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103 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Unidade IV 7 INTEGRANDO AS COZINHAS VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL 7.1 O movimento slow food e a ecogastronomia A forma como o homem utiliza seus recursos naturais tem se transformado. Com todas essas mudanças, estamos entrando na era da ecogastronomia, uma substituição à era do petróleo. A ecogastronomia é um patrimônio que vamos deixar para as próximas gerações, pois é sustentável e renovável. O que se propõe com a ecogastronomia é educar os consumidores para que todos possam parar para refletir sobre seu estilo de vida e seus comportamentos alimentares. É um movimento a favor de uma alimentação saudável e ética, que se preocupa com os desperdícios tanto na produção de alimentos quanto nas mesas dos consumidores. Hoje em dia, já encontramos alguns grupos extremamente preocupados com a origem dos alimentos e dos produtos, bem como seu impacto social e ambiental. Na Inglaterra, por exemplo, já se adota o casamento verde, no qual comida, trajes, transporte, recepção e até presentes estão em sintonia com o movimento ecológico. O conceito de ecogastronomia foi criado pelo movimento slow food, que pode ser traduzido na atitude de se combinar o respeito e o interesse na cultura enogastronômica com o apoio para os que lutam em defesa da biodiversidade agrícola no mundo. Esse movimento tornou-se uma voz ativa na agricultura e na ecologia, juntando o prazer pela boa alimentação a uma consciência ambiental e responsabilidade social. Saiba mais Leia mais sobre slow food em: PETRINI, C. Comida e liberdade: slow food. Histórias de gastronomia para a libertação. São Paulo: Senac, 2015. O movimento slow food visa defender a biodiversidade na cadeia de distribuição alimentar, difundir a educação do gosto e aproximar os produtores dos consumidores de alimentos através de eventos e iniciativas. No Brasil, temos cerca de dez núcleos do movimento com duzentos membros, em média. Através da Fundação Slow Food para Biodiversidade são desenvolvidos programas, como a Arca do 104 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 Unidade IV Gosto, que é um catálogo mundial que identifica, localiza, descreve e divulga sabores ameaçados de extinção, e o projeto Fortalezas, que são pequenos projetos dedicados a auxiliar grupos de produtores artesanais a salvaguardar os produtos artesanais de qualidade. Com o projeto Terra Madre, é feita uma rede de intercâmbio entre culturas, em que a entidade congrega comunidades do alimento e grupos do setor de alimentos e agricultura; o trabalho é pautado na qualidade e na sustentabilidade, unindo chefs de cozinha e universidades de mais de 140 países para informar e difundir ainda mais essa cultura. Observação O movimento slow food aplica o conceito de ecogastronomia, que se traduz em atitudes capazes de combinar respeito e interesse com apoio àqueles que lutam em defesa dos alimentos e da biodiversidade agrícola no mundo. 7.2 A ecogastronomia no Brasil O movimento slow food tem um acordo com o Ministério do Desenvolvimento no Brasil, apoiando vários projetos voltados a pequenos agricultores, produtores artesanais e valorização dos produtos e alimentos tipicamente brasileiros. Além desses projetos, são organizados seminários, encontros e participações em feiras e congressos para que um maior número de pessoas possa entender sobre o assunto. No conceito de ecogastronomia são valorizados os sabores e os saberes locais, uma influência positiva na gastronomia brasileira. O intuito desse movimento é aproximar os consumidores da realidade produtiva, pois consumidores conscientes são capazes de influenciar de forma positiva a maneira como a sociedade se comporta em relação à alimentação. Nos eventos realizados, os produtores de alimentos têm a oportunidade de mostrar seus produtos, que são de excelência gastronômica, e podem conversar diretamente com os consumidores. Além de eventos desse porte, são promovidas visitas aos pequenos produtores; nelas, os visitantes aprendem um pouco da produção de cada local e passam a olhar aquele determinado produto com outros olhos e outros valores gastronômicos, sociais e ambientais. O México é um exemplo a ser seguido, tem sua gastronomia reconhecida como patrimônio cultural e investe muito em projetos para a preservação de suas tradições e costumes na cozinha. A chef de cozinha Margarida Nogueira foi a responsável por trazer o movimento para o Brasil. Ela fundou o primeiro conviva no Rio de Janeiro, em 1999. No entanto, por mais que o movimento tenha ganhado mais visibilidade, é preciso um mais comprometimento e engajamento por parte de todos. 