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JÚLIA GIL - MED 101 PRECORDIO É A REGIÃO DO TÓRAX EM QUE SE PROJETAM O CORAÇÃO E OS VASOS DA BASE, VAI DESDE A FÚRCULA SUPRAESTERNAL ATÉ O APÊNDICE SUBXIFÓIDE. REGIÃO 1 · É a primeira região do precódio · Compreende à fúrcula esternal · Onde está a crossa da aorta REGIÃO 2 ** · Próxima à linha paraesternal · Compreende ao segundo espaço intercostal direito · Onde está a projeção da aorta ascendente REGIÃO 3 ** · Também próxima a linha paraesternal · Compreende ao segundo espaço intercostal esquerdo · Onde está a projeção da artéria pulmonar REGIÃO 4 ** · Compreende o 3° e o 4° espaço intercostal esquerdo · Onde se projeta o átrio esquerdo REGIÃO 5 ** · Compreende o 5° e o 6° espaço intercostal direito · Onde se projeta átrio REGIÃO 6 · Compreende o apêndice xifóide · Onde se projeta o ventriculo direito REGIÃO 7 ** · 5° e 6° espaço intercostal esquerdo · Também se projeta o ventriculo direito REGIÃO 8 · 5° espaço intercostal esquerdo · Onde esta o ICTUS, ou a ponta do ventrículo esquerdo · Linha hemiclavicular ** Todas essas regiões estão próximas à linha paraesternal EXAME FÍSICO DO PRECÓRDIO · Inspeção · Palpação - Batimento do coração - Frêmitos (tradução de um sopro de grande intensidade) · Ausculta INSPEÇÃO · Necessária uma boa condição de iluminação (procurando batimentos e impulsões) - Pode ter o uso de lanterna (jogo de luz) · Cabeceira do paciente a 30° · Posição do paciente: deitado ou sentado · Tórax desnudo · Olhar o paciente tangencialmente · Objetivo: procurar batimentos visíveis em cada uma das regiões do precórdio, se presentes traduzem excesso de pressão ou sobrecarga de volume sobre as camaras cardiacas ou sobre grandes vasos. ** Fisiologicamente: a região do ICTUS apresenta batimento visível (8) ** Na região da fúrcula esternal, é fisiologico observar batimentos em pessoas magras e jovens, mas se palpável já deve-se obeservar PALPAÇÃO · De início com a mão espalmada sobre todas as regiões à procura de vibrações de sons (frêmitos) - Também tem por objetivo palpar as bulhas que patologicamente se fecham com forte intensidade chamdos choques valvar · Fúrcula esternal: o batimento visível ou palpável pode indicar HAS, aneurisma de aorta e insuficiência aórtica. · Região 2 (crossa da aorta): com o dedo indicador espalmado no 2° espaço intercostal direito, não é fisiológico a palpação, caso algo seja palpado pode haver uma estene aórtica ou insuficiencia aórtica. · Região 3 (artéria pulmonar): mesma técnica que a anterior, a palpação pode ser fisiológica no bebê, no adulto jovem é incomum. Caso algo seja palpado pode haver uma hipertensão arterial pulmonar primária ou secundária (a TEP), DPOC, estenose mitral grave. · Região 4 (átrio esquerdo): incomum encontrar batimentos palpáveis, somente em patologias em que o átrio esquerdo cresce muito como insuficiência mitral grave ou dupla lesão mitral. · Região 5 (átrio direito): coloca-se o indicador no 5° e 6° eid. Só palpavel em lesões da valva direita do coração como insuficiência tricúspide grave primária ou secundária a uma grande dilatação do ventriculo direito. · Região 6 (ventriculo direito): feita com a compressão do polegar ou do indicador voltado para a clavicula esquerda. Só acontece quando existe um aumento de pressão dentro da câmara cardíaca direita, por hirpetensão arterial pulmonar, estenose mitral ou pulmonar e embolia pulmonar. · Região 7 (ventrículo direito): coloca-se o polegar paralelo a linha do esterno a nível do 5° e 6° espaço intercostal, e em seguida apoia-se a região tenar da mão e faz uma compressão com o braço esticado. Só ocorre em patologias que sobrecarregam o coração direito por excesso de volume como insuficiencia tricuspide, doença de chagas, CIA e CIV (comunicação interatrial e interventricular). · Região 8 (ICTUS): espalma-se a mão na região com o paciente em decubito dorsal ou levemente em decubito lateral esquerdo. Palpável em condições fisiológicas, o batimento que sentimos corresponde À fase de contração isovolumétrica (final da diástole - ventriculo encheu, valva mitral fechou e a aórtica ainda não está aberta, então para vencer a pressão da aorta e abrir a valva ele faz uma contração e rotação em seu próprio eixo, tocando então na parede do tórax). Mas para saber se ele está presente fisiologicamente é preciso analisar algumas variaveis: a seguir, em condições normais - Localização: linha hemiclavicular esquerda no 5 espaço intercostal - Extensão: até 2,5cm e ocupa apenas um espaço intercostal ou no max. 2 polpas digitais - Amplitude (força com que ele toca no dedo): ao tocar, facilmente a sensação se paga no dedo (o com muita força levanta o seu dedo, e o com força diminuida tem-se dificuldade de palpar com o paciente em decubito dorsal) - Mobilidade: desloca-se 2 a 3cm, ao mover o paciente para decubito lateral esquerdo, em direção à linha axilar anterior. Caso ele não se mova pensa-se em pericardite constrictiva (que impede que o coração deslize no saco pericardico). - Duração: ausculta simultanêa ao pulso carotídeo, está presente nos 2/3 iniciais da sístole ** É dificil a visualização do ICTUS em pacientes obesos, musculosose com tórax em tonel, mas sempre deve ser palpavel em decubito lateral esquerdo ou em ultimo caso com o paciente inclinado com o tórax sob as mãos do médico. Caso não seja encontrado, pensa -se em derrame pericárdico. ** O ICTUS diz muito sobre o coração. Em um coração normal tem todas as caracteristicas anteriores normais. Em um coração com sobrecarga volumétrica, por ser bem maior, o ICTUS muda sua localização, extensão (principalmente) e pode alterar sua amplitude (caso de grandes infartos, miocardite, insuficiencia mitral e aórtica, CIV, HAS, doença de chagas - todas causam sobrecarga). Em um coração com sobrecarga pressórica, hipertrofia do músculo cardíaco, o ICTUS não sai do lugar necessariamente mas pode aumentar sua extensão, sua duração vai além do terço incial da sístole e principamente aumenta sua amplitude (caso de fase inicial de HAS, DM, estenose aórtica, doença da arteria coronariana e miocardiopatia hipertrófica)
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