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Saúde da Mulher Anatomia Feminina Mama: É composta por tecido epitelial e conjuntivo (sustentação junto a glândula mamaria) • PELE – PAPILA MAMARIA – DUCTOS – ALVELOS • Tecido de sustentação interlobular e lobar- Apresenta vários lobos e cada lobo tem ductos e lóbulos; Tecido de sustentação se prolonga até a derme; Os ductos menores terminam no lóbulo mamaria com vários alvéolos Histologia – Células cúbicas que acompanham a dilatação até chegar ao seio galáctifico. A partir do seio são células mioepiteliais • São células que respondem estímulos hormonais; A mama fundamentalmente se assenta ao musculo peitoral maior. Abaixo do m. peitoral maior está o menor Vascularização ocorre por três origens: 1) Vasos axilares – nutrem a glândula mamaria (além dos vasos axilares, a glândula mamaria é vascularizada pelos vasos da glândula mamaria interna e pelos vasos intercostais); 2) Linfático – linfa sempre drena. Na região da mama, a linfa drena preferencialmente pelos linfático axilares e os linfáticos da cadeia mamaria interna; Os linfáticos axilares - estão em três níveis Nível 1 – são todos os linfonodos situados lateralmente a borda do músculo peitoral maior; Nível 2 – todos os linfonodos entre o bordo medial e o lateral do musculo peitoral maior. E os linfonodos interpeitorais Nível 3- bordo medial do peitoral menor ate o m. subclávio; • 99% dos tumores da glândula mamaria são carcinomas – tem uma predileção de drenagem linfática. Pelve Feminina: Em circunstância fisiológicas, exemplo: gravidez: Os órgãos saem da pelve – o útero chega quase ao nível do apêndice xifoide. • Porém em situações não fisiológicas também ocorre – por isso a importância de conhecer anatomia; A cavidade peritoneal, é envolta pela cavidade abdominal; Os músculos que formam a parede abdominal: Reto abdominal, transverso, obliquo interno e externo. E todos eles envoltos pelas suas faces; • Há uma estrutura que separa o que é pélvico do que é perineal Há variações da posição do útero em relação abexiga: podem ser antevertidos, retrovertido e sobre a bexiga. Útero - O útero é dividido em corpo do útero e colo do útero: • O colo do útero vai do orifício interno até o externo; Há uma separação afunilada do colo do que é corpo; • O colo tem duas porções do ponto de vista anatômico: Porção supravaginal e porção vaginal; A vagina tem tecido escamoso estratificado • A parte de dentro do colo do útero é um tecido glandular. Esse tecido é produtor de muco; O muco tem duas funções primordiais: 1) Evitar que a microbiota não penetre através do colo do útero, tuba e provoque uma peritonite; 2) Permite a ascensão do espermatozoide no período fértil – faz com que o espermatozoide se ascende; Histologicamente - No útero, tem uma camada muscular (miométrio); Parte interna: endométrio – que é a parte do útero que é estimulado por estrogênio e progesterona, fazendo com que a mulher tenha proliferação na fase folicular e tenha secreção na fase progestacional. Vascularização – O útero é vascularizado pela artéria uterina – ramo da artéria hipogástrica; O ovário é vascularizado pela artéria gonadal – artéria ovariana e ramo uterina se divide e dando os ramos tubários e ovarianos. Ovário e trompas - Histologicamente - O ovário tem um epitélio celômico; Tem estroma e as células germinativas que vão evoluindo em folículos primordiais até o fólico de graaf – quando é liberado pela ovulação, o óvulo, forma - se o corpo amarelo que regride e forma o corpus albicans. Anatomicamente- Vista superior: o útero tem um ligamento, que sai do corno uterino e entra no canal inguinal. Esse ligamento correr pelo canal inguinal e terminam na altura da vulva; • Face endopélvica – área mais esbranquiçadas. Essas faces, forma alguns ligamentos importantes: Todos os órgãos estão envoltos pelas fáceis endopélvica – Envolve os músculos que separa do que é pélvico do que é perineal: são os músculos elevados dos anus; Essas estruturas formam os ligamentos – paramétrios anterior, lateral e posterior; Se inserem na altura do colo do útero e na cúpula vaginal para que manta o útero na sua posição; Quando o útero se estira, o estiramento é chamado de prolapsos uterinos; Períneo - • Exame ginecológico – observar a região vulvar; • Ligamento redondo no canal inguinal; Lembrar da intima relação estrutura uretral com os órgãos genitais; Vascularização da pelve- (tudo) Feita pela artéria diafragmática - tronco celíaco - artéria mesentérica superior - artérias renais - artérias gonadais; Artéria mesentérica inferior - bifurcação da aórtica – artéria ilíaca comum direita e esquerda - artéria sacramédia – artéria ilíaca interna e externa - artéria do pudendo (irriga a região perineal); • A artéria mais importante: É a hipogástrica; Venosa – veia ilíaca externa, interna e as veias seguindo as artérias ovarianas; Lembrar da interação intima com o aparelho digestivo, aparelho urinário; Sistema linfático - Feita por drenagem femorais, pélvicos peri e para aórticos; • Tudo aquilo que for vulvar vão para linfonodos inguinofemorais; • Tudo aquilo que cabe a cúpula vaginal, colo do útero e porção inferior do útero – drenam para os linfonodos pélvicos; • Fundo de útero, tuba de ovário , ligamento infundíbulo pelvicos – drenam para os linfonodos peri e para aórtico Covid e gestação Introdução: Então a pandemia foi causada pelo vírus SARS-COV 2, os primeiros casos foram notificados em dezembro de 2019 e desde março de 2020, teve a declaração de pandemia pela OMS.A declaração de pandemia passa a nos dizer que existe uma transmissão sustentada em todos os continentes. O coronavírus na gestação traz um impacto bastante importante na mortalidade em termos de mortalidade materna, a mortalidade materna se caracteriza por qualquer morte que ocorra no período gravídico e puerperal – durante a gravidez, durante o parto e durante os primeiros quarenta dias depois do parto. Mortalidade: Em termos de mortalidade materna associada ao Covid, no Brasil no ano de 2020 foram notificados 978 casos de gestantes ou puérperas que apresentaram coronavírus, de qualquer forma, esse dado nos mostra uma altíssima taxa de mortalidade materna 12,7%, ou seja, de cada 10 mulheres que tiveram covid durante a gestação, uma delas veio a óbito. A mortalidade materna é um evento bastante raro, mas com o Covid é possível observar um aumento muito grande da taxa de mortalidade por conta das complicações associadas a infecção. Um ponto importante é que a maior parte das mortes ocorrem no pós- parto, e isso nos diz que, deve-se atentar e cuidar das mulheres no pós-parto do mesmo jeito, é dada muita importância para as mulheres quando estas estão gestantes, mas devido algumas doenças como diabetes, hipertensão até mesmo o Covid, podem surgir complicações e essa mãe pode vir a óbito por conta disso. Além disso, a prevalência da mortalidade materna associada ao Covid no Brasil por estar associada as questões socioeconômicas acaba sendo maior em mulheres pardas e negras, apresenta maior risco de complicações nessa população. A maioria das mortes ocorreu no Sudeste, isso certamente está relacionado a distribuição geográfica da população e gestantes diabéticas, obesas e portadoras de doenças cardiovasculares tiveram maior risco de morte. No Brasil a taxa de mortalidade materna é de 65 mortes para a cada 100.000 partos e essa taxa é uma taxa de países em desenvolvimento, com o efeito da covid a taxa de mortalidade materna deve aumentar em 10 pontos. Além da morte, existe outras complicações associadas a Covid como abortamento, restrição de crescimento fetal, parto prematuro (principal complicação) e a transmissão vertical (ainda não é comprovado que exista algum tipo de transmissão vertical). Quadroclínico: ❖ Tosse; (sintoma mais predominante) ❖ Dor de cabeça; ❖ Dor muscular; ❖ Febre; ❖ Dor de garganta; ❖ Falta de ar; ❖ Anosmia; ❖ Perda do paladar. Obs: a maior parte das mulheres não vai ter febre durante a apresentação da doença. Sempre desconfiar de covid neste momento de pandemia, com uma alta taxa de transmissão dentro do nosso país e com pouquíssimas medidas de controle. Outros sintomas que as mulheres podem apresentar, apesar de ser menos frequentes são náuseas, vômito, fadiga, cansaço, diarreia ou coriza. Em relação as assintomáticas, foi feito um estudo onde toda a mulher que era admitida a urgência, ao serviço obstétrico era testada. Dessas