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AO JUIZO DA VARA XX DOO TRABALHO DA COMARCA DE XXXXX, ESTADO DE XXXXX CONSEGUINANTE: SOCIEDADE EMPRESÁRIA PARK HOTEL LTDA CONSIGNADO: JULIANA MARIA FIALHO SOCIEDADE EMPRESÁRIA PARK HOTEL LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº ..., Rio de Janeiro-RJ, endereço eletrônico ..., por seu advogado infra-assinado, legalmente constituído por instrumento de procuração, em anexo, vem a ilustre presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 539 a 549 do CPC, subsidiariamente aplicados ao processo do trabalho, nos termos do art. 769 da CLT, propor a presente: AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Em face de JULIANA MARIA FIALHO, nacionalidade ..., estado civil ..., camareira, inscrita no CPF ..., residente e domiciliado ..., com endereço eletrônico desconhecido, pelas razões de fato e de direito que se seguem: 1. DOS FATOS A parte consignada iniciou a contratualidade com a parte consignante em 01/02/2019, na função de camareira, com a percepção de salário de R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais), findando sua prestação laboral em 30/06//2019. Ressalta-se que, durante toda a relação de trabalho, a convivência entre empregado e empregador ocorreu de forma pacífica, sem quaisquer problemas aparentes. Ocorre que mesmo diante de uma boa relação contratual com seu empregador, a parte ora consignada, sem qualquer motivo expresso, deixou de comparecer ao seu local de trabalho, e por consequência, não mais cumpriu com suas obrigações contratuais. Diante da ausência repentina da parte consignada, a sua empregadora, ora consignante, procedeu a notificação pessoal da empregada, por meio de telegrama, porém, ainda que devidamente notificada, não houve retorno ao trabalho. Em face a ausência da trabalhadora, por mais de 30 dias consecutivos, restou caracterizada a hipótese contina no artigo 482, alínea I, da CLT, que aduz/; o abandono do emprego. Perante todo o exposto, após caracterização da justa cauda, por mais de uma vez, a parte empregada foi notificada para comparecer ao departamento de recursos humanos, para receber pelos dias trabalhados, porém a empregada não compareceu. Como não restou outro caminho para que a parte consignante cumprisse com suas obrigações, para evitar a mora e afastar a ocorrência de multas, resta a propositura da presente demanda, a fim de quitar todas as verbas rescisórias condizentes com a dispensa por justa causa. 2. DO DIREITO Inicialmente, cumpre ressaltar que a parte consignada não era detentora de nenhum tipo de estabilidade provisória, sendo desnecessária a abertura de inquérito para apuração de falta grave. Diante dos fatos anteriormente narrados, é certo que a ausência repentina da empregada trouxe grande prejuízo para o empregador, pois a prestação pessoal dos seus serviços era sobremodo importantes para o bom funcionamento empresarial. Sendo a obrigação de trabalhar, pessoal e intransferível, é imprescindível a presença física do empregado no local da prestação de serviço, para o cumprimento faz suas obrigações contratuais. Não comparecendo ao serviço, a empregada não pode fornecer energia laboral, e assim descumpriu sua principal obrigação, incidindo em grave falta contratual. Com a incidência da demissão por justa causa, motivada pelo abandono de emprego, art. 482, alínea I, da CLT, a parte empregada terá direito apenas ao salto de salário dos dias trabalhados. Não fará jus a percepção de férias vencidas, pois não se completou o período aquisitivo, bem como não terá direito ao 13º proporcional, nem haverá, aviso prévio, multa do FGTS, ou direito ao seguro-desemprego. 3. DOS PEDIDOS Em razão do exposto, requer os seguintes pedidos: a) O reconhecimento da dispensa por justa cauda, nos termos do art. 482, alínea I, da CLT; b) Que a parte consignada seja notificada para depositar sua CTPS, para que a empresa consignante proceda a sua baixa; c) Que a empregada seja notificada para o recebimento do saldo de salário referente aos 30 dias do mês de junho, no importe de R$ 1.600,00 (mil e seiscentos) reais.
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