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TUTORIA 3 1.DESCREVER OS FATORES DE RISCO PARA NEOPLASIA DE PULMÃO -Tabagismo *80% dos casos de CP são relacionados com o tabaco e o risco em tabagista é cerca de 20 a 30x maior do que em não fumantes. A cessação do tabagismo reduz o risco de câncer de pulmão em até 50% *Estima-se que, até 2020, a fração atribuível à população da carga de câncer de pulmão relacionada com o tabagismo no Brasil será de 83,3% em homens e 64,8% em mulheres -Fumo passivo: Os tipos histológicos mais associados com o tabagismo são o carcinoma de células escamosas e o carcinoma de pequenas células, ao contrário do adenocarcinoma que é mais comum em pessoas que nunca fumaram. Os fatores de risco considerados importantes para não fumantes incluem fumo passivo, exposição ao radônio, exposição ambiental (como a poluição do ar exterior), amianto, arsênico, história de doença pulmonar e fatores genéticos. -Exposição a carcinógenos ocupacionais e ambientais como amianto(aumenta em cerca de 1,5 a 13x), arsênio, radônio 38 hidrocarbonetos aromáticos policíclicos -Histórico familiar de CP -Pacientes submetidos a radioterapia, pacientes com fibrose pulmonar idiopática, doenças com colágeno -Nutrição: estudos mostram que a redução de beta caroteno e licopeno parece aumentar o risco -Gênero: por si só as mulheres têm mais risco de ter CP -Infecções pulmonares e obstrução do fluxo aéreo: A obstrução do fluxo aéreo (principalmente a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e doenças pulmonares não malignas predispõem ao câncer de pulmão. Indivíduos com proteína C reativa, uma medida de inflamação generalizada, maior do que 3 mg/L, portadores de deficiência α1-antitripsina e de fibrose intersticial, têm maior probabilidade de desenvolver câncer de pulmão. Outras doenças fibrosantes, incluindo asbestose e a esclerodermia, também têm uma maior associação com o desenvolvimento do câncer de pulmão, no entanto, a associação é menor com a esclerodermia. Vírus oncogênicos têm sido investigados como causa de câncer de pulmão. Alterações epiteliais em carcinomas brônquios que se assemelham as lesões condilomatosas sugerem infecção pelo papilomavírus humano (HPV). O vírus de Epstein-Barr, associado com o linfoma de Burkitt e carcinoma nasofaringeal, tem sido fortemente associado com linfoepitelioma-like, uma forma rara de câncer de pulmão, descrita em pacientes asiáticos. Outros vírus sugeridos como fatores etiológicos para o câncer de pulmão incluem vírus BK, JC vírus, o citomegalovírus humano, vírus de símio e o vírus do sarampo, entretanto, até agora os resultados permanecem inconclusivos. A Chlamydia pneumoniae, uma causa comum de doenças respiratórias agudas, especialmente em indivíduos expostos ao fumo de cigarros, pode estar envolvida no câncer de pulmão. 2.CONHECER A EPIDEMIOLOGIA, QUADRO CLÍNICO E FISIOPATOLOGIA DA NEOPLASIA DE PULMÃO ➔ EPIDEMIOLOGIA -É a principal causa de mortalidade relacionada ao câncer em todo o mundo, com uma estimativa de 1,3 milhão de novos casos diagnosticados anualmente em nível global, sendo responsável por quase 12% de todos os cânceres e por um número estimado de 1,1 milhão de mortes por ano. -Entre os homens, o câncer de pulmão é a neoplasia maligna mais comum (taxa de incidência de 35,5 por 100.000), ao passo que, nas mulheres, a incidência de câncer de pulmão (12,1 por 100.000) é ultrapassada apenas pelos cânceres de mama, colo do útero e cólon. - Global Burden of Disease Study 2015, o câncer de pulmão é também a principal causa de mortalidade por câncer — mais de 1,7-1,8 milhões de mortes por ano e, de todos os tipos de câncer, o que apresenta a maior taxa de mortalidade padronizada pela idade (26,6 mortes por 100.000 habitantes). -INCA: O câncer de pulmão é o segundo tipo de câncer de maior incidência em homens e o quarto tipo de câncer de maior incidência em mulheres no país - As taxas de mortalidade por idade aumentaram em homens com idade igual ou superior a 65 anos e em mulheres de todas as idades. ➔ QUADRO CLÍNICO ~DOENÇA LOCAL(estádios I e II): normalmente são assintomáticos ~Geralmente os sintomas iniciam nos estádios III(doença avançada) ~ IV(metastática) ● Carcinomas broncogênicos são causadas por: crescimento local do próprio tumor, metástases e síndromes paraneoplásicas. Já as de crescimento intratorácico dependem do tamanho, localização e relação com estruturas adjacentes ● Tumores centrais: tosse; hemoptise; sibilos localizados ou dispnéia por comprometimento brônquico; disfagia por infiltração do esôfago; rouquidão por comprometimento do nervo laríngeo recorrente no mediastino do lado esquerdo; síndrome da veia cava superior; síndrome da veia cava superior, em virtude do comprometimento desse vaso; quilotórax(ducto torácico está envolvido pelo tumor); palpitação; síncope ou manifestações de tamponamento cardíaco(quando o pericárdio e/ou o coração estiverem infiltrados) ● Tumores periféricos: geralmente são assintomáticos, contudo, o comprometimento da parede torácica pode causar dor; dispnéia; tosse pela invasão direta da parede do tórax; derrame pleural ou pneumotórax ● Tumores apicais: dor em ombro com irradiação para MMSS; parestesia em MMSS; hipotrofia da musculatura intrínseca da mão(invasão da parede torácica ou do plexo braquial); síndrome de Claude Bernard Horner(caracterizada por enoftalmia, ptose palpebral; miose e anidrose hemifacial - juntas são denominadas síndrome de pancoast) *Locais mais frequentes de metástase pulmonar: SNC; fígado;ossos; glândulas adrenais e o próprio pulmão. Por via hematogênica *As metástases cerebrais normalmente são sintomáticas com cefaléia, tontura, alterações visuais, convulsões, transtorno de comportamento *Metástase óssea a principal manifestação é a dor *Metástase hepática e em adrenais geralmente são assintomáticas e detectadas apenas nos exames de estadiamento Emagrecimento e anorexia acontecem em até 20% dos casos de CP. Outras manifestações também podem se fazer presente: osteopatia hipertrófica(=baqueteamento digital); acantose nigrans (caracterizada por hiperqueratose=excesso de queratina e hiperpigmentação=lesões de cor cinza e engrossadas, que dão um aspecto verrugoso); síndrome de Cushing; hipercalcemia; hiponatremia; coagulopatia ➔ FISIOPATOLOGIA PROTO-ONCOGENES E GENES SUPRESSORES TUMORAIS Mutações ativadoras ou amplificações de proto-oncogenes tais como BRAF, EGFR, ERBB2, KRAS, NRAS, PIK3CA e família MYC. Por outro lado, mutações inativadoras, deleções ou hipermetilação de regiões promotoras podem afetar a função dos genes supressores tumorais como LKB1, BRG1, MYC, PTEN, P16, RB e TP53 Os dois proto-oncogenes mais frequentemente mutados em carcinomas pulmonares são EGFR, em 10 a 30%, e KRAS (Kirsten rat sarcoma vírus)), isoforma mais encontrada do oncogene RAS, em cerca de 20% dos tumores (Figura 110.3). A atividade da via EGFR é deflagrada através da atuação de vários ligantes, entre eles EGF, TGF-a (transforming growth factor-a), anfirregulina e outros. O efeito observado é ativação de cascatas de sinalização como a via de MAPK (mitogen- -activated protein kinase), de PI3K (fosfatidilinositol 3-quinase) e de outros transdutores de sinais e fatores de transcrição, responsáveis por proliferação celular, invasão e metástases. As mutações de EGFR são mais frequentes em pacientes do sexo feminino, de origem asiática, com adenocarcinomas e com história pobre em tabagismo. A maioria das mutações específicas de EGFR ocorre entre os éxons 18 e 21, sendo as mais características a substituição de leucina por arginina na posição 858 do éxon 21 (L858R) e deleção no éxon 19 (delE746-A750)2 . Essas mutações causam ativação constitutiva da atividade de tirosina-quinase de EGFR por desestabilizar sua conformação de autoinibição, que é normalmente mantida na ausência de estímulo por um ligante. Mutações de KRAS foram identificadas em CPCNP há mais de 20 anos. A maioria das mutações ocorre nos éxons 2 e 3 do gene. KRAS codifica uma GTPase abaixo, na via de sinalização do EGFR, e está associado a pior prognóstico em câncer de pulmão e exposiçãosignificativa a tabaco. A proteína Ras é ponto fundamental na via de sinalização mediada por EGFR, capaz de ativar a quinase serina/treonina RAF, quinases ativadas por mitógenos ERK (extracellular receptor kinase), PI3K e diversas outras proteínas que se translocam para