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Dermatologia Função da pele: Barreira e proteção; movimenta e forma; produção de anexos; regulação da temperatura; estoque; indicador; imunorregulação; pigmentação; ação antimicrobiana; percepção sensorial; secreção; excreção; produção de vitamina D. Classificação etiológica das doenças - Patologias infecto- contagiosas: doenças parasitarias, micoses, piodermas. - Enfermidades imunomediadas: alergias, autoimunes (as próprias células de defesa do organismos estão destruindo as saudáveis). -Endocrinopatias -Transtorno da queratinização (troca de pele). -outros (neoplasias, displasias foliculares,..) Os dois grandes sintomas na abordagem ao paciente dermatológico: diagnóstico ao animal com purido; diagnóstico ao animal com alopecia. Componentes da ficha dermatológica História: observar a credibilidade do proprietário: anamnese dirigida; exame clínico geral, exame dermatológico (exame a distância do animal completo; exame do pelo como aparência, depilação); exame da pele (elasticidade, espessura, lugares alvo, descrição das lesões); diagnósticos diferenciais; exame complementares. Diagnóstico e tratamento. Ficha dermatológica para o cliente Idade Demodicose : mais comum em jovens (coceira secundária à possível infecção bacteriana). A sarna dermodex já está na pele do animal, ela não provoca coceira, a que provoca é a sarcoptica. Alergia: animais mais maduros. Doenças hormonais: 6 a 10 anos. Neoplasias: maduros a idosos. Raça: Seborreia primária: Cocker spaniels. Hipogonadismo de machos – chow chows Desequilíbrio de hormônios sexuais – Pomerânia. Sexo: Adenomas perianais: machos. Problemas relacionados a ciclo estral: fêmeas. Cor: Dermatite solar e carcinoma de orelha dos gatos brancos. Hemangioma ligado a luz solar; hemangiossarcoma; carcinoma pele branca e fina de cães. Mudanças de pelos: Mudanças sazonais da temperatura ambiente. Fotoperíodo (mais importante): hipotálomo, hipófise e pienal -> influencia hormônios como gonadais, tireoideano e adrenocorticais . Também pode estar relacionado a nutrição, genética, saúde. Purido ou coceira: Sintomas mais comum, doenças específicas ou generalizado sem doença evidente; acentuado e bem localizado ou mal localizado. Mediadores: histamina e leucotrienos (mediadores inflamatórios). Fatores que influenciam: ansiedade, aborrecimento, estresse ou sensações cutâneas (toque, dor, calor, frio) ex.: a noite. Corticoide trata a crise, mas não a causa. Exame físico Importante ter uma boa iluminação. Observação a distância e exame completo de toda pele e mucosas visíveis . Procedimentos apropriados de diagnóstico realizados no primeiro atendimento e antes de qualquer tratamento. Treinar o proprietário sobre o que deve ser observado e o que esperar. Pelo: normal, quebradiço, seco, oleoso, sem brilho, epila facilmente. Alopecia: localizada, difusa ou universal. Unhas: alteração de forma, alteração de cor, alteração de tamanho. Lesões primárias: pápula, nódulo, tumor, vesícula, pústula, eritema, petéquia, mácula. Tainah Reis Lesões secundárias: descamação, crosta, úlcera, escoriação, espessamento, hiperpigmenação, fissura, comendo, cicatriz, necrose, edema, colarete. Parasitos: pulga, carrapato, piolho, berne, míiase. Lesões primárias Erupção inicial que se desenvolve espontaneamente como reflexo direto da causa básica. Ex.: pústulas, vesículas, pápulas.. Primária ou secundaria: alopecia primária: distúrbios endócrinos. Alopecia secundária: prudido Outros: caspas, alteração do pigmento, crostas Lesão primária Mácula: são lesões com bordas delimitadas, que não se elevam do plano da pele, com diâmetro <1cm. Podem ser eritematosas, marrons ou escuras. Causas: melanina, despigmentação, eritema, hemorragia focal endócrina, pós inflamatória, hiperpigmentação e vitiligo. Tipos: púrpua; petéquias <1cm e