paulo, 17-7-
2011
Aplicação de tecnologia 
Pastagem x Rebanho - Brasil
Fonte: Scot Consultoria
15
%
-2%
Tópicos
� Características nutricionais das 
pastagens tropicais
� Nutrição protéica e energética
� Ingestão de forragem e taxa de 
substituição
� Manejo da suplementação
� Conclusões
Características das pastagens 
tropicais
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Princípio básico para alimentação de bovinos de corte 
a pasto
TER PASTO!!!
Pastagem de capim-tanzânia de 10 anos
Pasto
Brachiaria
brizantha
Período
das
águas
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Pasto
Brachiaria brizantha
Suplemento
Alimentar
No cocho
Período das “águas”
Período das “secas”
Lourenço, Manella e Leme, 1998
Lourenço, Manella e Leme, 1998
Potencial de ganho de animais a pasto
• Animais a exclusivamente a pasto expressam em média apenas 35 a 40% do seu 
potencial de ganho
• Ganho médio em confinamento : 1,2 kg/dia. 
• As forragens tropicais não suprem totalmente as exigências para o máximo 
desempenho dos animais
Euclides, 2000
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
Out
Colonião
Tobiatã
Tanzânia
Mombaça
Decumbens
Marandu
Mar Ago Média
Euclides, 2000
Potencial de ganho de bovinos a pasto
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taxa de lotação (nº de animais/ha) 
taxa de rebrota
quantidade e qualidade da forragem
produções por animal e por área
Ganho/animal
Ganho/ área
Sub pastejo Super pastejo
Amplitude 
ótima
TL mínima TL ótima TL máxima
Confinamento aumenta a 
produção de carne no pasto
Peso vivo,
kg
Lotação,
animal/ha
Ganho 
diário, kg
Produção 
carne kg/d
250-280 4 0,600 2,4
450-480 2 0,400 0,8
+300%
Confinamento Produtividade de carcaça (kg/ha 
útil) em uma área de 1.000 ha
Fonte: Monteiro & Lanna, 2009
Média brasileira Intensivo a pasto Intensivo a pasto 
mais confinamento
Produtividade de metano por carcaça produzida 
(kg/kg)
Fonte: Monteiro & Lanna, 2009
Fonte: Monteiro & Lanna, 
2009
Produção de CO2 equivalente
Nutrição protéica e energética de 
animais a pasto
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Princípios básicos da formulação de suplemento
� Objetivos da suplementação:
– Corrigir nutrientes deficientes na forragem
� minerais, proteína, energia, vitaminas;
– Maximizar o consumo da forragem;
� garantir oferta de forragem em quantidades adequadas.
Otimização da fermentação 
ruminal
� Formular dietas para suprir substratos 
para maior eficiência microbiana:
– “ao formular dietas para ruminantes, alimentar em 
primeiro lugar as bactérias”
– fontes de N: proteína degradável no rúmen (PDR), 
nitrogênio não protéico (NÑP).
– Fonte de carboidratos: estruturais (fibra da forragem), 
não estruturais (amido e açucares, adicionados a 
dieta).
� Melhor desempenho animal.
A quantidade de forragem ingerida é o 
primeiro fator de limitação de produção 
animal (Minson, 1990). 
A proteína de origem bacteriana pode suprir 
50 a 100% do requerimento de proteína 
metabolizável: a síntese protéica é 
fundamental para a nutrição do animal.
Regra da suplementação a pasto: corrigir 
desbalanços e não substituir o pasto como 
alimento.
Suplementação protéica
Exigência do conteúdo de N-amoniacal no 
ambiente ruminal:
1% N = 1,0 x 6,25 ≡ 7% de PB na dieta
Suplementação Protéica
Porcentagem de 
N com 
digestibilidade 
baixa ou nula!
