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Livro- Texto - Unidade IV Hospitalidade Turismo, Hotelaria e Gastronomia

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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
Unidade IV
7 A ECONOMIA DA EXPERIÊNCIA 
O conceito da economia da experiência surgiu em 1999 a partir das obras The Dream Society 
(A Sociedade dos Sonhos), do dinamarquês Rolf Jensen, e The Experience Economy (Economia da 
Experiência), dos autores norte-americanos James Gilmore e Joseph Pine. 
No livro A Sociedade dos Sonhos, o autor trata da importância do aspecto emocional envolvido 
na escolha por um produto ou serviço. Para despertar essas sensações, deve-se trabalhar para buscar 
valorizar a cultura, as lendas, a tradição da cozinha e suas receitas, o folclore, as festividades, as histórias 
das pessoas e das localidades e incorporá-las aos negócios. Na sociedade do sonho, o principal é 
comercializar emoções, sentimentos. Um produto ou serviço será um sucesso se conseguir satisfazer 
uma necessidade emocional do consumidor.
Em Economia da Experiência, cada negociação com um cliente pode ser um momento memorável, 
cuja memória (experiência) é que irá configurar como o produto dessa transação. Essa é uma tendência 
econômica mundial, que traz a necessidade de procurar oferecer aos clientes, principalmente no setor 
da hospitalidade, experiência únicas e inesquecíveis. 
Atualmente, os turistas possuem expectativas que vão muito além de apenas contemplar a paisagem. 
Eles estão mais informados e querem participar e vivenciar as atrações turísticas e a cultura dos locais 
visitados. Os múltiplos segmentos do setor da hospitalidade buscam cada vez mais se diversificar, criando 
frequentemente novos produtos e serviços para aumentar a sua atratividade e se destacar perante a 
concorrência. Nesse contexto, a gastronomia desempenha papel de relevo, uma vez que o consumo dos 
alimentos é um momento que pode proporcionar experiências únicas e inesquecíveis – o ato de se alimentar 
está vinculado ao sentimento de prazer, ao lúdico, a nossa memória afetiva, às tradições familiares.
 Lembrete
Os diferentes tipos de serviços turísticos usufruídos durante a 
realização de uma viagem envolvem setores como: meios de hospedagem, 
gastronomia, eventos, lazer e entretenimento, transporte, agências de 
viagem e os serviços complementares oferecidos. Todas essas áreas fazem 
parte da indústria da hospitalidade e devem ser inseridas na denominada 
economia da experiência.
A gastronomia e seus rituais se manifestam de inúmeras formas, estando presentes na refeição 
cotidiana, naquela realizada para celebrar um momento especial, nas festas religiosas, no prazer que uma 
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Unidade IV
refeição ou um alimento pode proporcionar, nas reuniões empresariais e nos almoços familiares de fins 
de semana. Todos esses momentos podem ocasionar sentimentos únicos e inesquecíveis relacionados 
ao consumo dos alimentos e às refeições.
Para os empreendimentos de hospitalidade, que buscam a inserção na economia da experiência, 
não é suficiente apenas atender às necessidades básicas dos clientes, mas descobrir seus desejos mais 
fortes e oferecer serviços personalizados para surpreendê-los. Na atualidade, cada vez mais as pessoas 
investem para viver experiências únicas e realizar seus desejos. 
Os empreendedores que compreenderem e saírem na frente para oferecer em suas marcas, em seus 
produtos e serviços o apelo emocional, sensorial, a imersão em experiências, criarão os novos tipos de 
negócios e as tendências de mercados do futuro. 
Baseado nas ideias do artigo “Welcome to the Experience Economy”, dos autores James Gilmore e 
Joseph Pine, pode-se sintetizar a história da evolução da economia em quatro estágios exemplificados 
pela produção de um bolo de aniversário (GILMORE; PINE, 1998). 
Na economia agrária, as mães fazem o bolo de aniversário a partir do que produzem para o 
sustento, misturando farinha, açúcar, manteiga e ovos obtidos de suas plantações e da criação de 
animais ou por escambo. Na economia industrial, que está fundamentada em bens, as mães pagam 
por uma massa de bolo, de sua marca preferida, pronta do supermercado. Já na economia de serviços, 
as mães irão pedir os bolos em padarias ou lojas especializadas, que irão custar muito mais do que os 
ingredientes industriais, mas oferecem a facilidade da entrega do produto pronto. E na economia da 
experiência, as mães não fazem o bolo de aniversário, nem mesmo compram pronto, mas sim gastam 
muito mais para terceirizar toda a festa para os buffets infantis ou algum outro tipo de negócio que 
organize um evento memorável para os pais e crianças, em que muitas vezes o bolo é dado como 
cortesia dentro do pacote comprado.
Nesta quarta fase da economia, os consumidores desejam vivenciar novas experiências e 
cada vez mais empresas estão dispostas a realizá-las. Aplicar esse conceito provoca algumas 
mudanças de princípios. Ao invés de oferecer serviços intangíveis, proporcionam-se experiências 
inesquecíveis; o cliente passa a ser tratado como um convidado, o que se oferece deixa de ser 
customizado para se tornar personalizado, e os sentidos devem ser provocados para transformar 
as experiências em momentos únicos.
Os turistas da economia da experiência:
• são participantes da própria experiência;
• enaltecem o aspecto cultural e a interação com os moradores;
• buscam o inusitado, o diferente ou pouco explorado;
• possuem um comportamento mais ativo durante a atividade turísticas;
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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
• almejam ser surpreendidos e emocionados e exigem serviços de qualidade;
• desejam a personalização de produtos e serviços;
• usam a internet e mídias sociais como ferramentas de avaliações das experiências. 
Os empreendimentos voltados para o lazer e entretenimento foram os precursores em aplicar 
esse conceito aos negócios. Os parques temáticos do grupo Disney sempre foram referência em 
oferecer os princípios da economia da experiência. Seus clientes são chamados de convidados, 
o que aumenta o vínculo emocional com a empresa. Ao invés de apenas vender o produto ou 
serviço, os parques de diversões oferecem um atendimento diferenciado, atrelado ao universo dos 
personagens e filmes da marca e buscando tratar cada visitante como um convidado especial e 
único. É importante destacar que geralmente, além de se pagar ingresso para entrar no parque, o 
gasto é reforçado com o consumo de lembranças em lojas temáticas, estrategicamente localizadas 
na saída dos brinquedos. Na área da alimentação, os parques trazem opções que enaltecem o lado 
lúdico, como sorvetes em formatos de personagens e outros alimentos típicos como pipoca, balas, 
chocolates, bolos, doces, hambúrgueres, cachorros quentes e até mesmo enormes coxas de perus. 
Todas essas formas de cativar o público acabam por tornar esse dia inesquecível.
O conceito de vender experiências se expandiu para vários negócios da hospitalidade como 
hotéis e restaurantes temáticos que oferecem alimentação e entretenimento. Para citar exemplos 
ainda dentro do complexo Disney, no espaço Disney Springs, em Orlando, na Flórida, o restaurante 
T-REX apresenta seus ambientes com temas inspirados em dinossauros, e o Rainforest Café 
reproduz o ambiente de uma floresta tropical para o restaurante, com chamativos aquários e sons 
de animais e trovões. 
 Observação
Uma das grandes experiências gastronômicas que envolvem os 
sentidos é oferecida pelo restaurante Dans le Noir?, o qual oferece aos 
seus clientes um conjunto de experiências únicas e sensoriais ao servir as 
refeições na mais completa escuridão. Os clientes são guiados e servidos 
por deficientes visuais. 
No Brasil há bares temáticos de futebol, restaurantes com temas de cinema, entre outros. 
Nota-se também uma tendência voltada para alimentação mais saudávele sustentável através 
dos restaurantes adeptos do movimento Slow Food, que exploram em suas refeições a experiência 
de comer, com prazer e a seu tempo, respeitando os alimentos e a forma em que foram obtidos. 
O movimento trata da alimentação como parte importante da cultura de um povo e enfatiza a 
necessidade de se consumir alimentos típicos e regionais, que devem ser de preferência frescos, 
produzidos de modo sustentável e localmente.
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Unidade IV
Para verificar a diferença entre serviços e experiências, pode-se contratar um serviço de táxi ou outros 
transportes alternativos, nos quais os motoristas oferecem água, balas e outros mimos aos clientes. Isso 
atrai os passageiros e transforma a viagem nesses transportes de um serviço comum e rotineiro para 
um evento diferenciado e hospitaleiro. Nas empresas de hospitalidade, o serviço oferecido é o palco da 
experiência do que está sendo vendido.
É importante destacar que a economia da experiência não se traduz necessariamente em produtos 
sofisticados e caros, embora possa incluí-los também. Ela está relacionada a diferentes aspectos como o 
atendimento, a criação de sensações positivas, o ambiente, a gastronomia, o posicionamento de preço, 
a qualidade no serviço e inovação proporcionada pelos negócios, entre outros fatores. 
Com proposta análoga a dos restaurantes temáticos, nos meios de hospedagem, por exemplo, 
destacam-se os hotéis inusitados, que proporcionam ambientações diferenciadas como aqueles feitos 
de gelo, os subaquáticos ou então em antigos castelos e até mesmo em presídios. 
