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PATOLOGIAS MAMÁRIAS Hiperplasia mamaria benigna acomete apenas gatas jovens e apresentam mamas endurecidas, hiperemia, processo inflamatório, dor, incomodo, edema, podem apresentar ulceras e necrose (utilização de antibiótico). Geralmente gatas de primeiro cio. Acredita-se que é causada pela P4, a fêmea pode ter recebido anticoncepcional. Quando é causada por uma progesterona injetável, é necessário de 5-6 meses para ser totalmente metabolizada e eliminada. Acredita-se que seja um mecanismo relacionado à P4, o tratamento consiste em OSH, assim começará a regredir a hiperplasia. Em casos que não adm de P4, podemos associar aglepristone (antiprogestatina), essa droga se liga os receptores de P4 rapidamente e é bastante duradoura, liga-se ao receptor e não apresentam a ação da progesterona. Acredita-se que outros mecanismos relacionados com Prolactina e dopamina, então utiliza-se cabergolina, impedindo a liberação de prolactina. Aglepristone, IM, liquido oleoso, aplicado na face interna da coxa (mancha o pêlo). Mastite associada à secreção láctica Se dá em casos de pseudociese canina e quando há leite nas mamas (lactação), abortamento em final de gestação, natimortos ou filhotes que morreram precocemente. As cadelas presentam mamas hiperemicas, aumento de temperatura. Mastite Hiperemica gata Geralmente utiliza-se cefalexina e anti-inflamatório (3-5 dias), compressas quentes e frias revezando em 5 minutos até totalizar 20 minutos, gelol e massagem. Cabergolina (mais especifica age em receptor D2, sendo assim é mais eficaz, bromocriptina (estimula o centro do vomito) e metergolina (atua inibindo serotonina, menos especifica). Mastite associada a produção de leite também ocorre em gatas. Pseudociese, castrar o animal em anestro. Quando a fêmea esta em pseudociese existe um desbalanço entre progesterona e prolactina, essas fêmeas a despeito de estar no diestro, por algum motivo há queda de progesterona e a prolactina continua normal causando o desbalanço. A fêmea que teve pseudociese uma vez, terá sempre. É uma patologia exclusiva do diestro, em cadelas vazias. Quando você castra uma cadela em diestro, você mimetiza uma pseudociese que pode ser permanente por retirada da fonte de progesterona. Se essa fêmea já apresentava a pseudociese, quando castrada em diestro, poderá ter a pseudociese permanente produzindo leite o resto da vida. PATOLOGIA VAGINAL Prolapso e hiperplasia vaginal O prolapso é conseqüência da hiperplasia vaginal II e III, é característico de animais jovens, geralmente de grande porte, a fêmea hiperplasia em decorrência da hiperestimulação estrogênica da parede vaginal. A cadela responde de maneira exacerbada ao estrógeno, a mucosa não cabe no canal vaginal e prolapsa, se não tratar será decorrente, pode ser auto limitante, mas recorrente. Essa patologia começa no Proestro, mas não necessariamente prolapsa no Proestro. Gatas não apresentam hiperplasia vaginal, apenas prolapso decorrente de traumas por exemplo. O tratamento consiste em ressecção da massa e castração, na hiperplasia tipo II apenas uma parte da parede se prolapsa, tipo III toda extensão da parede se hiperplasia e prolapsa. Prolapso vaginal cadela A hiperplasia decorre de E2, a cadela sofre hiper estimulação ocorrendo hiperplasia da parede vaginal. É uma patologia que começa no Proestro, persiste no estro e pode chegar até Diestro. Há prolapso apenas na hiperplasia II (acomete parte da parede vaginal) e III (acomete a parede vaginal como um todo). Tratamento: ressecção da massa + castração. Leiomioma Neoplasia benigna. Deve ser retirada toda a massa e se necessário realiza-se incisão da comissura (episiotomia). Leiomioma