equimose > 1 cm. Pápula x urticária: uma elevação sólida focal na pele, máximo 1cm de diâmetro (lesões grandes são chamadas de placas). Toda urticária é uma pápula. Diagnóstico diferencial: foliculite bacteriana, demodicose, foliculite fúngica, hipersensibilidade a picada de inseto, escabiose, alergia de contato, doenças da pele autoimune e erupção por droga (farmacodemia). Pápula é mais aguda, como picada de formiga etc. Placas: maiores que 1 cm de diâmetro. Pústula: área circunscrita pequena com acumulo de pus. Geralmente é amarela. Neutrófilos (infecção bacteriana, fúngica, doença autoimune). Eosinófilos (distúrbios parasitários, alérgicos). Estéreis (pênfigo foliáceo). Vesícula: pequena área circunscrita recoberta com epiderme preenchido com líquido claro. Os vesicles são muito frágeis e translucente. Causas: doenças imunomediadas e congênitas, viral, dermatites irritantes. Tem cães que a parte do queixo fica úmida o tempo todo, fila brasileiro, são bernado etc tem predisposição a ter infecção bacteriana... pode usar o permanganato de potássio, diluir o comprimido em 500 ml de água, deixar na geladeira e passar uma vez por dia no local. Eritema: vermelhidão Atrofia de pele: afinamento ou depressão da pele, devido a redução do tecido subjacente. Nódulo: elevação sólida circunscrita com mais de 1cm de diâmetro que se estende por camadas mais profundas na pele. Granuloma estéril, infecção bacteriana ou fúngica, neoplasias, calcinose cutânea. Tumor: grande massa envolvendo pele ou tecido subcutâneo. Patogênese: células inflamatórias e tumorais. Diagnóstico diferencial: granuloma estéril, infecção fúngica e bacteriana, neoplasia. Lesões primárias ou secundárias Alopecia: perda parcial ou completa de pelos Primária: displasia, problemas hormonais. Secundária: inflamação e /ou infecção, trauma. Descamação x caspa: acumulo de fragmentos frouxos da camada córnea da pele. Patogênese: produção aumentada dos queratinócitos (associados frequentemente com as anormalidades do processo do queratinização). Diagnóstico diferencial: Lesões primárias: displasia folicular, seborreia idiopática. Lesões secundárias: associada a inflamação crônica da pele. Crostas: aderência de exsudação ressecado, cera, pus, sangue ou medicação na superfície da pele. Lesões primárias: na seborreia idiopática, necrose, epidérmica. Lesões secundárias em uma variedade de doenças de pele. Anormalidades pigmentadas Hiperpigmentação: aumento da melanina epidermal ou dermal. Lesões primárias: em dermatoses endócrinas; mudanças secundárias pós inflamatória devido a uma variedade de doenças cutâneas. Comedões: folículo dilatado preenchido com corneocitos e material sebáceo. -Acumulo de material sebáceo no folículo piloso. Lesão primária: acne, algumas seborreias idiopáticas, síndrome do comendão do Schnauzer, doenças endócrinas. Lesão secundária: demodicose, dermatofitose. Patogênese: defeito de queratinização primária ou hiperqueratose devido a anormalidades hormonais ou inflamação. Lesões secundárias Evolução das lesões primárias ou são artefatos induzidos pelos pacientes ou fatores externos (traumas, medicações). Ex.: alopecia focal, colaretes, caspas, hiperpigmentação, crostas. Fissura: muito comum no nariz e coxis, ocorre bastante em casos de leishmaniose. cicatriz; necrose; escara. Colarete: resto de pústula ou de uma vesícula após o rompimento Infecção bacteriana (mais provável), infecção fungica (menos provável), doença imunomediadas, reação a placada de inseto ou hipersensibilidade de contato. Ulcera: lesão de dentro para fora. Cavitação de tamanho e forma irregulares que estende-se pela derme. Pode ser inoculação, animal ter alguma bactéria e inocular, pode ser genético. Liquinificação: engrossamentoda pele, causado por todas as doenças pruriginosas, associada a fricção, infecção, malassezia, sarna