o núcleo e promovem proliferação celular. Uma vez que mutações em EGFR e KRAS ocorrem em adenocarcinomas de pulmão com etiologia distinta, a coexistência de mutações em ambos é extremamente rara. O gene PI3KCA codifica a subunidade catalítica de PI3K, atua como oncogene e está comumente ativado por mutações pontuais ou amplificação em diversos tipos de cânceres. No câncer de pulmão, mutações são infrequentes e amplificação é o principal mecanismo de ativação, principalmente em carcinomas escamosos. Em contrapartida, o gene supressor tumoral PTEN tem ação inibidora da PI3K. Nesse caso, sua perda de expressão ocorre principalmente em carcinomas escamosos e câncer de pulmão de células pequenas (CPCP). O oncogene EML4-ALK representa um novo alvo molecular em CPNPC. Inicialmente, descrito em 2007, representa a fusão da porção N-terminal de EML4 (echinoderm microtubule-associated protein-like 4) com o domínio intracelular quinase de ALK (anaplastic lymphoma kinase)15. Diversas séries demonstraram frequência variando entre 2 e 7% em populações não selecionadas de CPCNP. Está associado à idade jovem, ao diagnóstico da neoplasia e ausência de exposição ao tabaco. Mutações em EGFR e KRAS e translocações EML4-ALK são mutuamente exclusivas, sugerindo que esta tenha impacto oncogênico importante e dessa forma é um alvo terapêutico promissor em pacientes com câncer de pulmão EGFR não mutado. Um estudo recente encontrou prevalência de 13% para a fusão EML4-ALK em uma coorte de pacientes oriunda de centros não asiáticos, onde a maioria era de origem caucasiana e com história pobre em tabagismo. Se selecionados apenas pacientes sem passado significativo de tabagismo e que não possuam a mutação de EGFR, o oncogene EML4-ALK é encontrado em um terço dos casos (33%). Assim como acontece em KRAS, mutações de TP53 estão fortemente ligadas ao tabagismo. TP53 é o gene supressor tumoral mais frequentemente mutado nas neoplasias humanas. A proteína p53 age como fator de transcrição capaz de ativar genes reguladores do ciclo celular, apoptose e reparo de DNA. Entre pacientes com CPCP, em que o hábito de fumar está presente em todos os casos, TP53 está inativo em até 90% das vezes. No CPCNP, a incidência varia entre 48 e 71%, de acordo com o tipo histológico e com história de tabagismo. Outros genes supressores tumorais frequentemente alterados no câncer de pulmão não pequenas células são LKB1 e BRG1. Ambos estão localizados no braço curto do cromossomo 19 e podem ser alterados por mutações, indels ou deleção de um alelo seguido de perda de heterozigosidade do outro. LKB1 é uma proteína com atividade de serina/treonina quinase. Ela tem como alvo principal a AMPK, um importante sensor da demanda celular de energia, capaz de ativar diversas vias de sinalização, incluindo mTOR. Mutações de LKB1 ocorrem preferencialmente em tumores de fumantes e são encontrados em concomitância às mutações de KRAS, mas não de EGFR. BRG1 (BRM/Brahma/SWI2-related gene 1) codifica uma proteína da família SWI/SNF, componente central do complexo de remodelamento da cromatina. Curiosamente, mutações em BRG1 e amplificações em MYC são mutuamente exclusivas, o que sugere que ambas estejam conectadas na patogênese tumoral. Nesse sentido, MYC e BRG1 têm sido implicadas na promoção e manutenção do estado de indiferenciação celular, típico das células tumorais. Os genes supressores tumorais CDKN2 e RB (retinoblastoma) estão envolvidos no controle do ciclo celular e estão comumente inativos no CPNPC e no CPPC, respectivamente. RB se localiza na região cromossomal 13p14 e codifica uma fosfoproteína que, em sua forma ativa, é essencial na regulação da transição G1/S no ciclo celular. Mutações de perda de função estão presentes em até 90% dos casos de CPPC, e em 15 a 30% dos CPNPC. Por outro lado, CDKN2 codifica p16, uma quinase dependente de ciclina (família CDK), que inibe a atividade dos complexos CDK4 ou 6/ciclina D e CDK2/ciclina E. Essa inibição resulta no bloqueio da fosforilação de RB, portanto, levando à inibição do ciclo celular. 