mulheres que foram positivas que chegam no serviço de saúde para parto ou para pré- natal, 10% delas são positivas. Dessas pacientes que não tinham sintomas nenhum, dentro desses 10%, 75% a 95% delas são absolutamente assintomáticas, e a importância disso é o reforço das medidas de prevenção. A gestante deve ser exaustivamente orientada o tempo todo, nas consultas de pré-natal devemos reforçar que o uso de máscara, lavagem das mãos, uso de álcool e gel é fundamental nesse grupo também. Testagem: ❖ RT – PCR (amostra de secreção nasal com o intuito de investigar se há presença ou não de partícula viral); Sensibilidade é maior no início do período de incubação por conta da taxa viral que é maior. ❖ IgM e IgG (a formação de anticorpos é maior num período mais tardio). Em relação a gravidade, essas mulheres serão classificadas em 5 graus. O primeiro grau é a paciente que terá uma infecção assintomática, a absoluta maioria dessas gestantes. A importância é que essas mulheres sejam mantidas em casa, façam o isolamento domiciliar, usem máscara, façam as lavagens das mãos, usem o álcool em gel com o intuito de evitar o contágio das pessoas que convivem com elas. A maior parte das mulheres que apresentam sintomas vão ter doença leve como febre, tosse, mal estar, dor de garganta, dor de cabeça e dor muscular sem qualquer sinal de acometimento pulmonar. Se submeter essa paciente a qualquer exame de imagem como radiografia, tomografia ou a ausculta pulmonar, é possível identificar um pulmão completamente sadio. Algumas pacientes vão apresentar doença moderada, ou seja, evidência de doença pulmonar, mas com a saturação maior que 93% mostrando que apesar do acometimento pulmonar, não tem nenhum efeito sobre o funcionamento do pulmão delas, essas pacientes apresentam um excelente prognóstico. Algumas mulheres vão apresentar doença grave, ou seja, na vigência da infecção por Covid vão apresentar insuficiência respiratória, que será diagnosticado quando essa paciente estiver com uma saturação menor que 93% ou uma FR maior do que 30. A paciente crítica, é a paciente que precisa de cuidados intensivos por apresentar quadros de choque séptico, disfunção de múltiplos órgãos, disfunção sistêmica. Essa paciente é a que apresenta um risco muito grande de morte. Obs: classificação acaba sendo muito variável, muito dinâmica. As vezes a paciente que chega com acometimento leve 4 horas depois ou 6 dias depois acaba evoluindo para um quadro mais grave. Por isso deve-se orientar exaustivamente a paciente e seus familiares para que eles observem e consigam identificar os sinais de alarme. É importante nas pacientes que tenham Covid a serem orientadas a serem reavaliadas no máximo 03 dias, uma vez que é neste momento que será possível avaliar a progressão da doença. Em relação as recomendações gerais para as gestantes, devem manter as consultas de pré-natal, é mais importante que tenha um cuidado pré-natal adequado seja diagnosticada em relação a diabetes, hipertensão e infecções gerais na gestação. Deve reforçar o uso de máscaras e de EPIs, então se essa mulher trabalha em um hospital ou algum outro local com alta taxa de exposição. Se trabalha em um local com menos exposição deve usar a máscara o tempo todo, se for possível o trabalho deve ser remoto. Deve adequar o trabalho dela conforme as condições apresentadas por ela. A prevenção da transmissão deve ser a principal prioridade. Deve adiar qualquer atividade eletiva e não urgente, cada paciente deve ser consultada com necessidade de avaliação individual, é uma oportunidade para começa a avaliar o uso de telemedicina em obstetrícia. Mas isso ainda é muito desafiador, pensando que em todas as consultas deve-se avaliar o peso dessa gestante, medir a pressão, BCF, medir a altura da barriga dessa mulher. Então essas medidas ainda são um pouco difíceis de serem adotadas na prática, mas pensar que diante desse necessário de pandemia algumas consultas podem ser substituídas por orientação a distância. A questão do acompanhante, tem sido polêmica, claro que o apoio familiar durante o pré-natal é essencial, mas deve ser pensado se num cenário de pandemia o acompanhante vai ser uma medida boa ou não. Programação das consultas: Sempre tentar acoplar a consulta médica aos exames de ultrassom, as consultas presenciais só devem ser iniciadas depois das 11 semanas de gravidez. Evitar consultas desnecessárias e avaliar o uso da telemedicina, e depois das 37 semanas que é a fase onde se tem maior risco de complicação, as consultas devem ser feitas de forma breve e rápida. Vacinação: Sempre que se faz um estudo para avaliar eficácia e efetividade na medicação, acaba não incluindo gestantes, principalmente nas fases iniciais, com receio de que alguma medicação possa causar algum grau de má formação fetal, algum grau de complicação para essa gestação. Então em geral, as gestantes serão incluídas na fase final do estudo, os estudos de vacinação, não incluíram gestantes, portanto, não existe avaliação de eficácia e segurança em gestantes. No entanto, as vacinas antes de serem testadas na população são testadas em modelos animais, e nesses modelos animais acabam sendo feito testes em modelos animais gestantes, que não mostraram complicações. Uma outra coisa que ocorre quando se faz vacinação é que algumas mulheres são vacinadas sem saber que estão gestantes, então numa fase muito inicial da gestação, uma fase onde ainda não se tem atraso menstrual. Para esses dois grupos não foi possível observar ocorrência de complicação, nem no modelo animal e nem em mulheres gestantes que não sabia que estavam gestantes. Isso nos dá uma certa segurança em relação ao uso da vacinação em gestante. A vacinação é única forma comprovada de conseguir controlar a pandemia. Então a FIGO refederada pela FREBASGO, dizem que as pacientes podem ser vacinadas durante o pré-natal, só que a decisão da vacinação deve ser compartilhada. Deve expor para elas esse ponto de que não existe evidências de que a vacinação cause má formação no bebê, não existem evidências de que a vacinação faça mal para a gestante. Então deve ser discutido os aspectos de segurança geral das vacinas, os riscos associados as complicações maternas para aquelas que peguem a infecção, ausência de contraindicação formal. Além do que, não existe uma idade mínima para vacinação de gestantes, devido a escassa quantidade de vacinas disponíveis hoje em dia. Então as gestantes se encontram neste mesmo cenário, exceto algumas gestantes que possam ser profissionais de saúde. E o grande ponto é que as gestantes devem ser incluídas em futuros estudos com o intuito de avaliar a segurança neste grupo. Deve-se atentar em relação a gravidade, como dito previamente, a mulher em geral não terá qualquer complicação associada ao Covid, a maior parte das mulheres vão cursar com uma doença absolutamente leve, mas essas mulheres devem ser orientadas em relação aos sinais de alarme que farão com que estas procurem o serviço de saúde, com o intuito de evitar complicações. Se a paciente tiver febre, tosse, dificuldade para respirar,calafrio, dor de cabeça, dor de garganta, anosmia, exposição desprotegida a alguém que seja sabidamente positivo, cansaço, dor muscular, congestão, náusea ou vômito. Orientar a testagem, mas isso se houver a disponibilidade desse recurso, mas se não houver disponibilidade desse recurso deve buscar outros meios, fazer uma abordagem estrita aquela paciente que apresenta esses tipos de sinais e sintomas. Gravidade: É importante ressaltar que o teste RT- PCR pode levar até três dias para se obter o resultado, com isso não será esperado o resultado do teste para se tomar medidas, uma vez que, a paciente pode vir a ter complicações que podem levá-la ao óbito. O que será avaliado de gravidade: ❖ Dificuldade de respirar ou respiração curta; ❖ Dificuldade em falar frases curtas ou andar pequenas distâncias; ❖ Tosse com sangue; ❖ Dor ou pressão torácica; ❖ Incapacidade de tomar líquidos, desidratação ou letargia. Essa gestante será encaminhada para urgência, encaminhá-la imediatamente para o PS, mas se essa mulher não apresenta nenhum desses sintomas, é considerada como um caso leve e a decisão de internar ou não vai se basear se essa mulher tiver ou não fatores de risco. Então será avaliado a presença de comorbidades como – hipertensão, HIV, doença cardiovascular, doença renal crônica, uso de imunossupressores