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Índice
Breve Historial da Didáctica	3
PEA Origens e Desenvolvimento Histórico	5
Carácter Educativo do PEA	7
O PEA Desenvolve a Personalidade e tem Carácter Dialéctico	7
Carácter Sistemático e Planificado do PEA e as suas Regularidades	9
Relação dialéctica fundamental no processo de ensino- aprendizagem	10
Conclusão	12
Bibliografia	13
Introdução 
O presente trabalho da cadeira de didáctica pretende nos mostrar o PEA a partir de uma perspectiva didáctica, ao longo da história da educação, é visível à percepção de que o processo de ensino-aprendizagem se compõe em práticas e teorias indissociáveis. Torna-se indiscutível o discurso sobre o rompimento da dualidade existente entre prática e teoria, a fim de estabelecer uma ressignificação de ambas, pois não podem ser fraccionadas, enquanto parte do todo educacional. Para tanto, é preciso compreender o percurso histórico da Didáctica e suas implicações na formação do professor. O motivo do interesse em pesquisar-se sobre o tema surge á partir da dúvida quanto ao ensino da Didática é como ela contribui na construção da identidade profissional do educador em potencial. Diante dos fatos fica a pergunta, que infere uma reflexão critica: diante de tantas influências e em busca de uma ressignificação, como a Didáctica é vista e ensinada para futuros educadores, como garantia de valorização enquanto seres sociais numa sociedade globalizada?
Breve Historial da Didáctica 
Segundo (Piletti, 2004) A evolução da didáctica, a partir dos trabalhos de Ratke e Comênio, foi lenta, se comparada com outras ciências. Uma causa fundamental, já foi mencionada, era que os estudos sempre focalizavam, indistintamente, instrução, ensino e educação como se fossem fenómenos de uma mesma essência. 
Assim, a Pedagogia foi ganhando forças como ciência particular, se separando aos poucos da filosofia e da teologia, e deixando a didáctica como uma simples disciplina técnica. Foi, por isso que as histórias da Pedagogia e da Didáctica se misturam no tempo. Quando se estuda a História da Filosofia e da Teologia, necessariamente se faz referências a pedagogos. Quando se estuda a História da Pedagogia se refere a Teólogos e Filósofos, entre outros. Algo similar acontece, quando contamos a História da Didáctica, (Fonseca & Pereira, 2016).
No século XVIII, Jean Jacques Rosseau propôs uma concepção de ensino baseada em um novo conceito de infância. Depois de Ratke e Comênio, Rousseau foi o outro grande didacta que surgiu. Por ser, também, um grande pedagogo, ajudou a revolucionar a Didáctica. Não se pode considerar um sistematizador do ensino, mas sua obra dá origem, de modo marcante, a um novo conceito de infância e sua relação direita com o ensino, (Barbosa & Freitas, 2010).
A prática das ideias de Rousseau foi empreendida, entre outros, por Henrique Pestalozzi, que em seus escritos e actuação dá dimensões sociais à problemática educacional. O aspecto metódico da Didáctica encontra-se, sobretudo, em princípios, e não em regras, transportando-se o foco de atenção às condições para o desenvolvimento harmónico do discente. Rosseau considerava que a valorização da infância está carregada de consequências para a pesquisa e a acção didáctica, (Fonseca & Pereira, 2016). 
No século XIX, João Frederico Herbart destaca-se no plano didáctico por defender a ideia da "educação pela instrução". Como didacta estabeleceu quatro passos didácticos, que são essências no processo de ensino, ainda hoje. Naturalmente que já sofreram variações e aperfeiçoamento, mas a essência é a mesma desde seu descobrimento. O primeiro passo é a apresentação da matéria nova. O segundo passo é a associação entre as ideias antigas e as novas; o terceiro, a sistematização do conhecimento com vista à generalização; e o último a aplicação do conhecimento. 
Para alguns estudiosos, Herbart é o pai da Pedagogia; pois teve por mérito torná-la, Segundo (Fonseca & Pereira, 2016) "o ponto central de um círculo de investigação própria". Não obstante, contribuiu, e muito, com o desenvolvimento teórico da Didáctica. 
