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Melanie Theisen ATM 2024/2 ESÔFAGO, ESTÔMAGO E DUODENO Câncer de Esôfago: - Sexta maior causa de morte por câncer no mundo. - Maior incidência é no RS aqui no BR. - Fatores predisponentes: - Carcinoma espinocelular: megaesofago, álcool, tabaco. - Adenocarcinoma: obesidade, DRGE, esôfago de Barrett. - Classificação: - Tipo histológico. - Localização. - Profundidade. - Classificação de Siewert: tipo I (distal 30-35%), tipo II (cárdia 20-30%) e sub-cárdico (40-45%). - Disseminação por contiguidade, linfática e hematogênica. - Sintomas: - Disfagia. - Perda de peso. - Odinofagia. - Regurgitação. - Sangramento (hematêmese, melena anemia). - Exames: - EDA. - Biópsia. - Estudo radiológico contrastado (bário). - Estadiamento: 1 Melanie Theisen ATM 2024/2 - Fundamental para o planejamento terapêutico. - A avaliação é feita por TC tórax e abdome. - Laringotraqueobroncoscopia (avalia invasão). - US endoscópico é eficaz para definir a profundidade da lesão, mas não avalia metástase. - Tratamento: - Melhor modalidade de tratamento com intenção curativa. - R0 = margens livres. - Na maioria das vezes a ressecabilidade é baixa e o tratamento é paliativo. - Tratamento paliativo: - Radio + Quimio + nutrição ou gastrostomia definitiva em pacientes graves ou com CA em terço superior e medial. - Em tumores de terço inferior e JEG com quadro clínico razoável se realiza quimio + radio e esofagectomia de resgate quando há boa resposta (ressecção do tumor). - Ressecção → depende de cada serviço. - Acesso cirúrgico. - Extensão da esofagectomia e gastrectomia. - Extensão da linfadenectomia. - Condições clínicas e nutricionais do paciente. - Estadiamento da doença. - Complicações e mortalidade dos procedimentos. - CA cervical: esofagectomia total. - CA torácico: esofagectomia e linfadenectomia 3 campos. - CA na JEG: esofagectomia distal com gastrectomia total; esofagetomia subtotal com gastrectomia proximal ampliada; esofagectoma subtotal com gastrectomia total. - Tratamento complementar → radio e quimio exclusiva, adjuvante ou neoadjuvante. DRGE: - Avaliar clínica, realizar exames diagnósticos e fazer diagnósticos diferenciais. - A escolha terapêutica depende das características do paciente, preferência pessoal, presença de comorbidades, prognósticos, erosões na mucosa, sintomas atípicos, resposta ao tratamento clínico. - Terapêutica cirúrgica tem indicação quando intratabilidade clínica (controverso), opção do paciente, úlcera esofágica, estenose, sangramento, esôfago de Barrett, manifestações pulmonares e otorrinolaringológicas. - Cefalosporina profilática. - 1º dia água. - 2º dia dieta líquida. - Aos poucos introduzir dieta pastosa por uns 10 dias. - Utilizar antiemético (paciente não pode vomitar). - Complicações da cirurgia: - Perfuração esofágica. - Perfuração de estômago. - Pneumotórax. - Complicações gerais. - Cirurgia é feita abdominal via vídeo. 2 Melanie Theisen ATM 2024/2 - Objetivos: - Reconduzir o esôfago abdominal ao seu sítio. - Corrigir defeitos do hiato diafragmático (hiatoplastia). - Confeccionar mecanismo anti refluxo (fundoplicatura). - Restaurar pressão do EEI. - Fatores que propiciam insucesso cirúrgico: - Hérnias grandes. - Esôfago de Barrett. - Associação com pneumopatias. - Obesidade. - Ganho de peso exagerado. - Cifose da coluna vertebral. - Falhas técnicas na primeira cirurgia. - Fatores mecânicos. - Hérnia de hiato: - Classificação tipo I (migra para cima), tipo II (para dentro do tórax) e tipo III (mista). - Uso de tela depende do tamanho do hiato; são de polipropileno ou biológicas. CA Gástrico: - Causa comum de mortalidade em todo o mundo. - Incidência variada. - Maior incidência na Ásia. - Brasil tem incidência intermediária. - Incidência, num geral, vem diminuindo devido a melhora de acondicionamento dos alimentos e maior erradicação de casos de H. Pylori. - Acomete duas vezes mais homens que mulheres. - Pico de incidência aos 70 anos. - H. Pylori está associado ao desenvolvimento de adenocarcinoma gástrico. - Fatores predisponentes são obesidade, tabagismo, produtos químicos (principalmente da indústria da borracha), baixa ingesta de frutas e verduras e alto consumo de produtos industrializados. - É uma neoplasia complexa e multifatorial. - Está havendo aumento gradual de tumores da cárdia. - Esofago de Barret. - Doença do refluxo. 3 Melanie Theisen ATM 2024/2 - Obesidade. - 95% dos tumores GI são adenocarcinomas. - Classificação de Lauren →→→→ - Quadro Clínico. - Sintomas inespecíficos. - Dor abdominal persistente. - Náuseas. - Perda de peso. - Disfagia. - Melena. - Saciedade precoce. - Diagnóstico. - Radiologia com contraste. - Biópsia. - US endoscópica (operador dependente). - PET-CT (utilizado mais para linfonodos). - Laparoscopia e citologia peritoneal (faz diagnóstico metástase não diagnosticada em exames de imagem). - Classificação AJCC. - Tratamento. - Equipe multidisciplinar. - Cirurgião, oncologista, radiologista, patologista e radioterapeuta. - Em CA precoce o tto é endoscópico. - Nos avançados o tto gastrectomia com margem total. - Tto paliativo (pacientes com sangramento e obstrução que são inoperáveis). Úlcera Péptica: - Solução de continuidade da mucosa que ultrapassa a muscular da mucosa, alcançando a submucosa. - Quadro Clínico. - Dor 2-3 horas após a alimentação. - Alivia com a alimentação. - Não alivia com antiácidos. - Diagnóstico. - EDA. - Biópsia. - História e exame físico. - Tratamento. - Cicatrização. - IBP. - Erradicação de H. Pylori. - Cirurgia → 4 indicações. - Intratabilidade. - Hemorragia (principal causa de morte). - Perfuração ou penetração (normalmente por AINES, maioria em idosos, bulbo duodenal e pequena curvatura do estômago). - Dor abdominal aguda intensa. - Hipotensão. 4 Melanie Theisen ATM 2024/2 - Defesa à palpação. - Dor à descompressão. - ATB profilático em perfurações há menos de 6h (cefalosporinas de 3-4ª geração por 24-48h). - Obstrução (localização antral, pilórica, duodenal). - Excluir neoplasia sempre. - Distensão abdominal. - Dor epigástrica. - Saciedade precoce. - Vômitos. - Realizar EDA. - Terapia anti-secretora potente, SNE, NPT + tto cirúrgico. - Realizar congelação no transoperatório (diagnóstico diferencial de neoplasia). 5
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