devem ser encaminhadas para exames complementares ou internação. As pacientes que apresentam condições obstétricas como pré-eclampsia, hipertensão na gestação, diabetes, entrando em trabalho de parto – termo ou pré-termo também devem ser encaminhadas para a internação. Outra coisa que vai definir com que essa paciente seja internada, se esta apresenta dificuldades no autocuidado, se mora sozinha, se não tem condições de medir a própria temperatura, se essa mulher tem um problema social no autocuidado. Exames de imagem: A radiologia não substituí o diagnóstico molecular, ou seja, o diagnóstico padrão ouro para o Covid é o RT-PCR, entretanto, na urgência a TC pode guiar bastante, os aspectos tomográficos da Covid são bastante sugestivas e podem ou não confirmar o diagnóstico. Toda a paciente que for encaminhada para internação, avaliação nós iremos solicitar um hemograma, elitrólitos, função renal, função hepática, d-dímero e culturas. As culturas são importantes, uma vez que, a paciente que está acometida por uma infecção pulmonar grave pode vir a ter um acometimento bacteriano secundário. Ou seja, a bactéria surge como uma infecção oportunista. Obs: então se obtém as culturas para não confundir o tratamento e deixar de tratar uma infecção importante. O d-dímero é importante, uma vez que, a Covid não causa uma doença pulmonar local também estará associada a ocorrência de eventos tromboembólicos e o d-dímero mostra a chance dessa paciente ter uma trombose. Quanto mais alto o d-dímero maior a chance de ter uma trombose dentro das próximas 48hs, quanto mais baixo, menor a chance deste evento acontecer. Então o d-dímero vai nos guiar no sentindo de fazer ou não a anti- coagulação dessa paciente, lembrar que a Covid não é somente uma doença respiratória, é uma doença de endotélio que vai desencadear eventos tromboembólicos. Evolução da doença: Apresenta um espectro muito amplo de evolução, a maioria das pacientes, mais de 90% vão evoluir sem quaisquer complicações, não vão precisar de internação, mas 10% vão precisar de internação, uma vez que, a deterioração é muito rápida em termos de horas e dias. Por isso é importante a avaliação frequente dessas gestantes. Dentro daquelas que irão evoluir com gravidade quase 50% apresentarão quadro de pneumonia, 30% irão precisar de oxigênio, 13% terão doenças sistêmicas ou sepse, 4% vão precisar ir para UTI, 3% serão intubadas e uma porcentagem pequena pode vir a óbito. Tratamento precoce: Não existe! A medicação com Cloroquina, Ivermectina, podem trazer complicações graves, a cloroquina está associada a distúrbios na condução cardíaca e a Ivermectina, necrose hepática. Então não se recomenda qualquer forma de tratamento precoce para gestante, para população em geral na verdade. O uso restrito de antibióticos como a Azitromicina a Amoxicilina com Clavulanato, está associado a um aumento de resistência bacteriana, para gestante que não demanda este não irá desencadear efeito nenhum. Mas, quando essa gestante precisar fazer o uso por conta de uma amigdalite ou por conta de uma pneumonia, essa gestante provavelmente será resistente a esse antibiótico. Os casos graves ou moderados de Covid sempre serão tratados em ambiente hospitalar, a paciente que tem um diagnóstico de Covid e recebe alta é a paciente que não apresenta nenhum sinal de complicação, não apresenta nenhuma alteração nos exames previamente solicitados. Mas se a paciente apresenta um quadro grave ou moderado, deve ser internada, e se o quadro for grave deve propor a internação em terapia intensiva. A Dexametasona parece trazer bons resultados, porém não foi avaliada especificamente na população obstétrica, mas o mais importante é o suporte de reavaliação. Eventualmente, é internada inicialmente na enfermaria, recebendo os cuidados habituais só que essa paciente precisa ser reavaliada, o médico deve reavaliar de 4 a 6 vezes por dia, 6 em 6 horas. Uma vez que, essa pode piora e progredir em sintoma de gravidade e deve ser internada em UTI. Se começa a apresentar uma piora de parâmetro respiratório, deve garantir um suporte adequado de oxigênio para essa paciente, portanto, se houver a necessidade de sedar e intubar a paciente não se deve postergar. Aspectos de manejo: Para pacientes internadas em estado grave, deve procurar prevenir o tromoboembolismo, prevenir a TVP e embolia pulmonar, uma vez que, a gestante apresenta risco muito alto de fenômenos tromboembólicos, a gestação já é um dos principais fatores de risco para tromboembolismo. Além disso, essa gestante vai estar acamada com pouca mobilidade, então nesses casos, será prescrito Enoxaparina de 40 a 60 mg uma vez por dia. A Dexametasona ainda não foi testada na população obstétrica como dito previamente, parece ser uma boa intervenção, conseguindo melhorar os desfechos nas gestantes graves. Será prescrito 6 mg por dia por 10 dias ou até a alta hospitalar, se não houver a Dexametasona no ambiente hospitalar, pode substituir por Metil-prednisona ou Hidrocortisona. Obs: são medicações que reduzem a probabilidade de complicação em doentes graves. Avaliação obstétrica: Avaliar a vitalidade fetal, então toda a gestante que será internada por quadro grave ou moderado de Covid serão submetidas a ultrassonografia, devido uma alta frequência de restrição de crescimento fetal, além da cardiotopografia, a partir das 32 semanas. Se essa paciente estiver com menos de 34 semanas será recomendado o uso de corticoide, o corticoide na gravidez aumenta a formação de pneumócitos no pulmão do bebê, com isso o bebê nasce com uma capacidade respiratória melhor. Obs: qualquer mulher que apresenta um risco de entrar em trabalho de parto antes das 34 semanas, deve ser recomendado o uso de corticoide. Será prescrito então Betametasona 12 mg por via IV durante dois dias, o sulfato de magnésio é recomendado se a paciente tiver necessidade de um parto antes das 32 semanas, deve fazer o uso do sulfato de magnésio com o intuito de diminuir o risco, do bebê ter paralisia cerebral, então, o uso de Sulfato de magnésio pelo menos 4 horas antes desse bebê nascer, faz com que o cérebro dele nasça com maior resistência. Parto: O parto deve ocorrer quanto mais estável estiver essa gestante, essa paciente deve ser estabilizada clinicamente. Lembrar que se deve fazer uma observação clínica rigorosa dessa paciente e os sinais vitais conseguem nospredizer a ocorrência de complicação, então essa paciente deve ter uma FC, FR e saturação de O2 o tempo todo valorizado e cuidado. Além disso, o BCF funciona como um sinal preditor de gravidade, então se o BCF está muito elevado ou muito baixo, significa que a oxigenação para a placenta se encontra diminuída. E provavelmente, não deve estar oxigenando de maneira adequada para os pulmões, rins, coração. Obs: então o BCF, consegue servir como um sinal de vitalidade não só do bebê, mas também da gestante. Se essa paciente que ficou internada e conseguiu se recuperar bem, serão feitos cuidado por via tele saúde na assistência privada, mas no serviço público deve marcar retornos frequentes para essa paciente, por exemplo essa paciente teve alta, mas após dois dias deve retornar ao serviço para ser reavaliada e assim frequentemente. Seguimento da vitalidade fetal e crescimento fetal: Então deve ser solicitada a ultrassonografia para averiguar se este bebê não está com nenhuma restrição de crescimento fetal, essa paciente passou por uma doença grave, precisou ficar internada, teve uma disfunção endotelial difusa, e o bebê pode ter em consequência disso uma restrição de crescimento. Cuidados gerais no parto: Qualquer gestante que seja positiva ou suspeita, deve ficar isolada, deve ser atendida em uma sala isolada para evitar a transmissão. O ambiente de atendimento deve ser por empativo, preferencialmente tenha um pronto atendimento dedicado ao atendimento das pacientes com Covid ou suspeita, uma sala de triagem e uma sala de isolamento. Os cuidados para equipe: A equipe deve ser treinada, deve receber treinamento em relação a paramentação. O profissional que vai atender pacientes com Covid tem que ter consciência de que o tempo todo este deve estar preparado para o atendimento, uma vez que, ao chegar uma urgência, uma emergência, em menos de 5 minutos este não se paramenta ou desparamenta e é nesse momento em que o profissional se coloca em risco. Obs: lembrar que o momento em que mais ocorre a infecção