As experiências são essencialmente únicas e pessoais, e envolvem um nível de participação 
emocional, físico, intelectual e mesmo espiritual. As evoluções tecnológicas trouxeram novos tipos 
de experiências, como os jogos on-line, as redes sociais, os aplicativos de celulares e os simuladores 
baseados em movimento. Portanto, o conceito de vender experiências está indo muito além do setor do 
entretenimento. 
No quadro a seguir é apresentado como se comportam as experiências no mercado atual:
Quadro 2 
Oferta econômica Commodities Bens Serviços Experiências
Economia Agrária Industrial Serviço Experiência
Função econômica Extrair Produzir Entregar Encenar
Natureza da oferta Fungível Tangível Intangível Memorável
Atributo-chave Natural Padronizado Particularizado Personalizado
Método de fornecimento Armazenado em grandes quantidades
Inventariado após 
produção
Entregue sob 
demanda
Revelado enquanto 
ocorre
Vendedor Comerciante Fabricante Provedor Performer
Comprador Mercado Usuário Cliente Convidado
Fatores da demanda Características Atributos Benefícios Sensações
Adaptado de: Gilmore e Pine (1998).
Ao participarem de uma experiência, os clientes podem ter uma participação passiva, na qual 
não afetam sua performance, por exemplo, os espectadores de uma orquestra sinfônica ou um 
recital de música clássica, ou podem ter um envolvimento mais ativo, no qual exercem papéis 
fundamentais para o desempenho da experiência por exemplo, em um show de rock ou na prática 
de turismo de aventura. 
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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
Pode-se classificar as experiências em quatro categorias:
• Entretenimento: ir ao teatro, shows, eventos em geral.
• Educativa: ter aulas práticas sobre o preparo de massas ou de bolos para confeitarias. Quanto mais 
as aulas envolverem os estudantes, mais eles estarão absortos na experiência.
• Escapista: há maior participação e imersão na experiência. Por exemplo, ao invés de assistir a uma 
peça de teatro, ter a oportunidade de atuar em uma. Ir à cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, e 
pegar um barco para ver as cataratas de perto. Os ecoturistas e praticantes de turismo de aventura 
também são exemplos dessa categoria.
• Estética: nessa forma de experiência os participantes são mais contemplativos e estão imersos no 
ambiente, como o turista que for a Foz do Iguaçu para apenas observar as cataratas dos mirantes. 
O turismo de aventura é um exemplo de experiência escapista por envolver uma alta participação do 
turista, conforme verifica-se na imagem a seguir:
Figura 18 
Deve-se observar cinco princípios essenciais para o desenvolvimento de uma experiência memorável: 
• Tematizar a experiência.
Alguns dos principais exemplos de locais que tematizam com maestria as experiências são os parques 
de diversões como os da Universal, Disneyworld, Legoland, Parque da Mônica, entre outros, e os cassinos 
de cidades como Las Vegas e Atlantic City, nos Estados Unidos.
• Oferecer sugestões diferenciadas aos consumidores.
Para criar a impressão desejada, as empresas necessitam fornecer sinais que aumentem a expectativa 
da experiência, preparando o cenário para algo especial. Mesmo uma pequena sugestão pode ajudar a 
criar uma experiência única, como quando um funcionário de um brinquedo em um parque de diversões 
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Unidade IV
declara: “Prepare-se que sua aventura está prestes a começar”. Isso cria uma expectativa na mente do 
cliente e um vínculo emocional com a atividade. Do mesmo modo, isso ocorre quando um garçom ou o 
maître descreve com competência e vivacidade um prato ou uma sugestão de bebida em um restaurante.
• Eliminar os estímulos negativos.
Deve-se assegurar a integridade completa da experiência eliminando qualquer interferência e ruído 
na comunicação que possa diminuir a atenção do cliente.
• Investir em lembranças, presentes para serem comprados.
Alguns bens são comprados pelas recordações e histórias que transmitem. Como a camiseta com a 
data e local de um show, ou uma memorabilia de um restaurante temático, de uma cidade turística ou 
de um parque de diversões.
• Envolver todos os sentidos na experiência ofertada. 
Os estímulos sensoriais sempre irão acompanhar uma experiência; quanto mais sentidos estiverem 
envolvidos, mais efetiva e memorável ela será. Os empreendedores da hospitalidade devem buscar 
ações para aguçar os sentidos dos clientes, assim como em uma padaria o cheiro do pão quente e de 
outras produções estimula o consumo. Um som ambiente alinhado à proposta do restaurante aumenta 
a predisposição do cliente de imergir na experiência gastronômica. Os cinemas 4-D atuais, além da 
imagem e do som, oferecem outros estímulos, como o movimento das cadeiras, gotas de chuvas e 
aplicação de cheiros para estimular os sentidos durante a projeção do filme.
As empresas que não proporcionarem experiências consistentes, por exemplo, um buffet infantil que 
demore para renovar os brinquedos, tiver jogos desatualizados e pouca consideração pela experiência 
recebida por adultos, mesmo que cobre mais barato terá problemas para cativar o público e ser divulgado. 
Inclusive os grandes parques de diversões ou restaurantes temáticos: se não conseguirem manter a 
qualidade e atualizar suas experiências, os consumidores deixarão de visitá-los.
 Lembrete
Inserir-se na economia de experiências implica algumas mudanças 
de pensamentos e conceitos. De serviços intangíveis é preciso passar a 
executar e oferecer experiências memoráveis, resultando em sentimentos 
únicos e que variam de pessoa para pessoa. 
O cuidado no tratamento oferecido ao cliente é uma das inovações mais poderosas em um 
negócio, pois gera fidelização. Mais que isso, ele torna-se uma espécie de embaixador da empresa, 
divulgando espontaneamente os serviços e produtos. O engajamento do consumidor gera status 
para a marca e para ele.
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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
Na indústria da hospitalidade, o conceito da economia experiência não deve estar apenas atrelado 
à criação do ambiente,mas também, e principalmente, na atenção dedicada ao cliente. Por exemplo, 
um restaurante deve procurar inovar e proporcionar atrativos na fila de espera, como o oferecimento de 
amostras de cortesia do cardápio da casa, possuir locais de espera confortáveis e adequados, durante a 
refeição, disponibilizar gratuitamente jarras de água ao cliente, entre outras formas de cativar o cliente 
que podem ser realizadas por meio da excelência do atendimento.
Os empreendimentos gastronômicos devem ir além de proporcionar apenas uma refeição, mas 
oferecer uma experiência mais ampla, na qual a qualidade dos pratos continuará a ser primordial para 
encantar os clientes, mas também entram na composição da avaliação do serviço o ambiente do local, 
o conforto do mobiliário, a iluminação adequada, o cardápio, as louças e os talheres, a gentileza e o 
conhecimento dos garçons, a música de fundo, entre outros elementos. 
Os profissionais da área de hospitalidade devem se tornar criadores/narradores de histórias 
e vendedores de experiências para os consumidores. Mesmo os produtos tradicionais turísticos que 
se favorecem da paisagem do sol e da praia ou das montanhas podem perder importância se não 
proporcionarem experiências satisfatórias atreladas à qualidade de infraestrutura, gastronomia, 
acessibilidade etc.
 Observação
São chamados transumers os consumidores que valorizam essas 
experiências sensoriais. Eles anseiam por produtos exclusivos e 
personalizados ou por uma experiência de consumo que poucas pessoas 
realizaram, como um jantar à luz de velas em uma tenda no deserto ou em 
uma praia ao pôr do sol ou mesmo almoçar em um restaurante típico de 
uma culinária pouco explorada.
Os principais recursos que podem ser utilizados para transformar uma experiência em 
memorável são:
• criar acontecimentos exclusivos e marcantes;
• enfatizar os saberes e sabores locais;
• trazer para os negócios a cultura, as histórias, o meio ambiente, o artesanato e a gastronomia 
das localidades;
• diversificar os segmentos nos quais poderão ser aplicados esses conceitos, como nos meios de 
hospedagem, no setor de eventos, no comércio, nos serviços, na gastronomia, nos atrativos 
turísticos, entre outros;
• possibilitar treinamento, educação e conhecimento aos prestadores de serviços;
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• promover, por meio de cenários e ambientação, algo surpreendente para o público ou aproveitar 
uma paisagem deslumbrante para isso;
• proporcionar o total envolvimento do cliente na experiência do serviço. Ele deve ficar imerso na 
atividade e perder a noção de tempo, sendo absorvido pela experiência oferecida.
O Brasil, por meio do Ministério do Turismo e com o auxílio do Sebrae e de outros parceiros, oferece 
projetos que tratam da economia da experiência em destinos como:
• Costa do Descobrimento/BA.
• Petrópolis/RJ.
• Belém/PA.
• Bonito/MS.
• Região Uva e Vinho/RS.
Esses projetos visam assessorar os empreendedores a moldarem seus negócios para esse conceito, 
passando a oferecer experiências únicas e inesquecíveis aos turistas e valorizando a cultura e as 
características particulares de cada um desses destinos.
Exemplificando o emprego dessas ideias, o Ministério do Turismo destaca: 
Em uma vinícola da Região Uva e Vinho/RS, foi formatada uma atividade 
para o enoturista - a “Degustação às cegas” - onde foi proposta uma 
degustação diferente. O turista é vedado e vai provando vários vinhos e 
para cada um relata as sensações, com destaque para as emoções, as 
lembranças, a experiência. A proposta é deixar o turista “viajar”, “conduzir” 
sua experiência na degustação, afinal, o vinho tem alma e está presente 
na história da humanidade. Assim, a vinícola trabalha para tocar a alma 
de cada visitante. Depois, é revelado qual vinho foi degustado e as suas 
características (BRASIL, 2010a, p. 29).
