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COMERCIO EXTERIOR DE SERVIÇOS

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Comércio Exterior de Serviços
Aula 02
Modos de Prestação de Serviços
Objetivos Específicos
• Identificar os modos de prestação de serviços considerados pela Organização 
Mundial do Comércio.
Temas
Introdução
1 Conceito de serviços e a sua classificação pela Organização Mundial do Comércio 
(OMC)
Considerações finais
Referências
Sônia Maria Leite de Oliveira
Professora Autora
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Comércio Exterior de Serviços
2
Introdução
Hoje, você já acessou a internet para ver o seu correio eletrônico? Realizou uma aula 
on-line para a sua qualificação profissional? Ou enviou uma mensagem pelo celular para 
um(a) amigo(a)? Cada vez mais, estamos conectados pelos avanços tecnológicos, diminuindo 
as barreiras geográficas. Nesse fenômeno, o comércio de serviços tem crescido no âmbito 
nacional e internacional.
A fim de aprofundarmos os conhecimentos acerca desse tema, conversaremos sobre o 
conceito de serviços e a sua classificação pela OMC.
1 Conceito de serviços e a sua classificação pela Organização 
Mundial do Comércio (OMC)
Diferenciamos “bens” de “serviços” por sua natureza. Enquanto os bens são materiais 
ou mensuráveis em unidade física e estocáveis, os serviços são considerados intangíveis, 
invisíveis, não duráveis, transitórios, indivisíveis, esgotáveis; sua produção e consumo 
acontecem ao mesmo tempo e são indeterminados no output (resultado) do serviço prestado 
(GIANESI; CORRÊA, 2008).
Em vista da dificuldade de definição exata para serviços, a OMC categorizou-os em doze 
setores, a saber: serviços de empresas; serviços de comunicação; serviços de construção e 
serviços relacionados à engenharia; serviços de distribuição; serviços educacionais; serviços 
de meio ambiente; serviços financeiros; serviços de saúde e sociais (exceto os médicos, 
dentários e veterinários); serviços de turismo e relacionados a viagens; serviços de diversão; 
cultura e esportivos; serviços de transportes e outros serviços não incluídos anteriormente 
(GIANESI; CORRÊA, 2008).
Em relação a essa categorização, o comércio de serviços pode ser ofertado sob quatro 
diferente modalidades – quatro modos de prestação de serviços –, a partir da localização 
do prestador e do consumidor. Nos itens a seguir, explicaremos cada “modo” a fim de 
aprofundarmos o assunto.
1.1 Modo 1 – Comércio Transfronteiriço (Cross-Border)
No modo do comércio transfronteiriço de serviços, as operações ocorrem de um país 
para outro sem que haja o deslocamento físico do prestador ou do consumidor do serviço. 
Normalmente, são serviços transmitidos por telecomunicação e por transportes, com regras 
de cooperação e coordenação entre os países envolvidos. Para exemplificação, utilizaremos a 
prestação de serviço eletrônico às empresas (ALVES, 2014).
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3
Os serviços de empresas nesse setor são classificados da seguinte forma: 
• Serviços de contabilidade e auditoria: A “empresa-mãe” ou contratante situada no 
país B emprega um auditor do país A para controlar as contas de uma de suas filiais 
localizadas no país A. Este, por sua vez, transfere os resultados da controladoria, por 
meio eletrônico, utilizando um software desenvolvido no país A e exportado para ser 
utilizado no país B;
• Serviços de arquitetura e engenharia: devido ao avanço dos sistemas de comunicação, 
projetos, plantas e estudos podem ser transmitidos eletronicamente e consultas 
técnicas podem ser realizadas on-line;
• Serviços jurídicos: serviços de consultoria e representação;
• Serviços publicitários: campanhas publicitárias virtuais, banners (curta mensagem 
publicitária em um site da internet, com link para a página do anunciante), páginas 
na internet etc.
Devemos destacar que tanto as empresas quanto as pessoas utilizam os serviços 
eletrônicos cada vez mais. Muitas destas objetivam se qualificar aprender um idioma ou se 
preparar para alguma atividade, ultrapassando as fronteiras geográficas.
