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Resumo Imunodefici+¬ncias

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Imunodeficiências conênitas e Adquiridas (Imunologia Básica [Abbinhas], cap: 12)
Doenças de imunideficiência→ distúrbios causados pela deficiência imunológica. Imunodeficiências congênitas (ou primárias): resultam de anormalidades genéticas em um ou mais componentes do SI. Imunodeficiências adquiridas (ou secundárias): falhas no SI que resultam de infecções, anormalidades nutricionais ou ttos que causam perda ou função inadequada de vários componetes do SI. Resumindo: as imunodeficiências são causadas por defeitos em vários componentes do SI e resultam em maior suscetibilidade a infecções e a algumas neoplasias. 
Imunodeficiências Congênitas →causa: anormalidades genéticas→são causadas por defeitos genéticos que levam ao bloqueio da maturação ou função dos diferentes componentes do SI. Embora as diferentes imunodeficiências primárias possam diferir consideravelmente nas manifestações clínicas e patológicas, todas possuem como característica comum as complicações infecciosas.
Podem ocorrer devido a:
1) defeitos na maturação dos linfócitos: resultam de anormalidades genéticas que causam bloqueios na maturação dos linfócitos B, T ou ambos. Os distúrbios que se manifestam como defeitos de ambos são classificados como imunodeficiências graves conminadas (SCID).
2) defeitos na ativação e função dos linfócitos: os linfócitos amadurecem normalmente, mas as funções de ativação e execução das céls são defeituosas.
3) defeitos na imunidade inata: fagócitos e sistema complemento são componentes da imunidade inata cujas anormalidades são causas importantes de imunodeficiência.
4) anormalidades linfocitárias associadas a outras doenças: algumas doenças sistêmicas podem ter um componente de imunodeficiência, embora suas principais manifestações não sejam imunológicas.
Imunodeficiências Adquiridas →resultam de infecções, desnutrição ou ttos para outras condições que afetam adversamente céls do SI→são deficiências no SI que se desenvolvem devido a anormalidades adquiridas durante a vida. A mais importante dessas anormalidades é a infecção pelo HIV. Desnutrição protéico-calórica é causa comum de imunodeficiência nos países subdesenvolvidos e resulta em deficiências de quase todos os componentes do SI. Drogas quimioterápicas e radioterapia podem lesar céls proliferativas, como precursores da medula óssea e linfócitos maduros, resultando em imunodeficiência. Nas terapias para suprimir respostas imunológicas, como para prevenção da rejeição do enxerto, a imunodeficiência é uma complicação freqüente.
HIV e AIDS: a síndrome da imunodeficiência adquirida é causada pelo retrovírus da imunodeficiência humana. O HIV infecta céls TCD4+, macrófagos e céls dendríticas pelo uso de uma ptn de envelope (gp 120). O DNA viral se integra ao genoma do hospedeiro e pode ser ativado para produzir infecções virais. Durante o processo de replicação viral, as céls infectadas morrem e a morte das céls do SI é o principal mecanismo pelo qual o vírus causa imunodeficiência. Curso clínico: viremia aguda, latência clínica (destruição de céls TCD4+ e dissolução de tecidos linfóides) e, finalmente, AIDS. AIDS→ imuodeficiência grave, acometimento por infecções oportunistas, algumas neoplasias, perda de peso, demência.
Doenças da imunodeficiência primária (Harrison, cap: 310)
Respostas imunes adaptativas específicas→ mediadas por famílias de linfócitos com desenvolvimento independente, porém com interação funcional. Linfócitos T→ imunidade celular. Linfócitos B→ imunidade humoral, via anticorpos. As atividades das céls B e T -e de seus produtos- na defesa do hospedeiro estão integradas intimamente com as funções imunes inatas de outras céls do sistema reticuloendotelial (céls dendríticas, céls de Langerhans, macrófagos, céls NK). O exame dessas inter-relações constitui uma parte importante da análise dos pacientes ocm suspeita de imunodeficiência.
Diferenciação das céls T e B
Encaramos os déficits funcionais observados nas imunideficiências (congênitas ou adquiridas) como sendo causados por defeitos ao longo das vias de maturação dos linfócitos. 
Manifestações clínicas das doenças comuns na imunodeficiênica
As síndromes de imunodeficiência (congênitas, adquiridas ou iatrogênicas) se caracterizam por uma susceotibilidade incomum à infecção e, com certa freqüência, estão associadas a doenças auto-imunes e malignidades linforreticulares. 
Defeitos na imunidade humoral→ grande suscetibilidade a infecção sinopulmonar crônica ou recorrente, meningites e bacteremia por bacterias piogênicas (H. Influenzae, S. Pneumoniae e S. Aureus). Indíviduos com neutropenia ou deficiência do terceiro componente do complemento (C3) também estão sujeitos a tais infecções. Em caso de suscetibilidade incomum a infecções barterianas é importante avaliar os sistemas de anticorpos, complemento e fagocitário, que agem de forma complementar nessa defesa. Deficiência de Ac/imunidade celular intacta→boa resposta a infecções virais, controlando infecções estabelecidas sem o desenvolvimento de proteção duradoura (Ex.: múltiplos surtos de varicela). Otite média crônica, pan-sinusite, pneumonias bacterianas recorrentes e infecção extremamente grave (meningite por H. Influenzae) em criança mais crescida ou adulto podem ser indícios de imunodeficiência humoral.
