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Os carboidratos são compostos polihidrolixados com grupamentos aldeídicos ou cetônicos em seus derivados simples, sendo considerado o principal constituinte da dieta. Corresponde a 50% ou mais das calorias ingeridas diariamente. Nutricional Adoçantes naturais; Matéria-prima para produtos fermentados; Principal ingredientes dos cereais; Produtos industrializados: emulsificantes, estabilizantes, agentes de gelificação, espessantes, agentes para retenção de água. Responsáveis pela reação de escurecimento não enzimático (caramelização e reação de Maillard) CnH2nOn De acordo com o tamanho da sua molécula química: Monossacarídeos Dissacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos Ligações glicosídicas Polímeros de alto peso molecular com numerosas unidades de glicose Funções: estrutural, fonte de energia Amido: Amilose + amilopectina 1. Gelatinização: 2. Retrogradação Ao resfriar, o amido gelatinizado pode sofrer um fenômeno denominado de retrogradação. Haverá uma nova organização da estrutura molecular do amido, “expulsando a água”, pela redução da interação água-amido (sinérese). FIBRA INSOLÚVEL: Celulose e algumas hemiceluloses Encontradas na maioria de vegetais, (vegetais folhosos). Não fornecem energia nem AGCC São úteis em doenças do TGI como constipação intestinal, câncer de cólon, etc. FIBRA SOLÚVEL: gomas, pectina, mucilagens Encontradas em frutas e legumes como feijão, morango, maçã, abóbora, aveia, etc. Fermentadas formando AGCC Úteis em doenças sistêmicas (obesidade, dislipidemia e diabetes mellitus) a) Métodos qualitativos Reações colorimétricas – presença de açúcar redutor São os açúcares que apresentam grupo carbonílico e cetônico livres, capazes de se oxidarem na presença de agentes oxidantes, como os íons férricos (Fe3+) e cúprico (Cu2+) em soluções alcalinas. Ex.: glicose frutose Teste de Fehling Se baseia na redução de soluções alcalinas de CuSO4 em presença de tartarato de sódio e potássio, com formação de um precipitado cor de tijolo. Teste de Lugol Reagente: solução de iodo e iodeto de potássio Mudança de coloração para azul a preto b) Métodos quantitativos baseados na redução do cobre: Munson-Walker: método gravimétrico. Lane-Eynon: titulométrico. Somogyl: microtitulação. Métodos cromatográficos Métodos ópticos NIFEXT Método mais utilizado na análise de alimentos Limitação: superestimativa quando a % de fibras não é determinada. Tabelas de composição Carboidratos= 100 g – umidade(g) – proteína(g) – lipídio(g) – cinzas(g) – fibras (g) Para um relatório de aula prática, os alunos reuniram dados de análise de composição centesimal do alimento pão francês. Alguns desses dados, correspondentes às letras A e B, precisam ser complementados. A partir dos dados apresentados na tabela, é correto afirmar: I – Não é necessário que o grupo realize a análise de carboidratos para se determinar o resultado referente a letra B. II – O resultado referente a letra B é igual a 59.1% Carboidratos= 100 – (28+8+3.1+1.8) = 100 – 40,9 = 59,1% III – O valor calórico do produto (letra A) é equivalente a 296,3 Kcal. (proteínas x 4) +(lipídeos x 9)+ (CHO x 4)= (8x4)+(3,1 x9)+(59,1x4) = 296,3Kcal Estão corretas as afirmações: ( ) I e II ( ) I e III ( x ) I, II e III Profa Roseli Lopes da Silva Entende-se por açúcar comum o produto obtido pela prensagem da cana de açúcar (Sacharum officinarum) e submetido a processos tecnológicos adequados. Quimicamente é um misto de grande teor de sacarose e mínimo de glicose e frutose. PIQ são fixados pela Resolução RDC nº 271/2005 ANVISA Excluem-se os adoçantes dietéticos desta Resolução. Açúcar comum Análise físico-química Características sensoriais: aspecto, cor, aroma e sabor Acidez em solução Granulometria Glicídios redutores em glicose e não redutores em sacarose Metais tóxicos: chumbo, cobre Corantes Branqueadores óticos Umidade Açúcar comum Glicídios redutores em glicose – Lane-enyon Açúcar comum 2 a 5 g de amostra avolumar Glicídios redutores em glicose – Lane-enyon Açúcar comum Produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas, a partir do néctar das flores que as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas próprias, armazenam e deixam madurar nos favos da colmeia. Mel As características podem ser alteradas