Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Patologia geral Calcificação Introdução A calcificação patológica é um evento que pode ou não acompanhar a necrose, ocorre pela deposição de Ca em tecidos moles e pode ser observada como formação de coloração branca, diferente de formações ectópicas ou metaplasia óssea. Existem dois diferentes tipos de calcificação; o Distrófica Implica em dano tecidual, degeneração, morte celular ou desnaturação de proteínas no tecido, como pode ocorrer em necroses, geralmente em lesões com muita lesão tecidual. Os sais de cálcio se depositem pois os sais de cálcio têm tropismo por proteínas desnaturadas. Macroscopicamente apresenta uma coloração branco ou branco-amarelada, com presença de “granulações”. Pode se manifestar em; • Necrose caseosa ▪ Tuberculose • Necrose da gordura • Nódulos parasitários • Cicatrizes • Lesões degenerativas • Calcificação de túbulos seminíferos degenerados • Trombos antigos • Tumores (epitelioma necrotizante calcificante) • Calcinose circunscrita o Metastática Ocorre pela deposição de sais de Ca em situações da alteração dos níveis de cálcio, se depositando na membrana basal e fibras elásticas dos órgãos, principalmente em artérias por elevação de Ca no soro, ocorrem com aumento nos níveis de vitamina D ou hiperparatiroidismo. Essas alterações levam a calcinose (deposição generalizada de cálcio nos tecidos) Macroscopicamente é uma lesão observada como um tecido riscado ou mosqueado de branco, mais discreta que a lesão anterior, geralmente não palpável, exceto quando ocorre extensivamente como no uso de algumas forrageiras que possuem excesso de vitamina D podem gerar uma calcinose enzoótica. Os principais locais de deposição de cálcio são; o Vasos o Pulmão o Rim o Coração o Mucosa gástrica o Membrana basal • Intestino • Estomago • Túbulos renais • Túbulos glandulares Microscopicamente em coloração HE o cálcio cora em azul escuro e roxo de aspecto discreto, em coloração Von Kossa cora em preto. Nas membranas basais se comporta como azul brilhante e homogêneo podendo ter aspecto granular até acúmulos densos. As principais causas incluem; o Hiperparatiroidismo → tumores funcionas na paratireoide que elevam o nível de PTH que elevam a reabsorção óssea de cálcio (hipercalcemia) o Pseudohiperparatioidismo (síndrome paraneoplásica) → Causada por tumores como carcinoma de glândulas mamarias, fibrossarcoma, linfoma, adenocarcinoma que produzem alguns peptídeos que se ligam ao tecido ósseo e levam a reabsorção óssea. o Hiperparatireoidismo secundário → Geralmente ocorre secundária a doenças renais que levam a insuficiência renal crônica, que leva a hipofosfatúria, hiperfosfatemia, levando a hipocalcemia que estimula a produção do paratormônio que leva a reabsorção óssea e a hipercalcemia. o Problemas nutricionais → redução no consumo de cálcio assim como de altos níveis de fósforo, que irão causar o mesmo mecanismo anterior. o Intoxicação por vitamina D → metabolicamente pela administração de vitamina D, sua função envolve o aumento de absorção de cálcio pelo intestino, aumenta a deposição de cálcio nos ossos e aumenta a reabsorção de Ca e P pelos rins. Quando em dosagem excessiva, irá desregular esses processos metabólicos o Plantas toxicas calcinogenéticas → Sua intoxicação se deve a um esteróide-glicosídeo que potencializa a ação da vitamina D3, e está presente em duas plantas no brasil, Solanum malacoxylon (causa espichadeira) e Nierembergia Veitchii (planta rasteira encoberta pelo pasto que acomete principalmente ovinos, causando anquilose)
Compartilhar