105 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Exemplo de aplicação O slow food busca reorganizar o consumo através da aproximação com os produtores e a realidade produtiva. Reflita como podemos nos aproximar dos pequenos produtores agrícolas e de que maneira podemos tornar os produtos orgânicos mais acessíveis. 7.3 Ecogastronomia engajada Para difundir efetivamente o movimento e fazer com que mais pessoas conheçam e tenham acesso, é preciso que mais restaurantes e empreendimentos gastronômicos acreditem e façam parte dessa ação. Os profissionais do setor de alimentação podem contribuir para que muitas pessoas tenham acesso a produtos mais saborosos com um maior cuidado na produção, o que repercute no âmbito cultural, social e econômico. Para ser totalmente difundida, a ecogastronomia precisa ser encarada dentro de uma visão multidisciplinar com o a união de três pontas: pequenos produtores, chefs e universidades, que se desdobram em tecnologia, saber e visibilidade para que os pequenos produtores tenham seu produto valorizado e, consequentemente, uma melhor condição de vida. A ecogastronomia não deve ser encarada apenas como um conceito, pois é um assunto sério que envolve políticas públicas, consumidores, produtores e profissionais do setor. O que se pretende é aplicar medidas para tornar a comida um símbolo nacional e um motor do desenvolvimento de um país, já que a alimentação é o traço mais marcante da identidade de um povo. Lembrete Mais restaurantes e empreendimentos gastronômicos precisam acreditar na ecogastronomia para que se consiga um trabalho com maior efeito na sociedade. 7.4 Adeptos da ecogastronomia A gastronomia sustentável cresce a cada dia por conta de brasileiros preocupados com a conservação da biodiversidade. Com esse aumento, muitos chefs renomados também estão aderindo à causa, promovendo uma inovação culinária e tornando-a cada vez mais acessível. A atividade gastronômica gera grandes impactos ambientais devido à alta produção de lixo e ao uso das matérias-primas vegetais e animais, por isso a importância da participação dos chefs. Muitos chefs já são adeptos do slow food e se opõem à comida industrializada. Os restaurantes que trabalham nessa linha selecionam seus fornecedores e, caso falte algum alimento, preferem ficar sem servi-lo a ter que comprar de qualquer fornecedor, o que gera mais credibilidade ao estabelecimento. 106 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 Unidade IV Precisamos ter em mente que adotar práticas sustentáveis no preparo dos alimentos é uma alternativa positiva não apenas para a natureza, mas para todos os seres humanos. Observação A sustentabilidade é um eficaz e rentável modelo de negócio,que gera benefícios socioeconômicos e ambientais a todos. 8 APROVEITAMENTO TOTAL DOS ALIMENTOS A palavra desperdício nem deveria mais fazer parte de nosso vocabulário, ainda mais nos dias de hoje, com tamanha escassez dos recursos naturais. Por isso, aproveitar e reaproveitar os alimentos é imprescindível. O desperdício gera todos os tipos de prejuízos, não somente os econômicos. Vivemos em um mundo com inúmeros problemas de desigualdades e muita escassez de recursos e produtos, portanto, devemos aprender a aproveitar melhor os recursos que temos disponíveis para que o desperdício seja minimizado. É preciso que se faça uma política de conscientização social geral, mostrando a importância da redução do desperdício de alimentos e ensinando como eles podem ser melhor aproveitados. Muitos chefs de cozinha já adotam uma postura contra o desperdício, mas essa ação ainda é muito pequena perto do que é preciso fazer. Saiba mais Sobre o assunto, leia: PETRINI, C. Slow food, princípios da nova gastronomia. Tradução de Renata Lucia Bottini. São Paulo: Senac, 2009. 8.1 Reaproveitamento de alimentos – benefícios Em todo o mundo, os problemas com alimentação vão muito além do prato, já que estão interligados à produção, à distribuição e ao desperdício. Dois bilhões de toneladas de alimentos vão para o lixo a cada ano, ou seja, metade de tudo o que é produzido é descartado. No Brasil, essa realidade não é diferente. Somente com o aproveitando de 100% do alimento conseguiríamos reduzir esse quadro. Utilizando integralmente os alimentos, os restaurantes fariam pratos mais saudáveis, teriam produtos mais diversificados e diminuiriam seus custos. 