de acordo com o tipo de flor utilizada, clima, solo, umidade, altitude, entre outros, afetando o sabor, a cor e o aroma do mesmo. Na constituição do mel encontra-se a glicose, a frutose, minerais, ácidos orgânicas, enzimas, água e partículas sólidas provenientes da colheita. Vitaminas: B1, B2, B6, niacina, C e acido pantotênico Mel Na composição do mel também encontramos aminoácidos provenientes das abelhas, sendo a prolina o principal, o que serve como padrão de identidade. Mel Atividade antimicrobiana: S. aureus e E. coli (são + sensíveis) Enzimas: invertase, que converte sacarose das plantas em glicose e frutose; diastase (amilase), que hidrolisa o amido glicose-oxidase fosfatase acida e catalase (menores quantidades) Mel A sacarose é hidrolisada por ácidos diluídos ou enzimas, resultando na reação do “açúcar invertido”. Vantagens: O xarope de açúcar invertido reúne: a elevada solubilidade da frutose à difícil cristalização da glicose, aumentando seu poder edulcorante (sabor doce) e diminuindo os riscos de cristalização (vasto uso na indústria alimentícia). Açúcar invertido O PIQ é estabelecido pelo RIISPOA (Art. 757) e pela Instrução Normativa 11/2000 do Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAA). Mel Cor: depende quase que, exclusivamente, da origem da flor, podendo ser claro, vermelho, dourado ou escuro. Quanto mais escuro: maior quant. de minerais menor valor comercial Coloração clara mais aceito no mercado mundial maior preço. Mel Produto impróprio ao consumo Resíduos estranhos falha nas condições de higiene Sinais de alteração ou fermentação: espuma superficial, odor e sabor alterados possível presença de micro-organismos patogênicos. Acidez elevada desenvolvimento bacteriano Mel Fraudes Adição de edulcorantes naturais ou artificiais; Substâncias aromatizantes, espessantes (amido, gelatina); Conservantes ou corantes de qualquer natureza; Substâncias para a correção da acidez; Indícios de aquecimento excessivo. Fraude muito comum mistura de xarope de glicose Mel Análises físico-químicas Reação de Lund Reação de Fiehe Reação de Lugol Umidade por refratometria Fermentos diastásicos Acidez em ácido fórmico. Mel Acidez em ácido fórmico. Mel 2g de amostra Água destilada fenolftaleína NaOH 0,01 M anotar o volume gasto na titulação e calcular a quantidade de ácido fórmico Reacão de Fiehe: identificação de hidroximetilfurfural (HMF) Indicador de aquecimento, processamento inadequado, armazenamento prolongado e adulterações. Mel 5 mL de amostra 5 mL de Água destilada+ 5 mL de éter etílico Separaçã o de fases 5 gotas de solução clorídrica de resorcina a 1%* Vermelho indica presença de HMF Fermentos diastásicos: ação das enzimas presentes no mel sobre oamido, desdobrando-o parcialmente em dextrinas e outros produtos de hidrolise. Mel 10 mL de amostra 20 mL de Água destilada 10 ml de solução+ solução de amido 1% Banho maria por 45 oC 1 hora 1 ml de solução de iodo A = Mel sem adulteração B = Mel adulterado A B Reação de Lund: Baseia-se na determinação de substâncias albuminóides precipitáveis como o ácido tânico. Determina também se houve adição de água ou outro diluidor no mel Mel 2 g de amostra 20 mL de água destilada 5 mL de ácido tânico+ água destilada (até 40 mL) Repouso 24 h Mel é puro: precipitado oscila entre 0,6 a 3 mL A = Mel sem adulteração B = Mel adulterado A B Reação de Lugol: base na reação das dextrinas, presentes na glicose comercial, com o lugol, originando produtos corados, cuja intensidade depende do teor de dextrinas presente na glicose Mel 10 mL de amostra + 10 mL de água destilada+ 1 mL da solução de lugol A = Mel sem adulteração B = Mel adulterado A B A amostra sem glicose comercial apresentara coloração caramelo. Artigo: Detecção de adulteração e caracterização físico química de mel de abelha de pequenos produtores do interior gaúcho A rapadura é o produto sólido obtido pela concentração do caldo de cana- de-açúcar (Saccharum officinarum L.), podendo ser adicionado de outro(s) ingrediente(s) desde que não descaracterize(m) o produto Melado é o produto obtido pela concentração do caldo de cana-de- açúcar (Saccharum officinarum L.) ou a partir da rapadura derretida. Rapadura PIQ de ambos é estabelecido pela RDC nº 271 / 2005 ANVISA Análises físico-químicas: As mesmas realizadas no mel, com