No século XX, por ser o século onde surge a Didáctica como ciência autónoma, tem muitos didactas que se destacaram no desenvolvimento do ensino. Do ensino, visto como isso, como conceito de objecto de estudo da didáctica e não como um simples articular dos professores com estudantes ou alunos. Nesse século XX, muitos se autodenominaram especialistas ou cientistas do currículo. São aqueles que defendem o Desenho Curricular como uma ciência independente da Didáctica, senão fosse pelo fato que não existe ensino sem uma conceição do desenho curricular. É ilógico pensar no surgimento de uma nova ciência a partir do mesmo objecto de estudo. 
Outro grande didacta foi o norte-americano John Dewey (l859 - l952). Foi como a maioria, muito mais pedagogo que didacta, não obstante, foi um destacado representante de uma das tendências do pragmatismo didáctico. Na didáctica, sua maior contribuição está no ensino laboral e a relação do ensino com a vida, (Fonseca & Pereira, 2016). 
Resumindo essa evolução, se destacam em ordem cronológica:
· Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi um pensador que procurou interpretar essas aspirações, propondo uma concepção nova do ensino, baseado nas necessidades e interesses imediatos da criança.
· Henrique Pestalozzi (1746-1827) deu grande importância ao ensino como meio de educação e desenvolvimento das capacidades humanas.
· Johann Friedrich Herbart (1766-1841) pedagogo alemão com grande influência e relevância na didáctica e na prática docente. Para ele, o fim da educação é a moralidade. A instrução é introduzir ideias corretãs na mente do homem. 
· A.Diesterweg (1790-1866) didacta alemão que trabalho sobre o desenvolvimento do professor.
· John Dewey (l859 - l952) foi um destacado representante de uma das tendências do pragmatismo didáctico. Na didáctica, sua maior contribuição está no ensino laboral e a relação do ensino com a vida.
PEA Origens e Desenvolvimento Histórico
Na sociedade primitiva (de caçadores e recolectores) todos os adultos educavam todas as crianças directamente no processo mesmo da vida e do trabalho e do trabalho junto com os adultos. Mas a medida que o trabalho se desenvolvia, começa a haver excedentes de produção e, assim, aparece a divisão de trabalho e, consequentemente, a especialização do trabalho: por exemplo, o ferreiro faz a enxada para o agricultor e recebia parte da sua produção, (Fonseca & Pereira, 2016).
Na sequência disso, aumenta o património sócio cultural e técnico-científico da humanidade e torna-se cada vez mais complicado todos os adultos «ensinarem tudo a todas as crianças». Assim, surgem pessoas especializadas em educação das crianças e criam-se situações específicas de educação; e, neste sentido, surge o processo de ensino-aprendizagem como processo organizado e intencional para a educação das crianças.
Comparação da educação na sociedade primitiva com a que é realizada na sociedade em que surge a divisão do trabalho exacto, na sociedade primitiva a educação tinha um carácter informal, todos ensinavam a todas as crianças, enquanto com a especialização do trabalho, surgem pessoas e situações específicas em que se realiza a educação, o que caracteriza o processo de ensino e aprendizagem, (Fonseca & Pereira, 2016).
Características do Processo de Ensino- Aprendizagem
Segundo (Piletti, 2004) O processo de ensino-aprendizagem é uma actividade particular que se distingue pelas suas características próprias. Assim, dentre outras características, podemos dizer que o PEA apresenta as seguintes características:
· Caracter social
· Carácter educativo
· Caracter instrucional
· Caracter dialetico
· O PEA desenvolve a personalidade
· O PEA tem carácter sistemático e planificado
· O PEA é regido por leis que se exprimem em regularidades
Para uma explicação clara podemos nos basear na tabela a baixo.
	Características do Ensino
	Descrição
	Carácter social
	Formação da jovem geração, de acordo com as exigências e necessidades da sociedade;
Formação visando a socialização e integraçãode cada membro da jovem geração.
	Carácter educativo
	Relação indissociável e/ou dialéctica entre instrução e educação;
Aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de valores/ atitudes e formação de qualidades da consciência, isto é, saber ser e estar.