107 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL 8.2 A sazonalidade dos alimentos A sazonalidade é o nome que se atribui a um alimento, por exemplo, que só é produzido em determinado período, próprio de uma estação do ano. Popularmente, conhecemos como época: época do morango, época do caqui etc. Muitos alimentos, principalmente as frutas e os vegetais, possuem uma época certa de cultivo e colheita. A sazonalidade ocorre porque as espécies se adaptam de forma diferente ao clima de cada estação do ano e, com isso, dão seus frutos na época e na estação mais propícias. A sazonalidade é que vai determinar a qualidade dos produtos, bem como seu sabor e seu preço. Para que determinado alimento possa produzir fora do seu ciclo natural, ele precisa receber altas doses de agrotóxicos e fertilizantes, o que vai afetar diretamente no seu sabor, no seu valor nutritivo e, principalmente, no seu custo. Atualmente, já conseguimos encontrar a maior parte dos alimentos em todas as épocas do ano por conta de investimento em tecnologias. Contudo, mesmo com tanto investimento, a qualidade do alimento ainda pode ser comprometida. O melhor a se fazer é consumir alimentos dento da sazonalidade, o que, com certeza, vai ser melhor para a saúde, o paladar e, inclusive, o bolso. Lembrete Aproveitar e reaproveitar os alimentos é algo imprescindível nos dias de hoje. O desperdício gera não apenas prejuízos econômicos, mas também sociais em um mundo que apresenta cada vez mais problemas de desigualdades e escassez de recursos. 8.3 Projetos de alimentação saudável e sustentável 8.3.1 Comida de rua vegana e sustentável A febre dos trucks surgiu nos EUA durante uma crise econômica, em que muitos restaurantes tiveram que fechar suas portas. Para continuar funcionando, mas sem se preocupar com os gastos com aluguel e manutenção de um imóvel tradicional, esses restaurantes resolveram apostar nas comidas de rua. Com a moda dos food trucks, que são verdadeiras cozinhas sobre rodas, os restaurantes de cozinha vegetariana e sustentável também tiveram que ter seus restaurantes modificados, aderindo à moda e oferecendo opções mais saudáveis para seus clientes que defendem um estilo de vida com uma alimentação mais consciente. A ideia é que nos food trucks a comida tenha um preço mais acessível que nos restaurantes e sejam servidas desde coxinhas veganas até falafel. 108 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 Unidade IV Fichas técnicas Tabela 97 Receita de coxinha de jaca verde Alho picado 4 unidades Água 2 xícaras de chá Sal 1 colher de sobremesa Açafrão ½ colher de chá Óleo ½ xícara de chá Farinha de trigo 3 xícaras de chá Recheio Alho picado 2 unidades Cebola picada ½ unidade Tomate em pedaço 1 unidade Sal, curry e pimenta-do-reino a gosto q.b. Jaca verde cozida e desfiada 1 ½ xícara de chá Cheiro-verde picado 1/3 xícara de chá Azeitona verde picada 10 unidades Montagem Água e farinha de rosca para empanar q.b. Óleo para fritar q.b. Preparo: Pré-preparo da jaca para o recheio: colha a jaca ainda verde, mais ou menos do tamanho de um chuchu. Cozinhe a jaca com casca, picada em pedaços grandes, até que ela fique macia. Depois de cozida, retire a casca e desfie a jaca. Caso tenha dificuldades em desfiar, utilize um ralador no ralo grosso. Para a massa: coloque uma panela em fogo baixo, aqueça um pouco do óleo e refogue o alho até dourar. Acrescente água, sal, açafrão, o restante do óleo e a farinha. Mexa rapidamente até que a massa desgrude da panela. Retire–a do fogo e deixe-a esfriar. Para o recheio: coloque uma panela em fogo baixo e refogue o alho e a cebola. Adicione tomate, sal, curry e pimenta-do-reino. Acrescente a jaca e o cheiro-verde. Mexa e corrija o tempero, se necessário. Aumente o fogo mexendo constantemente para não grudar, até que o recheio fique seco. Para a montagem: quando a massa estiver fria, pegue uma porção e modele uma bola. Com o auxílio do polegar, faça um buraco no meio dessa bola e aumente gradualmente o buraco, pressionando com o dedo em todas as direções. Faça isso até que a base afine. Coloque o recheio nesse buraco. Puxe a massa para cima com a mão, cobrindo o recheio e formando um biquinho. Depois de fechadas, mergulhe cada coxinha em um recipiente com água e, em seguida, em outro com farinha de rosca. Frite em óleo quente e escorra em papel-toalha. Sirva em seguida. 