*Simulação de uma pastagem diferida, para uso no período 
seco
Exigências nutricionais de Bovinos Nelore
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Valor Nutritivo da Pastagem e atendimento das exigências de garrotes 
Nelore com pesando 300 kg, e consumo de Forragem de 2,0% do PV
Características da forragem: 9% PB , 40%PDR (%PB) 55% NDT
O que é proteína bruta?
� Medida do conteúdo de N: teor de N x 6,25*;
* % de N na proteína (100÷16) =6,25
� Não especifica se é:
– aminoácido- N
– N não-protéico
– Disponibilidade e degradabilidade do N no rúmen ou
– O quanto escapa do rúmen
� PROTEÍNA VERDADEIRA
– Composta de aminoácidos
Proteína Metabolizável
O sistema de PM considera a degradação da
proteína no rúmen e separa os requerimentos em
necessidades dos microrganismos ruminais e as
necessidades do animal hospedeiro em termos de PM
(proteína verdadeira absorvida pelo intestino).
Proteína da dieta ���� PDR ���� Microrganismos 
ruminais
���� ����
PNDR PMIC
���� ����
Animal hospedeiro
Otimização da síntese de Proteína microbiana
� Proteína microbiana: principal fonte de proteína para o 
ruminante, e a mais barata. 
� A eficiência de síntese de Prot. Microbiana em relação ao 
NDT varia de 7 a 17%.
� NRC (1996) optou por usar o valor de 0,13 x consumo de 
NDT 
� A quantidade de PDR é dada na dieta em função da 
eficiência de síntese de proteína microbiana.
– Segundo Boin um fator para cálculo de PDR é de 0,125 
(valor médio encontrado na literatura)
� PDR= 0,125 x % NDT. Ex. Um suplemento com 70% de 
NDT tem a necessidade de 8,75 % de PDR na MS.
Metas para nutrição com proteína do NRC:
– Fornecer quantidades adequadas de PDR 
(proteína degradável no rúmen) para 
proporcionar a eficiência ideal com o 
mínimo de PB na dieta
Nutrição com Proteína – NRC 2001
Página 43, Dairy NRC 2001
Metas para nutrição com proteína do NRC:
– A otimização do uso eficiente de PB requer:
� Proteínas complementares na ração e suplementos 
de NNP que fornecerão os tipos e as quantidades de 
PDR necessárias para atender as exigências (porém 
sem ultrapassá-las) de N pela microbiota ruminal 
para maximização da Proteína Microbiana
� Fornecimento dos tipos e quantidades de PNDR 
necessários à otimização do perfil e das quantidades 
de AAs absorvidos
Nutrição com Proteína – NRC 2001
Página 43, Dairy NRC 2001
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Metas de Proteína do NRC:
• Melhorar a eficiência do uso de proteínas 
e N ao mesmo tempo em que se busca a 
produtividade ideal
Nutrição com Proteína – NRC 2001
Página 43, Dairy NRC 2001
Incentivos para promover o uso de uréia:
• Redução do custo de ração por unidade 
de produção
• Possibilidade de maior eficiência da 
produção 
• Criação de espaço na dieta para outros 
nutrientes
Nutrição com Proteínas – NRC 2001
Página 43, Dairy NRC 2001
Sintese de proteína 
microbiana
� Maximizada quando há sincronia 
entre a degradabilidade de CHO e 
Proteína.
� Ou aumento de PDR em relação a 
carboidratos digestíveis.
Proteina Microbiana (g/dia) x Relação de 
CNE:PDR da Dieta
54% de CNE
37% de CNE
25% de CNE
Stokes et al. 1991
kg de PBMic/dia x kg de PDR/dia
Hoover e Stokes 1991
Farelo de milho 16 horas
Soja 14 horas
Milho com alta 
umidade
10 horas
Canola 08 horas
Açúcares 01 hora
Uréia 01 hora
Fermentação de proteínas e 
carboidratos no rúmen
Sincronização 
produz 
bactérias!!!