útero mulher Fibromas comum de cadelas mais velhas, mais de 7-8 anos. Tem aspecto firme e localiza- se no subcutâneo, faz-se a episiotomia e o máximo de massa que conseguir retirar. Fibroma útero mulher Tumor venéreo transmissível (TVT) É um tumor transmissível pela cópula, lambedura e habito de cheirar a genitália, transmissão por implantação de células tanto em mucosas integras quanto lesionadas. Geralmente se desenvolve três semanas após o implante, existe também o TVT cutâneo em forma de ulcera e é necessário fazer o DG diferencial para mastocitoma e histiocitoma. Característica do TVT, nucléolo bem evidente (alta capacidade mitogênica). Caracterizado citologicamente como: Linfocitico- células arredondadas e a relação núcleo citoplasma grande; Plasmocitico- ovalada e relação núcleo citoplasma pequena, grande presença de vacúolos citoplasmáticos. Nos dois casos os núcleos são excêntricos. TVT Mistos- apresentam os dois tipos celulares. O tratamento é realizado com sulfato de vincristina (age nas células tronco da medula óssea), é um quimioterápico de potencial carcinogênico e deve ser adm exclusivamente intravenosa. Sempre faça citologia, só é negativo para TVT se apresentar 3 citologias negativas. Animais apresentando TVT Patologia ovariana: Cisto folicular Nem todo cisto ovariano é funcional, todo cisto é produtor de hormônio e produzem mais de um tipo de hormônio o que muda é a predominância de cada hormônio. Afuncional: não apresenta sinal clinico em decorrência da produção hormonal. Funcional: produz hormônio e apresenta sinal clínico. Muitas vezes o hormônio produzido dependera da fase do ciclo. O mecanismo de formação é a não ovulação, diâmetro por meio US não serve como diagnostico em qualquer fase do ciclo, critério que pode usar para gatas =ou > que 0,5 cm é indicativo de cisto podendo ser funcional ou não. Indivíduos com alopecia bilateral simétrica, deve se investigar, pois uma das causas pode ser o cisto folicular. O maior problema do cisto é o hiperestrogeinismo, pois interfere na produção de sangue pela medula óssea podendo levar a quadros de pancitopenia. Um dos sinais do cisto que a predominância seja de E2 é o estro prolongado, ou seja, mais de 45 dias. Os cistos trazem prejuízos à fertilidade dessa fêmea, pois não há ovulação. Mesmo que esses cistos não sejam funcionais, ele pode trazer alteração à fertilidade, pois onde os cistos se formam há destruição do parênquima ovariano e após a sua dissolvição do cisto há formação de cicatriz no local. Cisto ovariano mulher Classificação de cisto em cadelas, durante estro e proestro qualquer estrutura com mais de 8 mm é considerado cisto folicular, menos que isso é folículo ovariano. Estruturas de qualquer tamanho em diestro e anestro > 2 mm é considerado cisto folicular. O estrógeno potencializa a ação da progesterona ao seu receptor, não são raras fêmeas com cistos foliculares e após algum tempo terem piometra. Geralmente os cistos são múltiplos e bilaterais. A maior parte dos cistos são afuncionais produtores predominantemente de P4. Cistos Paraovarianos Não envolvem os folículos ovarianos, envolvem a serosa que recobre o ovário isso se dá com a idade do animal 7-8 anos. Cistos paraovarianos útero mulher Tratamento de escolha: OSH. Métodos de tratamento: aspiração do cisto, ovariectomia unilateral, cistectomia simples. Tratamento clínico hormonal: indução da luteinização e lise do corpo lúteo. Adm de hcG, com função de LH tônico, ou GnRH que induzira a liberação de LH tônico e luteinização da parede do folículo. Ao fim da aplicação aguardar 48h e aplicar o cloprostenol (não adm em cardiopata, hepatopata e braquicefálicos). 