109 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Tabela 98 Pesto de baru O pesto original, da região da Ligúria, na Itália, é feito com manjericão, pinoli, grana padano e azeite de oliva extravirgem. Castanha-de-baru torrada e descascada 50 g Manjericão 2 maços Queijo minas curado ralado 50 g Azeite de oliva extravirgem q.b. Sal q.b. Preparo: Triture as castanhas-de-baru no liquidificador, usando a função pulsar. Lave bem as folhas de manjericão, separando-as dos cabinhos mais grossos e coloque-as no liquidificador. Adicione 4 colheres de sopa de azeite e misture tudo, usando a função pulsar do aparelho. Coloque junto o queijo ralado e mais azeite e volte a misturar. Adicione azeite até conseguir que o liquidificador bata o conteúdo sem muita dificuldade, mas sem deixar muito líquido. Adicione sal a gosto. Coloque em um recipiente (pode ser um pote de vidro de geleia reutilizado) e guarde na geladeira. Observações: o baru é a castanha do Cerrado. Outras castanhas (caju, do Brasil) também podem ser utilizadas, dando resultados diferentes. O azeite de oliva é importante para o sabor do molho e deve ser de boa qualidade, de preferência extravirgem. Você pode substituir por outro óleo, mas pode perder um pouco de sabor ou, se for um óleo muito aromático, obter um pesto diferente. Tabela 99 Bananada de cascaCasca de banana 1 kg Açúcar 1 kg Água 1 ½ Gelatina sem sabor e incolor 1 sachê Açúcar para passar nos doces q.b. Margarina para untar q.b. Preparo: Lave bem as cascas com água corrente e sabão de coco, uma a uma. Depois coloque-as em água clorada por 15 minutos (para cada litro de água filtrada colocar colher de sopa de cloro). Em seguida, enxague- as. Bata as cascas no liquidificador com 1 xícara de água filtrada. Se necessário, pode acrescentar mais água. Leve as cascas bati das para uma panela, acrescente o açúcar e deixe-as cozinhar, mexendo sempre. À parte, hidrate a gelatina com ½ xícara de água. Quando o doce estiver começando a soltar do fundo da panela, acrescente a gelatina hidratada e deixe voltar ao ponto mexendo sempre para não queimar. Quando soltar da panela, retire do fogo e coloque-o em um recipiente untado com margarina. Deixe-o esfriar e leve-o para a geladeira até o dia seguinte. Corte-o em pedaços e passe no açúcar. Principais nutrientes: fibra, vitaminas A, B1 e B2, niacina, potássio, riboflavina e sacarose. 110 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 Unidade IV Tabela 100 Bolo de maçã com casca Ovo 3 unidades Óleo 1 xícara de chá Maçã 2 unidades Açúcar 2 xícaras de chá Farinha de trigo 2 xícaras de chá Fermento em pó 1 colher de sopa Açúcar 2 colheres de sopa Canela em pó 1 colher de sopa Preparo: Bata no liquidificador os ovos, o óleo, o açúcar e a casca da maçã. Junte a farinha de trigo e o fermento em pó. Pique as maçãs e misture-as com 2 colheres de sopa de açúcar e canela. Junte a mistura já batida no liquidificador com os demais ingredientes. Acrescente as maçãs picadas. Unte e polvilhe uma fôrma (com buraco no meio). Leve para assar em forno pré-aquecido. Depois de assar, desenforme e salpique canela e açúcar. Tabela 101 Bolo de laranja com casca Laranja inteira com casca bem amarela (pera ou baía) 1 unidade Óleo ou margarina (100 g) ½ xícara de chá Ovo 4 unidades Açúcar 2 xícaras de chá Farinha de trigo 2 xícaras de chá Fermento em pó 1 colher de sopa Calda Margarina 1 colher de sopa Suco de laranja 1 xícara de chá Açúcar 1 colher de sopa Preparo: Lave bem a laranja com uma escova para retirar o sumo. Passe sabão de coco e deixe por 15 minutos de molho na água clorada. Em seguida, enxague-a. Corte a laranja em quatro pedaços, retire o miolo branco e as sementes. Bata os pedaços no liquidificador com o óleo (ou margarina), os ovos e o açúcar. Coloque-os numa vasilha e acrescente a farinha de trigo e o fermento. Unte e polvilhe uma fôrma de pudim e despeje a massa. Asse em forno pré-aquecido. Ferva a calda e espalhe sobre o bolo ainda quente e na fôrma. Principais nutrientes: fibra, vitamina C e vitamina A. 111 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Tabela 102 Cuca de banana com casca e aveia Ovo 6 unidades Açúcar 1 ½ xícara de açúcar Glucose de milho (ou mel) 200 g Margarina 150 g Amido de milho 1 xícara de chá Farinha de trigo 1 xícara de chá Farinha de aveia 3 xícaras de chá Leite 1 xícara de leite Casca de banana-d’água 5 unidades Fermento em pó 2 colheres de sopa Farofa Margarina 6 colheres de sopa Açúcar 10 colheres de sopa Farinha de trigo 3 xícaras de chá Canela em pó Preparo: Bata as claras em neve e reserve. Bata no liquidificador: gemas, cascas das bananas, glucose de milho, leite e açúcar. Coloque essa massa numa vasilha e acrescente os outros ingredientes, deixando as claras em neve e o fermento por último. Prepare a farofa e reserve. Num refratário untado e polvilhado, coloque a massa. Sobre ela, as bananas cortadas em rodelas e, por fim, a farofa. Leve ao forno pré-aquecido em temperatura aproximada de 180 °C até dourar a farofa. Tabela 103 Torta salgada de casca de chuchu Casca de chuchu picada e cozida 4 xícaras de chá Queijo parmesão ralado 50 g Pão amanhecido 1 xícara de chá Cebola pequena 1 unidade Óleo 1 colher de sopa Ovo 2 unidades Sal q.b. Preparo: Bata as cascas no liquidificador com os ovos, óleo e a cebola. Coloque a massa obtida numa travessa e acrescente os outros ingredientes. Unte um pirex pequeno com óleo. Despeje a massa e leve para assar até que fique dourada. Observação: é possível acrescentar atum, azeitona, tomate ou queijo e presunto picado. 