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Efeitos da PDR no ambiente ruminal e no animal
Aumento das concentrações N amoniacal no 
rúmen;
Melhor eficiência microbiana;
Aumenta o consumo de forragem;
Melhora a digestibilidade da forragem;
Melhor desempenho;
Animais em pastagem de baixo valor nutritivo,ao
receberem suplementos protéicos aumentam o consumo e
a digestibilidade da forragem
Efeitos da PDR no fluxo de proteína microbiana 
para o duodeno
•PDR + energia disponível = maior eficiência no crescimento microbiana
Efeitos da ingestão de proteína degradável no rúmen
na ingestão e digestão da matéria orgânica de feno de
baixa qualidade.
Fonte Koster et al. (1996).
Concentrações de PB no suplemento e aumento no 
consumo do suplemento (dados médios)
Fonte: Heldt, 1998
Algumas fontes com elevado teor PDR
� Farelo de soja: 46%PB e 65-70%PDR/PB
� Farelo de algodão: 31 %PB, 60%PDR/PB
� Farelo proteinoso de milho (Refinasil/Promil): 23%PB, 75-
80%PDR/PB
� Farelo de girasol: 30%PB, 70%PDR/PB
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Substituição da Proteína verdadeira por NNP
� Vantagens: diminuição no custo da dieta, 
� A % de PDR na forma de NNP não deve ultrapassar 70% 
– em geral usa-se em torno de 30-50 %.
� Fontes:
– Uréia: 42 a 47 % de N
� equivalente em proteína 280 % (%N x 6,25).
– Sulfato de amônio :21 % de N e 22 % de S;
� equivalente em proteína 131 %;
– a mistura 85 % de uréia e 15 % de sulfato de amônio visa garantir
enxofre para síntese de alguns aminoácidos essenciais pelas
bactérias
Nível de uréia em suplementos protéicos
Q = efeito quadrático (p < 0,05).
Suplementos protéicos (40% PB) fornecidos para suprir 360 g de 
PDR por dia para novilhos. 
Adaptado de Köster et al. 1997.
Cuidados no uso de uréia
� Adaptação gradativa dos animais dos animais;
� Garantir fontes de energia para melhor eficiência microbiana, e como
prevenção a picos muito elevados de NH3
� Dietas com uréia, diminuí o desempenho em até 25-80% em relação ao
desempenho esperado de suplementos com proteína verdadeira
� Sinais de intoxicação, deve suspender o fornecimento.
• 1 a 1,5 % na MS de uréia na dieta total;
• 5% de uréia no concentrado;
• 30-50 % de nitrogênio da uréia em relação ao N total da dieta,
• Adicionar fontes de carboidratos para otimizar a síntese de proteína
microbiana.
•Fornecer suplemento no período da tarde
• Mistura uniformemente a uréia com a ração;
Sugestões para uso de uréia em dietas de bovinos:
Proteína não degradada no rúmen (PNDR)
� Aumenta o fluxo de proteína metabolizável para o
duodeno, exercendo um “efeito aditivo” a proteína
microbiana
– após a otimização da síntese de proteína microbiana,
o uso de fontes de PNDR servem como um
complemento para atender as exigências e
maximizar o desempenho animal;
Fontes de PNDR
� Farinha de peixe: 67 % PB 70%PNDR/PB
� Protenose: sub produto do milho com 60% de PB 60% 
PNDR/PB;
� Outras fontes: podem ser obtidas com o tratamento 
físico/químico, como por ex. a tostagem do grão de soja
� Formulações a base de PNDR são caras, podendo tornar-
se inviáveis. 
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Energia
O fornecimento de fontes energética em
suplementação protéica tem como objetivo fornecer
carboidratos para melhor eficiência no uso do N p/
sínetes de proteína microbiana
� carboidratos :
� não estruturais (glicose, amido);
� estruturais: pectina, hemicelulose.