	Carácter instrucional
	Desenvolvimento de habilidades, capacidades e experiências práticas, isto é, o saber fazer.
	Carácter dialéctico
	Processo dinâmico onde ocorrem contradições como forças motrizes para o desenvolvimento do aluno e do professor, pelas contradições entre querer e poder, nível actual e realização das tarefas de ensino-aprendizagem.
	Regido por leis e regularidades
	Aquisição e formação de conceitos como processo gradual, observância do desenvolvimento ontogénico;
Observância de leis: psicológicas e de aprendizagem, sociológicas, políticas, higiénicas, na realização do PEA.
	Desenvolvimento da personalidade
	Dimensões do desenvolvimento do aluno, individual, comunitária e ecológica.
	Carácter sistemático e planificado
	Organização científica das actividades.
Carácter Educativo do PEA
Para mostrar o carácter educativo comecemos por rever os conceitos de educação e de instrução.
Segundo (Fonseca & Pereira, 2016) No âmbito do processo de formação do homem, os termos educação e instrução são inseparáveis. De facto, a instrução é a transmissão/mediação de conhecimentos, capacidades, habilidades; podemos também defini-la como sendo o processo e o resultado da assimilação de conhecimentos sistemáticos, assim como das acções e procedimentos inerentes a eles. Por seu turno, a educação, pela sua característica fundamental, é o desenvolvimento/formação de comportamento, atitude e convicções; isto é, a formação de traços/sinais da personalidade.
A instrução tem como enfoque principal o objectivo de desenvolver nos alunos o saber e o saber fazer, enquanto quando falamos da educação se tem em vista o desenvolvimento do saber ser e estar. Mas como vemos na figura, ao realizarmos a educação, ao mesmo tempo se instrui (quem poderia ser bem educado diante de pessoas idosas se não pudesse lembrar, enunciar, as regras principais de comportamento que se espera desse indivíduo diante dessa situação?); o mesmo vemos que ao instruir (ex.: para condução de uma viatura) o indivíduo deve ser educado para o respeito das normas (neste caso, de trânsito rodoviário), sem as quais a condução automobilística se transformaria num autentico problema para a circulação e bem-estar das pessoas.
O PEA Desenvolve a Personalidade e tem Carácter Dialéctico
Segundo (Barbosa & Freitas, 2010) Cremos que é fácil percebermos que quando falamos de personalidade, trata-se de um termo com múltiplas definições, podendo serem retidas as seguintes:
· Pessoa com as suas capacidades e propriedades intelectuais, produtivas, políticas, estéticas e emocionais determinadas pela sociedade (onde se incluem todas as instituições), mas com a participação do seu cunho individual, sendo por isso única;
·  Uma determinada pessoa que se distingue na sociedade pelas suas qualidades e traços.
 Premissas:
· A personalidade desenvolve-se na actividade e nas relações;
· A actividade principal durante a infância e a juventude é a actividade escolar, isto é, a participação no PEA.
Logo, no período escolar a personalidade desenvolve-se principalmente no PEA; o PEA é de grande importância para a maneira como a personalidade vai-se desenvolver, para as facetas da personalidade que são desenvolvidas e para a direcção em que ela se desenvolve através da actividade de aprendizagem.
Por exemplo: Através da matemática os alunos desenvolvem habilidades de contar, calcular e resolver problemas matemáticos da sua vida quotidiana (ex.: fazer trocos, dividir porções de múltiplas coisas entre amigos...); e, de tal maneira, vemos que cada disciplina desenvolve no aluno uma série de saber, saber fazer e saber ser /estar. E indo ao fundo da questão, e por esta mesma lógica, compreende-se porque, em certa medida, alunos tendo professores, currículos, ambientes escolares e educativos diferentes, acabam tendo traços e qualidades da personalidade marcados pelas circunstâncias em que estão/estiveram.