crônica. Erosão: Escavação da pele limitada à epiderme e que não ultrapassa a junção derme-epiderme. Escoriação: abrasão da pele, usualmente de origem superficial e traumática. Dermatites Dermatite alérgica a picada de pulgas (DAPP). Glândula perianal: corre o risco de aumentar o cheiro, provocar um processo inflamatório, pode ter fistula. A partir desta informação: lista de diagnóstico diferencial em ordem provável. Se um diagnóstico tentativo forte não for conseguido a partir da história e exame físico, a abordagem deve ser dirigida a dois a três outros diagnósticos mais prováveis. Os exames laboratoriais Dermatite infecciosa bacteriana Dermatite da dobras cutâneas (intertrigro). Quando o animal possui dobras no corpo. Susceptível ao acúmulo de umidade, um ambiente favorável à proliferação bacteriana. Fatores que deprimem o sistema imunológico também são importantes, predisposto ao desenvolvimento da doença. Ex.: cio. -umidade vai piorar o caso. Tem que secar bem pós banho. Dobras faciais; lábios grandes; caudas espiraladas; dobras da vulva (causas: assaduras por urina, cistite ou vaginite), animais obesos. Tem cirurgia para os animais que tem muitas dobras. Características: odor, eritema, seborreia e nem sempre tem prurido. Diferencial: piodermatite superficial, demodicose, dermatofitose e malassezíase. Diagnóstico: histórico, achados e exclusões, citologia, urinálise. Tratamento: diminuir peso, cirurgia, xampu (clorexidina, peróxido de benzoila 2,5% a 3% vai ser indicado em casos crônicos, aumenta a troca de pele), gel de acetato de alumínio, permanganato de potássio. Cremes, soluções ou spray de antibiótico SID 7 dias. Antibiótico oral. Permanganato de potássio: pega um comprimido, coloca 500 ml de água em um frasco. Deixa meia hora. Limpa uma vez ao dia. Dermatite piotraumática, dermatite úmida, eczema úmida. Secundária a automutilação (prurido) Causas: tudo que pode provocar coceira. Parasitas, hipersensibilidade, doença do saco anal, otite externa, foliculite, trauma, dermatite de contato. Sinais: eritema, transudado, erosão, dor -tronco, base da causa, lateral da coxa, pescoço e face. Diferencial: demodicose, dermatofitose, piodermatite superficial Diagnóstico: histórico, achados e exclusões, citologia. Citologia: inflamação, bactérias Tratamento: diagnosticar e tratar a causa. Tricotomia e lim]peza (clorexidina e 500 ml de soro), limpa duas vezes ao dia. Uso tópico: acetato de alumínio 5% BID ou TID/7 dias. Analgésico (lidocaína, hidrocloreto de pramoxina). Creme ou solução de corticosteroide BID ou TID/ 5 a 10 dias ou prednisona 0,5 a 1 mg/kg/SID/5 a 10 dias. Antibiótico 2 a 4 semanas. -sempre que tiver pus evitar pomada, pois vai segurar o pus. Se tiver pus, usa solução. Se usar o corticoide por mais de 5 dias, pode baixar a imunidade desse animal. E se não tá tratando a causa da baixa de imunidade, a infecção vai piorar. Dermatite pustular superficial – normalmente em filhotes pústulas superficiais que se forma no abdômen. Provocado por baixa de imunidade. -superficial de pele glabra; predisposição; secundária a endoparasitas, ectoparasitas, dieta inadequada, ambiente sujo. Sinais: pápulas, pústulas, colaretes, crostas. É tão superficial que não tem coceira. Região inguinal ou axilar; sem dor e prurido Diferencial: demodicose, piodermatite superficial, picada de inseto, estágio inicial de sarna. Diagnóstico: histórico, achados e exclusões, citologia Tratamento: tratar a causa da baixa de imunidade. Casos leves; tópico de mupirocina, neomicina, clorexidina BID/7 a 10 dias. Casos graves: xampu de clorexidina ou peróxido de benzoila a cada 24 ou 48 horas/ 7 a 10 dias (massagear o couro cabeludo por aproximadamente 10 minutos e secar muito bem após o banho). Antibiótico 2 a 3 semanas. DERMATITE SUPERFICIAL, foliculite bacteriana superficial Ocorre a infecção no folículos