é a desparamentação. Acompanhante no parto: É recomendado apenas um acompanhante por paciente, portanto, evitar grandes quantidades de acompanhantes que acaba sendo um desafio na humanização de parto. Cada vez mais nessa história de humanização de parto, a gestante deve ser acompanhada por quem ela quiser, por quantos acompanhantes forem possíveis e a presença da doula, que é uma profissional especializada em garantir suporte emocional a essa paciente. Mas no momento de pandemia deve-se repensar essa questão do acompanhante, deve ser restrito e se manter o mesmo ao longo de todo o processo. Se possível oferecer visita por vídeo, evitar as visitas a UTI neonatal, devem ser as mais restritas possíveis, uma vez que, o indivíduo que for visitar o RN pode ser assintomático e vai levar acabar levando o vírus para dentro da unidade. Programação do parto: Nos casos de assintomáticas ou quadros leves não é recomendado fazer o parto antes das 39 semanas, o parto deve ocorrer a partir das 39 semanas. Nos quadros graves será considerado o momento do parto conforme condição materna e fetal, então se essa paciente apresenta uma piora no seu quadro clínico, será indicada uma interrupção dessa gravidez. Se esse bebê em decorrência da Covid, em decorrência da infecção materna pode vir a desenvolver restrição de crescimento fetal, problemas de circulação, pouco líquido dentro da barriga será indicado a interrupção dessa gravidez. O pico de piora dessa gestante vai ocorrer a partir da segunda semana, por exemplo uma paciente acabou de começar o quadro clínico e está com 36 semanas, é esperado uma piora daqui duas semanas. Então se essa paciente já tem uma maturidade pulmonar, chegou no termo e tem o conhecimento de que na segunda semana pode ocorrer uma piora. Será discutido a resolução da gravidez não esperando chegar esse momento de gravidade. A indução de parto pode ser feita, Covid não é indicação de cesária, pode propor uma indução de parto, entretanto, deve-se considerar o cenário como a disponibilidade de leitos disponíveis. Além disso, é esperado um aumento nas taxas de cesária devido a pandemia, isso ocorre uma vez que, a gestante que está no final da gravidez tem medo em relação ao parto, a via de parto, em relação as condições do bebê e com isso a cesária acaba surgindo como uma possibilidade de interromper mais rápido essa gravidez, evitar que essa gestante fique internada por um período longo. Durante o parto, será proposto um cuidado rotineiro, não há nenhuma especificidade em relação ao cuidado, deve ser evitado a oferta de oxigênio nasal pelo risco de geral aerossóis, através do cateter por aumentar ainda mais a saída dessas secreções. O segundo estágio do parto se caracteriza pela dilatação por completo e é nesse momento que será orientado os puxos, que é a força que a mulher faz para empurrar o bebê para baixo. Em geral não se orienta puxo, uma vez que, a paciente por conta própria terá vontade de fazer os puxos, mas no caso da Covid, deve-se colocar a mão sobre a barriga, sentir a contração e orientar os puxos, isso com o intuito de diminuir a duração do parto. O ideal das salas de parto é ter pressão negativa, apesar de não ser a realidade de muitos serviços de saúde no Brasil, mas a sala de parto dedicada ao Covid, deve ser uma sala específica dedicada só a Covid, e a equipe deve ser treinada. Pós-parto: Deve tentar oferecer alta o mais precoce possível, se houver necessidade esta paciente será encaminhada para internação, mas se não houver deve dar alta o mais precoce possível de forma a evitar as internações prolongadas, e isso com o intuito de diminuir a exposição. Amamentação: Não existe evidências de que o Covid seja transmitido pelo leite, o centro americano de controle de doenças recomenda que a mãe que seja sabidamente positiva seja afastada do RN por 14 dias desde o início dos sintomas. Na realidade brasileira isso é factível, então, é recomendado que a mulher que seja sabidamente positiva use máscara quando for amamentar o bebê. Nos casos das mulheres que sejam isoladas dos bebês, não se deve dar fórmula, deve ofertar o leite materno mesmo a partir de extração do leite. As pacientes que não sejam positivas e as pacientes que não forem suspeitas não há necessidade do uso de máscara. Considerações finais: ❖ Sempre considerar o corticoide; ❖ Paciente que apresenta quadro grave ou moderado, é indicado o uso de corticoide se tiver mais que 24 semanas de gravidez; ❖ Se tiver mais que 24 semanas, avaliar a vitalidade fetal diariamente; ❖ Buscar uma saturação maior que 95% na gestante; ❖ Se a idade gestacional for maior 34 semanas, e apresentar sinais de gravidade – indução do parto; ❖ Serviço que atende pacientes com Covid sempre tem que ter uma sala de parto preparada para uma eventual emergência; ❖ Manter sempre um alto grau de proteção individual; ❖ Grau de suspensão para o Covid deve ser sempre alto; ❖ Mulheres gestantes apresenta tosse com sinal principal; ❖ Sempre que houver possibilidade fazer a testagem; ❖ Isolar os casos suspeitos; ❖ Avaliar os sinais de deterioração clínica; ❖ Não retardar o parto. Fisiologia Reprodutiva – o ciclo menstrual Definições: Pré-adolescência: 8-11 anos; Adolescência: 12-19 anos; Menacme: 20-39 anos; Climatério: 40-64 anos; Senescência > 65 anos; Conceitos: A puberdade é a transição da infância para a vida adulta. E seu final é a maturidade reprodutiva. Faixa etária: 8 a 13 anos; Menarca é a primeira menstruação. Faixa etária: até 13 a 15 anos; Climatério é a transição da menacme para o final da vida reprodutiva; PUBERDADE MENARCA TELARCA CICLOS OVULATÓRIOS FALÊNCIA OVARIANA MENOPAUSA Menopausa é a últimamenstruação. Os ovários se esgotam e se tem a última menstruação. Média no brasil é por volta dos 51 anos; É um evento único; Ciclos regulares: mulher está ovulando, mulher perde folículos da vida inteira até por volta dos 45 anos; Ciclos irregulares: ocorrem quando não se ovula direito; E quem dita todos esses eventos são os folículos ovarianos. É importante ressaltar que a mulher já nasce com um determinado número de folículos nos ovários e na vida intrauterina a mulher pode apresentar cerca de 6-7 milhões de folículos, mas chega perder 50.000 por dia. Ao nascer pode apresentar cerca de 1 milhão de folículos, mas chega a perder de 300-500 folículos por dia, conforme, essa mulher vai se desenvolvendo ocorre uma grande perda de folículos. Na puberdade passa a apresentar 500.000 folículos, mas chega a perder 1000 folículos por mês, até um momento em que esses folículos começam a se esgotar e quando isso ocorre essa mulher menopausa. Observação: é importante lembrar que a mulher perde folículos a cada mês, portanto, a cada ovulação cerca de mil folículos serão perdidos (lembrando que vários folículos serão recrutados para serem maturados, mas somente um irá maturar). Como dito previamente durante a vida reprodutiva a mulher perde muitos folículos só que nesse período entre 20 e 40 anos, esses folículos é quem serão os responsáveis pela produção de hormônios na mulher. Durante a puberdade há um pico de estrogênio e esse será responsável por garantir características sexuais secundárias da mulher e conforme esse estrogênio cicla, a mulher terá ciclo menstrual normal. Observação: na população brasileira a média da menopausa é de 51 anos mas vale ressaltar que isso varia muito de família para família, existem mulheres que podem menopausar aos 40 anos, mas quando isso ocorre deve-se pensar em algum evento de infertilidade. Então se uma paciente relata que está menstruando normalmente, não há a menor necessidade de pedir dosagem de estrogênio. Os níveis de estrogênio caiem abruptamente quando essa mulher estiver entrando no período de pré-menopausa. No período em que a mulher estiver ciclando, portanto, com os níveis estrogênio subindo e descendo, será nesse período em que a mulher irá ovular. Então ao tirar a história de uma paciente em que menstrua 5 dias por mês um ciclo de 28 dias e regular, não há a menor necessidade de pedir dosagem de estrogênio. O ciclo menstrual: É regulado pelo eixo hipotálamo-hipófise; O hipotálamo estimula a hipófise que libera hormônios de modo cíclico – o folículo passa pelas fases de crescimento, ocorrendo a ovulação, o endométrio cresce e se não ocorrer implantação, há a descamação do endométrio – menstruação. Para que uma mulher menstrue de maneira adequada é necessário que o