1 sessão (hcG+cloprostenol), até 3 sessões (60%) eficácia. Induzindo a luteinização, teremos estruturas formadoras de P4= tomar cuidado com piometra. PATOLOGIA UTERINA: Torção uterina Via de regra esta acompanhada por aumento de volume uterino, o útero com qualquer tipo de conteúdo é passível de torção. A torção em cadelas ocorre preferencialmente um corno ou parte de um dos cornos. Não é extremamente frequente, mas podecausar ruptura, peritonite, entre outros. Às vezes é só um achado cirúrgico, não acompanhado de dor. Geralmente a ruptura ocorre mais por fragilidade da parede. Torção uterina cadela Hemorragias Pode ser fisiológico quando em estro e proestro; por coagulopatia em casos de erliquiose e Von Willebrand; hiperplasia cística endometrial onde o endométrio sofre hiperplasia e em conseqüência formam-se os cistos, em algumas situações na formação do cisto rompem-se alguns vasos sanguíneos, a HCE pode ou não estar relacionada com piometra, Complexo HCE/Piometra; Hemometra por acumulo de sangue no útero rompem-se tantos vasos que a secreção é predominantemente sanguinolenta, mas há presença de pus; neoplasias uterinas; traumatismos e subinvolução dos sítios placentários, a placenta da cadela é zoonaria e o sitio placentário é uma faixa, sangram muito. É normal o sangramento pós parto, os sítios placentários devem involuir em até 12 semanas. Lóquio: secreção puerperal que a fêmea libera. Patologia: quando a involução ultrapassa 12 semanas. Metrite puerperal aguda: até 5 dias após o parto. Hidrometra e mucometra Não há contaminação bacteriana, depende da hidratação da mucina, não trás alterações clinicas, mas pode evoluir à endometrite por ruptura. Causa hipotrofia do endométrio. As causas são obstrução do canal vaginal ou cervical, fechamento cervical no diestro acumulando secreção, hiperestrogeinismo. Piometra: 19% das cadelas intactas são acometidas, não se sabe se há fatores genéticos, mas há raças predisponentes. Acomete tanto cadelas quanto gatas, é mais frequente em cadelas devido ao diestro não gestacional durar de 70-90 dias. É considerada uma síndrome, pois envolve afecções renais (acúmulo de complexos antígenos/anticorpos causando lesão glomerular, individuo apresenta poliúria e polidipsia) e hepáticas (lesão pelas toxinas bacterianas). Toda progesterona produzida após as ovulações terá facilidade de ligação devido ao E2 produzido nas fases anteriores. No estro há abertura do canal cervical, ovulações e ai a cadela passa para o diestro onde há fechamento de canal cervical, hipersecreção das glândulas endometriais (pois se houver a gestação, o produto é nutrido pelo histiotrofo ou lactogêneo placentário que é a secreção da glândula endometrial, é dada pela ação da P4), alem disso há redução do tônus endometrial e redução da imunidade. Há desenvolvimento da piometra, pois entrou bactérias quando o canal estava aberto. Histórico do uso de anticoncepcionais: são progestágenos de longa ação e de adm em doses altas. Piometra cadela É um quadro agudo a partir do momento do inicio dos sinais clínicos, se a cadela não tem histórico de adm de anticoncepcional, a cadela desenvolveu piometra pela própria P4 produzida. Geralmente são cadelas mais velhas, passou por vários diestros. Às vezes pegamos situações em que o animal apresenta piometra e o exame apresenta leucopenia, pois há um seqüestro leucocitário dentro do útero devido à migração por quimiotaxia. O hemograma não é diagnostico, é apenas complementar. O diagnostico é feito por US. No exame radiográfico pode até ser feito o diagnostico, desde que seja uma piometra fechada e o útero muito aumentado. Piometra aberta apresenta a cérvix completamente aberta permitindo a drenagem do conteúdo uterino, dificilmente apresenta distenção da