– Fibras de alta digestibilidade.
Algumas Fontes energéticas
� Milho;
� Sorgo
� Melaço;
� Farelo de trigo;
� Farelo de arroz,
� Raspa de mandioca e resíduo de farinheira 
� Polpa cítrica peletizada, 
� Casca de soja, etc
Suplementos energéticos
� Indicado para animais em terminação
� Alimentos c/ PB< 18%, NDT > 65%;
� Elevado consumo, com efeito de substituição. O
uso de limitadores de consumo é pouco eficaz.
� “Afeta de maneira negativa a digestibilidade da
Forragem”;
� Sem resposta para pastagem de baixo valor
nutritivo
� Aumenta o aporte de energia metabolizável;
� Melhores resultados é o uso da energia com
fontes de proteína (suplementos-protéico
energéticos)
Suplementos energéticos
A ingestão de energia pelo animal
pode ser feita de forma indireta, ou
seja, fornecendo a proteína para
estimular o consumo da forragem e
melhorar a digestibilidade da mesma.
Ingestão de forragem e taxa de 
substituição
Influência da qualidade da pastagem na exigência e consumo 
real de MS. (adaptado de PRATES, 1999) 
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Limitadores de consumo
� Sal:
– altos níveis de inclusão para limitar o consumo.
� A necessidade diária de sal de um bovino gira em torno de
30 g/cabeça/dia,
� para controle no consumo voluntários diário de sal seja de
aproximadamente 0,1 % do PV (Gill, 1998)
� Geralmente os teores de sal que limitam o consumo do
suplemento concentrado em 500-800 g/dia, giram em torno
de 25 a 30% do suplemento.
– Porém as quantidades de sal para limitar o consumo são
variáveis entre e dentro das propriedades.
Consumo de forragem x suplemento
� Efeitos associativos: aumento no consumo de forragem,
com melhora na digestibilidade, por exemplo o fornecimento
de suplementos protéicos para forragens de baixo valor
nutritivo;
� Efeito de substituição: o animal reduz o consumo da
forragem pelo suplemento. Em geral ocorre com
suplementos de alto teor energético, ou de elevado consumo
(>1% do PV).
Taxa de substituição
- É a redução do consumo de forragem por 
ruminantes sob pastejo devido à 
suplementação. 
- Quanto ⇑⇑⇑⇑ amido ⇓⇓⇓⇓ consumo de forragem 
(Reis et al, 1996).
Taxa de substituição
- Chase e Hibberd (1987):
. 1kg milho/dia: ⇓⇓⇓⇓ 7% de ingestão de feno
e ⇑⇑⇑⇑ 12% da digestibilidade da ingesta.
. 2 ou 3kg milho/dia: ⇓⇓⇓⇓ drástica da ingestão e 
digestibilidade do conteúdo ingerido.
Substituição
� Aumento da capacidade de suporte das 
pastagens suplementadas.
� Para cada 100g de NDT fornecido na 
forma de suplemento, diminui-se 
ingestão de 76g e 86g de NDT da 
forragem nos períodos seco e chuvoso, 
respectivamente (Bisschoff et al., 1967 
citados por Boin & Tedeschi, 1997)
Efeito de substituição
� Prováveis causas da diminuição do consumo da 
forragem
– saciedade:
� sinalizadores químico (AGV’s) no rúmen
� metabólitos no sangue;
– queda do pH ruminal
– diminuição da digestão da forragem
– Pode ser usado estrategicamente, como quando se 
deseja manter altas lotações, e a produção de 
forragem não é adequada.