córtex, hipotálamo e hipófise estejam funcionando adequadamente, além dos ovários e útero. A menstruação é um evento final dos hormônios produzidos por essas glândulas e quando uma paciente tem como queixa principal menstruação irregular ou ausência de menstruação, deve-se imaginar que o problema pode ser tanto ovariano, quanto hipofisário, hipotalâmico ou cortical. Obs: mulheres que apresentam algum distúrbio ovariano ou alguma doença que influí sobre o eixo como estresse podem cursar com ciclos irregulares ou até mesmo amenorreia. Para uma mulher menstruar os hormônios da hipófise – FSH e LH, precisam ciclar, esses hormônios irão agir sobre o tecido-alvo, neste caso, os ovários. O ovário é um órgão que mede de 2 a 3cm e que de certa forma apresenta uma enorme complexidade sobre o corpo da mulher. Esses hormônios irão agir nos ovários que irão agir sobre o órgão efetor. Os ovários serão responsáveis pela produção de estrógeno e progesterona, além da liberação do gameta feminino. E todos esses eventos fazem com que a mulher tenha um padrão de sangramento cíclico a cada mês denominado de menstruação. O córtex é quem irá estimular o hipotálamo através de neurotransmissores, dessa forma, o hipotálamo ao receber estímulos corticais passa a produzir e secretar GNRH. O GNRH é quem vai estimular a hipófise a produzir e secretar FSH e LH. Então o GNRH produzido e secretado pelo hipotálamo passar pelo sistema porta hipotalâmico-hipofisário vai estimular a produção e secreção de FSH e LH pela adeno-hipófise. Esses hormônios quando secretados na corrente sanguínea irão agir sobre o tecido alvo. O GNRH é um hormônio secretado em pulso e dependendo da frequência e amplitude que o GNRH é secretado, a hipófise vai responder de um jeito. É um hormônio em que o tempo de meia vida é muito curto e por isso é muito difícil de dosar esse hormônio, além de ser um hormônio altamente variável. Então para que ocorra a produção de FSH e LH pela adeno- hipófise dependo da frequência e da amplitude do GNRH secretado pelo hipotálamo. Quando o hipotálamo secreta GNRH com baixa amplitude e baixa frequência, a hipófise irá secretar FSH, mas quando o hipotálamo aumenta a frequência e diminuí a amplitude, a hipófise passa a secretar LH. Quando a amplitude está elevada e a frequência diminuída, a hipófise deixa de secretar esses hormônios. Observação: existem fatores que irão influir sobre o pulso de GNRH como pílulas anticoncepcionais e o hipercotisolismo. Ovário: Como dito previamente o ovário mede cerca de 2 a 3cm, depois da menopausa, passa a medir 1 cm, composto por um epitélio cúbico, um epitélio onde irão surgir as criptas para o processo de ovulação e esse epitélio é quem dará origem a 90%-95% dos cânceres de ovário. Ao abrir um ovário, encontramos um epitélio revestindo e abaixo desse epitélio, temos o estroma, tecido conjuntivo composto por feixe vasculares e nervosos e existem mais duas estruturas importantes – oócito e uma camada de células que circundam esse oócito -> rodeados por células especializadas, que tem função de produção hormonal. As células da granulosa e as células da teca são uma camada de células que circunda o oócito e que serão responsáveis pela produção de estrógeno e progesterona. Essas células são altamente especializadas, convertem moléculas sucessivamente até chegar no produto final que é o estrógeno e o substrato para síntese desse hormônio é o colesterol. O colesterol é o substrato para a síntese de hormônios femininos e masculinos e o colesterol passa por uma série de reações até se transformar em estrógeno. O colesterol se transforma primeiro em progesterona para depois se transformar em testosterona e da testosterona para o estrógeno. E este processo ocorre por um processo denominado de teoria das duas células. O oócito circundado por duas camadas de células, uma mais interna que são as células da granulosa e uma mais externa que são as células da teca. O colesterol é captado pelas células da teca e o LH secretado pela hipófise se liga no receptor das células da teca e convertem colesterol em androgênio. Esse androgênio passa para a célula da granulosa e o FSH ao se ligar no receptor através de segundos mensageiros promove a ativação da aromatase que irá converter androgênio em estrógeno. Ovulação: Para que a ovulação ocorra com um único folículo, existe um mecanismo de proteção no nosso organismo, todo o mês 15 a 20 folículos serão maturados e esses folículos como dito previamente estão produzindo estrógeno. O estrógeno em alta concentração fará um feedback negativo inibindo a secreção de FSH pela hipófise e GNRH pelo hipotálamo. Observação: lembrando que o FSH é quem será responsável por recrutar esses folículos. Observação: fóliculos = oócito (gameta), camada de células que circundam o oócito – granulosas interna e teca externa (produtoras de hormônio). O estrógeno tem uma ação autócrina sobre o folículo aumentando receptores de FSH e LH e com isso esse folículo passa a ser o dominante, os outros folículosque estavam sendo maturados atrofiam e sofrem apoptose. Esse folículo dominante continua produzindo estrógeno e esse estrógeno em alta concentração passa a fazer feedback positivo para que ocorra a secreção de LH e isso dará início a ovulação. Depois de 24 a 36 horas desse pico de LH, ocorre a ovulação, o óocito será liberado e após a liberação do oócito, ocorre a formação do corpo lúteo. As células da granulosa e as células da teca após a liberação do oócito formam o corpo lúteo que será responsável pela produção de progesterona sob a influência do LH. Corpo lúteo irá captar moléculas de colesterol e o LH ao se ligar no receptor através de segundos mensageiros converte o colesterol em progesterona. A progesterona em alta concentração faz feedback negativo na hipófise e inibindo a secreção de FSH e LH. O corpo lúteo dura cerca de 12 dias e a partir do momento que esse corpo lúteo sofre apoptose deixa de secretar progesterona, com isso deixa de inibir a hipófise. A hipófise passa secretar FSH e LH novamente dando início ao novo ciclo. Observação: a progesterona é quem será responsável pela contracepção nas mulheres. O estrógeno e a progesterona irão agir sobre o endométrio estimulando a proliferação glandular e a secreção de proteínas. Após a menstruação o estrógeno irá agir sobre a camada basal estimulando a proliferação dessa camada até que torne uma camada funcional, estimula a proliferação glandular e as glândulas tomam um aspecto mais reto por assim dizer. A progesterona irá agir de modo fazendo com que essas glândulas tomem um aspecto mais grosseiro e estimula a secreção proteica a partir dessas glândulas com o intuito de garantir a sobrevivência do embrião caso tenha sido fecundado. • Glândulas retas: fase proliferativa; • Glândulas com aspecto grosseiro: fase ovuladora; • Anárquico: menstruação Outras ações do estrógeno e progesterona: O estrógeno e a progesterona alteram o muco do colo do útero fazendo com que esse fique extremamente receptivo para o espermatozoide. No período pós-ovulatório, a progesterona faz com que o muco fique quebradiço e isso acaba sendo hostil para o espermatozoide. O estrógeno faz a mucosa da vagina ficar mais estratificada, quando a mulher menopausa a mucosa fica friável e pálida. Muitas vezes será necessário o uso de estrógeno tópico para melhora da vida sexual. O estrógeno estimula o crescimento das mamas, a deposição de gordura e a progesterona desenvolve. O estrógeno estimula a ativação de osteoblastos e aumenta a absorção óssea de cálcio. O estrógeno também protege a mulher de DCV, altera a conformação corporal, influência sobre a manutenção cognitiva e temperatura corporal. Obs: esses hormônios após exercerem a sua função, serão metabolizados pelo fígado e formas pouco ativas e excretados pelos rins Modificações Gravidicas do organismo materno As modificações podem ser sistêmicas ou locais como mamas, vulva, vagina e útero. Modificações sistêmicas: o Postura e deambualção: Há um desvio no ponto de gravidade – inclinação para frente, devido ao peso das mamas e da barriga e o todo o corpo para compensa, inclina-se para trás Para manter o equilíbrio empina o ventre e provoca a lordose da coluna. A base do corpo amplia-se, os pés se afastam e as espaduas se projetam para trás. Grávida dá passos oscilantes e curtos. A base de sustentação ampliada e os ângulos aumentados entre os pés e a linha