A finalidade dos produtos e serviços elaborados a partir dos conceitos da economia da 
experiência são:
• provocar o encantamento;
• buscar atingir o aspecto emocional do púbico;
• gerar expectativa;
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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
• originar experiências nos serviços que sejam relevantes; 
• despertar o desejo de vivenciar as experiências;
• causar impacto;
• aguçar os sentidos.
O ato de ir a um restaurante, um evento, hospedar-se ou viajar atingiu novos significados e a arte 
do bem receber tem sido ampliada para proporcionar experiências inesquecíveis de acolhimento. As 
empresas que proporcionam ao público momentos inesquecíveis têm como resultado consumidores 
leais, empregados mais satisfeitos e geralmente ganhos acima da média do mercado.
Os projetos voltados para economia da experiência são importantes para valorizar e preservar os 
saberes regionais, como a cultura, as tradições, o folclore, a gastronomia, as bebidas, o artesanato, 
entre outros.
7.1 Os sentidos na hospitalidade
Ao serem integrados os cinco sentidos (visão, olfato, audição, tato e paladar), as experiências 
proporcionadas pelas empresas do setor de hospitalidade podem ser ampliadas. O desenvolvimento de 
serviços que despertem os sentidos pode ser realizado de diferentes maneiras, conforme verifica-se a 
seguir.
7.1.1 Visão 
Nas experiências turísticas, o contato visual é realizado antes mesmo da chegada ao local. Ao se 
visitar um blog de viagem ou um site de um hotel ou restaurante, o cliente já terá informações e 
imagens do que irá encontrar, o que pode vir a afetar suas expectativas. 
Os elementos visuais são meios importantes para cativar o consumidor e devem estar presentes 
tanto no ambiente virtual quanto no cuidado com as paisagens e estruturas turísticas. Em um 
restaurante destacam-se elementos visuais como o leiaute, a iluminação, as cores, a decoração 
das mesas, o uniforme da equipe e a própria cozinha, que pode estar à vista do cliente. Por mais 
que as empresas ofereçam tour virtuais com fotos e vídeos, esses locais somente poderão ser 
avaliados no momento real do consumo. 
Outras referências visuais de hospitalidade importantes para facilitar a relação do morador 
e do turista com a cidade são as placas de sinalização das ruas e de trânsito e os postos de 
informações turísticas.
Logicamente, seja no local, seja antecipadamente, os elementos visuais podem influenciar diretamente 
na avaliação do conceito de hospitalidade de oferecido.
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7.1.2 Paladar
O paladar se caracteriza por ser um sentido individual; cada pessoa sente o gosto de um prato, de 
uma fruta, de uma maneira pessoal e exclusiva de acordo com suas referências culturais. 
O setor gastronômico é o principal responsável por suprir a necessidade de alimentação e está 
vinculado à percepção da hospitalidade por meio do paladar. A forma mais elementar de aferir a 
qualidade da hospitalidade de um empreendimento gastronômico é por meio da avaliação de uma 
refeição e do atendimento proporcionado pelo local.
A gastronomia regional e seus ingredientes e pratos típicos também são formas de destacar a cultura 
local e a hospitalidade. Por exemplo, quem vai a Recife (PE) normalmente experimenta o bolo de rolo, 
que é um doce típico do local e de todo o estado e, em muitos casos, acaba trazendo também para seus 
familiares provarem. Esse ato representa, portanto, não só compartilhar o alimento em si, como é uma 
forma de trazer uma parte do Recife, da viagem, para aqueles que ficaram e não puderam participar. 
A hospitalidade aguçando o sentido do paladar pode ser aplicada mesmo nos serviços que não 
estão relacionados com o ramo da alimentação, pois ter no empreendimento para oferecer aos clientes 
um café, um chá, algum tipo de bolacha, ou até mesmo alimentos regionais, é uma forma de cativar e 
surpreendero público.
7.1.3 Audição
A sonoridade de uma cidade não diz respeito somente à poluição sonora, ao barulho do mar, às 
questões musicais, mas englobam todos os sons urbanos (carros, sirenes, barulhos de obras, aviões, 
música alta, entre outros) e também sons naturais (mar, pássaros, raios, chuva, vento, a conversa e o 
tom nos quais as pessoas falam).
O som pode interferir na hospitalidade de um local, por exemplo, em um ambiente de um restaurante 
por meio da escolha de uma música inadequada ou o barulho de manhã cedo dos aspiradores de pó 
e elevadores dos hotéis. Um consumidor cujo gosto e estilo musical não se enquadrem ao que está 
tocando em um restaurante, bar ou evento pode achar o local desagradável. Muitos supermercados 
alinham a execução musical em suas lojas com gosto de seu público-alvo, tornando a experiência de 
compra mais acolhedora.
A língua de um país, os dialetos, as formas de comunicação oral, o tom da voz, as diferentes palavras 
regionais utilizadas para definir alguns dos alimentos também são fatores da hospitalidade ligados à 
audição. Os sons, em suas diferentes formas naturais ou artificiais, compõem a atmosfera de um local e 
podem afetar a percepção e avaliação do visitante, que, ao presenciar a percepção de sons desagradáveis 
para os seus sentidos, poderá conceituar o local como não hospitaleiro. 
Disponibilizar profissionais qualificados na recepção e comunicação com pessoas que possuem 
algum tipo de deficiência auditiva é um elemento hospitaleiro e integrador de fundamental importância. 
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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
 Observação
O aclamado chef Heston Blumenthal, do restaurante The Fat Duck, 
que possui três estrelas Michelin, na Inglaterra, promove uma experiência 
sensorial no seu prato intitulado The Sound of the Sea (sons do mar): 
o cliente recebe uma concha com um iPod contendo sons do mar e de 
gaivotas que devem ser ouvidos enquanto se degusta o prato. Segundo o 
chef, o uso do som pode aumentar a sensação do gosto.
7.1.4 Olfato
A associação ao olfato na hospitalidade refere-se diretamente aos aromas que remetem ao lúdico, à 
infância, às boas lembranças associadas a exemplos como o aroma do café, do pão quente, de um bolo 
no forno, da feijoada, da dobradinha, cheiros que podem ser agradáveis ou desagradáveis de acordo com 
a percepção de cada um. 
Assim como os outros sentidos, sua avaliação é de caráter individual. O que pode ser um aroma 
aprazível para uma pessoa pode não ser para outra. 
Os aromas integram a hospitalidade de um local. Inclusive, atualmente, algumas empresas procuram 
adotar fragrâncias personalizadas de acordo com os ideais das marcas para cativar o cliente, podendo 
ser estas artificiais ou naturais. 
A associação dos aromas ao sistema perceptivo fará com que algum cheiro acabe por trazer 
lembranças positivas ou negativas de um local ou ocasião. O cuidado com o lixo e limpeza de um 
restaurante, por exemplo, são ações que buscam evitar um mau cheiro, para proporcionar o bem-
estar do cliente. 
7.1.5 Tato
O sentido do tato na hospitalidade se apresenta nos pequenos gestos, nas formas de contato 
e cumprimentos entre as pessoas, no ato de sentir os alimentos nas mãos (como ao tatear uma 
fruta para saber se está madura). Em certas culturas gastronômicas, como as africanas e árabe, 
comer com a mão é permitido e incentivado, uma vez que o pão é utilizado como substituto para 
o talher.
Os gestos e normas de cumprimento variam entre as diferentes culturas e são exemplos da relação 
da hospitalidade com o tato. Como essas formas de saudação variam culturalmente, um mesmo gesto 
pode ser entendido como uma forma hospitaleira ou mesmo hostil. 
Na Ásia, em determinados países, o cumprimento ocorre unindo as próprias mãos e beijos no 
rosto causa espanto. Para os povos italianos e árabes, a troca de beijos nas faces entre os homens 
é normal. Uma das maiores complexidades na relação do tato com hospitalidade está nessa sua 
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variação cultural, assim identificar essas mudanças é uma importante tentativa de ser mais receptivo 
e hospitaleiro com os visitantes. 
O sentimento de frio ou de calor também se apresenta pela percepção tátil e poderá remeter as 
pessoas a sensações e memórias positivas ou negativas, que assim como os demais sentidos serão 
associadas ao lugar e à situação. Isto é, a climatização do ar em eventos e nos empreendimentos 
gastronômicos pode ser um meio de acolher ou afastar o cliente.
Uma forma de inclusão importante entre hospitalidade e o tato em um restaurante é promover 
aos deficientes visuais de um cardápio em braile, propondo um elemento acolhedor para a recepção 
desses clientes. Nos serviços de hospitalidade, a acessibilidade é um diferencial que pode ser um fator 
de grande relevância para os negócios.
A cidade de Socorro (SP) tornou-se referência na oferta de atrativos turísticos com acessibilidade. 
Grande parte das atividades relacionadas ao turismo de aventura e esportes radicais oferecidas na 
localidade apresentam adaptações para receber os turistas com algum tipo de deficiência, ou seja, há 
cadeiras de rodas especiais adaptadas para poderem ser usadas em trilhas, indicações sobre a dificuldade 
das atividades e do caminho e para quais pessoas cada atividade se destina.