Lançado em março de 2012, o Veduca oferece atualmente cerca de 5.600 
aulas de 17 importantes universidades, como é o caso das brasileiras USP, 
Unicamp e Unesp; e das americanas Harvard, Stanford, Yale e MIT. Segundo a 
própria plataforma, aproximadamente 1,5 milhão de pessoas já assistiram a 
videoaulas, e há 156.000 usuários cadastrados. Há um ano, o Veduca recebeu 
aportes da ordem de 1,5 milhão de reais de fundos de investimentos em 
tecnologia (ABRAEAD, 2013).
E quais são os países que mais exportam o serviço de telecomunicações? Na exportação, 
nos três primeiros lugares estão: União Europeia, Estados Unidos e Kuwait. Na importação, 
o cenário se modifica um pouco, sendo os três primeiros: União Europeia, Estados Unidos e 
Rússia (WTO, [s. d.]).
Atualmente, qualquer pessoa pode, por exemplo, comprar livros, DVDs, equipamentos 
eletrônicos e roupas em lojas virtuais de outros países, desde que tenha acesso a um computador 
e possua um cartão de crédito, pois o produto adquirido será enviado por um meio de transporte 
que pode ser: aéreo, marítimo ou terrestre, sem que o consumidor precise sair de casa. 
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1.2 Modo 2 – Consumo no Exterior (Consumption Abroad)
O consumidor do serviço se desloca do seu país para usufruir da prestação de serviço no 
território do outro país, como medicina especializada e turismo internacional. Utilizaremos o 
serviço turístico para ilustrarmos esse modo.
Quem aqui já viajou ou, ao menos, teve vontade de viajar para o exterior? Hoje em dia, o 
turismo internacional se expande de forma exponencial. Apesar da alta do dólar, os brasileiros 
continuam aterrissando nos territórios estrangeiros. Foram mais US$ 2,207 bilhões gastos pelos 
turistas brasileiros no exterior só no primeiro mês de 2015 – 4,1% a mais do que em janeiro de 
2014. Daquilo que os brasileiros gastaram fora da fronteira, US$ 1,57 bilhão foram despesas com 
turismo, US$ 506,9 milhões com viagens a negócios, US$ 124,3 milhões com cursos, viagens 
culturais ou práticas esportivas (MDIC, [s. d.]). Entretanto, não foram apenas os brasileiros que 
visitaram os pontos turísticos, usufruíram e compraram souvenirs dos “gringos”. Muitos turistas 
estrangeiros também estiverem no Brasil e gastaram seus recursos por aqui, conforme podemos 
observar nos dados levantados pelo Ministério do Turismo entre 2012-2013.
Tabela 1 – Turismo no Brasil
Dados em milhões 2012 2013
Chegadas de turistas no Brasil 5,7 5,8
Desembarques de voos nacionais 85,5 88,9
Desembarques de voos internacionais 9,4 9,5
Receita Cambial (US$) 6.644,86 6.710,71
Fonte: Brasil (2013).
Analisaremos esse fenômeno por meio do estudo do Ministério do Turismo com diversas 
nacionalidades, que visava a descobrir o motivo da vinda deles para o país. Para fins de análise, 
utilizaremos a pesquisa com o turista vindo da Alemanha. Confira a Tabela 2.
Tabela 2 – Os motivos da viagem
 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Motivo da viagem (%)
Lazer 24,9 25,9 28,2 26,5 27,8 32,3 32,3
Negócios, eventos e convenções. 34,8 31,7 27,3 28,1 29,2 29,2 30,0
Outros motivos 40,3 42,4 44,5 45,4 43,0 38,5 37,7
Fonte: Brasil (2013).
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Tabela 3 – Os destinos visitados para lazer pelo turista alemão
 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Destinos da viagem para lazer (%)
Rio de Janeiro – RJ 50,1 49,0 54,3 56,4 58,9 52,9 59,5
Foz do Iguaçu – PR 30,5 31,7 35,3 39,4 27,4 35,8 36,7
São Paulo – SP 23,5 22,7 25,3 20,0 27,0 22,8 24,1
Fonte: Brasil (2013).