parede uterina. A piometra fechada apresenta acumulo de pus com aumento do diâmetro uterino, mas pode apresentar secreção devido a cérvix estar parcialmente aberta. A partir do momento que você optar pelo tratamento clinico da piometra, fará toda diferença o tipo de fármaco que você irá lançar para o tratamento. Piometra fechada cadela Em casos de piometra aberta o tratamento é a base de PGF2a, vai haver contração e expulsão da secreção, pode ser natural (dinoprost) ou sintética (cloprostenol) associado a Antibioticoterapia. Tratam-se clinicamente quando não se quer castrar, quando há interesse reprodutivo. Geralmente cadelas com piometra fechada, o prognostico é pior. O animal deve ficar internado devido às reações à PGF, diarréia, cólica, midríase. 1/3 a ¼ da dose no primeiro dia ½ da dose no segundo dia Dose completa Em casos de piometra fechada, precisa-se abrir a cervix com aglepristone causa também lise de CL (agonista de P4), seguido de adm de PGF e não se dispensa o uso de antibióticos. Pode não dar certo e precisar levar o animal para a cirurgia de emergência, deve-se realizar o monitoramento do animal constantemente. E pode-se começar com a dose cheia. O indivíduo tem 70% de chance de ter recidiva no próximo ciclo. Piometra de coto acontece quando deixa um fragmento de útero maior que o recomendado se por acaso ficar um fragmento de ovário (suficiente para ter crescimento folicular e desenvolvimento de CL) poderá ocorrer a piometra de coto. Ou pode ocorrer se durante a retirada a OSH de uma piometra ficar devido a tecido contaminado. Metrite puerperal aguda Acomete cadelas e gatas, mais frequente em cadelas, é uma emergência. Primeiro estabiliza-se o animal e depois submete à cirurgia. O quadro geralmente é de sepse, hipertermia ou hipotermia, anorexia, taquicardia, taquipneia, prostração. Ocorre até 5 dias pós-parto, pode ser por higiene inadequada, ocorre pela entrada de bactérias no útero pois a abertura cervical é maior. Deve-se fazer o diferencial com peritonite. Tratamento: OSH. Metrite puerperal aguda em vaca Anovulação Não houve ovulação no ciclo. Dosa-se a P4 sérica, se a cadela esta no estro e apresenta P4< que 2ng/ml não teve pico de LH e não terá ovulação. Quando a cito apresentar mais que 70% de células superficiais, dosa-se P4. Não há recomendação de tratamento. Há progressão da cito, pois as células dependem de E2 não P4. Há três mecanismos de falha da ovulação: 1- produção insuficiente de estrógeno (insuficiente para desencadear o pico de LH); 2- produção insuficiente de GnRH hipotalâmico para o pico de LH; 3- falha ovariana em responder ao pico de LH. As tratáveis não apenas nos dois primeiros casos, mas não é recomendado o tratamento, pois a chance de induzir a luteinização é muito grande. O hcG induz a formação de cisto, piometra e estro permanente. Pode retornar ao proestro em intervalo normal (anestro mais longo) ou mais cedo (dentro de 1-2 meses), pois pula o diestro. Existe a chance da cadela incistar sem o tratamento. Para diferenciar os mecanismos, pode ser diagnostico terapêutico ou relação de P4. Split Heat ou cio intrecortado Primeira parte um proestro curto ou um proestro associado a um estro curto e após um período de 4-8 semanas (apresentando células intermediarias pequenas) a cadela retornará ao ciclo, as ovulações só irão ocorrer após esse intervalo. Como saber se isso esta acontecendo? Depende do manejo reprodutivo. Citologia vaginal: o protocolo de IA se inicia quando há 80% de células superficiais e as outras IA a cada 48h. Às vezes o estro curto dura alguns dias e você começa as inseminações, mas não há ovulação as IA foram feitas em vão, se tivesse dosado P4 estaria <2ng/ml. Essa cadela pode