112 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 Unidade IV Tabela 104 Bolo de casca de abóbora Casca de abóbora (higienizada) picada 2 xícaras de chá Farinha de trigo 1 ½ xícara de chá Açúcar 2 xícaras de chá Amido de milho ¾ xícara de chá Ovo 2 unidades Óleo 1 xícara de chá Fermento em pó 1 colher de sopa Preparo: Bata no liquidificador as cascas, os ovos e o óleo (ou margarina). À parte, coloque em uma tigela a farinha de trigo, o amido de milho, o açúcar e o fermento. Junte a mistura do liquidificador e mexa bem. Despeje a massa num tabuleiro médio, untado e polvilhado. Asse em forno com temperatura média. Tabela 105 Bolo de casca de banana Casca banana madura 2 xícaras de chá Gema 4 unidades Clara em neve 4 unidades Açúcar 2 ½ xícaras de chá Farinha de trigo 3 xícaras de chá Margarina 100 g Canela em pó para polvilhar 1 colher de sopa Fermento em pó 2 colheres de sopa Preparo: Bata no liquidificador as cascas de bananas com ½ xícara de água e reserve. Com a batedeira, bata a margarina, as gemas e o açúcar. Depois acrescente as cascas batidas e a farinha de trigo. Em seguida, misture delicadamente as claras em neve e o fermento. Unte e polvilhe o tabuleiro, coloque a massa e salpique canela em pó. Leve para assar em forno pré-aquecido. Tabela 106 Chips de casca de abóbora Abóbora 1 unidade Azeite q.b. Sal q.b. Pimenta-do-reino q.b. Preparo: Corte a abóbora. Retire as sementes e reserve-as em um pote. Retire a polpa e reserve-a no freezer (para o preparo do bolinho de abóbora com camarão). Pré-aqueça o forno a 180 °C. Corte a casca da abóbora em quadrados ou triângulos pequenos. Unte uma assadeira com 1 colher (sopa) de azeite. Coloque as cascas da abóbora por cima e as regue com um fio de azeite. Salpique sal e pimenta-do-reino. Asse por aproximadamente 20 minutos a 180 °C ou até que estejam levemente douradas nas pontas. Retire e sirva. 113 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Tabela 107 Snack de semente de abóbora Sementes de uma ou mais abóboras q.b. Água ½ litro Sal q.b. Azeite q.b. Preparo: Retire qualquer excesso de fibra das sementes. Em uma panela pequena, ferva a água. Assim que entrar em ebulição, adicione as sementes. Inclua uma colher (sopa) de sal e ferva em fogo alto por, aproximadamente, 10 minutos. Retire as sementes da água e seque delicadamente em papel-toalha. Unte uma assadeira com azeite, coloque as sementes por cima e adicione um pouco mais de azeite somente para besuntar. Salgue a gosto e asse em forno médio por, aproximadamente, 20 minutos ou até que fiquem douradas e crocantes. Retire e sirva. Tabela 108 Snack de sementes de melancia Sementes de uma melancia q.b. Azeite q.b. Sal q.b. Preparo: Limpe as sementes de melancia e retire qualquer resíduo indesejado. Unte uma assadeira com azeite, coloque as sementes por cima e adicione um pouco mais de azeite somente para besuntar. Salgue a gosto e asse em fornomédio por, aproximadamente, 20 minutos ou até que as sementes fiquem douradas e crocantes. Retire e sirva. Tabela 109 Molho salgado de melancia Melancia média 1 unidade Alho 4 unidades Cebola picada em cubos pequenos ½ unidade Azeite q.b. Alecrim 1 galho Sal q.b. Pimenta-do-reino q.b. Salsinha picada fina com talos q.b. Preparo: Abra a melancia. Corte a polpa. Descarte a parte dura e verde da melancia. Corte a polpa da melancia em cubos médios e reserve-os. Pique o alho e reserve-o. Em uma panela alta para molhos, refogue a cebola em um fio de azeite até que fique transparente. Acrescente o alho picado e refogue por mais 3 minutos, aproximadamente. Inclua o alecrim em pedaços, facilitando sua retirada no final. Acrescente a melancia e refogue-a. Quando o molho começar a engrossar, acrescente um fio de azeite. Ajuste o sal e a pimenta. Reduza por aproximadamente 35 minutos até obter uma consistência de molho de tomate. Sirva em seguida. 