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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE RIO VERDE-ESTADO DE GOIÁS.	
	
	
AUTOSN.:1.138/2016	
	
PROTOCOLO	N.:201602655264	
	
AUTOR:JUSTIÇA	PÚBLICA	
	
ACUSADOS:	ALLINSON	DOS	SANTOS	VIANA	e	JOERCEROSE	DE	SIQUEIRA	SAMBRANA	
	
VÍTIMA:	SAÚDE	PUBLICA		
	
	
	
MM.Juiz; 
 
ALLINSON DOS SANTOS VIANA e JOERCEROSE DE SIQUEIRA 
SAMBRANA, já devidamente qualificado nos autos em epigrafe, que lhe 
move a Justiça Pública, por suposta infração com base no artigo 
33,"caput, combinadocom artigo 40 ,inciso V, ambos da lei n.11.343/2006 
por seu advogado que a esta subscreve, vem respeitosamente à presença 
de Vossa Excelência apresentar em tempo o MEMORIAL DE DEFESA, 
com fundamento no artigo 403 parágrafo 3º do Código de Processo Penal, 
ante os fatos e fundamentos a seguir exposto: 
 
I. DOS FATOS 
 
Consta dos inclusos autos de inquérito policial que no dia 22 de julho de 
2016, por volta das 19h30min, na rodovia federal BR 060, no posto da 
Polícia Rodoviária Federal, nesta cidade e comarca, foram encontrados 
com os denunciados ALLINSON DOS SANTOS VIANA e JORCEROSE 
DE SIQUEIRA SAMBRANA, 10,820kg (dez quilogramas e oitocentos e 
vinte gramas) de droga conhecida popularmente como crack e 2,490kg 
(dois quilogramas e quatrocentos e noventa gramas) de cocaína dentro 
do tanque de combustível do veículo ambas devidamente embaladas. 
Ainda no mesmo dia na rua Tocantins, qd. 13, It.08, bairro Santo 
Agostinho, nesta cidade e comarca, os denunciados tinham depósito, 
dentro da residência deles no interior do guarda-roupas, 
aproximadamente 850 gramas da droga popularmente conhecida como 
maconha, 01 arma de fogo tipo revólver da marca Rossi, calibre 38, 5 
munições intactas, calibre 38 SPL . Por seu promotor de justiça o 
ministério público ofereceu denúncia com base no artigo 33,"caput, 
combinado com artigo 40, inciso V, da lei 11.343/2006, e artigo 12, "caput” 
Lei n.10.826/2003, ambos na forma dos artigos 29 e 69 do Código Penal. 
 
 
II. DO MÉRITO 
 
II.I Da Moralidade do acusado 
 
O SR. ALLINSON possui residência fixa exerce a profissão de Garçom é 
responsável justamente com sua esposa Joercerose e responsável pelo 
sustento de sua prole, dois filhos menores com certidão de nascimento 
em anexo e cidadão humilde e pacato sem antecedentes criminais e não 
possui personalidade volta para o crime ademais de ser réu confesso, 
alega assim que foi coagido pelo tráficante em seu bairro e ameaçado 
para que fosse fazer a entrega das substâncias encontradas em sua 
posse. O que se pretende ao bem da verdade e demonstrar o motivo 
supramencionado DETERMINOU a conduta do acusado ALLINSON. 
Além disso possui arma de fogo como narrado apenas por não haver feito 
a devolução solicitada quando em sua posse prestou serviços como 
policial militar no estado de Mato Grosso do Sul não obtendo assim em 
sua posse com objetivos voltados para o crime. 
 
 No mesmo norte a de se interpretar o papel popularmente chamado de 
“mula” concorrente diretamente para o crime de tráfico na modalidade do 
núcleo “transportar” todavia a participação do acusado não deve ser 
valorada igualmente a daquele que intermédia o tráfico ou mesmo 
daquele que é o dono da droga. 
 
II.II Do direito do acusado 
 
 Ainda ao se falar da acusação JOERCEROSE alega não saber das 
atividades ou motivações que levou seu parceiro acima citado a 
transportar e não havendo por parte da mesma participação em qualquer 
das atividades elencadas na forma da denúncia. A acusação buscou 
indícios fazendo suposições que a balança encontrada em sua cozinha 
seria prova suficiente para ligar as atividades delitivas, no entanto é um 
objeto comum muito utilizado para fracionar medidas e por este motivo 
fora encontrada na cozinha. Vale ressaltar que a mencionada possui dois 
dependentes e não há provas que a ligam com a acusação visto que 
ALLINSON mesmo confessou e não fez nenhuma ligação a ré ficando 
assim susceptível a absolvição conforme Art. 386, VI. 
 
E justamente nessa linha de pensamento que esposado com o princípio 
da proporcionalidade e razoabilidade que se ficará em caso de 
condenação do acusado a resposta estatal mais justa e que seja a medida 
insculpida no Art. 33 $4º da lei 11.343/2006 pelo fato do Sr. Allinson 
ostentar os requisitos autorizadores. 
 
Por parte do réu confesso prescreve o artigo 65, inciso III, alínea “d”, do 
Código Penal, que a confissão espontânea da autoria do crime, perante 
autoridade, é circunstância que sempre atenua a pena. 
 
(...) CONFISSÃO PARCIAL. UTILIZAÇÃO PARA A 
CONDENAÇÃO. ATENUANTE CONFIGURADA. 
RECONHECIMENTO E APLICAÇÃO 
OBRIGATÓRIOS. (...) 1. A confissão realizada em 
juízo sobre a propriedade da droga é suficiente para 
fazer incidir a atenuante do art. 65, III, d, do Código 
Penal, quando expressamente utilizada para a 
formação do convencimento do julgador, pouco 
importando se a admissão da prática do ilícito foi 
espontânea ou não, integral ou parcial. (STJ. HC 
186.375/MG. Rel. Jorge Mussi. T5. DJe 01.08.2011). 
E também: STJ. HC 98.931/SP. Rel. Maria Thereza 
de Assis Moura. T6. DJe 15.08.2011. 
Em relação à admissão da autoria do crime, entende-se que somente é 
reconhecida a autoria do crime por ocasião da sentença condenatória 
transitada em julgado. Até esse momento, para fins constitucionais, 
presume-se a inocência do acusado. Neste sentido, Celso DELMANTO e 
outros ensinam que “Nem se diga, por outro lado, que a atenuante usa a 
expressão ‘autoria do crime’, pois, evidentemente, está querendo se 
referir a autoria do fato tido como criminoso, já que, em face da garantia 
constitucional da presunção de inocência (...) só se pode falar em autoria 
do crime após a condenação transitada em julgado”. (p. 303). 
 
 
III. DOS PEDIDOS 
 
1. Pede se absolvição para a ré Joercerose de siqueira com base no artigo 
386, VI, do Código de Processo Penal estabelece que o juiz absolverá o 
réu, mencionando a causa na parte dispositiva da sentença, desde 
que reconheça não existir prova suficiente para a condenação. 
 
2. Que em caso de condução seja aplicada ao SR. ALLINSON a causa de 
diminuição de pena prevista no Art. 33 § 4º da Referida lei de Droga. 
 
 
3. O máximo de redução conforme argumentação exposta do Art. 65, III, 
alínea C pela coação e D por ter confessado espontaneamente, perante 
a autoridade, a autoria do crime. 
 
 
Nestes termos, 
 
Pede deferimento. 
 
 
Rio Verde, 23 de Setembro, 2021 
Stephania Dias de Souza 
OAB XX.XXX 
______________________________