3.APONTAR OS PRINCIPAIS MÉTODOS DIAGNÓSTICOS DA NEOPLASIA DE PULMÃO -Radiografia simples do tórax -TC do tórax(utilizado quando se tem suspeita de CP) -RNM do tórax -PET-CT -NENHUM exame de imagem dispensa a confirmação histológica -Diagnóstico definitivo: análise histológica a partir da biópsia, devendo sempre partir dos exames menos invasivos para os mais invasivos e depende também da localização do tumor. ~ Os principais menos invasivos são são: Broncoscopia(mais utilizado; indicado principalmente em casos de lesão central; é realizado sob anestesia local e sedação com baixa taxa de complicação; avalia também presença de paralisia de corda vocal, avaliação direta de comprometimento da carina principal e extensão de brônquio normal proximal à lesão tumoral, informação que é importante para o estadiamento e definição da conduta terapêutica) Punção transcutânea guiada pela TC: indicada para lesões e de localização mais periférica, não acessíveis através da broncoscopia. Consiste na introdução de uma agulha através da pele do tórax até se atingir o tumor para a coleta do material que é enviado para exame histológico. As principais complicações existentes desse procedimento são pneumotórax e sangramento. *Quanto maior a lesão e quanto mais próxima da parede torácica maior a possibilidade de se colher o material adequado e menor risco de complicação. Dar preferência ao uso de agulhas de grosso calibre porque nem sempre a de calibre fino consegue uma conclusão diagnóstica adequada ~ Os mais invasivos são: Biópsia pleural percutânea; Biópsia de linfonodos cervicais ou em fossa supraclaviculares: são utilizadas para casos que se observa a presença de derrame pleural e de linfonodos cervicais ou supraclaviculares. Meadiastinoscopia: permite acesso a determinados linfonodos mediastinais para fazer biópsia. Videotoracoscopia: procedimento cirúrgico realizado sob anestesia geral, que permite amplo acesso a cavidade pleural e biópsia de lesões pulmonares periféricas, linfonodos mediastinais e lesões pleurais. É utilizada tanto no diagnóstico quanto no estadiamento Toracotomia: utilizado para casos em que outros meios foram ineficiente para a obtenção do material para diagnóstico definitivo . Qualquer abertura da cavidade torácica visando examinar as estruturas expostas cirurgicamente, seja para a coleta de material para diagnóstico laboratorial ou remoção/correção de partes lesadas 4.IDENTIFICAR A CLASSIFICAÇÃO E ESTADIAMENTO DE NEOPLASIA DE PULMÃO ➔ CLASSIFICAÇÃO ● Carcinomas de células pequenas (cerca de 20% dos casos, mas são mais agressivos e com alto potencial metastático) atinge a mesma celulas das grandes, sao subtipos de celulas nao pequenas. Mas elas estão pequenas e maduras, enquanto a das grandes estarao maduras e maiores -Estendido -Restrito PESQUISAR PORRA!!!!!!! basaloide linfoepitelioma ● Carcinomas de células não-pequenas (responsáveis por cerca de 80% dos casos) a) Carcinoma de células escamosas ou carcinoma epidermóide: De localização central (60- 80% dos casos), caracteriza-se pela produção de queratina pelas células tumorais e/ou formações de desmossomos intercelulares (pontes intercelulares). São descritas as variantes: papilar, pequenas células, células claras e basalóide. b) Adenocarcinoma. Atualmente é o tipo histológico mais frequente e o mais comum em pacientes não fumantes. Caracteriza-se pela presença de formações glandulares neoplásicas ou de mucina intracitoplasmática. Em 2004 a Organização Mundial de Saúde (OMS) descreveu os seguintes subtipos histológicos: - Adenocarcinoma in situ (AIS) - anteriormente denominado carcinoma bronquioloalveolar – tumor ≤ 3 cm, com crescimento lepídico, ou seja, revestimento neoplásico emseptos alveolares, sem invasão estromal; mucinoso, não mucinoso ou misto. - Adenocarcinoma minimamente invasivo (MIA) - também com nódulo ≤ 3 cm, mas com invasão ≤ 5 mm, crescimento lepídico; mucinoso, não mucinoso ou misto. - Adenocarcinoma invasivo: padrão de crescimento predominante - lepídico, invasão > 5mm; acinar, papilar, micropapilar ou sólido com presença de mucina. - Variantes de adenocarcinoma invasivo - adenocarcinoma invasivo, colóide, fetal e o de morfologia entérica. c) Carcinoma de grandes células. Diagnóstico de exclusão de carcinomas de células não pequenas de pulmão mal diferenciadas, onde não há