114 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 Unidade IV Tabela 110 Geleia de bagaço de laranja Bagaço de laranja bem picado 3 xícaras de chá Açúcar mascavo 2 xícaras de chá Casca e suco de 1 limão-tahiti 1 unidade Água 1 xícara de chá Preparo: Coloque o bagaço em uma panela com o açúcar, a casca do limão e a água. Deixe levantar fervura em fogo médio e cozinhe por 20 a 30 minutos, até que crie uma consistência de geleia. Enquanto isso, esterilize os potes para as geleias colocando-os no forno a 140 °C por, aproximadamente, 15 minutos. Com cuidado, coloque a mistura de geleia nos potes, deixando, aproximadamente ½ centímetro de espaço para a boca. Sele bem e vire-os de ponta cabeça por, aproximadamente, 12 horas. No dia seguinte, vire os potes para a posição normal e guarde-os em local escuro e refrigerado. Tabela 111 Panzanella (salada de pão amanhecido) Tomate maduro 5 unidades Pepino 2 unidades Sal q.b. Pão francês amanhecido ou meio pão italiano grande 4 unidades Cebola cortada em rodelas finas 1 unidade Alho 3 unidades Salsinha q.b. Azeite 5 colheres de chá Vinagre q.b. Preparo: Corte os tomates e os pepinos em cubos. Acrescente sal, reserve na geladeira. Em um pote separado, misture o azeite, o alho bem picado e a cebola. Reserve por, aproximadamente, 30 minutos. Retire o caldo do tomate e do pepino que se formou e misture ao azeite. Reserve. Esfarele o pão em pedaços toscos e leve ao forno por, aproximadamente, 10 minutos, o suficiente para eles torrarem levemente, mas não endurecerem muito. Em uma saladeira, coloque os tomates e os pepinos. Aproximadamente 5 minutos antes de servir, acrescente o pão e o molho feito à parte. Jogue a salsinha por cima. Salgue se necessário. Sirva imediatamente: o ideal é que o pão ainda esteja crocante ao servir à mesa. 115 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Tabela 112 Vinagrete de casca de banana Casca de banana (caso seja da banana-da-terra, cozinhar por mais tempo) 2 unidades Água q.b. Tomate sem polpa picado para vinagrete ½ unidade Cebola pequena picada para vinagrete ½ unidade Coentro cortado fino com talo 1 punhado Salsinha cortada fina com talo 1 punhado Coco ralado sem açúcar 2 colheres de sopa Limão 1 unidade Sal q.b. Azeite q.b. Preparo: Cozinhe as cascas de banana com água suficiente para cobri-las. Retire as cascas da panela e corte-as em pequenos cubos. Reserve. Corte o tomate, retire a polpa e as sementes e pique-o em pequenos cubos. Realize a mesma operação com a cebola. Transponha os ingredientes para um bowl. Acrescente o coentro, a salsinha, o coco ralado e o limão espremido. Regue com azeite e acerte o sal. Misture com cuidado. Sirva. Resumo Nesta unidade, aprendemos o conceito de ecogastronomia, uma atitude capaz de combinar respeito e interesse na cultura ecogastronômica com apoio àqueles que lutam em defesa dos alimentos e da biodiversidade agrícola no mundo. Desde 2004, o slow food tem um acordo de cooperação internacional com o Ministério do Desenvolvimento Agrário do Brasil, apoiando projetos voltados a agricultores e produtores artesanais e à valorização de alimentos tipicamente brasileiros. O conceito de ecogastronomia tem despertado bastante interesse da mídia, consumidores, chefs de cozinha e donos de restaurante. O desdobramento de movimentos como o slow food é reorganizar o consumo através da aproximação com os produtores e a realidade produtiva. Ecogastronomia engajada: infelizmente a participação dos restaurantes ainda é pequena. Aproveitar e reaproveitar os alimentos é algo imprescindível nos dias de hoje. O desperdício gera não apenas prejuízos econômicos, mas também 116 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 Unidade IV sociais em um mundo com cada vez mais problemas de desigualdade e escassez de recursos. Há muitos benefícios em reaproveitar os alimentos, pois isso diminuiria o desgaste do solo, o acúmulo de lixo, entre outros. A sustentabilidade é um eficaz e rentável modelo de negócio, que gera benefícios socioeconômicos e ambientais a todos os empresários. Exercícios Questão 1. Leia a charge e a notícia a seguir: Brasil desperdiça 40 mil toneladas de alimentos todos os dias Embrapa diz que 19 milhões de pessoas poderiam ser alimentadas com alimento jogado fora. Ainda de acordo com o órgão, o desperdício ocorre, principalmente, durante a preparação de refeições São Paulo – O desperdício de alimentos no Brasil chega a 40 mil toneladas por dia, segundo pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Empraba). Anualmente, a quantia acumulada é suficiente para alimentar cerca de 19 milhões de pessoas diariamente. De acordo com o estudo, a maior parte dos alimentos é desperdiçada durante o preparo das refeições. O nutricionista Gilcélio Gonçalves de Almeida explica que grande parte dos nutrientes dos alimentos está na casca e que se perde muito com o hábito de descascar legumes e frutas. “A casca da banana pode ser usada para fazer doce ou farofa e ela continua com as propriedades alimentares que ela tem”, argumenta. Além disso, o nutricionista aponta que a casca da abóbora ajuda a controlar o açúcar no sangue. Fonte: BRASIL desperdiça 40 mil toneladas de alimentos todos os dias. Rede Brasil Atual, 20 de maio de 2014. Disponível em: <http://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2014/05/desperdicio-de-alimentos-no-brasil-chega-a-40-mil- toneladas-por-dia-3443.html>. Acesso em: 13 nov. 2014 (com adaptações). 