Buscar

Reprodução da Fêmea- Patologias, hormonioterapia e indução de cio

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PATOLOGIAS MAMÁRIAS 
Hiperplasia mamaria benigna 
 acomete apenas gatas jovens e apresentam mamas endurecidas, hiperemia, 
processo inflamatório, dor, incomodo, edema, podem apresentar ulceras e 
necrose (utilização de antibiótico). 
 
Geralmente gatas de primeiro cio. Acredita-se que é causada pela P4, a fêmea 
pode ter recebido anticoncepcional. Quando é causada por uma progesterona 
injetável, é necessário de 5-6 meses para ser totalmente metabolizada e 
eliminada. Acredita-se que seja um mecanismo relacionado à P4, o tratamento 
consiste em OSH, assim começará a regredir a hiperplasia. Em casos que não 
adm de P4, podemos associar aglepristone (antiprogestatina), essa droga se liga 
os receptores de P4 rapidamente e é bastante duradoura, liga-se ao receptor e 
não apresentam a ação da progesterona. Acredita-se que outros mecanismos 
relacionados com Prolactina e dopamina, então utiliza-se cabergolina, impedindo 
a liberação de prolactina. Aglepristone, IM, liquido oleoso, aplicado na face interna 
da coxa (mancha o pêlo). 
Mastite associada à secreção láctica 
Se dá em casos de pseudociese canina e quando há leite nas mamas (lactação), 
abortamento em final de gestação, natimortos ou filhotes que morreram 
precocemente. As cadelas presentam mamas hiperemicas, aumento de 
temperatura. 
 
Mastite Hiperemica gata 
Geralmente utiliza-se cefalexina e anti-inflamatório (3-5 dias), compressas 
quentes e frias revezando em 5 minutos até totalizar 20 minutos, gelol e 
massagem. Cabergolina (mais especifica age em receptor D2, sendo assim é 
mais eficaz, bromocriptina (estimula o centro do vomito) e metergolina (atua 
inibindo serotonina, menos especifica). Mastite associada a produção de leite 
também ocorre em gatas. 
 Pseudociese, castrar o animal em anestro. Quando a fêmea esta em 
pseudociese existe um desbalanço entre progesterona e prolactina, essas fêmeas 
a despeito de estar no diestro, por algum motivo há queda de progesterona e a 
prolactina continua normal causando o desbalanço. A fêmea que teve 
pseudociese uma vez, terá sempre. É uma patologia exclusiva do diestro, em 
cadelas vazias. Quando você castra uma cadela em diestro, você mimetiza uma 
pseudociese que pode ser permanente por retirada da fonte de progesterona. Se 
essa fêmea já apresentava a pseudociese, quando castrada em diestro, poderá 
ter a pseudociese permanente produzindo leite o resto da vida. 
PATOLOGIA VAGINAL 
Prolapso e hiperplasia vaginal 
O prolapso é conseqüência da hiperplasia vaginal II e III, é característico de 
animais jovens, geralmente de grande porte, a fêmea hiperplasia em decorrência 
da hiperestimulação estrogênica da parede vaginal. A cadela responde de 
maneira exacerbada ao estrógeno, a mucosa não cabe no canal vaginal e 
prolapsa, se não tratar será decorrente, pode ser auto limitante, mas recorrente. 
Essa patologia começa no Proestro, mas não necessariamente prolapsa no 
Proestro. Gatas não apresentam hiperplasia vaginal, apenas prolapso decorrente 
de traumas por exemplo. O tratamento consiste em ressecção da massa e 
castração, na hiperplasia tipo II apenas uma parte da parede se prolapsa, tipo III 
toda extensão da parede se hiperplasia e prolapsa. 
 
Prolapso vaginal cadela 
A hiperplasia decorre de E2, a cadela sofre hiper estimulação ocorrendo 
hiperplasia da parede vaginal. É uma patologia que começa no Proestro, persiste 
no estro e pode chegar até Diestro. Há prolapso apenas na hiperplasia II 
(acomete parte da parede vaginal) e III (acomete a parede vaginal como um todo). 
Tratamento: ressecção da massa + castração. 
Leiomioma 
 Neoplasia benigna. Deve ser retirada toda a massa e se necessário realiza-se 
incisão da comissura (episiotomia). 
 