entrar em um ciclo anovulatório ou apresentar as ovulações após o intervalo. Insuficiência luteal A cadela não consegue manter a gestação, tem literatura que afirma que cadelas com IL teriam [] <2ng/ml no diestro; <10-15ng/ml por volta do 20° dia de gestação e outras que dizem <5ng/ml após a 4-5 semana de gestação. Sabe-se que a maior parte das cadelas não conseguem manter a gestação com níveis menores que 10ng/ml. O proprietário relata abortamento ou histórico de reabsorção embrionária. O mais comum é a presença de secreção vaginal, líquidos transparentes, não espessas e fétidas. A cadela não tem P4 suficiente para manter a gestação, o nível de P4 cai e aumenta a contração miometrial, aumenta apressão cervical, estresse fetal aumenta a produção de cortisol e por conseqüência PGF2a. As causas estão relacionadas ao estresse fetal, são infecciosas (Brucella canis, herpesvirus, parvovirus) ou não (má formações). O tratamento deveria ser instituído anteriormente a gestação para ter uma maior efetividade, mas o tratamento com P4 em cadelas vazias pode levar a um quadro de piometra, já em cadelas prenhes a P4 leva a masculinização de fetos fêmea por volta do dia 17-18 e é observado no fim da gestação 34-46d. Após a gestação o tratamento é menos efetivo. Cuidados que devemos ter: trabalhar com P4 natural ou sintético, cuidado com a adm de sintética antes do 35D pois é teratogênica e leva à má formação.Um dos maiores problemas que temos é que o excesso de P4 faz com que haja queda de prolactina, induzindo a hipo ou agalaxia. Os filhotes devem ser suplementados com sucedâneos, a cada uma hora e por meio de sonda. Pela mãe podemos adm fármacos lactogênicos, que favorecem a produção láctica da cadela (antagonistas de dopamina). Os antagonistas de dopamina que encontramos são: metoclopramida (plasil) e domperidona (maior taxa de sucesso e menores efeitos colaterais), são anti-eméticos e controlam o vomito por ação antagonista sobre receptores de dopamina no centro do vomito. Não devemos cessar o tratamento só porque a fêmea começou a produzir leite, o tratamento deve ser continuado por três dias após o aparecimento do leite. A produção láctica depende de prolactina, só que a maior parte das vezes precisamos auxiliar os filhotes, associando ocitocina no protocolo 0,5-2 Unidades por animal via subcutânea a cada duas horas para auxiliar a ejeção do leite, após a adm tira os filhotes por 10 min. Uma terceira opção de agonista de dopamina são os fenotiazínicos (clorpromazina), mas precisamos tomar cuidado com hipotensão. A monitoração da cadela deve ser continua por US até o final da gestação. Importante a avaliação da viabilidade fetal, assim conseguimos mensurar o sofrimento fetal. Primeira opção: Aplicação de P4 oleosa, subcutânea a partir do dia 46 a cada dois dias e cesariana dia 61-65. Segunda opção: Até 35° dia, uso de P4 natural até o dia 61 de gestação, ai suspende para o desencadeamento do parto ou faz cesariana no dia 66. Hormonioterapia Indução de abortamento Abortamento (produto), aborto (ato). Gestação na cadela é mantida o tempo todo pela P4 proveniente dos corpos lúteos, se eu reduzo a P4 seria um meio de abortamento, 24-25 o corpo lúteo é mantido pelo LH primariamente e após 25-30 dias o corpo lúteo é mantido por Prolactina primariamente. Sendo assim podemos lançar mão de antagonistas de prolactina, outra forma seria a utilização de um luteolítico, causando lise de CL e acabando com a fonte de P4. Compostos estrogênicos Podem ser utilizados apenas no inicio da gestação, compostos baratos, apresentam uma serie de efeitos colaterais. Podem ser utilizados até o 5° dia após a cobertura, a vantagem desses compostos é que são baratos, mas é feito o