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Substituição
Efeito de Substituição
– forragens de baixa qualidade pode ter seu consumo 
aumentado em função do melhor fornecimento de 
substrato no rúmen para atividade microbiana 
(efeito associativo)
– forragens de alta qualidade, associadas ao
fornecimento de suplemento, rapidamente atingem
as exigências de energia e proteína dos animais
(efeito de substituição)
Qualidade da forragem:
consumo x suplemento
Moore et al (1999):
•Diminuição no consumo de forragem: 
•consumo de NDT via suplemento for maior que 0,7 % PV;
•quando a relação NDT:PB da forragem for menor que 7,
•consumo voluntário de forragem é superior a 1,75 % PV.
•Aumento no consumo:
•em geral quando a proporções NDT:PB é maior que 7
(déficit de N em relação a energia da forragem).
Qualidade da forragem:
consumo x suplemento
substituição
Efeito da disponibilidade e qualidade da
forragem no consumo do suplemento
Consumo do suplemento ao longo do período de pastejo.
Fonte: Manella (2000, dados não publicados).
Manejo da suplementação
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Tipos de suplementos
� Sal mineral + uréia: suplemento mineral com fonte de
nitrogênio não protéico (uréia, NÑP), muitas vezes
adicionado de palatabilizante (melaço, milho moído).
� Sal proteínado: Suplementos com PB > 20 %, composto
de mistura mineral com fonte de proteína verdadeira (f.
soja, f. algodão, etc) podendo ter ou não NÑP.;
– Sal proteínado ≠≠≠≠ Sal mineral + uréia
� Energéticos: PB < 20 %, geralmente composto
minerais, grãos (milho) e fibras digestíveis (casca de
soja, polpa cítrica)
� Misturas múltiplas: suplementos protéico energéticos,
composto por fontes de energia, proteína verdadeira,
NÑP, sal mineral, podendo ou não ter aditivos,
Manejo da Suplementação
� Horário de fornecimento: Manhã x tarde (manter horários fixos).
� Freqüência de suplementação:
– “O suplemento deve estar disponível diariamente ao animal”. O uso de
limitadores podereduzir a freqüência de fornecimento do concentrado
� Boa distribuição de água;
� Estabelecer período de adaptação em dietas com elevado teor de uréia;
� O tamanho do cocho deve ser compatível com o número de animais e a
capacidade de distribuição do concentrado;
� O animal deve ter fácil acesso ao cocho!
Cocho p/ sal mineral
Consumo do Sal mineral : 50 a 100 gramas / dia
Dimensionamento de cocho = 4 cm linear de
cocho / UA = 50 animais / metro de cocho com
acesso dos 2 lados.
Um cocho de 4 metros de comprimento por 25 a
30 centímetros de boca e profundidade é
suficiente para 150 a 200 animais adultos.
Cocho p/ Suplementos proteínados/misturas 
múltiplas:
• Suplemento proteínados: 100 - 1000 gramas / animal /
dia;
Dimensionamento de cocho = 8 cm linear de cocho /
UA = 25 animais / metro de cocho com acesso dos 2
lados.
Normalmente um cocho de 8 metros de comprimento
por 25 a 30 centímetros de boca e profundidade é
suficiente para 150 a 200 animais adultos.
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Cocho p/ semi confinamento
Semi confinamento: consumo de suplementos de 1
a 4 kg/dia.
Dimensionamento de cocho = 30 cm linear de
cocho / UA = 6 animais / metro de cocho com
acesso dos 2 lados.
Normalmente um cocho de 30 metros de
comprimento por 25 a 30 centímetros de boca e
profundidade é suficiente para 150 a 200 animais
adultos.
Cocho para creep feeding
Cocho para creep feeding: são cochos cercados de
forma a permitir apenas o acesso dos bezerros,
sendo localizados próximos ao cocho das vacas
Dimensionamento = 4 cm linear de cocho / bezerro =
50 bezerros / metro de cocho.
A altura da boca deste cocho deve ser de 50 cm.