diferenciação neoplásica glandular nem escamosa. d) Carcinoma adenoescamoso. Composto de mais de 10% de componente maligno glandular e escamoso. e) Carcinoma sarcomatóide. Ocorre em menos de 1% dos tumores de pulmão. Tem prognóstico sombrio e a presença de componente de sarcoma. São subtipos histológicos: carcinoma de células fusiformes, carcinoma de células gigantes, carcinossarcomas, blastoma pulmonar e o carcinoma pleomórfico ➔ ESTADIAMENTO O esquema de estadiamento mais aceito é o recomendado pelo American Joint Committee on Cancer (AJCC) e pela Union Internationale Contre le Cancer (UICC -Deve-se destacar que esse novo estadiamento inclui não só o carcinoma de pulmão de não pequenas células, mas também o carcinoma de pulmão de pequenas células e os tumores carcinóides broncopulmonares Tumor primário (T) Tx – Tumor primário não pode ser avaliado T1 – Tumor ≤ 3 cm no maior diâmetro, circundado por pulmão e pleura visceral T1a – Tumor < 2 cm no maior diâmetro T1b – Tumor > 2 cm, porém ≤ 3 cm no maior diâmetro T2 – Tumor > 3 cm, ou qualquer um dos seguintes achados: envolvimento do brônquio principal a mais de 2 cm da carina, invasão da pleura visceral, associação com atelectasia ou pneumonia obstrutiva com extensão até a região hilar, mas sem envolvimento de todo o pulmão. T2a – Tumor > 3 cm, porém < 5 cm no maior diâmetro T2b – Tumor > 5 cm, porém < 7 cm no maior diâmetro T3 – Tumor > 7 cm ou tumor de qualquer tamanho que invade qualquer uma das seguintes estruturas: parede torácica, diafragma, nervo frênico, pleura mediastinal, pericárdio parietal, tumor no brônquio principal < 2 cm distal à carina, mas sem envolvimento da traqueia, ou tumor associado com atelectasia ou pneumonite obstrutiva de todo o pulmão. Também inclui presença de nódulos pulmonares tumorais no mesmo lobo do tumor primário. Obs.: T3 são tumores invasivos, mas considerados cirurgicamente ressecáveis. T4 – Tumor de qualquer tamanho que invade uma das seguintes estruturas: mediastino, coração, grandes vasos, traquéia, esôfago, corpos vertebrais ou carina. Também inclui presença de nódulos pulmonares tumorais em lobos diferentes, mas no mesmo pulmão que o tumor primário. Obs.: T4 são tumores cirurgicamente irressecáveis. Linfonodos regionais (N) NX – Linfonodo regional não pode ser avaliado N0 – Nenhuma metástase para os linfonodos regionais N1 – Metástases para os linfonodos peribrônquicos ipsilaterais e/ou hilares ipsilaterais e linfonodos intrapulmonares comprometidos por disseminação direta do tumor primário N2 – Metástase para um linfonodo ou linfonodos mediastinais ipsilaterais e/ou subcarinais Obs.: carcinomas de pulmão com linfonodos N2 são considerados potencialmente ressecáveis por cirurgia desde que a TC pré-operatória ou a mediastinoscopia tenham sido negativas e o tumor primário seja totalmente ressecável. N3 – Metástase para linfonodo ou linfonodos mediastinais contralaterais, hilares contralaterais, escalenos ipsilaterais ou contralaterais ou supraclaviculares. Obs.: carcinomas de pulmão com linfonodos N3 são considerados irressecáveis. Metástases (M) MX – Metástases não podem ser avaliadas M0 – Sem metástases à distância M1a – Presença de nódulos pleurais, derrame pleural maligno ou nódulos neoplásicos no pulmão contralateral M1b – Metástases à distância Estágios • Estágio I: Sem metástases nodais e totalmente ressecável com lobectomia ou pneumonectomia. Dependendo do tamanho do tumor ou da presença de envolvimento de um brônquio principal, é classificado em IA e IB. • Estágio II: Com envolvimento de linfonodos hilares ou tumor T3. Ressecável com lobectomia ou, mais frequentemente, pneumonectomia. • Estágio IIIA: Tumor extenso, porém ressecável. • Estágio IIIB: Cirurgicamente irressecável, mas limitado ao tórax e, portanto, elegível para radioterapia. • Estágio IV: Metástases a distância. Tratados com terapia sistêmica. A mediana da sobrevida em cinco anos de carcinoma de pulmão com base no novo estadiamento varia em diferentes estudos, mas é de aproximadamente 70% para estágio IA, 60% para IB, 50% para IIA, 30% para IIB, 20% para IIIA, 10% para IIIB e 5% para o estágio IV
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