Tabela 4 – Os destinos visitados pelo turista alemão para negócios
 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Destinos da viagem para negócios (%)
São Paulo – SP 53,4 53,4 45,7 51,6 53,6 49,6 48,9
Rio de Janeiro – RJ 20,9 19,9 27,3 20,2 18,2 16,8 19,5
Campinas – SP 3,5 6,5 4,9 4,4 5,6 4,3 6,4
Fonte: Brasil (2013).
A partir das quatro tabelas apresentadas, observamos que o motivo da vindado turista 
alemão para o Brasil ocorre principalmente para fins de turismo de lazer, sendo o Rio de 
Janeiro o destino preferido. Já quando o assunto é turismo de negócios, eventos e convenções, 
opta por São Paulo, o centro econômico brasileiro.
A maioria das viagens de turistas internacionais são para a Europa (54%), Ásia (21%) e 
a América (15%). Para compreender a importância desse serviço, saiba que ele amenizou os 
efeitos da crise econômica na Europa, principalmente nos países mais afetados, como Grécia, 
Espanha, Itália e Portugal. Para ter uma ideia, a diretora da Organização Mundial do Turismo 
disse que o turismo funciona como uma atividade de exportação,
[...] permitindo a entrada rápida de divisas, e ajuda a atenuar os déficits da balança 
de pagamentos. Na França a atividade representa de 6% a 7% do PIB, o equivalente 
ao produzido pela indústria automobilística. Em Portugal, país fortemente afetado 
pela crise na Europa, o número de turistas internacionais cresceu 11,2%; e na Itália, o 
aumento foi de 5,8%. (UNWTO, 2014). 
Com toda essa potencialidade econômica relacionada aos serviços turísticos e às viagens, 
a OMC discute, no contexto do GATS, a padronização do turismo, por meio de regras comuns 
para os Estados-membros. Ela classifica o serviço em quatro categorias: hotéis e restaurantes; 
agências de turismo e serviços de operadores de turismo; serviços de guias de turismo; e 
outros (BADARÓ; PORTUGAL, 2003). Para a liberação do comércio de turismo, os Estados-
membros devem basear-se nos Princípios de Acesso ao Mercado, Nação Mais Favorecida e 
Tratamento Nacional.
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A tabela a seguir demonstra a liberação do comércio de turismo pelos países-membros, 
de acordo com a classificação da OMC:
Tabela 5 – Liberação do comércio de turismo internacional pelos Estados-membros da OMC
Classificação Hotéis e restaurantes
Agências de 
turismo
Serviços de guia 
de turismo Outros
Número de países 118 106 82 29
Fonte: Badaró e Portugal (2003).
Masseno coloca que: 
[...] a liberalização do setor de turismo evidencia sérias questões como, por 
exemplo, a da proteção dos direitos das populações autóctones e indígenas 
quando os investidores estrangeiros adquirirem determinadas áreas com 
finalidade de construção de empreendimentos turísticos ou mesmo de exploração 
com fins turísticos. (MASSENO apud BADARÓ; PORTUGAL, 2003, p. 56).
1.3 Modo 3 – Presença Comercial (Commercial Presence)
A pessoa jurídica se instala localmente em um país estrangeiro para prestar um serviço, 
por exemplo, subsidiárias, filiais e escritórios de representação. Exemplificaremos a presença 
comercial com a internacionalização do serviço financeiro no Brasil e a exportação de serviços 
de construção civil brasileira.
Cada vez mais vemos filiais de empresas financeiras no território brasileiro. Esse 
processo se intensificou a partir de 1990 devido à abertura da economia brasileira, à quebra 
de monopólio do Estado e às privatizações (FREITAS, 2011). O governo brasileiro seguiu as 
orientações de organismos multilaterais econômicos, como a Organização de Cooperação e 
Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Organização 
Mundial do Comércio (OMC), para liberalizar instituições financeiras no país. Para esses 
organismos, a presença de 
[...] bancos estrangeiros de economias desenvolvidas em economias menos 
desenvolvidas teriam as vantagens de favorecer a modernização dos sistemas 
financeiros domésticos, aprofundar a intermediação financeira e estimular a 
concorrência e ganhos de eficiências. (FREITAS, 2011).