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Ingredientes utilizados na composição dos suplemento
Alimentar para os períodos das secas e águas (Lourenço, Manella 
e Leme, 1998)
Ingrediente (%) .............................Secas.....................Águas
Farelo de soja ................................63,00......................64,25
Farelo de trigo ...............................11,84......................10,00
Farinha de peixe ............................ - .............. .......12,00
Uréia .................................................5,00 ..................... 1,00
Refinasil ...........................................8,50 ................... ... -
Caulim ............................................ 1,30 ...................... 1,30
Calcario ........................................... 2,00 ...................... 2,00
Fosfato bicalcico ............................ 1,00 .................... 1,00
Micro-nutrientes ............................ 0,40 ..................... 0,40
Rumensin .........................................0,16 ..................... 0,16
Sal (cloreto de sódio) .................... 6,80 ...................... 6,80
Consumo de PNDR/anim/dia (g)... 64,0 .................... 124,1
Composição química do suplemento alimentar
para o período das secas e das águas
Composição químicaSecas Águas
MS (%) ...................90,7 .............91,3
NDT (%)..................76,78 .......... 73,96
PB (%) ...................46,9...............43,9
PNDR (%) ..............13,1..............16,2
FDN (%....................12,7..............15,6
FDA (%) ....................8,7..............11,0
MM (%) ...................20,3............17,7
Ca (%) .......................3,2..............1,7
P (%) ..................... 1,2................ 0,6
Energia
O fornecimento de fontes energética em
suplementação protéica tem como objetivo fornecer
carboidratos para melhor eficiência no uso do N p/
sínetes de proteína microbiana
� carboidratos :
� não estruturais (glicose, amido);
� estruturais: pectina, hemicelulose.
– Fibras de alta digestibilidade.
Lourenço, Manella e Leme, 1998
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Rendimento
Carcaça
(%)
Testem........57,4%
Leucena.......57,8%
“Secas”........58,0%
“Ano”...........58,6%
Ganho de peso vivo 
Kg de carcaça/ha
Testem.....113
Leucena....146
“Secas”....134
“Ano”.......187
DESEMPENHO ANIMAL
DA
DESMAMA
AO
PESO DE ABATE
PERÍODO:
2 “SECAS” E 1 “ÁGUAS”
Lourenço, Manella e Leme, 1998
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Forragem disponível
kg M.S. / kg P.V.
AVALIAÇÃO DA CARCAÇA
Bovinos Nelore em pasto de Brachiaria
Tratamentos E.G.(mm) A.0.L. (cm2) Rendimento (%)
Teste 3,0 54,4 54,9
Banco 4,0 56,8 55,0
Seca 4,0 58,8 56,1
Ano 5,1 59,6 55,8
Suplementação de Bovinos a pasto com 
diferentes níveis de Concentrado
Marcelo Q. Manella, 
Antônio João Lourenço, 
João José A. A. Demarchi,
Introdução
� Estratégia/ferramenta nos sistemas de 
produção;
– Redução na fase de recria (Manella, et al., 2002);
� Diferenciais de ganho de 300 g/dia na seca e de até 
200g/dia nas águas; 
– Maior peso e Melhor acabamento de carcaça
– Incremento nas taxas de lotação devido ao efeito 
de substituição (Goes, et al., 2004)
Material e Métodos
� Local:
– Instituto de Zootecnia de Nova Odessa, SP.
� Área experimental:
– 48 ha, dividida em piquetes de 1 ha.
– Cada parcela experimental era composta de 3 
piquetes, totalizando 16 parcelas experimentais.
� Manejo de pasto
– Pastejo rotacionado dentro da parcela, com
período de descanso (nas “secas” 56 dias e nas
“águas” de 42 dias) e ocupação (28 dias nas
“secas” e 21 dias nas “águas”).
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Material e Métodos
� Animais:
–152 bovinos nelore com 300 kg PV;
� Avaliações:
–Pesagens individuais a cada 28 dias;
–Avaliação de espessura de gordura e AOL 
por ultra sonografia ao final do 
experimento.