117 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL Com base na leitura e nos seus conhecimentos, analise as afirmativas: I – A culpa pelo desperdício de alimentos é, em grande parte, atribuída ao cultivo de produtos orgânicos, como mostram os dois textos, pois esse tipo de produção requer técnicas que descartam partes das frutas, das verduras e dos legumes. II – A crítica da charge baseia-se na oposição entre aqueles que podem escolher o consumo de produtos mais caros e os que não têm acesso à alimentação digna. III – O foco da charge é a crítica à produção de orgânicos, que, por serem em geral mais caros do que os não orgânicos, geram mais desperdícios. IV – De acordo com a notícia, estima-se que 19 milhões de pessoas passem fome no Brasil. Está correto o que se afirma apenas em: A) I e II. B) II e III. C) I e IV.D) II e IV. E) II. Resposta correta: alternativa E. Análise das alternativas I – Afirmativa incorreta. Justificativa: nenhum dos textos culpa os produtos orgânicos pelo desperdício de alimentos. II – Afirmativa correta. Justificativa: o humor é construído pelo contraste irônico dos personagens. De um lado, os que podem optar por produtos mais refinados, por terem bom poder aquisitivo; de outro, a criança pobre, que tem que se alimentar com o que acha no lixo. III – Afirmativa incorreta. Justificativa: o foco da charge é a crítica à desigualdade social existente no mundo. 118 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 Unidade IV IV – Afirmativa incorreta. Justificativa: a notícia afirma que o desperdício poderia alimentar 19 milhões de pessoas diariamente, e não que esse é o número de brasileiros que passam fome. Questão 2. A sustentabilidade pode ser definida como todas as ações destinadas a manter as condições que sustentam a vida na Terra, visando atender a continuidade e levando em consideração as necessidades das gerações presentes e das gerações futuras de uma forma que sejam mantidas a capacidade de regeneração, reprodução e coevolução dos recursos naturais. A sustentabilidade na alimentação profissional requer atenção de gestores, organizadores e colaboradores para que possa haver significativas mudanças comportamentais. O conceito do tripé da sustentabilidade, ou Triple Bottom Line, proposto originalmente na década de 1990 pelo analista britânico John Elkington, indica os três pilares que devem nortear a gestão sustentável nas empresas: social, econômico e ambiental. Pode ser estabelecido um paralelo entre os indicadores de sustentabilidade e as atitudes propostas pela Sustainable Restaurant Association (SRA), uma organização sem fins lucrativos sediada no Reino Unido que ajuda os restaurantes a trabalharem de acordo com a sustentabilidade, além de orientar os consumidores para escolhas sustentáveis. A SRA divide a sustentabilidade em 14 áreas de foco, apresentadas na figura a seguir: Disponível em <http://www.thesra.org/>. Acesso em 13 mar. 2017. Assinale a alternativa que não estabeleça a melhor relação entre o indicador de sustentabilidade e as ações propostas: 119 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 GASTRONOMIA VEGETARIANA, FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL A) Utilização de tecnologias limpas e uso consciente de recursos naturais: os recursos naturais que atuam diretamente sobre o local, como sol, vento e vegetação podem ser utilizados para obtenção de iluminação, conforto termo-acústico e climatização natural. A eficiência energética pode ser alcançada, em partes, por meio da instalação de placas fotovoltaicas para captação de energia solar e utilização na alimentação do sistema de iluminação e aquecimento de água, do uso de telhas translúcidas que garantem a iluminação natural durante o dia e da instalação de circuitos de baixa voltagem para utilização de lâmpadas LED, que garante um consumo de energia consideravelmente inferior e uma durabilidade superior em comparação às lâmpadas comuns, além disso, essas lâmpadas não contêm metais pesados em seu interior, o que facilita o descarte após o uso. B) Correta gestão e a redução de resíduos produzidos: o descarte adequado do lixo produzido tem se tornado um fator de suma importância para a sobrevivência do planeta e para que seja possível manter a qualidade de vida daqueles que habitam o meio, porém, as desigualdades sociais, o crescimento