mediana, principalmente à direita, por conta do dextrodesvio uterino, conferem peculiaridades à sua movimentação (Marcha Anserina). o Sistema Digestório: Gestantes apresentam náuseas e vômitos (as náuseas tendem a ocorrer pela manhã, de causa desconhecida, porém acredita-se estar relacionado com os níveis crescentes de hCG e de estrogênios); Atonia (esófago-estômago-vesícula-intestino) – durante toda a gestação e seus fatores determinantes são hormonais; Pirose (consequência imediata da atonia + o relaxamento do esfíncter e aumento da pressão intra-abdominal); Constipação intestinal (devido a atonia do cólon). o Sistema Cardiovascular: Aumento do débito cardíaco; Aumento do volume sistólico é observado várias semanas depois, devido a expansão do volume plasmático. Aumento do volume plasmático (retenção de líquido); Anemia fisiológica da gravidez; Aumento da frequência cardíaca – acréscimo é significativa e observado na gestação de cinco semanas. Esse aumento da FC, contribui para o aumento do debito cardíaco; Diminuição resistência vascular periférica (edema) - A pressão venosa nos membros inferiores aumenta cerca de três vezes, em virtude da compressão que o útero determina nas veias pélvicas, em particular na posição de pé, parada, quando há maior aprisionamento de sangue nas pernas e nas coxas; Síndrome da hipotensão supina - A partir de 20 semanas, o útero gravídico impede o retorno venoso ao coração, quando a gestante assume a posição supina pela compressão da veia cava inferior, como consequência muitas mulheres sofrem a síndrome de hipotensão supina, chegando a apresentar, por vezes, perda da consciência. Ao se adotar o decúbito lateral esquerdo, o débito cardíaco é restaurado quase automaticamente. A despeito do aumento acentuado do volume sanguíneo e do débito cardíaco, há redução da pressão arterial em virtude do decréscimo da resistência vascular periférica. A pressão arterial sistólica e a diastólica estão diminuídas de 5 a 10 mmHg no 2º trimestre, atingindo valores médios de 105/60 mmHg. No 3º trimestre, a pressão eleva-se e normaliza-se no termo. A elevação progressiva na frequência cardíaca materna prossegue até 28 a 32 semanas, com um acréscimo de 10 a 15 bpm (10 a 20%), se comparado ao ritmo existente fora da gravidez. Também há aumento progressivo no volume sistólico durante a primeira metade da gestação em função do maior volume plasmático, como já relatado. Em consequência, o débito cardíaco, que em média era de 5 ℓ/min fora gravidez, eleva-se para aproximadamente 7 ℓ/min em torno de 28 a 32 semanas da gestação (acréscimo de 40 a 50%), estabilizando-se até o parto. o Sistema Respiratório: Aumento dos diâmetros antero posterior e transverso do tórax; Compressão do diafragma pelo aumento do volume uterino; Aumento do volume minuto =volume corrente x frequência respiratória; Diminuem o volume reserva expiratório e volume residual – reduzindo a capacidade residual funcional; Aumento da caixa torácica; Aumento estímulo respiratório; Elevação volume corrente (quantidade de ar) -A expansão da caixa torácica e o aumento do estímulo respiratório criam o volume-corrente elevado. A progesterona parece desempenhar papel fundamental no estímulo do centro respiratório no sistema nervoso central; Diminuição do volume residual; A expansão do volume sanguíneo e a vasodilatação da gravidez resultam em hiperemia e edema da mucosa do sistema respiratório superior. Essas alterações predispõem a gestante a congestão nasal, epistaxe e até mesmo alterações da voz; Dispneia - A dispneia parece decorrer da perceção da paciente à hiperventilação da gravidez; Alterações fisiológicas respiratórias na gravidez. Pela elevação da cúpula do diafragma no final da gravidez o volume residual e o volume de reserva expiratório estão diminuídos, o que se reflete na capacidade residual funcional. O aumento do volume-corrente (tidal volume) eleva o volume-minuto, mas a frequência respiratória não se altera. Essa hiperventilação é fisiológica desde o início da gravidez, provavelmente por causa da ação da progesterona no centro respiratório. A hiperventilação da gravidez facilita as trocas gasosas nos pulmões. Tanto o PO2 no ar alveolar quanto no sangue arterial elevam-se. O consumo de oxigênio aumenta de 15 a 20% para fazer frente à massa materno-fetal adicional e ao trabalho cardiorrespiratórioda gestação. A hiperventilação da gravidez ocasiona alcalose respiratória, com diminuição do PCO2 para menos de 30 mmHg, embora haja modesto aumento no PO2 (101 a 104 mmHg). A diminuição do PCO2 é compensada pelo aumento da excreção urinária de bicarbonato, cuja concentração diminui no plasma; por isso, o pH arterial não sofre alteração significativa (pH = 7,4), caracterizando a alcalose respiratória compensada. o Sistema Urinário Compressão uretral pelo aumento do volume uterino; Hidronefrose fisiológica - Os rins deslocam-se para cima pelo aumento do volume uterino e aumentam em tamanho cerca de 1 cm em virtude do acréscimo do volume vascular renal e do espaço intersticial. Uma das mais significantes alterações do sistema urinário observadas na gravidez é a dilatação da sua porção superior que ocorre a partir de 7 semanas em até 90% das gestantes e pode persistir até 6 semanas do pós-parto; Hipomotilidade uretral – progesterona; Ureteroectasia – fatores hormonais e mecânicos Glicosúria da gravidez - A glicosúria é fisiológica na gravidez e se deve ao aumento da TFG que excede o limite da reabsorção tubular da glicose. Desse modo, não é indicativa de diabetes na gestação, assim como não serve para o seu rastreamento; O útero expandido diretamente comprime os ureteres, enquanto a progesterona inibe a musculatura lisa ureteral, determinando ureteroectasia. A dilatação ureteral é mais pronunciada à direita em virtude da dextrorrotação uterina, estando o ureter esquerdo relativamente protegido pela sigmoide; o Metabolismo glicídico: Porque há outra estrutura associada, o concepto, consumidor de glicose, e a mãe vê-se submetida à permanente demanda de glicose. Diante de período prolongado de jejum, o feto continua a extrair glicose e aminoácidos da gestante, em taxas idênticas às observadas nos períodos de alimentação (parasitismo verdadeiro). A fim de prover suprimento ininterrupto de glicose e de aminoácidos para o concepto, a gestante faz ajustes importantes: não consome mais indiscriminadamente a glicose e, à medida que a gravidez se desenvolve, seu uso periférico diminui, graças aos hormônios contrainsulares pela placenta. A glicose é transferida rapidamente ao feto por difusão facilitada, embora seja pequeno o gradiente de concentração. O consumo contínuo de glicose pelo concepto e seu rápido transporte pela placenta influenciam profundamente o metabolismo dos carboidratos na gestante. Em todos os estágios da gestação, depois de uma noite de jejum, os níveis de glicemia são 15 a 20 mg/dℓ inferiores aos sinalados fora da gravidez. Durante a gravidez registra-se aumento na resistência à insulina ao final do 2º trimestre, podendo chegar a aproximadamente 80% no termo. Exibe um aumento da resistência periférica a insulina; Níveis elevados de hormônios lactogenio placentário – efeito diabetogenico; O efeito diabetogênico do hPL resulta na mobilização de lipídios na forma de ácidos graxos livres (AGL). Esses AGL serviriam como fonte de energia, poupando glicose e aminoácidos, que estarão disponíveis para o feto. Hiperinsulinismo pós prandial - em função dos fatores contrainsulares; o Metabolismo lipídico: Durante a gestação, o metabolismo da mãe precisa adaptar-se para fazer frente à contínua demanda fetal de nutrientes pela placenta, a fim de suprir o seu desenvolvimento. Quantitativamente, glicose e aminoácidos são os nutrientes mais abundantes que atravessam a placenta, e a dependência do feto a essas substâncias é bem conhecida. Todavia, a placenta é praticamente impermeável aos lipídios, exceto aos AGL e aos corpos cetônicos. Não obstante, alterações significativas no metabolismo lipídico materno durante a gestação influenciam o crescimento fetal. Duas alterações consistentes no metabolismo materno durante a gestação são o acúmulo de lipídios nos tecidos da gestante e a hiperlipidemia gestacional. Aumento de peso materno; Reserva de energia; Poupar glicose e aminoácidos para o feto; Aumento de ácidos graxos circulantes; Hiperlipidemia materna – acumulo de lipídeos nos tecidos da gestante