Leiomioma útero mulher 
Fibromas 
 comum de cadelas mais velhas, mais de 7-8 anos. Tem aspecto firme e localiza-
se no subcutâneo, faz-se a episiotomia e o máximo de massa que conseguir 
retirar. 
 
Fibroma útero mulher 
Tumor venéreo transmissível (TVT) 
 É um tumor transmissível pela cópula, lambedura e habito de cheirar a genitália, 
transmissão por implantação de células tanto em mucosas integras quanto 
lesionadas. Geralmente se desenvolve três semanas após o implante, existe 
também o TVT cutâneo em forma de ulcera e é necessário fazer o DG diferencial 
para mastocitoma e histiocitoma. Característica do TVT, nucléolo bem evidente 
(alta capacidade mitogênica). Caracterizado citologicamente como: 
Linfocitico- células arredondadas e a relação núcleo citoplasma grande; 
Plasmocitico- ovalada e relação núcleo citoplasma pequena, grande presença de 
vacúolos citoplasmáticos. Nos dois casos os núcleos são excêntricos. TVT 
Mistos- apresentam os dois tipos celulares. O tratamento é realizado com sulfato 
de vincristina (age nas células tronco da medula óssea), é um quimioterápico de 
potencial carcinogênico e deve ser adm exclusivamente intravenosa. Sempre faça 
citologia, só é negativo para TVT se apresentar 3 citologias negativas. 
 
 
Animais apresentando TVT 
Patologia ovariana: 
Cisto folicular 
Nem todo cisto ovariano é funcional, todo cisto é produtor de hormônio e 
produzem mais de um tipo de hormônio o que muda é a predominância de cada 
hormônio. 
Afuncional: não apresenta sinal clinico em decorrência da produção hormonal. 
Funcional: produz hormônio e apresenta sinal clínico. Muitas vezes o hormônio 
produzido dependera da fase do ciclo. O mecanismo de formação é a não 
ovulação, diâmetro por meio US não serve como diagnostico em qualquer fase do 
ciclo, critério que pode usar para gatas =ou > que 0,5 cm é indicativo de cisto 
podendo ser funcional ou não. Indivíduos com alopecia bilateral simétrica, deve se 
investigar, pois uma das causas pode ser o cisto folicular. O maior problema do 
cisto é o hiperestrogeinismo, pois interfere na produção de sangue pela medula 
óssea podendo levar a quadros de pancitopenia. Um dos sinais do cisto que a 
predominância seja de E2 é o estro prolongado, ou seja, mais de 45 dias. Os 
cistos trazem prejuízos à fertilidade dessa fêmea, pois não há ovulação. Mesmo 
que esses cistos não sejam funcionais, ele pode trazer alteração à fertilidade, pois 
onde os cistos se formam há destruição do parênquima ovariano e após a sua 
dissolvição do cisto há formação de cicatriz no local. 
 
Cisto ovariano mulher 
Classificação de cisto em cadelas, durante estro e proestro qualquer estrutura 
com mais de 8 mm é considerado cisto folicular, menos que isso é folículo 
ovariano. Estruturas de qualquer tamanho em diestro e anestro > 2 mm é 
considerado cisto folicular. O estrógeno potencializa a ação da progesterona ao 
seu receptor, não são raras fêmeas com cistos foliculares e após algum tempo 
terem piometra. Geralmente os cistos são múltiplos e bilaterais. A maior parte dos 
cistos são afuncionais produtores predominantemente de P4. 
 
Cistos Paraovarianos 
Não envolvem os folículos ovarianos, envolvem a serosa que recobre o ovário 
isso se dá com a idade do animal 7-8 anos. 
 