acelerado da população e a concentração econômica colaboram para o aumento do consumo, e, consequentemente, para o aumento da produção de lixo, contaminando o solo, a água e o ar, causando danos à flora, à fauna e se tornando uma ameaça à manutenção da saúde pública. O reaproveitamento ou a disposição correta desses resíduos envolve aspectos sociais, econômicos e ecológicos, e um novo comportamento individual deve pautar a mudança de valores e o padrão de consumo sustentável, repensando a minimização e a conscientização de desejos materiais. A prática sustentável conhecida como 3 R (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) é uma metodologia eficiente, capaz de contribuir para não esgotar a capacidade dos aterros sanitários e tem se tornado imprescindível para a preservação dos recursos naturais e para que seja possível manter um modo de vida saudável e responsável. Reduzir consiste em evitar a produção de resíduos, reavaliando os hábitos de consumo e reduzindo o uso de matérias primas, energia e geração de lixo, reutilizar envolve o reaproveitamento dos materiais em outras funções do cotidiano e reciclar significa transformar materiais já usados em novos produtos. C) Consumo consciente por meio de fornecedores e da cadeia de mantimentos ecologicamente correta: para que um restaurante seja considerado ecologicamente responsável, a seleção dos fornecedores deve se basear não apenas no preço e na qualidade dos produtos, também é preciso que os gestores optem por aqueles que demonstrem ter responsabilidade tanto em relação à sociedade, quanto ao meio ambiente, já que este sofre impacto direto causado pela produção e transporte de alimentos. São considerados ecologicamente responsáveis os fornecedores que respeitam seus colaboradores, as leis ambientais e trabalhistas e cumprem com as obrigações legais, não comercializam produtos em risco de extinção, utilizam embalagens retornáveis, recicláveis ou biodegradáveis, comercializam alimentos sazonais e da própria região, trabalham com agricultura sustentável e realizam a gestão adequada de seus resíduos, além de priorizarem uma estrutura física que permita a otimização da utilização dos recursos naturais na fabricação de seus produtos. D) Valorização da agricultura local: as críticas ao atual modelo de agricultura vigente têm aumentado consideravelmente à medida que estudos comprovam os efeitos negativos que o uso de agrotóxicos causa à saúde e ao meio ambiente. Como consequência, tem ocorrido um aumento pela procura de 120 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 Unidade IV alimentos orgânicos, livres de fertilizantes químicos, antibióticos e hormônios que são utilizados em larga escala na agricultura industrial. A preferência por produtos regionais e a valorização da agricultura local são práticas condizentes com a questão da sustentabilidade, pois fortalecem a economia da região e favorecem os pequenos produtores trazendo desenvolvimento para a região ao mesmo tempo em que colaboram para a proteção do meio ambiente. Já a agricultura industrial, além de trazer consequências ambientais, como poluição da água, do ar e do solo, desgaste e empobrecimento do solo, desmatamento, contaminação de áreas periféricas, entre outros, também traz consequências sociais, como o êxodo rural, perda das características culturais do homem do campo e extinção das técnicas tradicionais de cultivo, e, ainda, consequências econômicas, como subemprego e trabalhadores rurais mal pagos, concorrência desleal e pequenos produtores que não sobrevivem frente às grandes empresas donas de sementes, fertilizantes e pesticidas que dominam o mercado atual. E) Atendimento às legislações vigentes e certificação ambiental: há legislação específica sobre as questões que envolvem a sustentabilidade no segmento de unidades produtoras de refeições, tanto que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) prevê, com relação aos resíduos produzidos, que deve haver recipientes íntegros, identificados, de fácil higienização e transporte, suficientemente capazes de contê-los. Estes resíduos devem ser estocadosem um local fechado e isolado da área de preparação e armazenamento de alimentos, evitando a possibilidade de contaminações e atração de vetores e pragas urbanas. Os coletores das áreas de preparação e produção ainda devem ser dotados de tampas acionadas sem a necessidade de contato manual. Resolução desta questão na plataforma. 121 GA ST - R ev isã o: C ar la - D ia gr am aç ão : F ab io - 1 6/ 03 /2 01 7 REFERÊNCIAS Textuais AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia. 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