pilosos e epiderme adjacente; secundária. Pode se apresentar de forma focal, multifocal ou generalizada. Sinais: pápulas, pústulas, escamas, crostas, colaretes, eritema, alopecia, prurido variável. Diferencial: demodicose, dermatofitose, pênfigo foliáceo. Diagnóstico: citologia, histopatologia, cultura Tratamento: a causa, antibiótico 3 a 4 semanas, xampu de clorexidina ou peróxido de benzoila a cada 3 dias. -piodermatite do queixo; pododermatite bacteriana PIODERMATITE PROFUNDA Infecção superficial ou folicular que progride provocando -furunculose e celulite. Pode ser focal, multifocal ou generalizada. Sinais: pápulas, pústulas, celulite, manchas, alopecia, bolhas hemorrágicas, erosões, úlceras, crostas, exsudação serossanguinolenta a purulenta, prurido e dor, linfadenomegalia. Podendo ter até septicemia: febre, anorexia e depressão. Pode ter coceira e a dor secundaria. Diferencial: demodicose, micose, micobacteriose, neoplasia e dermatite auto-imune. Diagnóstico: diferencial, citologia, histopatologia, cultura Tratamento: causa primária, tricotomia, lavagem com soro mais clorexidina, iodopovidine (maior citotoxicidade e dificuldade de cicatrização) ou acetato de alumínio ou xampu. - antibiótico 6 a 8 semanas até 2 semanas após a cura Sequelas: cicatriz e alopecia Abscesso subcutâneo por mordedura Inoculação de bactérias orais. Bactéria inoculada pode formar abscesso. Sinais: edema, dor, ferimento perfurante com crostas, secreção purulenta, febre, anorexia, depressão linfadenomegalia. Diferencial: corpos estranhos Diagnóstico: histórico, sintomas e citologia Tratamento: tricotomia, punção, lavagem com clorexidina 0,025% Antibiótico 7 a 10 dias. Uma ferida por mordedura não pode ser suturada por completo. Micoses Dermatofitose -É uma zoonose, Infecção dos pelos por fungos ceratinofílicos (microsporm, trichophyton (provacam lesão). É comum em filhotes, imunodeficientes e gatos com pelos longos. Localizada, multifocal e generalizada. Pouco prurido (grave quando tem infecção secundária). Áreas circulares de alopecia, irregular ou difusa, descamação. Sinais: pelos remanescentes: curtos ou quebrados . Eritema, pápulas, crostas, seborreia, paraníquia ou onicodistrofia (inflamação na inserção da unha), dermatite, exsudação, nódulos na derma, alopecia. Foliculite facial ou piodermatite nasal. Diferencial: cães: demodicose, piodermatite, neoplasia, dermatite acral por lambedura. Gatos: dermatite bacteriana, alopecia psicogênica, alérgica e parasitária. Diagnóstico: lâmpada de wood – microsporum. Microscopia: pelos ou escamas em hidróxido de potássio – hifas ou artrósporos. Histopatologia e Cultura de fungos (microsporum ou trichophyton). Tratamento Focal: tricotomia e antifúngico tópico BID. - Unguento de clorexidina a 1%; - Creme/loção ou solução de clotrimazol 1%; -Creme de enilconazol 2%, cetaconazol 2% ou terbinafina. -Creme, spray, ou loção de miconazol a 1 a 2% - Solução de tiabendazol 4% Multifocal ou generalizada (pelos médios ou longos): tricotomia, soluções antifúngicas ou banhos 1 ou 2 vezes/semana (4 a 6 semanas) cetoconazol xampu. Obs.: gatos necessitam associar esse protocolo com o tratamento sistêmico ou aquele cães que não respondem ao tratamento inicial. Antifúngicos sistêmicos: - Griseofulvina microsize – 50 mg/kg/dia/via oral com alimentos gordurosos. - Griseofulvina ultramicrosize-5 a 10 mg/kg/dia/ via oral com alimentos gordurosos. - Cetoconazol- 10 mg/kg/dia/ via oral com alimento - Itraconazol- 10 mg/kg/dia/ via oral com alimento (cápsula), estômago vazio (suspensão). - Terbinafina- 10 a 20 mg/kg/dia via oral- Lufenuron- 60 mg/kg/ via oral (dose única) Tratar os que são apenas portadores também e fazer a desinfecção do ambiente. Malassezia Malassezia pachydermatis É natural da pele, provocando problema quando consegue se proliferar sem controle. Mais comum