tratamento sem saber se o animal iria emprenhar ou não. Os compostos estrogênicos se baseiam em alguns mecanismos: evita que ocorra a implantação do embrião no útero, o E2 altera o transporte do ovulo ou zigoto na tuba uterina, pois ele reduz a velocidade dos batimentos ciliares das células da tuba uterina, dessa forma essa estrutura permanece na tuba e se degenera, não existe gestação tubárica na cadela; Promove o fechamento da junção útero tubárica de forma precoce, essa junção se fecha naturalmente pós fecundação, mas quando é adm esses compostos a junção útero tubárica se fecha mais cedo; Efeito embriotóxico; Alteração da bioquímica uterina, o útero necessita de um preparo bioquímico para uma futura gestação, E2 altera a osmolaridade, pH e composição das secreções uterinas. Deve realizar o monitoramento por US. Compostos: Valerato, Cipionato de estradiol, Benzoato. Efeitos adversos: predisposição a cisto, hiperplasia e prolapso vaginal, relaxamento cervical, aumenta a chance de HCE/Piometra, aplasia de medula óssea (tóxico) levando a um quadro de pancitopenia-hemorragias-imunossupressão-morte. Abortando com composto estrogênico, a cadela continuará em diestro que pode ser mais curto. PGF2a É um tratamento que requer internação, causa uma série de efeitos colaterais. Age como agente luteolítico, no inicio da gestação? Não, pois os corpos lúteos no inicio da gestação são refratários à PGF2a. Quando lisamos o CL, há redução nos níveis de P4 e consequentemente dilatação cervical, contração miometrial e expulsão fetal. Precisamos determinar o primeiro dia de diestro da cadela, por citologia ou recusa da monta. É um tratamento ambulatorial, por causa dos efeitos colaterais (náuseas, midriase, êmese, diarréia, hipersalivação e vocalização). No inicio os sinais são muito claros, depois vão se tornando menos intensos, pois a cadela vai se tornando refratária ao tratamento. Podemos lançar mão de PGF sintética (cloprostenol) ou natural (dinoprost). Fazemos cito vaginal p/ determinação do D0 do diestro, sendo assim após 8-10 isso corresponde à 14-16 dias após a ovulação, adm PGF (natural). Com essa idade pode haver reabsorção fetal, secreção e expulsão fetal. Antiprogestativo Aglepristone, usado até o 45° dia de gestação depois disso não há recomendação, pois a cadela leva vários dias para abortar. Dose em cadelas 10mg/kg e 15 em gatas realizam-se duas aplicações na face interna da coxa com intervalo de 24 horas. Considerar gestações avançadas, devido ao tempo que leva para abortar. Podemos associar o aglepristone (também apresenta ação luteolítica) ao agonista de dopamina, pois assim teremos redução dos níveis de P4 e prolactina. O intervalo entre a adm e o abortamento é reduzido quando há associação de fármacos e quando iniciado mais precocemente. A anorexia é bastante comum, há perda de peso, liberação de secreção vaginal, polidipsia, reação dermatológica, febre e distenção uterina. Checagem 1-2 vezes por semana e após abortamento checagem 1 vez por semana. Agonistas de dopamina apenas utilizados da metade da gestação pra frente, pois são antagonistas de prolactina. Os agonistas de dopamina fazem parte dos alcalóides de Ergot, além da ação dopaminérgica agem como antagonistas de serotonina (animais ficam apáticos) são também antagonistas de prolactina. Bromomectina: menos específica e maior quantidade de efeitos colaterais, meia vida mais curta (a cada 12h) um dos efeitos característicos é a êmese. Cabergolina: a cada 24 horas, a fixação inibitória é maior, mais específica, ligação hipotalâmica. Metergolina: menos específica, forte antagonista serotoninérgico. Podemos utilizar em casos de pseudociese, OSH depois do diestro, indução do ciclo estral (redução dos níveis de prolactina que já estavam baixos, simulando o efeito biológico). 