Cistos paraovarianos útero mulher 
Tratamento de escolha: OSH. 
Métodos de tratamento: aspiração do cisto, ovariectomia unilateral, cistectomia 
simples. 
Tratamento clínico hormonal: indução da luteinização e lise do corpo lúteo. Adm 
de hcG, com função de LH tônico, ou GnRH que induzira a liberação de LH tônico 
e luteinização da parede do folículo. Ao fim da aplicação aguardar 48h e aplicar o 
cloprostenol (não adm em cardiopata, hepatopata e braquicefálicos). 1 sessão 
(hcG+cloprostenol), até 3 sessões (60%) eficácia. Induzindo a luteinização, 
teremos estruturas formadoras de P4= tomar cuidado com piometra. 
PATOLOGIA UTERINA: 
Torção uterina 
 Via de regra esta acompanhada por aumento de volume uterino, o útero com 
qualquer tipo de conteúdo é passível de torção. A torção em cadelas ocorre 
preferencialmente um corno ou parte de um dos cornos. Não é extremamente 
frequente, mas podecausar ruptura, peritonite, entre outros. Às vezes é só um 
achado cirúrgico, não acompanhado de dor. Geralmente a ruptura ocorre mais por 
fragilidade da parede. 
 
Torção uterina cadela 
Hemorragias 
 Pode ser fisiológico quando em estro e proestro; por coagulopatia em casos de 
erliquiose e Von Willebrand; hiperplasia cística endometrial onde o endométrio 
sofre hiperplasia e em conseqüência formam-se os cistos, em algumas situações 
na formação do cisto rompem-se alguns vasos sanguíneos, a HCE pode ou não 
estar relacionada com piometra, Complexo HCE/Piometra; Hemometra por 
acumulo de sangue no útero rompem-se tantos vasos que a secreção é 
predominantemente sanguinolenta, mas há presença de pus; neoplasias 
uterinas; traumatismos e subinvolução dos sítios placentários, a placenta da 
cadela é zoonaria e o sitio placentário é uma faixa, sangram muito. É normal o 
sangramento pós parto, os sítios placentários devem involuir em até 12 semanas. 
Lóquio: secreção puerperal que a fêmea libera. Patologia: quando a involução 
ultrapassa 12 semanas. Metrite puerperal aguda: até 5 dias após o parto. 
 
Hidrometra e mucometra 
 Não há contaminação bacteriana, depende da hidratação da mucina, não trás 
alterações clinicas, mas pode evoluir à endometrite por ruptura. Causa hipotrofia 
do endométrio. As causas são obstrução do canal vaginal ou cervical, fechamento 
cervical no diestro acumulando secreção, hiperestrogeinismo. 
 
Piometra: 19% das cadelas intactas são acometidas, não se sabe se há fatores 
genéticos, mas há raças predisponentes. Acomete tanto cadelas quanto gatas, é 
mais frequente em cadelas devido ao diestro não gestacional durar de 70-90 dias. 
É considerada uma síndrome, pois envolve afecções renais (acúmulo de 
complexos antígenos/anticorpos causando lesão glomerular, individuo apresenta 
poliúria e polidipsia) e hepáticas (lesão pelas toxinas bacterianas). Toda 
progesterona produzida após as ovulações terá facilidade de ligação devido ao E2 
produzido nas fases anteriores. No estro há abertura do canal cervical, ovulações 
e ai a cadela passa para o diestro onde há fechamento de canal cervical, 
hipersecreção das glândulas endometriais (pois se houver a gestação, o produto 
é nutrido pelo histiotrofo ou lactogêneo placentário que é a secreção da glândula 
endometrial, é dada pela ação da P4), alem disso há redução do tônus 
endometrial e redução da imunidade. Há desenvolvimento da piometra, pois 
entrou bactérias quando o canal estava aberto. Histórico do uso de 
anticoncepcionais: são progestágenos de longa ação e de adm em doses altas. 
 
Piometra cadela 
 
É um quadro agudo a partir do momento do inicio dos sinais clínicos, se a cadela 
não tem histórico de adm de anticoncepcional, a cadela desenvolveu piometra 
pela própria P4 produzida. Geralmente são cadelas mais velhas, passou por 
vários diestros. 
Às vezes pegamos situações em que o animal apresenta piometra e o exame 
apresenta leucopenia, pois há um seqüestro leucocitário dentro do útero devido à 
migração por quimiotaxia. O hemograma não é diagnostico, é apenas 
complementar. O diagnostico é feito por US. No exame radiográfico pode até ser 
feito o diagnostico, desde que seja uma piometra fechada e o útero muito 
aumentado. 
 