Hipertrigliceridemia materna; o Metabolismo Hidroeletrolítico Retenção de líquido e aumento do volume plasmático; Aumento do debito cardíaco; Aumento fluxo plasmático renal; Uma das alterações sistêmicas mais notáveis observadas na gravidez é a retenção de líquido intra e extracelular, especialmente responsável pelo aumento do volume plasmático. Essa alteração hidreletrolítica é decisiva para que ocorram outras modificações importantes, como o aumento do débito cardíaco e o do fluxo plasmático renal. O provável mecanismo para essa adaptação é a retenção de sódio, determinada principalmente pela maior secreção de aldosterona pela suprarrenal, a despeito do efeito natriurético da progesterona. Para se conservar o sódio, quando a taxa de filtração glomerular aumenta em torno de 50%, durante a gravidez ativa-se o mecanismo compensatório representado pelo sistema renina-angiotensina. A renina é elaborada pelo aparelho justaglomerular renal e age estimulando a secreção de aldosterona pelo córtex suprarrenal, via angiotensina. A aldosterona é responsável pelo aumento da reabsorção tubular de sódio, preservando a homeoestase materna. Essa situação hormonal pode ser chamada de hiperaldosteronismo secundário da gravidez. Aceitando-se que o ganho total de peso na gravidez seja de cerca de 11 kg, dos quais 70% são de água, para se manter a isotonicidade, tornam-se necessários 25 g de sódio ou 60 g de cloreto de sódio. Concluindo, o sódio deve ser conservado para prover quantidade adicional indispensável à expansão tecidual e dos compartimentos líquidos durante a gestação. Na verdade, a concentração plasmática de sódio encontra-se ligeiramente diminuída na gestação, assim como a osmolaridade total. A gestante parece aceitar esse nível de osmolaridade, sem elevar a diurese. Por outro lado, o limiar de sede na gravidez está alterado de tal maneira que a gestante sente vontade de ingerir líquido com nível mais baixo de osmolaridade do que a não gestante. Do mesmo modo, há redução acentuada da pressão oncótica (pressão coloidosmótica), determinada principalmente pela queda de cerca de 20% (níveis gravídicos: 2,8 a 3,7 g/dℓ) na concentração de albumina plasmática. Essa alteração sugere que a pressão oncótica é o fator mais relevante para o equilíbrio de Starling, ou seja, o grau de passagem de líquido pelos capilares (inclusive dos capilares glomerulares). Assim, a diminuição da pressão oncótica do plasma é responsável pelo aumento da taxa de filtração glomerular renal (TFG) observada na gravidez, além de contribuir para o desenvolvimento do edema periférico, trivial até mesmo na gravidez normal. Em resumo, os fatores responsáveis pela retenção de líquido estão descritos a seguir: • Retenção de sódio • Novo nível de osmolaridade • Diminuição do limiar da sede • Redução da pressão oncótica. As consequências da retenção de líquido são: • Redução na concentração de hemoglobina • Redução do hematócrito • Diminuição da concentração de albumina • Aumento do débito cardíaco • Elevação do fluxo plasmático renal • Edema periférico Modificações dos órgãos genitais – Vulva e vagina: Sinal de Jacquemier - A vulva e a vagina tumefazem-se, experimentam amolecimento e têm sua coloração alterada. A vulva pigmenta-se e a região limítrofe com a extremidade inferior da vagina perde seu característico tom róseo, tornando-se vermelho-vinhosa, com ninfas e grandes lábios entreabertos. Alterações uterinas: O útero passa de piriforme para esférico cilíndrico; Diminuição da consistência - embebição gravídica e à redução do tônus no istmo - Sinal de Hegar Aumento de volume de modo desigual mais acentuada a expansão na zona de implantação a direita de formaassimétrica - Sinal de Piskacek Forma globosa e ocupando os fundos de saco laterais e revela o pulso da artéria uterina - Sinal de Nobile-Budin Contrações de Braxton Hicks, faz parte dos sintomas mais comuns da gravidez. Nomeado em homenagem ao primeiro cientista a descobri-las, as contrações de Braxton Hicks são normalmente indolores e curtas, durando apenas um minuto ou dois. Elas podem ocorrer em toda a sua gravidez, mas geralmente aumentam no último trimestre. Elas tendem a ocorrer de maneira irregular e, embora desconfortável, elas não devem incomodá-la muito. Sinal de Kluge quando a vagina passa a apresentar cor arroxeada pelo aumento vascular local. Sinal de Osiander é a percepção da pulsação das artérias vaginais dilatadas nos fórnices laterais Modificações uterinas: colo uterino Sob a influência dos estrogênios e da progesterona, o colo torna-se amolecido durante a gravidez. O estrogênio estimula o crescimento do epitélio colunar (ou glandular) do canal cervical, torna-se visível na ectocérvice e é denominado ectrópio ou eversão. Esse epitélio mais frágil está sujeito a sangramento. Em função dessa maior vascularização, o colo fica azulado durante a gravidez. As prostaglandinas induzem a remodelação do colágeno cervical, particularmente ao fim da gestação, enquanto a colagenase produzida pelos leucócitos também contribui para o amolecimento do colo. Ao colo corresponde o canal cervical, e ao istmo, o canal do istmo. Fora da gravidez, o limite inferior do colo é o orifício externo do colo ou orifício externo do útero. A extremidade superior do colo é o orifício interno do colo, orifício externo do istmo ou orifício interno histológico. O limite superior do istmo é o orifício interno do istmo ou orifício interno anatômico. Na gravidez, o istmo desenvolvido e incorporado à cavidade do corpo sinaliza muito bem o limite superior do colo, denominado orifício interno obstétrico, em contrapartida ao orifício externo obstétrico, que é o orifício externo do colo. As seguintes nomenclaturas são sinônimos: (1) orifício interno do istmo ou orifício interno anatômico; (2) orifício externo do istmo, orifício interno do colo, orifício interno histológico ou orifício interno obstétrico; (3) orifício externo do colo, orifício externo do útero ou orifício externo obstétrico. O amolecimento, notado ao exame da genitália interna, é precoce e constitui sinal de probabilidade no diagnóstico da gravidez. Modifica-se a posição do colo. Na decorrência do crescimento do corpo, a cérvice eleva-se e orienta-se na vagina, situando-se posteriormente em direção ao côncavo sacro. É de difícil acesso, tanto ao toque como ao exame especular. Quando a insinuação da cabeça ocorre, no final da gravidez, o colo desce e centraliza- se no eixo vaginal. Ao termo, o orifício externo torna-se permeável ao dedo ou apenas à polpa digital até na nulípara; na multípara, e, sobretudo, quando há antecedentes de lacerações cervicais, é, desde cedo, franqueável por um ou dois dedos; no pré-parto dilata-se mais o orifício externo, que costuma, na multípara, mostrar-se entreaberto. O canal cervical é obliterado por secreção mucosa espessada, chamada tampão mucoso, dito de proteção ao ovo. A eliminação desse tampão, nas proximidades do parto, à medida que o colo se encurta, constitui importante sinal clínico. O encurtamento do colo também é prenúncio do parto, acentuando-se até o completo apagamento, mas se trata de um fenômeno observado apenas em primíparas. O apagamento do colo é consequência da remodelação cervical, com quebra e rearranjo do colágeno pelas metaloproteinases da matriz, reação inflamatória mediada por citocinas e prostaglandinas, mas também da ação exercida pelas contrações de Braxton-Hicks do final da gravidez e dos ligamentos redondos, que empurram a apresentação para o canal do parto (insinuação), exercendo pressão mecânica na cérvice. Apagamento do colo no pré-parto em primíparas. Esse apagamento ocorre somente em primíparas porque os ligamentos uterossacros que fixam o útero à pelve estão firmes e tensos na primeira gravidez. Em decorrência das gestações anteriores, nas multíparas os ligamentos encontram-se frouxos, de modo que as contrações uterinas fracas da gravidez já não pressionam mais a apresentação o suficiente para o apagamento do colo, o que ocorre apenas em pleno trabalho de parto, quando as metrossístoles assumem caráter mais intenso. Crescimento epitélio colunar = ectrópio; Insinuação; Apagamento do colo uterino – primigestas; Diagnóstico da Gravidez: Atraso menstrual; Sinais e sintomas (náuseas, mamas congestas e doloridas, tubérculos de Montgomery, colostro, rede de Haller e aréola secundária); Teste de gravidez – Beta hCG; US transvaginal; Bacia