1- Supressão da secreção láctica: pode ser um quadro autolimitante, remoção da água (função renal), mudança de comportamento e necessidade de acalmá- las...evitamos os fenotiazínicos (clorpromazina) que são antagonistas de dopamina, consequentemente são agonistas de prolactina atuam aumentando a secreção láctica. Tratar os casos mais leves: mastite. 2- Anticoncepcionais: Contracepção efetiva 95% das fêmeas. O controle deve ser feito encima de fêmeas. 3- Imunocontracepção: são vacinas, adm de antígenos. Embora existam vacinas efetivas em termos de contracepção, não há interesse econômico. Geralmente vem associada à vacina antirábica; Vacina anti GnRH, associada a AR, 100% de contracepção o inconveniente é que a variação é muito grande 5 meses à 5 anos. Não foi possível estabelecer a titulação para determinar a contracepção/infertilidade; Vacina contra a zona pelúcida: destinada só para fêmeas, resposta insatisfatória em gatas, é única e exclusivamente para cadelas.Progestágenos causam grandes efeitos colaterais. Quando adm no anestro ou interestro previne o retorno a atividade cíclica (não entrará no cio), se adm no proestro não permite o retorno à atividade cíclica, vai ter cio e inibição da ovulação. Não é todo progestágeno que pode ser adm em proestro, pois não inibem a ovulação. Altos níveis de P4 inibem a secreção de GnRH, sem GnRH não tem LH e FSH consequentemente reduz a pulsatilidade de LH, mantém o comportamento de anestro mas apresenta-se no diestro hormonalmente (tumor de mama, secreção láctica, piometra). Não há crescimento folicular e ovulação. Mecanismos: 1-feedback negativo sobre GnRH, 2-modifica a motilidade do trato reprodutivo ((tuba uterina) (reduz motilidade do miométrio e altera o transporte do oocito e capacidade de fertilização)); 3-dificulta a implantação (mecanismo abortivo); inibe a imunidade uterina; aumento de secreção; efeito antagonista à insulina; efeito teratogênico (má formação fetal, adm em momento errado a cadela já estava prenhe) os níveis de P4 ficam extremamente altos, além disso há masculinização de feto fêmea, fenda palatina e lábio leporino, principalmente não desencadeamento do mecanismo do parto (redução dos níveis de P4). Altas doses: depressão do sistema nervoso central e aumento de apetite. Efeitos colaterais específicos: piometra, neoplasias mamarias, masculinização e impedimento de expulsão do feto. Gerais: diabetes, aumento de apetite e peso, acromegalia, contra indicado em fêmeas pré púberes, retardam o crescimento ósseo. Já em gatas há supressão da atividade da adrenal, atrofia da adrenal, hepatotoxicidade, poliúria e polidipsia. Causa feedback negativo sobre o GnRH tônico, reduzindo os níveis de LH e FSH, muda-se a motilidade do útero dificultando a implantação embrionária. Proligestone (3° geração): menos efeitos colaterais, acetato de megestrol e medroxiprogesterona (1° geração): mais baratos, porem mais efeitos colaterais. Proligestone e acetato de megestrol tem indicação de utilização no anestro ou até 3 dia do proestro, se administrados no anestro impedem que ocorra a entrada na fase cíclica, se adm até 3 dia de proestro inibe ovulação (recomenda-se a separação da cadela), já o acetato medroxiprogesterona, é indicado única e exclusivamente no anestro só tem a capacidade de evitar que a fêmea entre em proestro. Quando os compostos são adm no anestro, comportamentalmente aparentam estar em anestro ou diestro, mas hormonalmente estarão em fase luteal. No caso do proestro inibe FSH e LH pré ovulatório. O problema é que esses compostos inibem por tempo superior ao tratamento, o animal é tratado no