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Para termos uma noção, no início da década de 1990, 32 bancos estrangeiros atuavam 
no Brasil, como o caso dos norte-americanos Citibank, Chase Manhattan, Bank Boston e 
Morgan Guarantee Trust, do holandês ABN, do britânico Loyds e do alemão Deustche Bank. 
Outros, como os espanhóis Santander de Negócios Exterior de España e Central Hispano, 
eram relativamente novos no país, possuíam uma única agência. Já entre 1994 a 2001, o 
número de instituições financeiras estrangeiras no país passou para 72 bancos, seja com 
aquisições por controle acionário de bancos com iminência de falência ou mediante a 
instalação de uma filial (FREITAS, 2011).
Com o crescente interesse dos bancos estrangeiros pelo sistema bancário 
brasileiro, a partir de meados de 1996 o Banco Central do Brasil (BCB) instituiu 
a cobrança de um pedágio, a título de contribuição para a recuperação dos 
recursos públicos empregados no saneamento do sistema. Esse pedágio foi 
cobrado tanto dos bancos ingressantes quanto daqueles já presentes no Brasil 
e que decidiram ampliar sua participação em bancos nacionais. Ficaram livres 
do pagamento de pedágio apenas os bancos estrangeiros que adquiriram 
instituições bancárias em situação falimentar, como o caso do HSBC, ou que 
entrou no país mediante acordo de reciprocidade, por exemplo, a instituição 
Caixa Geral de Depósito (FREITAS, 2011).
Outro exemplo de presença comercial são as empreiteiras brasileiras que levam o 
seu serviço para diversos países, em especial para América Latina, para a construção da 
infraestrutura dos seus países: rodovias, ferrovias e hidrovias. As empresas com predominância 
no ramo são: Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, segundo Couto (2008), e 
ocupam quase 53% do mercado na América Latina. Confira os dados da Tabela 6.
Tabela 6 – Atuação das empreiteiras na América do Sul
Empresa País/Atividade
Odebrecht Equador – Hidrelétrica de São Francisco
Odebrecht e Camargo Corrêa Bolívia – Corredor Santa Cruz – Porto Suarez
Camargo Corrêa Colômbia – Hidrelétrica PORCE III
Odebrecht e Camargo Corrêa Colômbia – Ferrovia Del Carare
Andrade Gutierrez México – Barragem de Pirachos
Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez Peru – Rodovia Interoceânica Sul
Odebrecht e Andrade Gutierrez Peru – Rodovia Interoceânica Norte
Fonte: Adaptada de Couto (2008).
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1.4 Modo 4 – Movimento de Pessoas Físicas (Movement of Natural Persons)
Nessa modalidade, os indivíduos se deslocam por tempo determinado em um país 
estrangeiro a fim de prestar um serviço por conta própria ou designado por seu empregador, 
havendo, também, uma relação direta com as regras de imigração de cada país que emitirá um 
visto para a entrada do profissional para atender o cliente. Como exemplo, citamos advogados 
que viajam para prestar consultoria jurídica, arquitetos que se deslocam para realizar 
consultoria, assim como jogadores, músicos, técnicos de manutenção de equipamentos etc.
O Brasil tem atraído profissionais estrangeiros devido às inúmeras oportunidades de 
emprego. A principal cidade de destino é São Paulo, por ser o maior parque industrial do país. 
Você sabe qual a origem dos profissionais que vêm para o nosso país?
Tabela 7 – Países com mais profissionais no Brasil (2011-2013)
Países 2011 2012 2013
Estados Unidos 9.936 8.955 8.809
Filipinas 7.797 5.176 5.117
Reino Unido 4.861 4.304 4.024
Índia 4.243 4.221 3.727
Alemanha 3.079 3.505 2.832
Itália 2.111 2.610 2.244
França 2.015 2.128 1.805
Espanha 1.578 1.682 2.331
Indonésia 2.682 2.306 2.253
Portugal 1.243 1.698 2.455
Outros 27.592 28.038 23.521
Total 66.391 64.282 59.428
Fonte: Momo e Bógus (2014). 