conduto auditivo externo, perianal, perioral e dobras cutâneas úmidas. A dermatite vai ser causada por hipersensibilidade ao fungo ou proliferação exagerada. Associada: atopia, alergia alimentar, endocrinopatia, seborreia, antibioticoterapia prolongada (acaba com a simbiose e competitividade, fazendo com que o fungo se prolifere demasiadamente). Sintomas: Cães: prurido moderado a intenso, odor, alopecia, escoriação, eritema, seborreia, paroníquea, otite. Crônicos: liquinificação, Hiperpigmentação Gatos: otite, acne, crônica no queixo, alopecia, eritema, seborreia. Diferencial: outras causas de prurido. Diagnóstico diferencial: citologia, histopatologia, cultura. Tratamento da causa mais casos leves: cetoconazol xampu 2% (cães) seguido de solução de óxido de enxofre 2%, enilconazol 0,2% ou vinagre mais água (1:1). Moderados a grave: cetoconazol – 10 mg/kg/dia/ via oral com alimento ou iltraconazol- 10 mg/kg/dia/ via oral com alimento (cápsula) estômago vazio (suspensão). Mais tratamento tópico. Esporotricose (micose subcutânea) Sporothix schenkii – fungo saprófita cosmopolita. Inoculação traumática de vegetais ou matéria orgânica contaminada. É bastante comum em felinos, pois tem hábito de cavar buracos e afiar suas garras em troncos de árvores. É uma zoonose e precisa usar luvas quando for fazer a manipulação. Cão: nódulos, indolores, sem prurido podendo ulcerar (exsudado e crostas). Gato: feridas que não cicatrizam, abcessos, celulite, nódulos crostosos, ulceras, exsudação, purulenta, necrose. Diagnóstico: citologia, histopatologia, imunofluorescência, cultura. Tratamento: até 1 mês após a melhora clínica. Cães: soluções saturadas (a 20%) de iodeto de potássio ou de sódio 40mg/kg/ via oral/BID ou TID para cães, durante 30 a 60 dias ou Cetaconazol 5 a 15 mg/kg/ 12 hs/VO ou Itraconazol – 5 a 10 mg/kg/ BID ou SID. Gatos: iltraconazol (10mg/kg/ ao dia) Criptococose Criptococcus neoformans: fungo saprófita cosmopolita (fezes de pombos contaminados) Inalação: cavidade nasal, seios paranasais, pulmões, pele, olhos, SNC. Sinais: gatos- espirros, catarro, secreção nasal, edema ou massa nasal subcutâneo, linfaenomegalia. -pápulas e nódulos que podem ulcerar na pele. Cães: sistema respiratório, ulceras, SNC ou ocular. Diagnóstico: citologiaa, histopatologia, sorologia, cultura fúngica. Tratamento: cirurgia, antifúngico até 1 mês após cetoconazol, anfotericina. Dermatologia – reações de hipersensibilidade Tipo 1 (imediata- anafilática): Predileção genética à essa hipersensibilidade, produção de anticorpos reagínicos; degranulação de mastócitos. Reação muito rápida: ex.: urticária, angioedema, anafilaxia, atopia, hipersensibilidade alimentar e a picada de pulga e algumas reações por drogas. -Reações de hipersensibilidade imediata de fase tardia: Dependentes de mastócitos (infiltrados de neutrófilos e eosináfilos). Reação ocorre após 4 a 8 horas do desafio e persistem por até 24 horas. Reações de hipersensibilidade do tipo 2 – citotóxicas. Ligação de anticorpos (igG e Igm) com antígenos provocando citotoxidade ou citólise. Exemplos: pênfigo, penfigóide e algumas erupções por drogas. Vai persistir enquanto tiver contato com o agente, evoluindo até casos graves. Reações de hipersensibilidade do tipo 3 (imunocomplexos). Presença de imunocomplexos (antígeno -anticorpo) nas paredes dos vasos sanguíneos, o que atrai neutrófilos liberam enzimas proteolíticas e hidrolíticas que provocam lesão tecidual. No inicio pode ocorrer hipersensibilidade com liberação de histamina. Exemplos: lúpus eritematose sistêmico, vasculite leucocitoclásica, algumas erupções por drogas e hipersensibilidade bacteriana. Reações de hipersensibilidade do tipo 4 (mediada por células, tardias). Não há atuação de anticorpos. Exemplos: hipersensibilidade de contato, hipersensibilidade á picada de pulga e algumas erupções