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TERAPIA NUTRICIONAL EM NEFROLOGIA PEDIATRICA(1)

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Síndrome Nefrótica – SN ou Nefrose
• É um transtorno renal causado por um conjunto de sinais, sintomas e
alterações laboratoriais que ocorre pela elevação da permeabilidade da
parede capilar dos glomérulos renais, no que implica na perda
excessiva de proteínas através da urina (proteinúria) superior a
3.5g/dia e níveis baixos de proteína no sangue (hipoproteinemia ou
hipoalbuminemia), além da presença de ascite e, em alguns casos,
edema, colesterol alto (hiperlipidemia).
• A Síndrome Nefrótica (SN) é
definida por uma proteinúria
maciça (> 40mg/m2/h ou
>3,5g/1,73m2/dia de superfície
corporal) e hipoalbuminemia
<2,5 g%.
O quadro completo inclui
ainda edema, hiperlipidemia
e lipidúria.
É uma doença de evolução
longa.
• Na infância, 90% dos casos correspondem à SN primária ou
idiopática, não sendo, associada a nenhuma doença sistêmica,
hereditária, metabólica, infecciosa ou medicamentos.
• Quanto à influência racial, apesar de não comprovado, é
encontrada frequentemente nas raças branca e amarela.
• Quando a SN ocorre como parte de uma doença sistêmica ou 
relacionada a drogas ou outras toxinas, é chamada de SN 
secundária. 
EPIDEMIOLOGIA
• Dados epidemiológicos mostram que a incidência anual de SN é
estimada em 2-7 novos casos por 100.000 crianças e a
prevalência é de 16 casos por 100.000 crianças.
• O pico de apresentação da SN é aos 2 anos de idade e 70%-80%
dos casos ocorrem em crianças com menos de 6 anos.
EPIDEMIOLOGIA
ETIOPATOGENIA
SN é uma doença de 
base imunológica
Produção anormal de 
imunoglobulinas
Alteração da 
imunidade celular
Disfunção de linfócitos 
T supressores (VPF –
vascular permeability
factor)
Associação com 
atopias
FISIOPATOLOGIA
PROTEINÚRIA 
da permeabilidade 
do capilar glomerular 
por alteração da sua 
capacidade como filtro 
seletor de partícula.
Queda de reabsorção
pelas células epiteliais do
túbulo proximal por
saturação dos
mecanismos reabsortivos
destas células, devido ao
aumento da carga
proteica no lúmen tubular.
FISIOPATOLOGIA
HIPERLIPIDEMIA 
Os níveis séricos do 
colesterol total, 
lipoproteínas e 
triglicérides 
encontram-se 
elevados.
Prováveis causas:
Albumina e as VLDL
compartilham no
hepatócito a mesma via
de síntese.
Para repor as perdas
proteicas urinárias,
elevam-se as VLDL.
Manifestações Clínicas
O edema facial na SN é a principal manifestação clínica
Com a piora do edema, pode ocorrer formação 
de ascite edema escrotal e/ou peniano, edema 
labial e derrame pleural.
Oligúria e urina espumosa
podem ser encontradas,
assim como sinais de
desnutrição
São causas de SN secundária em crianças:
• SN associada a doenças sistêmicas: 
• Lúpus eritematoso sistêmico, púrpura anafilactoide, nefropatia por IgA, sífilis, 
malária; hepatite, DM, linfoma, esquistossomose, toxoplasmose, 
citomegalovírus, AIDS;
• SN associada a drogas:
• Drogas anti-inflamatórias não esteroidais, penicilamidas, heroína,
• SN associada com toxinas e alérgenos: 
• Alergia alimentar, picada de insetos
Na avaliação da criança e do adolescente com suspeita
de doenças renais ou das vias urinárias o exame de
URINA é indispensável.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL NA NEFROLOGIA PEDIATRICA
EXAME DE URINA
ASPECTO
• Geralmente é claro e límpido
• Se estiver turva, pode indicar presença de leucócitos, hemácias, células epiteliais, bactérias e 
cristais.
COR
• Amarelo citrino, mas pode variar de amarelo claro ao âmbar (dependendo do estado de 
hidratação)
Densidade
• Mede o peso especifico e é um índice da concentração de solutos da urina.
• Intervalo de normalidade (1,003 a 1,030)
• Depende do estado de hidratação e do volume urinário .
EXAME DE URINA – ODOR (Variações)
DOCE
• DOCE OU FRUTIFERO
• PRESENTE NA ACIDOSE.
AMONÍACO
• FERMENTAÇÃO ALCALINA, APÓS RETENÇÃO URINÁRIA.