Há ainda outros empreendimentos de hospitalidade como restaurantes, hotéis e demais meios de 
hospedagem, parques e o comércio da cidade são adequados às normas de acessibilidade. Por essas 
diversas razões, a cidade tornou-se referência para os turistas portadores de deficiências que necessitam 
de projetos turísticos que incluam a acessibilidade. 
A seguir observam-se os turistas em ação:
Figura 19 
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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
 Saiba mais
Os filmes a seguir tratam do tema das diferenças culturais entre países 
de diferentes maneiras:
ENCONTROS e Desencontros. Dir. Sofia Coppola. EUA: Focus Features, 
2003. 105 minutos.
NEGÓCIO das Arábias. Dir. Tom Tykwer. EUA: Playtone, 2016. 98 minutos.
A 100 Passos de Um Sonho. Dir. Lasse Hallström. EUA: Disney/Buena 
Vista, 2014. 124 minutos. 
8 A HOSPITALIDADE DOMÉSTICA E COMERCIAL NO AMBIENTE DO LAR
A ligação entre a hospitalidade doméstica, oferecida no lar, e as atividades relacionadas com a 
hospitalidade comercial é incontestável, pois está presente na origem histórica dos hotéis e na atualidade 
com as hospedagens do tipo cama e café, entre outras.
Nesse livro-texto a expressão hospedagem residencial designa as diversas acomodações, nas 
quais os hóspedes pagam diretamente ou indiretamente ao proprietário pela hospedagem em sua 
residência particular, sendo o caráter do espaço coletivo, isto é, dividido entre os hóspedes e os 
próprios donos dos estabelecimentos, os quais, em muitas vezes, delimitam áreas exclusivas para uso 
próprio. A duração da hospedagem pode ser curta ou longa e alguns desses empreendimentos podem 
ou não oferecer refeições.
Nos meios de hospedagem residenciais, fundem-se diferentes domínios da hospitalidade, 
principalmente o doméstico e o comercial. Também diversas dessas hospedagens fazem parte da 
hospitalidade virtual e usam esse meio para sua divulgação.
Essas formas de hospedagens envolvem também a hospitalidade pública, uma vez que esse tipo 
de acomodação exerceu, ao longo dos tempos, a função de acolher os viajantes e migrantes de outras 
cidades que buscam nos meios de hospedagem residenciais uma alternativa de acomodação barata, 
próxima ao local de trabalho ou estudo e em ambiente familiar. 
O Ministério do Turismo coloca que:
A hospedagem domiciliar pode ser uma excelente forma de vivência cultural, 
num modelo de hospitalidade em que o turista se hospedana casa de um 
morador, tem a possibilidade de experimentar o modo de vida e observar o 
cotidiano da comunidade (BRASIL, 2010a, p. 16). 
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Unidade IV
O meio de hospedagem residencial deve fazer parte de um processo que envolva o hóspede e a 
cidade que o acolhe, ajudando-o a desfrutar de tudo que ela tem a oferecer. A força da valorização 
desses meios consiste exatamente em criar um ambiente favorável à exaltação das especificidades 
culturais do local visitado. A recepção nesses locais envolve o uso do espaço coletivo, o convívio diário, 
a divisão comunitária do ambiente, isto é, aspectos que proporcionam uma maior sociabilidade entre 
hóspede e anfitrião. 
A recepção no lar participa sobremaneira do processo de diálogo entre diferentes pessoas. O anfitrião 
e o hóspede são ambos portadores de culturas frequentemente distintas, bem como de códigos de 
valores e estilos de vida que não necessariamente se complementam, porém existe a criação de um 
espaço de encontro mútuo, extremamente eficaz para receptividade. 
Darke e Gurney (2005, p. 139) tratam da dificuldade da convivência entre hóspedes e anfitriões na 
hospedagem residencial ao observar que:
O “ato de alojar” representa uma forma de hospitalidade repleta de 
dificuldades, por causa das diferentes expectativas das visitas e anfitriões. 
No ambiente comercial, essas tensões são particularmente relevantes nas 
casas para hóspedes ou nas situações em que “hóspedes pagantes” dividem 
o domínio privado com seus anfitriões.
De modo geral, são três os principais tipos de hospedagens residenciais oferecidos, de acordo com 
Lynch e Macwhannell (2005, p. 152), os quais podem ser assim descritos:
1. A hospitalidade comercializada dentro de uma casa particular, onde os 
donos residem e o espaço público é partilhado entre os visitantes e a família 
proprietária – essa categoria pode ser subdividida pelo grau de integração 
da visita com a família e suas atividades; por exemplo, alojamento com café 
da manhã (bed and breakfast) em casa particular; famílias hospedeiras. 
2. A hospitalidade comercializada, onde o dono reside e a unidade também 
é o lar familiar, mas em que o espaço público para o visitante é separado do 
espaço familiar; por exemplo, hotéis pequenos, residências urbanas, casas 
para hóspedes e alguns alojamentos com café da manhã (bed and breakfast).
3. A acomodação do tipo self-catering, na qual os donos não vivem no local 
– essa categoria poderia ser subdividida naquelas em que o lar é usualmente 
uma residência secundária e naquelas em que a unidade de acomodação 
é simplesmente uma unidade para alugar, sendo o lar um conceito criado.
A hospedagens residenciais oferecidas no país, como as pensões, as pousadas, os estabelecimentos 
cama e café (bed and breakfast), os hostels, os albergues da juventude e os campings estão de acordo 
com primeira e segunda tipologia. 
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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
Em grande parte dos casos, esses locais adaptaram a residência para ser ofertada como 
empreendimento de hospitalidade, coletivizando parte do ambiente com a locação de alguns quartos, 
com presença ou não de cozinha coletiva; muitas vezes, o uso dos eletrodomésticos, em especial fogões, 
geladeiras e micro-ondas, são compartilhados. O café da manhã normalmente é a refeição principal 
servida e está incluso no preço da diária.
Destaca-se que na hospedagem residencial pode existir uma preocupação quanto ao uso dos espaços, 
principalmente o banheiro. A quantidade de banheiros e suas qualidades são fatores que influenciam na 
escolha do local de hospedagem, mesmo que se pague mais por esse conforto. 
As hospedagens residenciais enquadram-se também na categoria de estabelecimentos extra-
hoteleiros. Montejano (apud GIARETTA, 2003) define a hospedagem extra-hoteleira como aqueles 
estabelecimentos mercantis que prestam diversos tipos de alojamentos distintos dos que oferecem os 
hotéis, devido a sua diferente ordenação legal, infraestrutura, preços e serviços. 
 Lembrete
A hospedagem residencial possibilita o envolvimento dos anfitriões 
com os hóspedes, reunindo o cunho doméstico e comercial em um único 
ambiente em que as motivações sociais, econômicas e psicológicas 
estão interligadas.
A hospitalidade comercial oferecida no ambiente doméstico está presente na atividade turística em 
diversas formas de hospedagem, como: 
Cama e café (bed and breakfast)
Os estabelecimentos que fazem parte da rede mundial de cama e café (bed and breakfast) oferecem 
acomodações em residências particulares, de casas simples a mansões históricas, nas quais, na maioria dos 
casos, a família é residente e aluga quartos normalmente por curta duração para hóspedes. Geralmente, 
serve-se apenas o café da manhã, que está compreendido na diária, e os quartos, em alguns casos, podem 
apresentar suítes. O bed and breakfast surgiu no Reino Unido e difundiu-se, primeiramente, pela Europa, 
América do Norte e Oceania. Hoje está presente em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil.
Conforme o Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem elaborado pelo Ministério 
do Turismo, os estabelecimentos do tipo cama e café podem ser definidos como “hospedagem em 
residência com no máximo três unidades habitacionais para uso turístico, com serviços de café da 
manhã e limpeza, na qual o possuidor do estabelecimento resida” (BRASIL, [s.d.]).
Essa forma de acomodação residencial apresenta um crescimento mundial, graças, principalmente, 
a sua ampla divulgação na internet, onde há um número significativo de residências associadas a redes 
e associações de hospedagem que contam com sistemas internacionais de reservas on-line, oferecendo 
esse formato de hospitalidade em diversos lugares do mundo. 
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Unidade IV
Os viajantes optam pela acomodação na hospedagem cama e café porque são menores, mais 
íntimos e frequentemente mais baratos do que hotéis e ainda porque os proprietários oferecem 
um grau de hospitalidade raramente encontrado em outras formas de hospedagem. Esses 
estabelecimentos variam de simples quartos com banheiro coletivo a elegantes acomodações que 
custam tanto quanto hotéis luxuosos. De acordo com a classificação nacional, esses locais podem 
ter categorias de uma a quatro estrelas.
No Brasil, essas hospedagens são conhecidas tanto pelo nome em inglês bed and breakfast, como 
pela tradução, cama e café. Normalmente, são operados de forma independente pelo proprietário da 
casa, ou também podem estar associados às redes de hospedagem, as quais ficam responsáveis pelo 
cadastramento e fiscalização dos locais, além de divulgá-los e administrar suas reservas.
 Saiba mais
Uma das cidades no Brasil onde essa hospedagem apresenta maior 
visibilidade e organização é no Rio de Janeiro, em locais como no bairro 
histórico de Santa Teresa. 
BRAZIL bed and Breakfest. Bed and Breakfast.com, [s.d.]. Disponível em: 
<https://www.bedandbreakfast.com/brazil.html>. Acesso em: 27 set. 2017. 