a drogas. Urticároa e angioedema Hipersensibilidade: Causas: pressão, luz solar (geralmente na narina, na parte dorsal.. animal branco e com pouco pelo), calor, exercícios, estresse, anormalidades genéticas e várias drogas (aspirina, ampicilina, tetraciclina, vitamina k, amitaz, doxorubicina, agentes de contraste, anti-soro, bacteinas, vacinas, narcóticos, aditivos alimentares); alimentos, picada e mordida de insetos, extratos alérgicos, transfusão de sangue, parasitas intestinais, infecção, estro, atopia, fatores psicogênicos. Caso agudo Placas com prurido (urticaria), Tumefação edematosas (angioedema). Eritema sem alopecia, dispneia: faringe, laringe e nariz, choque anafilático, hipotensão, colapso, sintomas gastrointestinal, morte. Tratamento Eliminar o fator causal. Se já estiver alcançando um estado de dispneia: adrenalina 1:1000 – 0,1 a 0,5 ml SC ou IM. Glicocorticóide (prednisolona, prednisona ou dexametasona e metilprednisolona). Alguns casos respondem bem anti histamínico (prometazina, difenidramina). Pode aplicar os dois. -quando começa o caso de urticária, o animal pode ficar quieto ou muito agitado. Atopia canina (dermatite inalante alérgica) Doença genética; sensibilização à antígenos ambientais, mediadas por anticorpos. – via percutânea, inalação. Classificada como reação de hipersensibilidade tipo 1, a sensibilização durante os primeiros 4 meses de vida. Idade dos sinais varia de 3 meses a 7 anos. Doença parasitarias, infecções virais ou até mesmo vacinas vivas modificadas e flutuações hormonais podem aumentar a produção de IgE para os alérgenos ambientais. Pode-se, também, gerar piodermatite bacteriana e infecção por malassezia secundária. 75% dos cães atópicos apresentam hipersensibilidade a picada de pulga. Sinais clínicos: - Prurido (face, patas, extremidades distais, cotovelo e ventre/ generalizado em 40% dos animais). - Sem lesão visível ou com máculas ligeiramente eritematosas. - Lesões por autotraumatismo, piodermatite bacteriana secundária (Foliculite, furunculose) e doença de pele seborreica secundária. - Lesões: alopecia, pigmentação salivar, pápulas, pústulas, pápulas crostosas, Hiperpigmentação e liquinificação. - Placas liquineficadas, crostas ou gordura esta associada a piodermatite bacteriana secundária ou dermatite por malassezia. Otite externa e conjuntivite ocorre em 50% dos animais. As piodermatite bacterianas, dermatite acral por lambedura pode ocorrer em 68% dos casos. Seborréia em 12%. As reações de hipersensibilidade do tipo 1 2 3, são imediatas mediadas por anticorpos, há uma curta demora, de minutos a algumas horas para que lesões fiquem aparentes. A do tipo 4 é tardia, não é mediada por anticorpos e demora 24 a 72 horas para as lesões serem vistas. Sinais não cutâneos: Rinite, asma, catarata, distúrbios urinários e gastrointestinais e hipersensibilidade anormal (ciclos estrais irregulares, baixa taxa de concepção e pseudoprenhez). Diagnóstico: Demora, história, exame físico, descarte de outras doenças e o dignostico definitivo e feito através de teste intradermico ou sorológico. Os alérgenos importantes para cães são: Ácaros de poeira doméstica, poeira domestica, resíduos humanos, penas, paina, bolores, sementes, pólen, gramíneas e árvores. Diagnóstico diferencial: Hipersensibilidade a picada de pulga, alimentar, escabiose, hipersensibilidade a insetos, dermatite de contato, hipersensibilidade a parasitas intestinais, Foliculite bacteriana, dermatite por malassezia.. Kothrine -4 ml emum litro de água, uma aplicação no ambiente a cada 15 dias, 4 vezes. -atopia responde melhor ao corticoide Hipersensibilidade de contato - É raro Tratamento: Por toda vida com modificações no tratamento – tratar o que for secundário. Evitar os antígenos. - Tratamento tópico- aveia, pramoxina, aloe vera) - Ácidos graxos (ômega 3, ômega 6). Medicamentos