Assim, também no PEA ocorrem contradições a nível dos alunos, como por exemplo:
· Entre os conhecimentos adquiridos pelos alunos e os novos a adquirir;
· Entre o nível do conteúdo do ensino e as possibilidades reais dos alunos para a sua assimilação;
· Entre os conhecimentos teóricos e a capacidade de aplica-los na prática;
· Entre os conhecimentos e os comportamentos correspondentes manifestos ou a manifestar;
· Entre a vontade e a capacidade; etc.
Entretanto, as contradições que se apresentam no PEA constituem força motriz quando estas têm sentido para os alunos e se fazem conscientes da necessidade de solucionar a tarefa.
Por exemplo, se a contradição entre a tarefa proposta e as possibilidades cognitivas dos alunos resulta de tal natureza que apesar de recorrer a todo o potencial cognitivo os alunos não estão em condição de resolver as tarefas, tal contradição ao invés de constituir força motriz do PEA, converte-se num entrave para a actividade intelectual do aluno. Ao contrário, o estudante/aluno terá possibilidades de assimilar a contradição e de encontrar o método de solução. Isto quer dizer que na colocação de contradições no PEA, deve haver uma correcta proporção entre os dois lados da contradição.
Carácter Sistemático e Planificado do PEA e as suas Regularidades
Finalmente, ao dissermos que o PEA é regido por leis que se exprimem em regularidades, primeiro, assumimos que a lei expressa as relações gerais, necessárias, essenciais, reiteradas e relativamente constantes do mundo real. Assim, nas ciências pedagógicas existem as chamadas relações didácticas legítimas (que são reiteradas, essenciais, estáveis e internas), (Barbosa & Freitas, 2010).
Por exemplo, Klingberg destaca a existência das relações didácticas legítimas:
· Relação entre objectivo-conteúdo-método-meios no PEA;
· Relação entre educação e instrução;
· Relação entre teoria e prática;
· Relação entre condução didáctica e autoactividade;
· Relação entre ensino e aprendizagem;
· Relação entre homogeneidade e diferenciação;
· Relação entre processos de conhecimento e de exercitação;
· Relação entre processos de continuidade e de consolidação;
Por sua vez Babanskii reconhece a existência das seguintes leis:
· Lei da condicionalidade social do PEA;
· Lei da unidade entre o ensino e aprendizagem no PEA;
· Lei da unidade ensino e desenvolvimento da personalidade;
· Lei da unidade entre planificação, a orientação e a avaliação; dos alunos em um ciclo do PEA.
Com certeza, você deve ter dito para consigo mesmo: “essas leis dizem, na sua essência, respeito às características do PEA que anteriormente acabamos de ver”. Sim, estamos também de acordo consigo, por isso ao caracterizarmos o PEA queremos não apenas termos o conhecimento e podermos explicara o sentido de cada uma delas, mas sim assumirmos que estamos a dizer para connosco mesmo, como profissionais de educação, que é preciso assegurar que o PEA que realizamos não simplesmente se pareça com as características deste, mas assim seja com a integralidade das características essenciais que ditam a particularidade da actividade de ensinar e fazer aprender os alunos.
Relação dialéctica fundamental no processo de ensino- aprendizagem
Segundo (Piletti, 2004) A dialéctica não é mais do que a ciência das leis gerais do movimento e da evolução da natureza, da sociedade e do pensamento." (Engels). Prosseguindo, este autor sentencia o seguinte: A grande ideia cardinal é que o mundo não pode conceber-se como um conjunto de objectos terminados e acabados, senão como um conjunto de processos, em que as coisas que parecem estáveis passam por uma série de reflexos mentais em nossas cabeças, os conceitos passam por uma série ininterrupta de mudanças, por um processo de génese e caducidade.
Segundo (Barbosa & Freitas, 2010), a didáctica instrumentaliza o bom professor, sendo que o bom professor precisa dominar três aspectosdo ensino: o conteúdo a ensinar, o saber ensinar e as relações situacionais. 