As principais ocupações dos profissionais estrangeiros no Brasil, entre 2011 e 2013, são 
de técnicos ou especialistas na utilização de máquinas e equipamentos, profissionais para 
plataformas de petróleo e gerências de transnacionais (MOMO; BÓGUS, 2014).
Há um debate sobre a educação superior se tornar uma pauta da OMC, na 
instância do GATS. Os estudiosos alegam que a incorporação dessa pauta 
infringe a cláusula da não participação das autoridades governamentais no 
comércio de serviços. 
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Considerações finais
Nesta aula, aprendemos como o comércio exterior de serviços torna-se cada vez mais 
proeminente nas políticas governamentais e no nosso cotidiano.
O comércio exterior de serviços é classificado como modo de prestação, segundo a 
localização do prestador e do consumidor. São eles: comércio transfronteiriço, quando as 
operações ocorrem de um país para outro sem que haja o deslocamento físico do prestador 
ou do consumidor do serviço; consumo exterior, visto que o consumidor se desloca até 
outro país para usufruir um serviço; presença comercial, quando a pessoa jurídica se instala 
localmente em um país estrangeiro para a prestação de serviços; e movimento de pessoas 
físicas, são indivíduos que se deslocam por tempo determinado para um país estrangeiro 
para prestar um serviço.
Há uma discussão acerca da falta de precisão sobre quais tipos de qualificação 
profissional na área de serviço estão cobertos pelo Modo 4 – Movimento de 
Pessoas Físicas. Além disso, há uma preocupação com a relação entre o comércio 
de serviços e o sistema de migração.
Referências
ABRAEAD. Anuário estatístico de educação a distância. 2013. Disponível em: <www.abraead.
org.br>. Acesso em: 13 abr. 2015.
ALVES, Gleisse Ribeiro. O acordo GATS e sua aplicação aos serviços de comércio. Revista de 
Direito Internacional, Brasília, v. 12, n. 2, p. 321-336, 2014. Disponível em: <http://www.
publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/rdi/article/view/3155>. Acesso em: 16 abr. 2015.
BADARÓ, Rui Aurélio de Lacerda; PORTUGAL, Heloísa Helena de Almeida. O Acordo Geral de 
Comércio sobre Serviços e a Solução de Controvérsias no Turismo. In: Luiz Otávio Pimentel (Org.). 
Direito Internacional e da Integração. 1. ed. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2003. p. 143-151. 
BARBOSA, Alexandre de Freitas. O mundo globalizado: economia, sociedade e política. São 
Paulo: Contexto, 2010.
BRASIL. Ministério do Turismo. Dados e fatos. Demanda de turismo receptivo internacional (2007-
2013). 2013. Disponível em: <http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/demanda_
turistica/internacional>. Acesso em: 16 abr. 2015.
http://www.abraead.org.br/
http://www.abraead.org.br/
http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/rdi/article/view/3155
http://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/index.php/rdi/article/view/3155
http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/demanda_turistica/internacional
http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/demanda_turistica/internacional
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10
CAMPOS, Pedro Henrique Pedreira. O processo de transnacionalização das empreiteiras 
brasileiras 1969-2010: uma abordagem quantitativa. In: ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
EM HISTÓRIA ECONÔMICA, 7.; CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE HISTÓRIA ECONÔMICA 
da Associação Nacional de Pesquisadores em História Econômica – ABPHE, 5. Rio de Janeiro, 
set. 2014. Anais eletrônicos... Rio de Janeiro: UFF, 2014. Disponível em: <http://jornalggn.
com.br/sites/default/files/documentos/o_processo_de_transnacionalizao_das_empreiteiras_
brasileiras_1969-2010_uma_abordagem_quantitativa.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2015.
COUTO, Alessandro Biazzi. A atuação das grandes empreiteiras brasileiras na integração da 
infraestrutura na América Latina. In: VERDUM, Ricardo (Org.). Financiamento e Megaprojetos. 
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https://www.wto.org/spanish/tratop_s/serv_s/serv_s.htm
https://www.wto.org/spanish/tratop_s/serv_s/serv_s.htm
	Introdução
	1 Conceito de serviços e a sua classificação pela Organização Mundial do Comércio (OMC)
	Considerações finais
	Referências

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