Piometra aberta apresenta a cérvix completamente aberta permitindo a drenagem 
do conteúdo uterino, dificilmente apresenta distenção da parede uterina. A 
piometra fechada apresenta acumulo de pus com aumento do diâmetro uterino, 
mas pode apresentar secreção devido a cérvix estar parcialmente aberta. A partir 
do momento que você optar pelo tratamento clinico da piometra, fará toda 
diferença o tipo de fármaco que você irá lançar para o tratamento. 
 
Piometra fechada cadela 
Em casos de piometra aberta o tratamento é a base de PGF2a, vai haver 
contração e expulsão da secreção, pode ser natural (dinoprost) ou sintética 
(cloprostenol) associado a Antibioticoterapia. Tratam-se clinicamente quando não 
se quer castrar, quando há interesse reprodutivo. Geralmente cadelas com 
piometra fechada, o prognostico é pior. O animal deve ficar internado devido às 
reações à PGF, diarréia, cólica, midríase. 
 1/3 a ¼ da dose no primeiro dia 
 ½ da dose no segundo dia 
 Dose completa 
Em casos de piometra fechada, precisa-se abrir a cervix com aglepristone causa 
também lise de CL (agonista de P4), seguido de adm de PGF e não se dispensa o 
uso de antibióticos. Pode não dar certo e precisar levar o animal para a cirurgia de 
emergência, deve-se realizar o monitoramento do animal constantemente. E 
pode-se começar com a dose cheia. O indivíduo tem 70% de chance de ter 
recidiva no próximo ciclo. Piometra de coto acontece quando deixa um fragmento 
de útero maior que o recomendado se por acaso ficar um fragmento de ovário 
(suficiente para ter crescimento folicular e desenvolvimento de CL) poderá ocorrer 
a piometra de coto. Ou pode ocorrer se durante a retirada a OSH de uma 
piometra ficar devido a tecido contaminado. 
Metrite puerperal aguda 
Acomete cadelas e gatas, mais frequente em cadelas, é uma emergência. 
Primeiro estabiliza-se o animal e depois submete à cirurgia. O quadro geralmente 
é de sepse, hipertermia ou hipotermia, anorexia, taquicardia, taquipneia, 
prostração. Ocorre até 5 dias pós-parto, pode ser por higiene inadequada, ocorre 
pela entrada de bactérias no útero pois a abertura cervical é maior. Deve-se fazer 
o diferencial com peritonite. 
Tratamento: OSH. 
 
Metrite puerperal aguda em vaca 
Anovulação 
 
Não houve ovulação no ciclo. Dosa-se a P4 sérica, se a cadela esta no estro e 
apresenta P4< que 2ng/ml não teve pico de LH e não terá ovulação. Quando a 
cito apresentar mais que 70% de células superficiais, dosa-se P4. Não há 
recomendação de tratamento. Há progressão da cito, pois as células dependem 
de E2 não P4. Há três mecanismos de falha da ovulação: 1- produção insuficiente 
de estrógeno (insuficiente para desencadear o pico de LH); 2- produção 
insuficiente de GnRH hipotalâmico para o pico de LH; 3- falha ovariana em 
responder ao pico de LH. 
As tratáveis não apenas nos dois primeiros casos, mas não é recomendado o 
tratamento, pois a chance de induzir a luteinização é muito grande. O hcG induz a 
formação de cisto, piometra e estro permanente. Pode retornar ao proestro em 
intervalo normal (anestro mais longo) ou mais cedo (dentro de 1-2 meses), pois 
pula o diestro. Existe a chance da cadela incistar sem o tratamento. Para 
diferenciar os mecanismos, pode ser diagnostico terapêutico ou relação de P4. 
 
 
Split Heat ou cio intrecortado 
 Primeira parte um proestro curto ou um proestro associado a um estro curto e 
após um período de 4-8 semanas (apresentando células intermediarias 
pequenas) a cadela retornará ao ciclo, as ovulações só irão ocorrer após esse 
intervalo. Como saber se isso esta acontecendo? Depende do manejo 
reprodutivo. Citologia vaginal: o protocolo de IA se inicia quando há 80% de 
células superficiais e as outras IA a cada 48h. Às vezes o estro curto dura alguns 
dias e você começa as inseminações, mas não há ovulação as IA foram feitas em 
vão, se tivesse dosado P4 estaria <2ng/ml. Essa cadela pode entrar em um ciclo 
anovulatório ou apresentar as ovulações após o intervalo. 
 
