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Universidade Federal de São João Del Rei Departamento de Engenharia de Alimentos – DEALI Bioquímica de Alimentos Prática 4: Alterações Pós-Colheira de Frutas e Hortaliças Data da prática: 14/05/2019 Cidmar Barcelos de Campos Isabela Vieira Macedo Raquel Brant Chaves da Silva Sete Lagoas Junho, 2019 1 1- INTRODUÇÃO A qualidade de frutos e hortaliças pós-colheita depende de diversos atributos como aparência visual, textura, sabor, aroma, valor nutricional e segurança do alimento, fazendo parte de atributos que definem a qualidade principalmente aos olhos do consumidor. Apesar da diversidade de produtos no mercado, as frutas e hortaliças são produtos altamente perecíveis tendo a perda da sua qualidade acelerada devido a vários processos espontâneos ocorridos no período após a colheita. As perdas pós-colheita variam muito entre os produtos, áreas de produção e época de cultivos e estão basicamente relacionados a controle inadequado das etapas de produção, colheita de frutos imaturos, exposição a temperaturas inadequadas e diversos outros motivos. Os padrões de qualidade, preferências e poder de compra variam muito entre países e culturas e essas diferenças influenciam a comercialização e a magnitude das perdas pós-colheita. (Kader e Rolle, 2004). As perdas podem ser classificadas em quantitativas, qualitativas ou nutricionais. As perdas nutricionais são muito mais difíceis de serem percebidos pelo consumidor. Durante a maturação das frutas e hortaliças três reações são observadas: a oxidação de lipídios, responsável pelo rompimento nas fibras do fruto, tornando-o macio; a quebra das ligações de amido, responsável pela doçura das frutas maduras e a quebra das moléculas de clorofila, conferindo cor amarela ou avermelhada ao produto. 2- OBJETIVOS O objetivo foi discutir as principais alterações bioquímicas que ocorrem durante a maturação de frutas e verduras. 3- MATERIAIS E MÉTODOS • Alteração de teor de amido e glicose em frutas Para o teste de presença de amido, primeiramente cortou-se uma fatia de cada fruto verde e maduro: banana e mamão. Colocou-as em placas de petri separadas e identificadas e foi adicionado 2 gotas de lugol sobre cada pedaço verificando a cor desenvolvida e comparando os resultados. Para o teste de presença de glicose, identificou-se quatro tubos de ensaio em A, B, C e D. Foi adicionado ao tubo A uma fatia fina de banana verde, ao tubo B uma fatia fina de banana madura, ao tubo C uma fatia fina de mamão verde e ao tubo D uma fatia fina de mamão maduro. Adicionou-se 2 mL do reagente de Fehling A e 2mL do reagente de Fehling B em cada tubo. Colocou-se os tubos de ensaio em banho de água fervente por 5 minutos, visualizando a cor desenvolvida após esse tempo e comparando os resultados. • Alteração de pigmentação em hortaliças Realizou-se o experimento duas vezes, utilizando folhas novas e folhas velhas. As folhas de couve velhas e novas foram picadas separadamente com o 2 agitador mecânico (mixer). Depois, pesou-se 3g das amostras homogeneizadas e transferiu-as para o almofariz. Acrescentou-se uma ponta de espátula de celite e 25 mL de acetona, triturando-as até formar uma pasta fina. Logo após, filtrou- se a pasta fina em papel de filtro num béquer de 50mL. Colocou-se tiras de papel de filtro no béquer com o extrato filtrado na posição vertical, identificando por cromatografia em papel os pigmentos presentes nas folhas novas e maduras. 4- RESULTADOS E DISCUSSÕES • Teste para presença de amido: Figura 1 – Presença de amido em frutos maduros e verdes Fonte: Autor A figura 1 demonstra os resultados obtido no experimento, sendo as placas constituídas de mamão maduro, banana madura, banana verde e mamão verde, respectivamente. Nas placas 1 e 2 observou-se leve alteração de cor na fruta, o que era esperado, pois em frutos maduros tem menor quantidade de amido já que foram hidrolizados a açucares menores como glicoses no seu processo de amadurecimento. Nas placas 3 e 4 temos uma forte coloração escura devido a reaçao do lugol com grande quantidade de amido presente em frutos verdes. Notou-se uma evidência da cor maior na banana verde. • Teste para presença de glicose Figura 2 – Teste de presença de glicose em banana verde e madura 3 Fonte: Autor De acordo com a figura 2, observou-se que no tubo 1 (BM ou banana madura) exposto ao reagente de Fehling e aquecido formou-se um precipitado vermelho tijolo apontando presença de glicose como esperado. Já no tubo 2 (BV ou banana verde) formou-se um precipitado um pouco mais escuro do que o esperado. A cor não esperada por ser atribuída a erro de manuseio ou ao fato de a fruta não estar nas condições idéias para o experimento já que os resutados foram bem próximos. Figura 3 – Teste de presença de glicose em mamão verde e maduro Fonte: Autor Já o resultado do reagente de fehling para as amostras de mamão, pode observar melhor o resultado do reagente em exposição a glicose, conforme vericamos na figura 3. No tubo 1 (MV ou mamão verde) adquiriu-se uma cor mais escura devido a pouca presença de glicose. No tubo 2 (MM ou mamão maduro) a cor vermelho tijolo ficou bastante evidente, esperado da reação da glicose com o reagente de fehling já que em frutos maduros há maior presença de glicose e menor de amido. • Alteração de pigmentos em hortaliças Figura 4 – Cromatografia em papel dos pigmentos presentes nas folhas novas e maduras 4 Fonte: Autor Observando a figura 4, percebemos que a fita 1, exposta a solução com a hortaliça verde (folha de couve verde) rica em clorofila (pigmento presentes em vegetais verdes), evidencia sua coloração primária verde como esperado. Porém também contém alguns pigmentos amarelos, denominados carotenoides, em quantidade menor do que a clorofila. A fita 2, exposta a solução de hortaliças já na fase de amadurecimento evidenciou uma cor mais amarelada devido aos carotenóides presentes. Podemos perceber que há ausência da clorofila nas folhas maduras. 5- CONCLUSÃO Podemos concluir com o relatório que a presença de amido nos alimentos diminui com a maturação dos frutos, devido a quebra das ligações de amido durante essa fase. Observou-se que a presença de glicose nos frutos, aumenta com a maturação dos frutos, uma vez que as frutas maduras utilizadas no processo reagiram com o reagente de fehling formando uma coloração vermelho-tijolo. Nas hortaliças, verificamos que a clorofila é degradada quando as folhas vão ficando mais velhas, dando lugar a presença de carotenoides e fazendo com que as folhas adquiram coloração amarelada e fazendo com que haja uma repulsa pelos consumidores. 6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Kadder, A.A.; Rolle, R.S. The role of postharvest management in assuring the quality and safety of horticultural produce. Rome, FAO Agric. Serv. Bull., 152. p.51.2004.
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