Estudando o autor anteriormente citado pode-se inferir de seu trabalho que o acto de ensinar não se baseia simplesmente em passar o conteúdo, mas em utilizar o conteúdo como instrumento. Este instrumento que o professor utiliza tem o objectivo de socializar o aluno, ou melhor, de humanizá-lo.  Para o autor, o pensamento sobre uma educação como uma instituição destinada a formar trabalhadores obedientes e competentes é fato proscrito. Porque a nova corrente que se tem difundido é a de que o professor escreve na lousa com uma mão e com a outra ele humaniza o aluno. A despeito do nível de neutralidade da didáctica, o autor ainda afirma que ela não é neutra a maneira que ensinamos imprime, e muito nos alunos, a visão que eles têm do mundo. 
Assim fica claro que não se ensina somente o conteúdo, mas também o modo de agir em sociedade. O professor tem um compromisso político com o aluno. Em suma para (Fonseca & Pereira, 2016) o trabalho educativo é o acto de produzir directa e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e colectivamente pelo conjunto de homens.
Para ser mais preciso (Piletti, 2004) aponta que o acto de ensinar precisa ser fundamentado no diálogo entre professor e aluno, aonde o docente tem o papel de mediador do conhecimento. Este fundamento recebe o nome de método dialéctico e segue alguns passos que foram delimitados por (Piletti, 2004) e os transcrevo assim: 
· Prática social - deve-se buscar ensinar ao aluno buscando informações que ele já tenha coisas que já são da prática social dele e do professor; 
· Problematização - a partir do que o aluno as sabe levantam-se as questões do problema; é nesse ponto que o aluno é instigado novamente a perguntar o "porquê" das coisas. 
· Instrumentalização - neste ponto o professor disponibiliza instrumentos para o aluno resolver o problema levantado; 
A aprendizagem somente acontece quando o aluno se sujeita a aprender algo, afinal é uma via de mão dupla. E a catarse que o professor busca a cada aula dada.
Prática social - após o aluno fazer o "insight" de "entender a matéria" o que tem-se pedido: que voltemos este conhecimento para a prática social. Isto significa trazer o que foi aprendido para o dia-a-dia do aluno; é mostrar o "porquê" o aluno aprendeu aquilo. 
Este método dialógico de (Fonseca & Pereira, 2016) leva em consideração a pergunta rotineira dos alunos: por que eu preciso saber disto? Assim na didáctica dialéctica, nosso papel é mostrar a utilidade dos conhecimentos que eles estão adquirindo, pois os tempos em que o professor simplesmente pregava a matéria para os alunos e estes somente aceitavam está proscrita. 
Conclusão 
A Didáctica como disciplina, deve desenvolver a capacidade a crítica dos professores em formação, para que possam analisar de forma clara e objectiva a realidade do ensino de modo a possibilitar que o educando construa seu próprio saber. Entender que a Educação é um processo que faz parte do conteúdo global da sociedade significa entender que a prática pedagógica é parte integrante do todo social. Vale ressaltar que as bases teóricas que influenciam a prática estão intrinsecamente ligadas à formação da identidade profissional do professor, visto que, para uma formação completa, é preciso uma visão holística da práxis pedagógica. Necessidade indiscutível é a presença do professor na sociedade e, esta presença, se faz pelo trabalho e comprometimento em tratar a educação e os valores advindos da sociedade na qual este profissional se insere. Percebe-se então, a necessidade da constância em buscar uma Didáctica que valorize os envolvidos e transforme os processos educacionais com propósito de integração. Sabendo que o fazer pedagógico do professor não se restringe a um fazer exclusivamente académico, e que é preciso analisar criticamente o projecto económico, politico e social para actuar satisfatoriamente no contexto actual, que é desafiador diante das mudanças dinâmicas que acontecem dia após dia. Reconhece-se a Didáctica como instrumento que garante a grandiosidade no atendimento educacional.
Bibliografia
Barbosa, F. A., & Freitas, F. J. (2010). A DIDÁTICA E SUA CONTRIBUIÇÃO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DO PROFESSOR. Sao Paulo.
Fonseca, J. J., & Pereira, S. (2016). Didatica Geral. Sobral.
Piletti, C. (2004). Didática Geral. Sao Paulo: Editora Atica.
 NIVAGARA, Daniel Daniel. Didáctica Geral – Aprender a Ensinar. Módulo de Ensino à distância, Universidade Pedagógica.
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