Insuficiência luteal 
A cadela não consegue manter a gestação, tem literatura que afirma que cadelas 
com IL teriam [] <2ng/ml no diestro; <10-15ng/ml por volta do 20° dia de gestação 
e outras que dizem <5ng/ml após a 4-5 semana de gestação. Sabe-se que a 
maior parte das cadelas não conseguem manter a gestação com níveis menores 
que 10ng/ml. O proprietário relata abortamento ou histórico de reabsorção 
embrionária. O mais comum é a presença de secreção vaginal, líquidos 
transparentes, não espessas e fétidas. A cadela não tem P4 suficiente para 
manter a gestação, o nível de P4 cai e aumenta a contração miometrial, aumenta 
apressão cervical, estresse fetal aumenta a produção de cortisol e por 
conseqüência PGF2a. As causas estão relacionadas ao estresse fetal, são 
infecciosas (Brucella canis, herpesvirus, parvovirus) ou não (má formações). O 
tratamento deveria ser instituído anteriormente a gestação para ter uma maior 
efetividade, mas o tratamento com P4 em cadelas vazias pode levar a um quadro 
de piometra, já em cadelas prenhes a P4 leva a masculinização de fetos fêmea 
por volta do dia 17-18 e é observado no fim da gestação 34-46d. Após a gestação 
o tratamento é menos efetivo. 
Cuidados que devemos ter: trabalhar com P4 natural ou sintético, cuidado com 
a adm de sintética antes do 35D pois é teratogênica e leva à má formação.Um 
dos maiores problemas que temos é que o excesso de P4 faz com que haja 
queda de prolactina, induzindo a hipo ou agalaxia. Os filhotes devem ser 
suplementados com sucedâneos, a cada uma hora e por meio de sonda. 
 
Pela mãe podemos adm fármacos lactogênicos, que favorecem a produção 
láctica da cadela (antagonistas de dopamina). Os antagonistas de dopamina que 
encontramos são: metoclopramida (plasil) e domperidona (maior taxa de sucesso 
e menores efeitos colaterais), são anti-eméticos e controlam o vomito por ação 
antagonista sobre receptores de dopamina no centro do vomito. 
Não devemos cessar o tratamento só porque a fêmea começou a produzir leite, o 
tratamento deve ser continuado por três dias após o aparecimento do leite. A 
produção láctica depende de prolactina, só que a maior parte das vezes 
precisamos auxiliar os filhotes, associando ocitocina no protocolo 0,5-2 Unidades 
por animal via subcutânea a cada duas horas para auxiliar a ejeção do leite, após 
a adm tira os filhotes por 10 min. Uma terceira opção de agonista de dopamina 
são os fenotiazínicos (clorpromazina), mas precisamos tomar cuidado com 
hipotensão. A monitoração da cadela deve ser continua por US até o final da 
gestação. Importante a avaliação da viabilidade fetal, assim conseguimos 
mensurar o sofrimento fetal. 
Primeira opção: Aplicação de P4 oleosa, subcutânea a partir do dia 46 a cada 
dois dias e cesariana dia 61-65. 
Segunda opção: Até 35° dia, uso de P4 natural até o dia 61 de gestação, ai 
suspende para o desencadeamento do parto ou faz cesariana no dia 66. 
 
Hormonioterapia 
Indução de abortamento 
Abortamento (produto), aborto (ato). Gestação na cadela é mantida o tempo todo 
pela P4 proveniente dos corpos lúteos, se eu reduzo a P4 seria um meio de 
abortamento, 24-25 o corpo lúteo é mantido pelo LH primariamente e após 25-30 
dias o corpo lúteo é mantido por Prolactina primariamente. Sendo assim podemos 
lançar mão de antagonistas de prolactina, outra forma seria a utilização de um 
luteolítico, causando lise de CL e acabando com a fonte de P4. 
 