Normalmente, nos Estados Unidos, o bed and breakfast é um tipo pequeno de negócio familiar de 
hospedagem, instalado na própria residência ou em casas de fazenda. Apresentam, em geral, de três 
a dez quartos destinados aos hóspedes. Quase sempre a única refeição servida é o café da manhã. 
Em geral, estes estabelecimentos não possuem licença para vender bebida alcoólica e o proprietário é 
gerente e residente do local.
Ressalta-se que em alguns dos meios de hospedagem residenciais, em particular o cama e café e as 
pensões no Brasil, observa-se a readaptação de casarões para o acolhimento de hóspedes. Entretanto, há 
uma nítida diferença entre as duas. As hospedagens do cama e café ocorrem em espaços regularizados 
e que em muitoscasos fazem parte do patrimônio histórico e cultural de uma localidade, de forma que 
existe uma preocupação de que parte do valor pago pela hospedagem seja destinado para preservação 
das residências. Por outro lado, as pensões se apresentam como meios de hospedagem marginalizados, 
sem organização e regularização; muitas ainda com o perfil de outrora de abrigar estudantes e diversos 
tipos de moradores da cidade como camelôs, prostitutas, entre outros, sem condições de conservação 
adequada e praticamente invisíveis como meios de hospedagem turísticos. 
As pensões possuem semelhanças com outras hospedagens residenciais em razão do pagamento pelo 
aluguel de um quarto em uma residência particular com ambiente coletivo e por oferecerem serviços 
que podem incluir segurança, lavanderia e alimentação. Entretanto, possuem peculiaridades que as 
distinguem, como a possibilidade de longa estadia dos hóspedes e a interação social mais prolongada 
com proprietários e outros residentes.
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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
Hospedagem para os jovens
Uma oportunidade de oferecimento da hospedagem residencial ocorre no segmento do turismo 
para jovens, como é o caso das famílias hospedeiras (host families). Essa denominação caracteriza as 
famílias que disponibilizam para aluguel em sua casa quartos para estudantes de intercâmbio, os quais 
compartilham os espaços com demais membros familiares. Os quartos são encontrados por meio de 
associações estudantis que encaminham às famílias os estudantes interessados nessa hospedagem. Essa 
designação é comum no Reino Unido e nos Estados Unidos; no entanto, inúmeros países proporcionam 
o acolhimento para os intercambistas.
O turismo alternativo, principalmente o praticado pelos mochileiros (backpackers), também oferece 
boas perspectivas ao mercado da hospedagem comercial em residências particulares. Fazem parte deste 
grupo, além dos jovens, pessoas de todas as idades, nacionalidades e classes sociais, que viajam, às 
vezes durante grandes períodos, com objetivo de explorar novos lugares e culturas, gastando pouco 
dinheiro e abrindo mão de certas comodidades. Esse tipo de turista valoriza a convivência com quem os 
acolhe, procurando geralmente alternativas baratas de hospedagem que permitam a integração com a 
comunidade, a cultura do local e o meio ambiente.
Ressalta-se a necessidade de um maior investimento, organização e divulgação dos meios de 
hospedagem residenciais existentes no Brasil, visto que seria uma alternativa viável de acomodação 
para os mochileiros e outras formas de turistas. 
Casas de fazenda
As casas (farmhouses accommodations) são uma modalidade de hospedagem residencial particular 
em área rural que tem crescido muito nos últimos anos e são oferecidas em diversos países do mundo. 
Em virtude da amplitude dessa nomenclatura, esclarece-se que neste livro o termo refere-se apenas aos 
serviços de hospedagem disponibilizados em propriedades particulares no espaço rural, nas quais os 
anfitriões dividem suas residências e/ou refeições com os hóspedes.
São empreendimentos localizados em áreas rurais, instalados em locais como sedes de sítios e 
fazendas. Em geral, esses espaços continuam a manter sua atividade rural e complementam sua renda 
com o oferecimento de hospedagem. Na maior parte destes locais, os hóspedes, caso queiram, podem 
participar das rotinas de trabalho durante sua hospedagem.
Acomodação compartilhada
Pode-se definir o termo acomodação compartilhada como uma rede social de viajantes que promove 
alojamento em residências, com remuneração (economia colaborativa) ou não (economia de troca). Os 
serviços de hospedagem são oferecidos essencialmente via internet.
A economia colaborativa está fundamentada no princípio de conectar pessoas ao redor do 
mundo, para a troca de um bem ou serviço que se possa dispor a um preço mais acessível que a 
média de mercado.
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Um exemplo desse conceito são os novos sistemas de transporte compartilhado como Uber ou 
99Pop, no qual uma pessoa, após se cadastrar no site, usa seu carro como forma de transporte e é 
remunerada para tanto. O carro, que antes estaria parado, agora tem função, gerando um incremento 
de renda. 
A economia de troca é um método de realizar uma transação comercial sem remuneração financeira. 
É uma prática bastante antiga e existente desde os princípios da sociedade, conhecida também por 
escambo ou permuta. Como exemplo, teríamos um agricultor trocando itens da sua horta por uma 
consulta médica ou recebendo uma carona em troca de algumas hortaliças ou ovos. 
Atualmente, alguns raros povos de economia primitiva ainda praticam o escambo, mas são exceções 
à regra monetária global. Por outro lado, a internet abriu múltiplas possibilidades socioeconômicas, 
dando uma roupagem mais moderna ao arcaico sistema de troca e conectando pessoas com interesses 
comuns. O Couchsurfing é um caso que representa essa nova abordagem, com mais de 14 milhões de 
membros em mais de 200 países. É o maior serviço de hospedagem não remunerada existente.
 Saiba mais
Criada em 2008, o Airbnb é a rede de alojamento em residências com o 
maior número de membros, podendo ser acessada em: 
<https://www.airbnb.com.br/>.
Em 2013, surgiu uma rede de hospitalidade compartilhada exclusiva 
para mulheres, a Broads Abroad Travel Network, que pode ser acessada em:
<http://broadsabroad.net>.
Atualmente, as principais redes de acomodação compartilhada são:
Airbnb
O Airbnb é um serviço de alojamento que promove a locação de curta temporada de casas, 
apartamentos e de muitos outros tipos, como castelos, barcos e ilhas. Há mais de 3 milhões de 
acomodações disponíveis na rede, que estão presentes em cerca de 65 mil cidades em 190 países. 
Nenhuma das propriedades é da empresa, sendo essa apenas uma corretora, que recebe uma 
porcentagem das transações realizadas, tanto dos hóspedes quanto dos anunciantes. O proprietário do 
imóvel tem total liberdade para estipular o valor da hospedagem.
O empreendimento foi criado por dois colegas de faculdade e de apartamento em outubro de 2007. 
Brian Chesky e Joe Gebbia estavam com certas dificuldades financeiras de continuar pagando o aluguel 
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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
de seu apartamento em São Francisco, então tiveram a ideia de colocar um colchão de ar na sala e 
oferecer hospedagem ao estilo cama e café, com o intuito inicial de apenas incrementar um pouco a 
renda. Em 2008, eles fundaram um novo e original empreendimento, chamado AirBed & Breakfast e 
para oferecê-lo montaram um site que oferecia hospedagem de curto prazo com café da manhã. 
Uma questão importante de abordar sobre esses sistemas é que algumas cidades têm restrições de 
locação por um curto período de tempo. Em determinados locais é obrigatória a retenção de um imposto 
de ocupação transitória. Há várias cidades onde os locatários devem se registrar com o governo e obter 
uma permissão ou licença para alugar sublocar suas residências. Adicionalmente, muitos condomínios 
ou imóveis têm restrições de sublocações.
Couchsurfing 
O Couchsurfing é uma plataforma on-line com mais de 14 milhões de membros em mais de 200 mil 
cidades. Esse sistema de alojamento conecta, através de uma rede global, pessoas dispostas a hospedar 
viajantes por um curto período sem nenhum tipo de compensação financeira por isso. As principais 
motivações para oferecer essa forma de hospedagem são a oportunidade do intercâmbio cultural e a 
possibilidade de ter novas experiências ou de conhecer novas pessoas.
O desenvolvimento da ideia teve início em 2004, como um pequeno projeto de seus fundadores, que 
identificaram a necessidade desse tipo de serviçoe que certas pessoas abririam sua casa para receber 
estranhos (ou, como eles denominam, “amigos que ainda não se conhecem”).
Um dos fios condutores do Couchsurfing é conectar pessoas de estilo semelhante e compatíveis. 
Cada membro deve criar um perfil, que terá informações como estilo de vida e preferências e informar 
se é um hóspede ou anfitrião.
Ao redor do mundo, as hospedagens residenciais são oferecidas e possuem diversas nomenclaturas 
que cada país outorga de acordo com seus critérios. Como observado, a hospedagem residencial abrange 
diferentes definições, categorias e espaços, suscitando questões que, por sua vez, ultrapassam as áreas 
de estudo da hotelaria e do turismo. É inegável que esses empreendimentos merecem estudos mais 
profundos para um melhor entendimento.
A natureza social da hospedagem residencial é muito significativa, pois é uma forma de conectar pessoas 
de diversas origens com costumes e culturas diferentes no mesmo ambiente. As escolhas pelas hospedagens 
residenciais são uma resposta à procura de uma acomodação familiar, com um acolhimento diferenciado. 