ACRE
• INFECÇÃO URINARIA
FÉTIDO
• INFECÇÃO URINÁRIA, FÍSTULAS TGI-VESICAIS
INDICADORES VALORES DE REFERÊNCIA
Ph (indicador da função tubular renal 4,5 a 8,0 (média: 5,5 a 6,5)
Glicose (presença sugere DM ou 
doenças renais)
(-) máximo de 2 a 20 mg/dL
Cetonas (-) máximo de 2mg/dia
Bilirrubina (-)
Urobilinogênio 1 a 4mg/dia
Nitrito (-)
Leucócitos (-)
Leucócito esterase (-)
Hemoglobina (-)
Proteína (-)
Traços: 15 a 30mg/dL
+ = 30 a 100mg/dL
++ = 100 a 200mg/dL
+++ = 200 a 300mg/dL
++++ = > 300mg/dL
EXAME QUÍMICO 
DA DE URINA
DIAGNÓSTICO
• O diagnóstico de SNI em crianças 
e adolescentes é baseado nos 
seguintes critérios clínicos e 
laboratoriais. 
• O paciente deverá apresentar 
todos os seguintes critérios
Critérios positivos 
• edema
• proteinúria nefrótica
• hiperlipidemia
• Indice proteinuria/creatinina elevada
• Hipoalbuminemia
AVALIAÇÃO E 
ACOMPANHAMENTO 
NUTRICIONAL
SÍNDROME 
NEFRÓTICA
Diagnóstico 
precoce
Anamnese 
alimentar 
detalhada
Avaliar a 
evolução 
individual 
Assegurar o 
estado 
nutricional
Evitar a 
progressão da 
doença
TERAPIA NUTRICIONAL
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS - OBJETIVOS
Compensar a desnutrição protéica.
Diminuir a perda de proteína na urina.
Prevenir o catabolismo protéico.
Melhorar a anorexia.
Diminuir o ritmo de progressão da nefropatia.
Fornecer quantidade adequada de quilocalorias.
Controlar a hipertensão arterial e a ingestão de sódio. 
NUTRIENTE RECOMENDAÇÃO
CRIANÇAS ADULTOS
QUILOCLORIAS 
(Kcal/Kg)
100 - 150 30 - 35
PROTEÍNA (g/Kg) 1,0 – 2,0 0,8 – 1,0
LIPÍDIOS (% do total de 
Kcal)
Menor que 30% Menor que 30%
Cloreto de Sódio (g) 3,0 3,0
Cálcio (mg/Kg) 10 - 20 ----
Vitamina D (UI) 1.500 ----
RECOMENDAÇÕES 
NUTRICIONAIS 
DIÁRIAS
LIPÍDIOS
Aumento simultâneo dos triglicerídeos
A fração HDL-c Geralmente é normal
Elevação nos níveis VLDL e LDL-c
Colesterol sérico elevado
HIPERLIPIDEMIA – FATOR DE RISCO DCV
Perfil comum da dislipidemia
SÓDIO E POTÁSSIO
Pode causar o edema, com retenção de sódio 
Dieta – com restrição de SAL Evitar retenção de água 
A retenção de sódio pode anteceder o edema
Aumento sistêmico do extravasamento vascular da albumina para o interstício
EDEMA – Manifestação clinica mais aparente
Indica sobrecarga corporal total de sodio
VITAMINA D e CÁLCIO
• As perdas de proteína pela urina 
causam a depleção de alguns 
minerais e vitaminas, dentre elas 
destacam-se o CÁLCIO e 
VITAMINA D
• As alterações no metabolismo da 
VITAMINA D podem causar distúrbio 
no balanço do cálcio.
• Risco de perda óssea
• Deve-se suplementar a VIT D
• Hipocalcemia é comum.
• É obrigatória a suplementação de 
CÁLCIO e VITAMINA D.
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS PARA CRIANÇAS COM SÍNDROME NEFRÓTICA
CALORIAS 100 a 150 kcal/dia(*RDA)
CARBOIDRATOS 50 a 60 %
PROTEÍNAS 1,0 a 2,0g/kd/dia
LIPIDIOS
(EPA/DHA)
< 30% *
EPA/ DHA (0,5 a 1,0 g/dia)
SÓDIO (cloreto de sódio) 3g/dia
CÁLCIO 10 -20 mg/kg/dia
VITAMINA D 1500 UI
ZINCO 5 – 20mg/dia
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Sindrome Nefrótica Primária em crianças e Adolescentes. Protocolo Clínico e Diretrizes 
Terapêuticas. Portaria SAS/MS nº 459, de 21 de maio de 2012. 
• RIELLA, Miguel Carlos; MARTINS, Cristina. Nutrição e Rim. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 
2011. Seção III, aplicações clínicas, pág. 162
• PENIDO, M.G.M.G; TAVARES, M.S. Nefrologia Pediatrica. Manual Prático. Uso diário ambulatorial e 
hospitalar. 2015. Livraria Baliero;
• Tarshish P, Tobin JN, Bernstein J, Edelmann CM Jr. Prognostic significance of the early course of
minimal changes nephrotic syndrome: report of the International Study of Kidney Disease in 
Children. J Am Soc Nephrol. 1997;8(5):769-76. 7. 
• Tune BM, Mendoza SA. Treatment of the idiopathic nephrotic syndrome: regimens and outcomes
in children and adults. J Am Soc Nephrol. 1997;8(5):824-32.

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