 
Compostos estrogênicos 
Podem ser utilizados apenas no inicio da gestação, compostos baratos, 
apresentam uma serie de efeitos colaterais. Podem ser utilizados até o 5° dia 
após a cobertura, a vantagem desses compostos é que são baratos, mas é feito o 
tratamento sem saber se o animal iria emprenhar ou não. Os compostos 
estrogênicos se baseiam em alguns mecanismos: evita que ocorra a implantação 
do embrião no útero, o E2 altera o transporte do ovulo ou zigoto na tuba uterina, 
pois ele reduz a velocidade dos batimentos ciliares das células da tuba uterina, 
dessa forma essa estrutura permanece na tuba e se degenera, não existe 
gestação tubárica na cadela; Promove o fechamento da junção útero tubárica de 
forma precoce, essa junção se fecha naturalmente pós fecundação, mas quando 
é adm esses compostos a junção útero tubárica se fecha mais cedo; Efeito 
embriotóxico; Alteração da bioquímica uterina, o útero necessita de um preparo 
bioquímico para uma futura gestação, E2 altera a osmolaridade, pH e composição 
das secreções uterinas. Deve realizar o monitoramento por US. 
Compostos: Valerato, Cipionato de estradiol, Benzoato. Efeitos adversos: 
predisposição a cisto, hiperplasia e prolapso vaginal, relaxamento cervical, 
aumenta a chance de HCE/Piometra, aplasia de medula óssea (tóxico) levando a 
um quadro de pancitopenia-hemorragias-imunossupressão-morte. Abortando com 
composto estrogênico, a cadela continuará em diestro que pode ser mais curto. 
 
PGF2a 
É um tratamento que requer internação, causa uma série de efeitos colaterais. 
Age como agente luteolítico, no inicio da gestação? Não, pois os corpos 
lúteos no inicio da gestação são refratários à PGF2a. Quando lisamos o CL, há 
redução nos níveis de P4 e consequentemente dilatação cervical, contração 
miometrial e expulsão fetal. 
 Precisamos determinar o primeiro dia de diestro da cadela, por citologia ou 
recusa da monta. É um tratamento ambulatorial, por causa dos efeitos colaterais 
(náuseas, midriase, êmese, diarréia, hipersalivação e vocalização). No inicio os 
sinais são muito claros, depois vão se tornando menos intensos, pois a cadela vai 
se tornando refratária ao tratamento. Podemos lançar mão de PGF sintética 
(cloprostenol) ou natural (dinoprost). Fazemos cito vaginal p/ determinação do D0 
do diestro, sendo assim após 8-10 isso corresponde à 14-16 dias após a 
ovulação, adm PGF (natural). Com essa idade pode haver reabsorção fetal, 
secreção e expulsão fetal. 
 
Antiprogestativo 
Aglepristone, usado até o 45° dia de gestação depois disso não há 
recomendação, pois a cadela leva vários dias para abortar. Dose em cadelas 
10mg/kg e 15 em gatas realizam-se duas aplicações na face interna da coxa com 
intervalo de 24 horas. Considerar gestações avançadas, devido ao tempo que 
leva para abortar. Podemos associar o aglepristone (também apresenta ação 
luteolítica) ao agonista de dopamina, pois assim teremos redução dos níveis de 
P4 e prolactina. O intervalo entre a adm e o abortamento é reduzido quando há 
associação de fármacos e quando iniciado mais precocemente. A anorexia é 
bastante comum, há perda de peso, liberação de secreção vaginal, polidipsia, 
reação dermatológica, febre e distenção uterina. Checagem 1-2 vezes por 
semana e após abortamento checagem 1 vez por semana. 
 