antiprurifinosos (corticosteroide, clemastina (alergovet), oclacitinib (apoquel). Para cães menores de um ano o citopoint funciona melhor. - Dessensibilização (vacina, quando os outros tratamentos não tiverem efeito). Clemastina Antagonista do receptor H1 (anti-histamínicos). Efeito após 5 a 7 horas. Duração 10 a 12 horas (alguns 24horas). Dose: 0,07 mg/kg/ sid ou ½ da dose BID. Agasten (humano), comprimido 1mg, xarope 0,05 mg 1ml. Emistin (humano), comprimido: clemastina 1,0mg e dexametasona 0,5 mg. Alergovet (veterinário): comprimido 0,7 mg e 1,4 mg OCLACITINIB (apoquel) vet Inibidor sintético da janus quinase (jak) e citocinas pruridogênicas e próinflamatórias. Dose 0,4 a 0,6 mg/kg/vo/bid/ 14 dias (manutenção sid). Apresentação de comprimido 3,6 mg, 5,4 ou 16 mg. Não deve ser utilizado em animais menores de um ano de idade: infecções, incluindo demodicose e exacerbar condições neoplásicas ANTICORPOS MONOCLONAIS (MAB) Mimetiza a atividade dos anticorpos naturais que se ligam e neutralizam a IL- 31. Possuem eficácia dentro de 1 dia (duração 1 mês). Frascos de 1ml com apresentação (10, 20, 30 ou 40mg). Dose 2 mg/kg a cada 1 ou 2 meses Critérios de Favrot 1- três anos de idade 2- cão domiciliado 3- melhora com glicocoticoides 4- prurido primário 5- extremidades distais dos membros torácicos 6- condutos auditivos 7- pinas não afetadas 8 região dorsolombar não afetada Se 5 desses itens obtiverem resposta positiva, há 90% de chance de ser atopia. Imunoterapia Vacina subcutânea personalizada personalizada em laboratório, utilizadas em casos de dessensibilização aos tratamentos. 7 a 10 meses de tratamento contínuo. Previamente: teste de ELISA que busca por anticorpos IgE específicos contra alérgeno (painel alérgeno ambientais e alimentares). Hipersensibilidade alimentar Terceira hipersensibilidade após a pulga e a atopia em alguns lugares, mesmo que ocupe o segundo lugar em possibilidade e diagnóstico sempre, devido a maior facilidade de fazer um tratamento. Mais comum: carne bovina, produtores lácteos, frango, trigo, ovos, milho e soja Trato intestinal lesado piora o quadro Queixa principal: prurido, (responde mal aos corticoides), com ampla variedade de lesões com predileção pelas orelhas, membros distais, axilas e virilha. Secundário: otite externa, seborreia, piodermite bacteriana. Diagnóstico: dieta hipoalergênica por 10 a 13 semanas (carneiro, peixe branco, atum enlatado em água, coelho, peru, arroz e batatas). Tratamento: evitar o alimento agressor. Medicamentos antipruriginosos, tratar as infecções secundárias, eliminar pulgas, cuidado com os aditivos das rações, medicamentos: mesmo da atopia. Hipersensibilidade parasitária Picada de pulga (DAPP), alergia mais comum no cão .Idade mais comum: 3 a 5 anos. Dermatite pruriginosa papular, Prurido pode causar: alopecia, liquinificação, crostas e Hiperpigmentação. Áreas mais acometidas: lombossacra dorsal, coxas caudomediais, abdome ventral e flanco. Pode ocorrer infecção bacterina secundária Caso esteja ocorrendo otite, considerar atopia e alergia alimentar. Diagnóstico diferencial: Atopia, hipers, alimentar, outras ectoparasitoses, piodermatite, dermatoitose, malassezia. Tratamento: Adulticidas: fipronil ou imidocloprid. Reguladores de crescimento: lufenurona, piriproxefin, metopreno. -Acidos graxos insaturados linoleico (ômega-6 e linolênico (ômega 3): Manutenção da estrutura e função normal da epiderme e pelos e no tratamento de dermatopatias. Controla a perda de água transepidermal e a proliferação epidermal, controla o prurido através da redução da resposta inflamatória. Comerciais: allerdog, dermocanis, linoplus, megaderm, pelo e derme. Otite Aguda ou crônica: Causas: - Fatores predisponentes (conformação, umidade, irritação). - Fatores primários (parasitas, corpos estranhos, hipersensibilidade, alteraçõesde