exceção Fermentos diastásicos, dextrinas e reações características do mel Rapadura Farinhas são os produtos obtidos de partes comestíveis de uma ou mais espécies de cereais, leguminosas, frutos, sementes, tubérculos e rizomas por moagem e ou outros processos tecnológicos considerados seguros para produção de alimentos. Feculentos e Farináceos MAPA: Instrução Normativa 8/2005 (“Regulamento técnico de identidade e qualidade da farinha de trigo”) ANVISA: Portaria no 354/1996 – “Norma Técnica da Farinha de Trigo”; RDC no 263 / 2005 – “Regulamento técnico para produtos de cereais, amidos, farinhas e farelos“; RDC no 344/2002 – “Regulamento Técnico para a Fortificação das Farinhas de Trigo e das Farinhas de Milho com Ferro e Ácido Fólico”; RDC no 175/2003 – “Regulamento Técnico de Avaliação de Matérias Macroscópicas e Microscópicas Prejudiciais à Saúde Humana em Alimentos Embalados” Feculentos e Farináceos A farinha de trigo e produto elaborado com grãos de trigo (Triticum aestivum L.) ou outras espécies de trigo do gênero Triticum ou combinações, por meio de trituração ou moagem e outras tecnologias ou processos. Pode ser comercializada como farinha de trigo branca ou integral. Farinha de trigo Classificação Mapa: farinha de trigo em tipo 1, tipo 2 e integral. Anvisa: em doméstico (integral, especial e comum) e industrial (integral e comum). Características sensoriais: cor branca, aceitando cor com tons leves de amarelo, marrom ou cinza, conforme o trigo de origem, com cheiro e sabor próprios. Farinha de trigo Características físico-químicas (independentemente da classificação) Umidade: máximo 15%m/m Proteína: mínimo de 7%. Acidez graxa: 50 mg de KOH/100 g de farinha de trigo comum ou especial e de 100 mg de KOH/100 g de farinha integral. Farinha de trigo Análises físico-químicas Composição centesimal; Glúten; Presença de antioxidantes; Farinha de trigo Glúten; Farinha de trigo 20 g de amostra 10 mL Solução NaCl 5% Descansar em água por 30 min Lavagens em peneira Pesar glúten úmido Estufa a 105 oC por 5 horas Pesar glúten seco Amidos são os produtos amiláceos extraídos de partes comestíveis de cereais, tubérculos, raízes ou rizoma. Amidos AMIDO FÉCULA Partes aéreas comestíveis dos vegetais Partes subterrâneas comestíveis Análises físico-químicas Composição centesimal Acidez Glúten Amidos Classificação para fins de determinação analítica: Métodos gravimétricos para determinação de fibra dietética Métodos detergentes: fibras insolúveis em detergentes Fibra por detergente ácido: Determina essencialmente celulose + lignina. Utilizado para ração animal. Fibra por detergente neutro: Determina celulose + hemicelulose + lignina. Utilizado para grãos de cereais. Vídeo: Fibras em detergente neutro https://www.youtube.com/watch?v=DnR9D_1b4 10 https://www.youtube.com/watch?v=DnR9D_1b410 https://www.youtube.com/watch?v=DnR9D_1b410 Métodos gravimétricos para determinação de fibra dietética Método enzimático: Fibra total, solúvel e insolúvel Baseados na definição fisiológica de fibra alimentar, medida de fibra simulando digestão do alimento com a utilização de enzimas. Método de escolha da AOAC (Association of Official Analytical Chemists) Utilizado: Tabelas de composição de alimentos e Rotulagem de alimentos 1) Nossa dieta é bastante equilibrada em termos de proteínas, gorduras e carboidratos. Os carboidratos têm como função a geração de energia e suas moléculas se dividem em três classes: monossacarídeos, carboidratos mais simples; dissacarídeos, formados por dois monossacarídeos; polissacarídeos, carboidratos mais complexos. Os músculos estriados armazenam um carboidrato a partir do qual se obtém energia para a contração. Essa substância de reserva se encontra na forma de: a) Amido b) Maltose c) Glicose d) Glicogênio e) Sacarose 2) As análises do mel são importantes para avaliar alterações ocorridas no seu processamento ou armazenamento, bem como para detectar fraudes nesses produtos. As adulterações mais comuns envolvem a adição de sacarose, glicose, melado ou açúcar invertido. Se quisermos avaliar presença de albuminoides no mel, qual análise físico química deve ser feita? a) Reação de Lund b) Reação de Lugol c) Reação de Fiehe d) Identificação de oxidantes e) Determinação de acidez
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