 
Agonistas de dopamina 
 apenas utilizados da metade da gestação pra frente, pois são antagonistas de 
prolactina. Os agonistas de dopamina fazem parte dos alcalóides de Ergot, além 
da ação dopaminérgica agem como antagonistas de serotonina (animais ficam 
apáticos) são também antagonistas de prolactina. 
Bromomectina: menos específica e maior quantidade de efeitos colaterais, meia 
vida mais curta (a cada 12h) um dos efeitos característicos é a êmese. 
Cabergolina: a cada 24 horas, a fixação inibitória é maior, mais específica, ligação 
hipotalâmica. 
Metergolina: menos específica, forte antagonista serotoninérgico. Podemos 
utilizar em casos de pseudociese, OSH depois do diestro, indução do ciclo estral 
(redução dos níveis de prolactina que já estavam baixos, simulando o efeito 
biológico). 
1- Supressão da secreção láctica: pode ser um quadro autolimitante, remoção 
da água (função renal), mudança de comportamento e necessidade de acalmá-
las...evitamos os fenotiazínicos (clorpromazina) que são antagonistas de 
dopamina, consequentemente são agonistas de prolactina atuam aumentando a 
secreção láctica. Tratar os casos mais leves: mastite. 
2- Anticoncepcionais: Contracepção efetiva 95% das fêmeas. O controle deve 
ser feito encima de fêmeas. 
3- Imunocontracepção: são vacinas, adm de antígenos. Embora existam vacinas 
efetivas em termos de contracepção, não há interesse econômico. Geralmente 
vem associada à vacina antirábica; Vacina anti GnRH, associada a AR, 100% de 
contracepção o inconveniente é que a variação é muito grande 5 meses à 5 anos. 
Não foi possível estabelecer a titulação para determinar a 
contracepção/infertilidade; Vacina contra a zona pelúcida: destinada só para 
fêmeas, resposta insatisfatória em gatas, é única e exclusivamente para cadelas.Progestágenos 
causam grandes efeitos colaterais. Quando adm no anestro ou interestro previne 
o retorno a atividade cíclica (não entrará no cio), se adm no proestro não permite 
o retorno à atividade cíclica, vai ter cio e inibição da ovulação. Não é todo 
progestágeno que pode ser adm em proestro, pois não inibem a ovulação. Altos 
níveis de P4 inibem a secreção de GnRH, sem GnRH não tem LH e FSH 
consequentemente reduz a pulsatilidade de LH, mantém o comportamento de 
anestro mas apresenta-se no diestro hormonalmente (tumor de mama, secreção 
láctica, piometra). Não há crescimento folicular e ovulação. 
 Mecanismos: 1-feedback negativo sobre GnRH, 2-modifica a motilidade do 
trato reprodutivo ((tuba uterina) (reduz motilidade do miométrio e altera o 
transporte do oocito e capacidade de fertilização)); 3-dificulta a implantação 
(mecanismo abortivo); inibe a imunidade uterina; aumento de secreção; efeito 
antagonista à insulina; efeito teratogênico (má formação fetal, adm em momento 
errado a cadela já estava prenhe) os níveis de P4 ficam extremamente altos, além 
disso há masculinização de feto fêmea, fenda palatina e lábio leporino, 
principalmente não desencadeamento do mecanismo do parto (redução dos 
níveis de P4). 
Altas doses: depressão do sistema nervoso central e aumento de apetite. Efeitos 
colaterais específicos: piometra, neoplasias mamarias, masculinização e 
impedimento de expulsão do feto. Gerais: diabetes, aumento de apetite e peso, 
acromegalia, contra indicado em fêmeas pré púberes, retardam o crescimento 
ósseo. Já em gatas há supressão da atividade da adrenal, atrofia da adrenal, 
hepatotoxicidade, poliúria e polidipsia. Causa feedback negativo sobre o GnRH 
tônico, reduzindo os níveis de LH e FSH, muda-se a motilidade do útero 
dificultando a implantação embrionária. Proligestone (3° geração): menos efeitos 
colaterais, acetato de megestrol e medroxiprogesterona (1° geração): mais 
baratos, porem mais efeitos colaterais. Proligestone e acetato de megestrol tem 
indicação de utilização no anestro ou até 3 dia do proestro, se administrados no 
anestro impedem que ocorra a entrada na fase cíclica, se adm até 3 dia de 
proestro inibe ovulação (recomenda-se a separação da cadela), já o acetato 
medroxiprogesterona, é indicado única e exclusivamente no anestro só tem a 
capacidade de evitar que a fêmea entre em proestro. Quando os compostos são 
adm no anestro, comportamentalmente aparentam estar em anestro ou diestro, 
mas hormonalmente estarão em fase luteal. No caso do proestro inibe FSH e LH 
pré ovulatório. O problema é que esses compostos inibem por tempo superior ao 
tratamento, o animal é tratado no proestro, por exemplo, e essa fêmea passa 5-6 
meses em efeito da progesterona. 
Agonista de GnRH 
Fazem a ação do GnRH se ligam aos receptores na superfície das células 
gonadotróficas na hipófise, naturalmente se ligam e liberam LH, induzem o cio e 
como persiste no organismo (é um implante subcutâneo), os receptores então 
ficam ocupados o tempo todo, dando ordem as células gonadotróficas até que a 
parte bioquímica da célula entre em colapso, mecanismo anticoncepcional. Esse 
evento é chamado de Down regulation ou subregulação de receptores de GnRH. 
Agonista de GnRH: deslorelina. Esse efeito dura quase 2 anos (18-24 meses), 
continua liberando LH mas não é suficiente, esses receptores são desocupados e 
se recuperam quando o efeito passa. Apresenta alto custo, adm repetida pode 
causar ausência de cio, indução de um cio, fortes variações individuais na 
duração da contracepção. 
 