ceratinização, endócrina, doenças imunomediadas/auto-imunes, pólipos, neoplasias). - Fatores secundários: infecção bacteriana, malassezia, doença crônica, otite média, tratamento exagerado, tratamento inadequado ou com subdoses). Cocker spaniel: alguns tem problemas com seborreia oleosa, essa seborreia exagerada também pode se manifestar no ouvido. Seborreia: aceleração do processo de descamação da pele, sendo que pode ocorrer dentro do ouvido, ficando resto de pele e proliferando uma infecção. PRINT Otite externa: Da membrana timpânica para fora. Sinais da otite externa: prurido, dor, esfregação da orelha e cabeça, balançar a cabeça (orelha afetada baixa), secreção, odor, eritema, edema, erosão, úlceras, alopecia, escoriação. Crostas, crônicos – hiperqueratose, Hiperpigmentação, liquinificação, estreitamento (fibrose e ossificação). Otite média: região do ossículos; pode gerar algum desiquilíbrio. Otite externa >2 meses; orelha caída, incapacidade de movimentar a orelha ou lábios, sinalorréia, diminuição ou ausência de reflexão palpebral. Otite interna: labirinto; tem sintomatologia neurológica (anda com a cabeça inclinada, pode chegar a andar em círculos no lado do ouvido afetado). Trompa de estáquio: tem comunicação do sistema respiratório superior ao ouvido. Tratamento: quando tem um animal com ataxia (andar em circulo etc) o exame que tem que ser realizado é o raio X ou tomografia. Meringotomia: animal anestesiado, faz uma incisãoo na membrana timpânica e drenar o abscesso. SINAIS DA OTITE EXTERNA: prurido, dor, esfregação da orelha e cabeça, balançar a cabeça (orelha afetada baixa), secreção, odor, eritema, edema, erosão, úlceras, alopecia, escoriação. crostas, crônicos – hiperqueratose, Hiperpigmentação, liquinificação, estreitamento (fibrose e ossificação). OTITE MÉDIA: Otite externa >2 meses; orelha caída, incapacidade de movimentar a orelha ou lábios, sinalorréia, diminuição ou ausência de reflexão palpebral. OTITE INTERNA: balançar a cabeça, nistagmo, ataxia. Diagnóstico: histórico e sintomas, otoscopia, exame com lupa, citologia, cultura, radiografia, histopatologia. TRATAMENTO Causa primária (umidade? Etc); sedação ou anestesia. Lavagem a cada 2 a 7 dias na clínica: água ou solução salina (preferível), ácido acético mais água (proporção 1:3); iodopovidine 0,2 a 1% (ototóxico); clorexidina 0,05 a 0,2% ototóxico). Limpeza domiciliar com agente ceruminolítico (otodem, aurivet). Manipular: amoxilina com propenicol a 0,05% ph neutro. Glicocorticóide sistêmico: dor, estenose (edema, proliferação tecidual) -prednisona : cão 0,25 a 0,5 mg/kg/BID/5 a 10 dias. GATO: 0,5 – 1 mg/kg/BID/5 a 10 dias. (GATO TEM RESISTÊNCIA PARA CORTICOIDE). Infecção por malassezia: Tópico (clotrimazol, nistatina, tiabendazol, miconazol. SISTÊMICO: cetoconazol e intraconazol. Sabe-se que um dos moires no tratamento da otite e não fazer a citologia do ouvido, a bactéria mais comum de ser encontrada Stophylococcus (coco), mas podem ser encontrados bastonetes, normalmente pseudômona, uma bactéria extremamente resistente ao tratamento tópico. Bactérias: Tópico: gentamicina, neomicina, polimixina B e neomicina, clorafenicol, tobramicina, enrofloxacina e sulfadiazina. Sistêmico: ciprofloxacina, enrofloxacina, marbofloxacina, orbifloxacina, sulf + trimetoprima, cefalosporina. Tratamento mínimo de tratamento, com avaliação clinica antes do fim para garantirrecuperação. Em casos de sarna atodecica, o mesmo tratamento deve ser mantido, adicionando um antiparasitário eficaz (ex.: natalene). A bactéria mais comum é stafilococus. Pseudômonas aeruginosa: geralmente o tratamento tópico não é tão eficiente. Tratamento: enrofloxacina oral Propentofilina (melhora a circulação cerebral, vasodilatador central e periférico, cães: 3 a 5mg/kg/BID, durante 4 a 6 semanas.
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