8.1 A importância feminina na administração da hospedagem residencial
A administração de hospedagem residenciais condensa o ambiente feminino e doméstico, 
assemelhando-se e muitas vezes misturando-se ao trabalho não remunerado da administração do lar.
No percurso da história em pensões, albergues e tabernas, e atualmente nos estabelecimentos cama 
e café entre outros, as mulheres apresentam grande participação na administração e propriedade dos 
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meios de hospedagem residenciais. Os fornecedores da hospitalidade comercial no ambiente doméstico 
particular são majoritariamente femininos. 
Ao abordar a necessidade de se estudar a hospitalidade nas questões relativas ao gênero feminino como 
dominante no controle da hospedagem residencial, Lynch e Macwhannell (2005, p. 158) destacam que:
O trabalho requerido para administrar tal casa não é diferente daquele 
de administrar o lar privado e doméstico da família, exceto que há uma 
recompensa financeira. Assim, talvez o bed and breakfast possa ser visto 
como algo capaz de subverter o terreno patriarcal da tradicional exploração 
e opressão das mulheres. De fato, esse tipo de alojamento desafia essa 
noção. Há uma mudança sagaz, pagando-se por algo que previamente não 
era pago, e criando um pequeno negócio advindo do trabalho doméstico.
Muitas das proprietárias desses empreendimentos consideram o trabalho feito para a manutenção do 
estabelecimento não dissociado do trabalho rotineiro doméstico. Portanto, a manutenção do negócio de 
hospedagem residencial pode ser considerada uma extensão da rotina diária. A limpeza da residência, a 
organização da casa, o preparo das refeições quando oferecidas e as roupas de cama e toalhas lavadas fazem 
parte tanto das tarefas domésticas como são realizadas para o bom funcionamento do local de hospedagem. 
Observa-se que a hospitalidade comercial oferecida no ambiente doméstico traz motivações além 
da financeira, como o contato direto com os hóspedes de diferentes culturas e a companhia por eles 
proporcionada. Mais do que o simples pagamento, ocorre uma relação de hospitalidade, de sociabilidade. 
Lynch (1998, apud Lashley; Morrison, 2004) identifica que as mulheres que trabalham em casa 
podem sofrer de isolamento social. Assim, atrair estranhos à casa é um modo de reduzir tal isolamento.
8.2 Classificação dos meios de hospedagens no Brasil
No Brasil, considerando a vasta diversidade da oferta hoteleira nacional, o Sistema Brasileiro de 
Classificação de Meios de Hospedagem (BRASIL, [s.d.]), elaborado pelo Ministério do Turismo, definiu 
sete tipos como os principais meios de hospedagem:
• hotel;
• resort;
• hotel fazenda;
• cama & café;
• hotel histórico;
• pousada;
• flat/apart-hotel.
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A categoria dos meios de hospedagem respeita o critério de números de estrela de acordo com a 
qualidade do empreendimento.
O cama e café, conforme descrito, é a única dessas hospedagens com característica 
eminentemente residencial. 
São apresentadas a seguir as particularidades dos demais meios de hospedagem:
Hotel
Empreendimento caracterizado por oferecer acomodações pagas em curtos ou longos períodos. As 
instalações variam em forma e estilo, sendo desde a oferta de um simples colchão em um quarto de 
qualidade modesta a grandes suítes com camas enormes e macias, frigobar, lençóis de algodão egípcio, 
televisão de última geração e tantos outros mimos. 
O Sistema Brasileiro de Classificação dos Meios de Hospedagem define hotel como “estabelecimento 
com serviço de recepção, alojamento temporário, com ou sem alimentação, ofertados em unidades 
individuais e de uso exclusivo do hóspede, mediante cobrança de diária” (BRASIL, [s.d.]).
A classificação dos Meios de Hospedagem define cinco categorias (estrelas), sendo uma estrela para 
a mais simples e a máxima de cinco estrelas. Conforme o Ministério de Turismo (BRASIL, [s.d.]), para que 
um hotel receba ao menos uma estrela, precisa ter:
• serviço de recepção aberto por 12 horas e acessível por telefone durante 24 horas;
• serviço de guarda dos valores dos hóspedes;
• área útil da UH (unidade habitacional), exceto banheiro, com 9 m² (em no mínimo 65% das UH);
• banheiros nas UH com 2 m² (em no mínimo 65% das UH);
• troca de roupas de cama uma vez por semana;
• serviço de café da manhã;
• medidas permanentes para redução do consumo de energia elétrica e de água;
• medidas permanentes para o gerenciamento de resíduos sólidos, com foco na redução, reúso 
e reciclagem;
• monitoramento das expectativas e impressões do hóspede em relação aos serviços ofertados, 
incluindo meios para pesquisar opiniões, reclamações e solucioná-las. 
Hotéis com preços mais baixos tendem a oferecer instalações mais simples e apenas os 
serviços mais básicos. Por outro lado, hotéis maiores e mais caros geralmente oferecem confortos 
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adicionais como piscina, centro de negócios, espaço para recreação infantil, salas de eventos, 
quadras de esportes e restaurantes.
Resort
De acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação dos Meios de Hospedagem, os resorts são 
definidos como:
Hotéis com infraestrutura de lazer e entretenimento que devem dispor de 
serviços de estética, atividades físicas, recreação e convívio com a natureza 
no próprio empreendimento. São estabelecimentos mais sofisticados ou 
luxuosos e que devem ter, ao menos, quatro estrelas (BRASIL, [s.d.]).
Os resorts normalmente apresentam prédios horizontais, buscando respeitar o meio ambiente e 
possuem diversos serviços para lazer e recreação como piscinas, áreas para recreação infantil, restaurantes, 
espaços para prática de esportes, campos de golfe, salas de massagem, de jogos e spas de beleza, entre 
outros serviços e atividades. Esses empreendimentos concorrem com os cruzeiros e buscam oferecer 
diferentes tipos de atrações para atrair o público de todas as idades.
Uma característica dos resorts é oferecer diversas atividades monitoradas por recreadores, tanto 
para o público infantil quanto para os adultos. Geralmente, o tempo de estadia nesses locais é mais 
longo (em média de quatro a sete dias) e em muitos casos o hóspede permanece o tempo todo apenas 
nas dependências do resort, por essa razão existe a necessidade de investimento em setores como 
gastronomia e entretenimento.
Muito resorts, atualmente, adotam o regime de pensão all inclusive (tudo incluso); nesse caso, no 
preço da estadia estão incluídas todas as refeições, aperitivos, lanches e bebidas, mesmo as alcoólicas. 
Um pouco diferente da classificação brasileira,a definição norte-americana caracteriza 
os resorts como um estabelecimento que só existe puramente para servir e complementar 
outra atração; os dois com o mesmo proprietário, para reter ainda mais o hóspede. Não são 
empreendimentos que estão, necessariamente, construídos em destinos de beleza natural ou 
históricos. Exemplos de resort seriam os hotéis-casinos, que expandem o faturamento cativando 
o hóspede para sua estadia como também para seus restaurantes, espetáculos de entretenimento, 
lojas, entre outras atividades. 
Os parques da Disneyworld são modelos na forma de unir hospitalidade comercial e entretenimento. 
O complexo Disneyworld, em Orlando, nos Estados Unidos, abriga quatro parques temáticos (Magic 
Kingdom, Epcot, Animal Kingdom e Hollywood Studios) e mais dois aquáticos (Typhoon Lagoon e 
Blizard Beach) e um grande número de hotéis: são 32 opções de alojamentos (os resorts), que vão desde 
um simples local de camping, onde os hóspedes chegam com suas barracas, trailers ou motorhomes 
(Campsites at Disney’s Fort Wilderness Resort), a um elegantíssimo empreendimento de alto luxo (Grand 
Floridian Resort & Spa).
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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
Hotel fazenda
Conforme o Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem: “o hotel fazenda apresenta 
como definição ser localizado em ambiente rural, dotado de exploração agropecuária, que ofereça 
entretenimento e vivência do campo” (BRASIL, [s.d.]). 
Os hotéis fazenda oferecem atrações como pescaria, alimentação de animais, passeios de pônei e 
cavalo, passeio aos pomares, ordenha da vaca, passeios de charrete, entre outros. Em muitos casos, os 
hóspedes podem participar das rotinas de trabalho da fazenda durante sua hospedagem. O regime de 
alimentação pode ser oferecido em meia pensão (além do café da manhã, inclui o almoço ou jantar) 
ou pensão completa. A média de permanência do hóspede nesses empreendimentos varia entre três a 
cinco noites.
Hotel histórico
Esse tipo de hotel é localizado em castelos, antigos casarões, fazendas, conventos e locais de valor 
histórico e cultural que são adaptados para funcionar como hospedagem. 
Segundo o Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem, denomina-se hotel 
histórico aquele:
Instalado em edificação preservada em sua forma original ou restaurada, ou ainda 
que tenha sido palco de fatos histórico-culturais de importância reconhecida. 
Entende-se como fatos histórico-culturais aqueles tidos como relevantes 
pela memória popular, independentemente de quando ocorreram, podendo o 
reconhecimento ser formal por parte do Estado brasileiro, ou informal, com base 
no conhecimento popular ou em estudos acadêmicos (BRASIL, [s.d.]).