–Taxa de lotação;
� Tratamentos:
– T-testemunha;
– 0,2 -suplementação com 0,2% do PV;
– 0,5 - suplementação com 0,5% do PV;
– 0,8 - suplementação com 0,8% do PV;
Material e Métodos
Ingrediente (%MS) 0,22 0,49 0,85
F. girasol 56.72 72.12 80.54
Protenose 8.96 5.77 4.03
Milho 8.96 5.77 4.03
F. Soja 8.96 5.77 4.03
Uréia 7.46 4.81 3.36
Sal 8.96 5.77 4.03
Análise química (%MS)
PB 48.5 42.0 38.2
EE 1,0 1,8 1,9
FDN 34,9 40,0 43,3
FDA 21,1 25,0 29,6
Lig 5,8 7,4 8,3
Consumo médio (g/dia) 0,78 1,78 3,06
Tratamentos
%PV
Periodo da seca
Periodo das águas
*Efeito de época do ano NS (P>0,05).
Disponibilidade média por unidade de área (kgMS/ha), no período da 
seca e das águas em função do tratamento.
Secas Aguas
Tratamento KgMS/ha KgMS/ha
T 3526,4 3341,5
0,2 %PV 3332,7 3183,1
0,5 %PV 3574,7 3279,4
0,8 %PV 3422,6 3120,8
Média 3464,0 3231,2
Época Disp
(kgMS/ha)
MS 
(%)
MV 
(%)
PB
(%)
EE
(%)
FDN
(%)
FDA
(%)
Lig
(%)
Cinzas
(%)
DIV
(%)
Seca 3464,0 58,4 16.25 2,8 0,7 83,2 51,9 7,9 5,9 30,0
Águas 3231,2 24,8 79.69 6,5 1,7 76,1 45,5 6,4 7,7 53.8
Disponibilidade média e composição 
bromatologica das Pastagens
11/21/2012
21
Desempenho animal (GPS-ganho de peso na seca, GPA-ganho 
de peso nas águas, GPM-ganho de peso médio
Trat GPS GPA GPM
T -0,112c 0,852a 0,420b
0,2 %PV 0,062b 0,860a 0,503a
0,5 %PV 0,164a 0,750b 0,490a
0,8%PV 0,204a 0,796ab 0,531a
Média 0,078 0,814 0,485
Curva de crescimento de bovinos recebendo 
diferentes níveis de suplemento
Trat EG AOL
T 3,2b 56,0b
0,2 %PV 4,5a 60,0a
0,5 %PV 4,5a 60,5a
0,8 %PV 4,8a 61,4a
Média 4,2 59,4
Caracteristicas de carcaça avaliadas pelo 
ultrasom
Época
Média CVTrat. Seca Águas
T 697,0 850,5 773,8c 11,0
0,2 % 724,3 900,0 812,4c 11,9
0,5 % 971,0 1135,3 1053,1b 9,3
0,8 % 1216,5 1396,8 1306,6a 7,7
Média 902,2B 1070,8A 986,4 -
C.V. 21,1 24,3 23,8 -
Taxa de lotação média (kgPV/ha) em função do nível de 
suplementação
Conclusões
� Suplementação permite maior ganho de peso 
e maior rendimento de carcaça
� Suplementação com apenas 0,2% do PV 
propicia ganho compensatório em relação 
aos demais níveis de suplementação no 
período das águas, devendo esta estratégia 
ser considerada;
� Suplementar animais com 0,5% e 0,9% do PV 
permite maior produtividade por unidade de 
área.
• Proteína degradável no rúmen maximiza o
consumo de forragem pelos bovinos,
aumentando a eficiência microbiana;
• Adequar o teor de PDR em relação ao NDT
(13% do NDT);
• A uréia, porém não deve exceder mais que 50
% da PDR total;• A suplementação com níveis acima de
0,5%PV tendem a causar redução no consumo
de forragem;
Conclusões
11/21/2012
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