proestro, por exemplo, e essa fêmea passa 5-6 meses em efeito da progesterona. Agonista de GnRH Fazem a ação do GnRH se ligam aos receptores na superfície das células gonadotróficas na hipófise, naturalmente se ligam e liberam LH, induzem o cio e como persiste no organismo (é um implante subcutâneo), os receptores então ficam ocupados o tempo todo, dando ordem as células gonadotróficas até que a parte bioquímica da célula entre em colapso, mecanismo anticoncepcional. Esse evento é chamado de Down regulation ou subregulação de receptores de GnRH. Agonista de GnRH: deslorelina. Esse efeito dura quase 2 anos (18-24 meses), continua liberando LH mas não é suficiente, esses receptores são desocupados e se recuperam quando o efeito passa. Apresenta alto custo, adm repetida pode causar ausência de cio, indução de um cio, fortes variações individuais na duração da contracepção. Indução de ciclos estrais Quando induzir o cio? Histórico reprodutivo de P4 < 1,5ng/ml (anestro) inicio, meio ou final. Bromocriptina e Cabergolina (agonista de dopamina), queda de prolactina. Também podemos induzir o cio com agonista de GnRH; Efeitos adversos: hiper-estimulação ovariana, resultando anovulação, hiperestrogenismo, luteólise prematura, formação de anticorpos em gatas; Incontinência urinaria responsiva ao estrógeno Pode ser logo após a OSH, o esfíncter uretral esta incompetente, não apresenta capacidade de se manter fechado, isso acontece porque há remoção dos ovários e fonte estrogênica, a competência do esfíncter uretral se dá pelas substâncias alfa-adrenérgicas, os receptores alfa adrenérgicos estão no esfíncter uretral permitindo a sua contração e manutenção fechada, quem favorece a ligação das substancias alfa-adrenérgicas aos receptores é o estrógeno, mantendo o esfíncter fechado, algumas cadelas reduzem essa capacidade após a OSH. O tratamento é a base de compostos estrogênicos, as vezes meses após o tratamento o animal não apresenta nada, mas é variável. Temos benzoato de estradiol, fenilpropanolamina, efedrina, pseudoefedrina, imipramina (antidepressivo, mas tem como efeito a ação alfa-adrenérgica), acunpultura tem boa resposta. Animal deixa de comer, fica inquieto, feridas na pele. Pode ser imediata ou até 10 anos depois, devemos eliminar as outras causas como infecções do trato urinário, aderências, neoplasias. Indução de parto O parto pode ser induzido em casos de gestação de risco, utilizamos o aglepristone de forma isolada, o aglepristone ocupa os receptores de P4. Os níveis de P4 não são reduzidos, a P4 apenas perde capacidade de agir pois não se liga ao receptor. É necessário saber quando ocorreram as ovulações, pois no dia 58, adm durante a manha para que o parto não ocorra a noite. O protocolo também pode ser associado à ocitocina, Dia 59-61 após as ovulações, o parto ocorre 26 horas após a adm de aglepristone e a ocitocina é feita a cada duas horas até o parto. Ação luteolitica por ação do aglepristone, com a ocitocina o a chance de lutolise incompleta se reduz. Ocitocina PGF2a. Cesariana programada situações antes da queda de progesterona, situações previstas de distocia (60- 70%), se a causa for materna por atonia uterina, fazemos a indução do trabalho de parto; síndrome do filhote único: pouco cortisol; 59-60 dias após as ovulações: uma injeção de 15mg/kg de aglepristone e cesariana após 24 horas após a adm. Eclampsia Associação de glicose 50% + gluconato de cálcio, redução da produção dos níveis de cálcio durante a gestação (dietas pobre e animais suplementados: retira a suplementação próximo ao parto, a paratireóide esta lenta e não joga cálcio no sangue, a morte ocorre por parada cardíaca)
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