 Observação
São empreendimentos classificados entre três e cinco estrelas. Alguns 
exemplos de hotéis históricos do Brasil são o Pestana Convento do Carmo, 
situado no Centro Histórico de Salvador (BA); o Copacabana Palace, hotel 
inaugurado em 1923, que é um monumento público tombado pelo Iphan 
e fica localizado no Rio de Janeiro (RJ) e o Brasília Palace, hotel situado 
em uma estrutura projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em 1957, 
localizado em Brasília (DF). 
Pousada
As pousadas são hospedagens de menor porte localizadas em diversas cidades turísticas do Brasil 
e administradas, muitas vezes, de modo familiar. Normalmente, oferecem o serviço de café da manhã 
incluso na diária. 
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Unidade IV
O Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem estabelece sobre as pousadas os 
seguintes requisitos:
Empreendimento de característica horizontal, composto de no máximo 30 
unidades habitacionais e 90 leitos, com serviços de recepção, alimentação 
e alojamento temporário, podendo ser em um prédio único com até três 
pavimentos, ou contar com chalés ou bangalôs (BRASIL, [s.d.]).
São empreendimentos diversificados na sua estrutura de hospedagem, podendo ser bem rústica e 
simples, até instalações luxuosas. Recebem diferentes tipos de públicos e são categorizadas entre uma 
e cinco estrelas.
Flat/apart hotel
Há ainda na tipologia da hotelaria alguns estabelecimentos voltados para estadias prolongadas. Em 
geral, são os meios de hospedagem do tipo flat/apart hotel que oferecem aos hóspedes tarifas semanais, 
quinzenais ou mensais mais atraentes que o hotel comum e também possuem melhor infraestrutura, 
como o oferecimento do espaço da cozinha e outras facilidades para os residentes.
O flat/apart hotel é definido pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem como:
Constituído por unidades habitacionais que disponham de dormitório, 
banheiro, sala e cozinha equipada, em edifício com administração e 
comercialização integradas, que possua serviço de recepção, limpeza e 
arrumação (BRASIL, [s.d.]).
São empreendimentos bastante presentes em localidades turísticas e nos bairros das grandes cidades 
que concentram um maior número de empresas e negócios. Nessa forma de hospedagem as categorias 
podem variar entre três e cinco estrelas. 
8.3 Hotelaria não convencional
Alguns hotéis se diferenciam pelo luxo, outros pela história e alguns pelo destino. Há hotéis, no 
entanto, que atraem seus hóspedes através do ambiente e serviço inusitado, seja pelo formato, seja por 
uma característica única na construção.
Podemos citar alguns tipos não convencionais a seguir:
• O Luxor, um hotel e casino em Las Vegas, Estados Unidos, é incomum devido à sua estrutura piramidal.
• O Jailhotel Löwengraben, em Lucerna, na Suíça, é uma prisão usada agora como hotel.
• O hotel Burj al-Arab, em Dubai, Emirados Árabes Unidos, construído em uma ilha artificial, é 
estruturado em forma de vela de barco.
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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
• Hotéis localizados em cavernas naturais, com quartos subterrâneos, como alguns na Capadócia 
(Turquia), em Guadix (Espanha) e em Coober Pedy, no sul da Austrália.
• Os hotéis-cápsula, originários e mais comumente utilizados no Japão, são um tipo de hotel 
econômico onde os hóspedes dormem em pequenos espaços a preços comparativamente baixos. 
• Os hotéis de gelo normalmente apresentam construção temporárias feitas de gelo e de blocos 
esculpidos de gelo. O público que frequenta são pessoas aventureiras, já que esses hotéis dependem 
de temperaturas abaixo de zero para se manterem íntegros. Há alguns deles ao redor do mundo, 
geralmente luxuosos, os quais podem possuir restaurantes, capelas, saunas e banhos quentes. 
• Hotéis que são construídos com árvores vivas como elementos estruturais. Representam esse tipo 
de hotel o Costa Rica Tree House, na Costa Rica, o Treetops Hotel, no Quênia, entre outros. 
• Hotéis com acomodações e outras instalações – como restaurantes – submersas. São exemplos: 
Hydropolis, em Dubai, e Jules’ Undersea Lodge, em Key Largo, nos EUA, sendo que nesse último 
hotel o acesso para os quartos é feito através de mergulho.
 A hospitalidade que se apresenta na história incialmente de caráter doméstico e informal foi se 
desenvolvendo para uma atividade profissional e economicamente importante, porém, ainda baseada 
em seu aspecto mais relevante, isto é, receber bem e de modo espontâneo um turista, o imigrante ou o 
morador de uma cidade.
 Resumo
Nesta unidade foi abordada a indústria da hospitalidade na quarta fase da 
economia, que corresponde à economia da experiência, na qual o componente 
emocional é o destaque e um diferencial para atrair do consumidor. 
Os consumidores buscam por experiências, ao invés de apenas comprar 
um bem ou serviço e há um crescente número de empresas dispostas a 
realizá-las de maneira diferenciada para serem lembradas pelo público. Além 
das empresas, empreendedores e funcionários devem seros responsáveis 
em buscar oferecer essas experiências personalizadas.
O conceito da economia da experiência deve ser usado como estratégia de 
diferenciação dos negócios, almejando satisfazer o desejo dos consumidores 
de vivenciar experiências únicas e realizar seus sonhos. A Economia da 
Experiência apresenta uma oportunidade de se criar estratégias criativas e 
originais para atingir o público, principalmente com o apoio do ambiente 
virtual e do uso dos sentidos. Os sentidos na hospitalidade também foi um 
tema abordado, e vimos que os locais de hospitalidade devem procurar 
envolver o consumidor em uma experiência sensorial.
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Unidade IV
A gastronomia deve ser explorada adequadamente pelas localidades 
para o desenvolvimento do turismo gastronômico, além de ser uma 
oportunidade de oferecer experiências únicas e memoráveis para os 
moradores e turistas. 
Um exemplo dado da aplicação do conceito foi o complexo de 
parques da Disneyworld, nos diversos locais do mundo, que tratam 
seus clientes como convidados. O objetivo é oferecer ao público um 
envolvimento emocional: compra-se um ingresso para entrar, são 
consumidos alimentos e bebida e diversas lojas oferecem lembranças 
para tornar essa experiência memorável.
Também tratou-se do tema da hospedagem residencial e comercial 
no ambiente doméstico. Para ilustrar, foram acentuados alguns dos 
principais meios de hospedagem residenciais presentes na atualidade. 
É importante destacar que oferecimento do lar como forma de 
hospedagem pode desenvolver novas formas de negócios para quem 
possui o espírito empreendedor.
Os turistas que procuram desenvolver um contato mais pessoal com 
as diferentes culturas em suas viagens normalmente procuram as formas 
de hospedagem residencial. Para esse público, existe a oportunidade 
de explorar esses formatos em locais como as pousadas, as pensões, as 
hospedarias, os hostels, albergues da juventude, os bed and breakfast e os 
hotéis fazenda, entre outros. 
Nos meios de hospedagem residenciais, fundem-se principalmente 
os domínios da hospitalidade doméstica, comercial e virtual, pois muitos 
desses locais têm ampla divulgação na internet por meio dos sites das redes 
de hospedagem.
Foi demonstrada também a classificação nacional, criada pelo 
Ministério do Turismo para os meios de hospedagem. O grande desafio 
das hospedagens é propiciar experiências adequadas às exigências e 
expectativas dos viajantes da atualidade. Isto porque, cada vez mais, os 
clientes estão mais exigentes e atender às suas necessidades e desejos 
torna-se cada vez mais desafiador.
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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
 Exercícios
Questão 1. (Enade 2018). O Ministério do Turismo, em conjunto com outras organizações, 
desenvolveu o Projeto Economia da Experiência, com o objetivo de aplicar e disseminar esse 
conceito em vários empreendimentos turísticos brasileiros, a fim de auxiliá-los na inovação dos 
seus atrativos e propor aos empresários uma reflexão sobre os desejos, as necessidades e as 
exigências do turista contemporâneo. O projeto-piloto foi desenvolvido na Região Uva e Vinho, 
no Rio Grande do Sul, obtendo resultados promissores.
Em uma das etapas seguintes do projeto foi realizada uma pesquisa com operadores do setor turístico 
e os resultados demonstraram que o público que consome o turismo de experiência tem entre 35 e 50 
anos de idade e pertence às classes socioeconômicas A e B. Esse grupo tem como motivação para suas 
viagens a interação com a população local, a vivência da cultura, a contemplação e interação com a 
natureza e o autoconhecimento.
Disponível em: <http://www.turismo.gov.br>. Acesso em: 15 jul. 2018 (adaptado).
Considerando as informações no texto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I – Os empreendimentos turísticos, além de cumprirem com os serviços básicos, devem agregar valor 
ao seu produto, fornecendo atividades diferenciadas que atendam aos interesses dos turistas, com foco 
em experiências memoráveis.
PORQUE
II – O turista contemporâneo tem uma postura mais ativa e participativa, o que requer a adequação 
da oferta turística.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E) As asserções I e II são proposições falsas.
Resposta correta: alternativa A.
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Unidade IV
Análise das afirmativas
I) Afirmativa correta.