Anormalidades na imunidade mediada por céls T→ predispõem para infecções virais disseminadas, particularmente com vírus latente (herpes simples, Varicella zoster, citomegalovírus). Pacientes afetados desenvolvem quase sempre candidíase mucocutânea e, com freqüência, são acometidos por infecções fungícas sistêmicas; penumonia por Pneumocystis carinii também é comum. A deficiência de céls T está associada a algum nível de anormalidade das respostas dos Acs; pacientes com defeitos primários das céls T estão sujeitos a infecções bacterianas refratárias.
A forma mais grave das imunodeficiências ocorre nos indivíduos que carecem tanto das funções imunes de mediação celular, quanto das humorais. Os indivíduos com imunodeficiência combinada grave (IDCG) são suscetíveis a uma extensa variedade de agentes infecciosos que incluem organismo que geralmente não são considerados patogênicos; ocorrem múltiplas infecções por bactérias, fungos e vírus, muitas vezes simultaneamente.
Avaliação dos pacientes imunodeficientes
Uma anamnese minuciosa e um bom exame físico em geral indicarão se o problema principal envolve o sistema Ac-complemento-fagócito ou a imunidade de mediação celular (Ex.: história de dermatite de contato sugere uma imunidade celular intacta; candídiase mucocutânea persistente sugere imunidade de mediação celular deficiente). A linfopenia e a ausência de linfonodos palpáveis podem ser achados importantes, embora os pacientes com imunodeficiência profunda possam apresentar hiperplasia linfóide difusa. O diagnóstico da maioria das imunodeficiências pode ser feito com testes laboratoriais.
Imunidade humoral: com raras exceções, a deficiência da imunidade humoral é acompanhada por uma concentração sérica reduzida de uma ou mais classes de imunoglobulinas. A enorme variedade de valores entre os adultos normais cria dificuldade para definir os limites inferiores ao normal. A estimativa entre os nºs de linfócitos B e T circulantes é valiosa para determinar a patogenia de certos tipos de imnunodeficiência.
Imunidade celular: os níveis normais de imunoglobulinas séricas e a responsividade aos anticorpos são índices confiáveis da função intacta da cél T auxiliar. A função do linfócito T pode ser medida diretamente pelo teste cutâneo e pela hipersensibilidade retardada utilizando uma ampla variedade de antígenos aos quais a maioria das crianças maiores e dos adultos já foram sensibilizados. 
Classificação 
As imunodeficiêncas primárias podem ser congênitas ou se manifestarem nas fazes subseqüentes da vida e, atualmente, são classificadas de acordo com a forma de herença e se o defeito afeta céls B, T ou ambas. Três conceitos são importantes: (1) as imunodeficiências são encaradas como defeitos da diferenciação celular;(2) esses defeitos podem acometer tanto o desenvolvimento primário de céls B ou T, quanto a fase de sua diferenciação dependente de Ags; (3) os defeitos na formação das cél B podem refletir uma colaboração T-B defeituosa.
As imunodeficiêncas secundárias são aquelas que não são causadas por anormalidades intrínsecas no desenvolvimento ou na função das céls T e B. Mais conhecida: AIDS, que pode acompanhar uma infecção pelo vírus HIV. Outros exemplos são as imunodeficiências associadas à má-nutrição, à enteropatia com perda de ptns e à linfangiectasia intestinal. Imunodeficiências resultantes de estados hipercatabólicos (distrofia miotônica), associadas à malignidade linforreticular e iatrogênicas (resultante do tto com raios X, Ac antilinfocíticos ou agentes imunossupressivos) também são secundárias.
Incidência: como um grupo, as imundeficiências primárias são relativamente comuns. No entanto, as formas mais graves são relativamente raras, sua manifestação inicial é mais precoce e, freqüentemente, resultam em morte durante a segunda infância.
Imunodeficiência combinada grave: síndrome da IDCG→acentuada deterioração funcional da imunidade, tanto humoral quanto de mediação celular; suscetibilidade às infecções bacterianas, fúngicas e virais devastadoras. Afetados raramente sobrevivem além do priemiro ano sem tto. O defeito celular dos pacientes com IDCG reside nas céls-tronco hematopoiéticas pluripotenciais ou em sua progênie de progenitores linfóides. Os déficits imunológicos dos pacientes com IDCG podem ser reparados por transplante de medula óssea histocompatível como uma fonte de céls-tronco, pois os microambientes desses indivídos estão intactos e são capazes de facilitar o desenvolvimento de céls T e B. As vacinas virais vivas e as transfusões de sangue devem ser evitadas uma vez que causam, respectivamente, infecções fatais e a doença do enxerto versus hospedeiro nesses pacientes.
Imunodeficiência primária de céls T: as anormalidades no desenvolvimento dessas céls podem ser responsáveis por um amplo espectro de imunodeficiências: imunodeficiência combinada, defeitos seletivos na imunidade de mediação celular e síndromes que se manifestam como deficiência de Acs. Os defeitos podem ser adquiridos ou congênitos. As opções terapêuticas, além do tto sintomático, são limitadas. Vacinas vivas e transfusões de sangue devems er evitados. O transplante de medula óssea e o tímico epitelial são intervenções terapêuticas possíveis.
Síndromes com deficiência de imunoglobulina: a terapia de reposição com Ig humana constitui a base terapêutica para os pacientes com deficiências de Acs que são vítimas de infecções recorrentes e deficientes em IgG. 
→ nessa parte de classificação do livro tem um monte de síndromes listadas e os defeitos genéticos a elas associadas, mas eu achei bem inútil pra Medicina Interna.

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