Indução de ciclos estrais 
 
 
 Quando induzir o cio? Histórico reprodutivo de P4 < 1,5ng/ml (anestro) inicio, 
meio ou final. Bromocriptina e Cabergolina (agonista de dopamina), queda de 
prolactina. Também podemos induzir o cio com agonista de GnRH; Efeitos 
adversos: hiper-estimulação ovariana, resultando anovulação, hiperestrogenismo, 
luteólise prematura, formação de anticorpos em gatas; 
 
 
Incontinência urinaria responsiva ao estrógeno 
Pode ser logo após a OSH, o esfíncter uretral esta incompetente, não apresenta 
capacidade de se manter fechado, isso acontece porque há remoção dos ovários 
e fonte estrogênica, a competência do esfíncter uretral se dá pelas substâncias 
alfa-adrenérgicas, os receptores alfa adrenérgicos estão no esfíncter uretral 
permitindo a sua contração e manutenção fechada, quem favorece a ligação das 
substancias alfa-adrenérgicas aos receptores é o estrógeno, mantendo o esfíncter 
fechado, algumas cadelas reduzem essa capacidade após a OSH. O tratamento é 
a base de compostos estrogênicos, as vezes meses após o tratamento o animal 
não apresenta nada, mas é variável. Temos benzoato de estradiol, 
fenilpropanolamina, efedrina, pseudoefedrina, imipramina (antidepressivo, mas 
tem como efeito a ação alfa-adrenérgica), acunpultura tem boa resposta. Animal 
deixa de comer, fica inquieto, feridas na pele. Pode ser imediata ou até 10 anos 
depois, devemos eliminar as outras causas como infecções do trato urinário, 
aderências, neoplasias. 
 
Indução de parto 
O parto pode ser induzido em casos de gestação de risco, utilizamos o 
aglepristone de forma isolada, o aglepristone ocupa os receptores de P4. Os 
níveis de P4 não são reduzidos, a P4 apenas perde capacidade de agir pois não 
se liga ao receptor. É necessário saber quando ocorreram as ovulações, pois no 
dia 58, adm durante a manha para que o parto não ocorra a noite. O protocolo 
também pode ser associado à ocitocina, Dia 59-61 após as ovulações, o parto 
ocorre 26 horas após a adm de aglepristone e a ocitocina é feita a cada duas 
horas até o parto. Ação luteolitica por ação do aglepristone, com a ocitocina o a 
chance de lutolise incompleta se reduz. Ocitocina  PGF2a. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cesariana programada 
situações antes da queda de progesterona, situações previstas de distocia (60-
70%), se a causa for materna por atonia uterina, fazemos a indução do trabalho 
de parto; síndrome do filhote único: pouco cortisol; 59-60 dias após as ovulações: 
uma injeção de 15mg/kg de aglepristone e cesariana após 24 horas após a adm. 
 
Eclampsia 
Associação de glicose 50% + gluconato de cálcio, redução da produção dos 
níveis de cálcio durante a gestação (dietas pobre e animais suplementados: retira 
a suplementação próximo ao parto, a paratireóide esta lenta e não joga cálcio no 
sangue, a morte ocorre por parada cardíaca)

Continue navegando