Justificativa: Atualmente, devido aos avanços das novas tecnologias e ao acesso facilitado a dados 
de todos os tipos, o turista está mais exigente, bem-informado e autônomo que há alguns anos. Hoje, 
ele busca a realização de novos desejos, sonhos e experiências marcantes. Deixou de ser apenas um 
espectador. Valoriza, mais que tudo, conhecimento e vivência intensos, numa postura mais ativa e 
participante. Assim, os empreendimentos turísticos devem agregar valor por meio da oferta de atividades 
diferenciadas – que despertem a emoção, o prazer, a inspiração e a satisfação dos turistas. Na Economia 
da Experiência, a experimentação, em vez da contemplação, é o grande atributo diferencial do consumo, 
a população economicamente ativa do turismo é ampliada através do envolvimento, por exemplo, de 
artesãos que contam a história e a origem de seus “fazeres”, ou de indígenas que compartilham suas 
lendas e habitat, assim como de grupos culturais que retratam a singularidade de cada destino turístico 
ao tempo que mantêm suas tradições e cultura.
II) Afirmativa correta.
Justificativa: O turista não mais deseja ser um sujeito meramente contemplativo em suas viagens, 
mas sim o ator de sua própria experiência, ou seja, o protagonista de seus sonhos no destino em que 
escolheu para sonhar.
Questão 2. (Enade 2018) Menos preocupado com a autenticidade dos destinos e mais interessado 
no lazer e na recreação em ambientes criados especialmente para o divertimento dos visitantes – as 
chamadas “ludópolis” –, o pós-turista rompe com a dicotomia turista versus viajante, predominante 
em diversos estudos da hospitalidade e do lazer no turismo. Segundo Sharpley (1994) “o viajante 
amadureceu e se transformou em um indivíduo que experimenta e vivencia todos os tipos de turismo, 
que tira o que há de melhor em cada um deles e que está sempre no controle da situação”.
SWARBROOKE, J.; HORNER, S. O comportamento do consumidor no turismo. São Paulo: Aleph, 2002 (adaptado).
Considerando essas informações, avalie as afirmações a seguir.
I. Para atender a essa nova tipologia de turista, os gestores dos destinos devem especializar-se em 
uma forma de turismo recreativa, com foco em um único segmento de mercado.
II. A qualidade da infraestrutura receptiva e a diversidade de atividades de lazer que proporcionem 
experiências diferentes aos visitantes são aspectos que devem merecer a atenção dos gestores dos 
destinos.
III. As tipologias de turismo tradicionais – turismo de sol e mar, turismo de aventura, turismo cultural, 
e outros – não têm mais lugar na perspectiva do pós-turismo.
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HOSPITALIDADE: TURISMO, HOTELARIA E GASTRONOMIA
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Resolução desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
PONTES, J. São Paulo de Piratininga: de pouso de tropas a metrópole. São Paulo: O Estado de São Paulo: 
Terceiro Nome, 2003. p. 116.
Figura 2
PONTES, J. São Paulo de Piratininga: de pouso de tropas a metrópole. São Paulo: O Estado de São Paulo: 
Terceiro Nome, 2003. p. 64. 
Figura 3
PONTES, J. São Paulo de Piratininga: de pouso de tropas a metrópole. São Paulo: O Estado de São Paulo: 
Terceiro Nome, 2003. p. 65.
Figura 4
03_10_2016_APARECIDA_FOTO_DIVULGACAO_EMBRATUR.JPG. Disponível em: <http://www.turismo.
gov.br/images/03_10_2016_Aparecida_foto_divulgacao_embratur.jpg>. Acesso em: 18 set. 2017.
Figura 5
CIRIO1.JPG. Disponível em: <http://www.belem.pa.gov.br/ver-belem/admin/_lib/file/imgfotos/CIRIO1.jpg>. 
Acesso em: 27 set. 2017.
Figura 6 
SERRADACAPIVARA_EMBRATUR.JPG. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/turismo/2016/07/
Serradacapivara_Embratur.jpg>. Acesso em: 27 set. 2017.
Figura 7
EBBE294D-1F8D-49B5-8E86-F97DC86E541A.JPEG. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/old/copy_of_
imagens/sobre/cultura/artesanato/pinturas-rupestres-no-parque-nacional-da-serra-da-capivara-declarado-
patrimonio-cultural-da-humanidade-pela-unesco/@@images/ebbe294d-1f8d-49b5-8e86-f97dc86e541a.
jpeg>. Acesso em: 27 set. 2017.
Figura 8
HOMECCOMPIAUIMEDIAUPLOADSALBUMFOTOS201704SAO_RAIMUNDO_1.JPG__0X374_Q85_CROP_
SCALE_SUBSAMPLING-2.JPG. Disponível em: <http://www.pi.gov.br/media/filer_public_thumbnails/filer_
public/f1/be/f1befe97-ea1e-4cdd-b2a1-a5adc8f7ef26/homeccompiauimediauploadsalbumfotos201704sao_
raimundo_1.jpg__0x374_q85_crop_scale_subsampling-2.jpg>. Acesso em: 27 set. 2017.
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Figura 9
MISSOES1_1024.JPG. Disponível em: <http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/obino/cruzadas1/
indio1/reducoes_pag/missoes1_1024.jpg>. Acesso em: 27 set. 2017.
Figura 10
2014_07_29_1406641407.JPG. Disponível em: <http://www.carlosbarbosa.rs.gov.br/contents/paginas/
imagens/m/2014_07_29_1406641407.jpg>. Acesso em: 18 set. 2017.
Figura 11
CE8461D7-C0EF-4AF6-9943-4691A9E85A06.JPEG. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/
turismo/2014/07/chapada-dos-guimaraes-atrai-por-belezas-naturais-e-misticas/w8vksk.jpg/@@images/
ce8461d7-c0ef-4af6-9943-4691a9e85a06.jpeg>. Acesso em: 18 set. 2017.
Figura 12
25_07_2016_PE_RECIFE_PASSISTA_FREVO_ACERVO_PREFEITURA_RECIFE.JPG. Disponível em: <http://
www.turismo.gov.br/images/galeria_em_artigos/25_07_2016_PE_Recife_Passista_Frevo_Acervo_
Prefeitura_Recife.jpg>. Acesso em: 18 set. 2017.
Figura 13
ALIMENTOS_MOQUECA%20CAPIXABA_CULINARIA_CDV%20TADEU%20BIANCONI%20E%20VI.
JPG?V=636421050673829660. Disponível em: <https://setur.es.gov.br/Media/setur/_Profiles/49c92637/
eefb6f9a/alimentos_moqueca%20capixaba_culinaria_cdv%20tadeu%20bianconi%20e%20vi.
jpg?v=636421050673829660>. Acesso em: 27 set. 2017.
Figura 14
251115020232581306.JPG. Disponível em: <http://arquivos.camacari.ba.gov.br/anexo/251115020232581306.
JPG>. Acesso em: 27 set. 2017.
Figura 15
TRIANGULO-MINEIRO-TERA-PRIMEIRO-CONCURSO-REGIONAL-DE-QUEIJO-MINAS-ARTESANAL.
JPG?1444085728. Disponível em: <http://www.agenciaminas.mg.gov.br/system/news/images/000/096/153/
large/triangulo-mineiro-tera-primeiro-concurso-regional-de-queijo-minas-artesanal.jpg?1444085728>. 
Acesso em: 27 set. 2017.
Figura 16
QUEIJO-MINAS-ARTESANAL.PNG. Disponível em: <http://www.ima.mg.gov.br/images/stories/
noticias-2016/queijo-minas-artesanal.png>. Acesso em: 17 set. 2017.
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Figura 17
E153A7A436_MEDIA.JPG. Disponível em: <http://www.piaui2.pi.gov.br/images/albuns/album_1281/
e153a7a436_media.jpg>. Acesso em: 27 set. 2017.
Figura 18
PRINT_TURISMO.jpg. Disponível em: <http://www.mt.gov.br/documents/21013/4395513/PRINT_
TURISMO.jpg>. Acesso em: 18 set. 2017.
Figura 19
_D42300.JPG. Disponível em: <http://www.saopaulo.sp.gov.br/wp-content/uploads/old/8874/_d42300.
jpg>. Acesso em: 18 set. 2017.
REFERÊNCIAS 
Audiovisuais 
A 100 Passos de Um Sonho. Dir. Lasse Hallström. EUA: Disney/Buena Vista, 2014. 124 minutos. 
CHOCOLATE. Dir. Lasse Hallström. Reino Unido, EUA: Imagem Filmes, 2000. 105 minutos.
ENCONTROS e Desencontros. Dir. Sofia Coppola. EUA: Focus Features, 2003. 105 minutos.
NEGÓCIO das Arábias. Dir. Tom Tykwer. EUA: Playtone, 2016. 98 minutos.
O NOME da Rosa. Dir. Jean-Jacques Annaud. França, Itália, Alemanha: Warner Home Video, 1986. 131 minutos.
A REDE Social. Dir. David Fincher. EUA: Columbia Pictures, 2010. 121 minutos.
Textuais
ACARAJÉ é elemento central da cultura afro-brasileira. Portal Brasil, 2014. Disponível em: <http://
www.brasil.gov.br/cultura/2014/08/acaraje-e-elemento-central-da-cultura-afro-brasileira>. Acesso 
em: 18 set. 2017.
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www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000292.pdf>. Acesso em: 27 set. 2017.
ACAYABA, M. Equipamentos, usos e costumes da casa brasileira: fichário de Ernani Silva Bruno. São 
Paulo: Museu da Casa Brasileira, 2001. v. 3. 
ALMEIDA, A. de. Vida e morte do tropeiro. São Paulo: Martins; EDUSP, 1981.
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