obstétrica e Estática Fetal O parto eutócico é o parto que ocorre de maneira fisiológica e para que o parto ocorra dessa maneira é necessário que algumas estruturas estejam trabalhando adequadamente. O útero, por exemplo, precisa contrair de maneira coordenada, precisa contrair a ponto de que todas as forças produzidas sobre aquele feto direcionem para baixo em direção a pelve. Então o vetor de força precisa ser em direção a pelve. Existem algumas situações, em que o útero empurra o feto contra a pelve, mas o canal de parto, portanto, a bacia óssea e algumas outras estruturas que compõem este canal, não permitirem a passagem desse feto. Ou abaixo dessa bacia, existe um colo de útero ou uma vagina que acaba não permitindo com que esse feto passe. Existe uma outra situação em que o útero contraí e a bacia permite com que esse feto passe, mas este feto não está posicionado da maneira que deveria estar. Para que o parto ocorra é necessário que o útero esteja contraindo de maneira adequada; o canal de parto, portanto, bacia óssea, colo de útero, vagina, permitindo com que o feto passe; e o feto precisa estar posicionado de maneira adequada dentro do útero. Bacia obstétrica: A bacia óssea se caracteriza por uma fusão de vários ossos por onde aquele feto vai ter que passar e através do exame físico e de algumas medidas clínicas, será possível sentir com a ponta dos dedos se aquela pelve é uma favorável para parto; se é uma pelve desfavorável para parto. A bacia é formada por vários ossos fundidos como o sacro, a sua extremidade recebe o nome de cóccix, e essa extremidade se articula com duas articulações chamadas de sinostose sacro-ilíacas com o ílio. A asa do ílio se junta com o osso chamado ísquio, que por sua vez, se junta com um osso chamado púbis, e esses dois ossos púbicos se unem na linha média por uma articulação chamada de sínfise púbica. A pelve é uma estrutura óssea arredondada composta por três articulações conectando esses ossos, são fixas, mas durante a gravidez vários estímulos ocorrem, essas articulações ficam embebidas em líquido por estímulo hormonal, e isso faz com que fiquem semimóveis. Obs: isso acaba sendo proposital para que a mulher consiga ter um parto. Estreitos da bacia obstétrica: Ao imaginar que o feto terá de passar por essa bacia, será necessário imaginar graus de dificuldades progressivos. Num primeiro momento o feto terá que passar pelo começo da pequena pelve e que recebe o nome de estreito superior. Os dois ossos que limitam a passagem do feto são o púbis e o promontório sacral. Na descida fetal, o feto irá passar por lugares mais estreitos, e que recebem o nome de estreito médio e estreito inferior. Em relação ao estreito médio, os ossos que irão limitar a passagem desse feto são sacro e púbis. E em relação ao estreio inferior, cóccix e púbis. Obs: então a bacia é composta por três estreitos inclinados Vale ressaltar que a maneira como o feto está posicionado dentro do ventre da mãe (ou seja, a posição fetal) influência na hora da passagem. Então, dependendo do grau de flexão ou deflexãoda cabeça, o feto pode ou não nascer. E como o feto terá de passar por esses três estreitos, é preferível e esperado, que este passe fletido. O canal de parto, é um canal que tem um aspecto, uma forma em J, para que o feto não consiga, por assim dizer, sair com facilidade. Se este canal, fosse um canal reto, por ação da gravidade, este feto seria puxado para baixo e sairia com facilidade. Além dos estreitos progressivos com dificuldades progressivas de passagem e um canal de parto em forma de J, existem vários tipos de bacias obstétricas – ginecoide, uma bacia que tem uma forma mais arredondada; androide, que tem um formato mais triangular; antropoide e a platipeloide, que tem uma forma mais elíptica. A bacia ginecoide, é a bacia mais favorável para parto e isso ocorre por motivos óbvios, uma vez que, a cabeça do feto tem uma forma mais arredondada. Isso pode ser avaliado através do exame físico, onde será possível identificar se a pelve apresenta medidas proporcionais Vale ressaltar que a maioria das mulheres apresentam uma pelve favorável para o parto, portanto, uma pelve do tipo ginecoide. Ao examinar a gestante, será possível identificar se aquele estreito superior é favorável ou desfavorável para o parto; se aquele estreito médio é favorável ou desfavorável; se aquele estreito inferior é favorável ou desfavorável; e que tipo de bacia a mulher possuí. Lembrando que tudo isso será identificado através da palpação no exame físico. Estreito superior: O estreito superior é composto por várias proeminências ósseas, articulações e estruturas que delimitam por onde esse feto vai passar. E como dito anteriormente, a maioria das gestantes possuem uma bacia que é favorável para o parto, portanto, uma bacia do tipo ginecoide. Isso significa que os diâmetros dessa bacia serão iguais em todos os pontos. Existe um diâmetro que se estende desde o promontório até o púbis, e recebe o nome de conjugado. Esse diâmetro, por sua vez, será avaliado durante o exame físico. O diâmetro conjugado será dividido em três partes – anatômico, 11cm; obstétrico (de interesse para o parto), 10,5cm e diagonal, 12cm (o conjugado anatômico, por assim dizer, será o pior diâmetro, por ser aquele que irá limitar muito a passagem do feto). O feto, como dito previamente, terá que passar pela face interna do púbis, mas através do exame físico, não será possível avaliar o diâmetro interno (obstétrico), e por isso será necessário o uso de uma manobra para inferir esse diâmetro interno (obstétrico). Obs: resumindo para ficar mais didático o estreito superior é composto por vários diâmetros, mas o diâmetro de interesse será o conjugado. O conjugado é aquele no qual será avaliado durante o exame físico, ao toque vaginal e se estende desde o promontório até o púbis. Além disso, é divido em três porções – anatômico, obstétrico e diagonal. Mas ao toque vaginal, não será possível avaliar o obstétrico, por isso, será necessário o uso de uma manobra, no qual ao identificar o conjugado diagonal, será tirado 1,5cm, para saber qual o diâmetro do conjugado obstétrico. Outro ponto importante, é que ao fazer o toque vaginal, o melhor, por assim dizer, é não chegar no promontório, porque isso significa que o conjugado obstétrico será maior. Ao atingir o promontório, isso significa que o conjugado obstétrico dessa gestante será menor. Também será possível, através disso, estimar o tipo de bacia que essa gestante tem. Obs: o feto terá que passar por três estreitos – superior; médio e inferior. Ao tocar o promontório isso significa que o estreito superior será ruim para passagem do feto. Mas ao não tocar o promontório, isso significa que o estreito superior será bom para passagem do feto. Estreito médio: O estreito médio se estende da metade do sacro até face interna do púbis, sendo esse, composto por dois diâmetros – sacro médio púbico, 12 cm; e biciático, 10 cm. O diâmetro biciático, será o pior diâmetro da pelve, por ser o diâmetro mais difícil do feto passar e esse diâmetro é delimitado pelas espinhas isquiáticas. Obs: durante o exame físico, ao fazer o toque vaginal, ao descer um pouquinho em direção ao sacro, palpei duas laterais da pelve dessa mulher e senti que as espinhas são pontiagudas, e quando as espinhas forem pontiagudas isso significa que o diâmetro é menor. Obs: então para avaliar o estreito médio da pelve, serão palpadas as duas espinhas isquiáticas e se as duas espinhas isquiáticas forem pouco proeminentes, significa que o estreito médio é bom. O significado clínico do estreito médio é que quanto mais pontiagudas forem as espinhas isquiáticas, menor o diâmetro. Estreito inferior: O estreito inferior se estende da pontinha do cóccix até o púbis, sendo esse, composto por dois diâmetros – bituberoso e cóccix subpúbico, 9,5 cm. Existem duas maneiras que são utilizadas para avaliar o estreito inferior (toque vaginal, que tem como intuito avaliar a motilidade do cóccix*), mas antes disso, vale ressaltar que o cóccix é um osso móvel. E o cóccix por ser um osso móvel, no momento, em que o feto passar pelo estreito inferior, este irá empurrar o cóccix para a posterior. Então apesar do diâmetro cóccix subpúbico ser um diâmetro pequeno, o cóccix por ser um osso móvel, a partir do momento que o feto passar por esse estreito inferior, o mesmo, acaba empurrando este para a posterior. Obs: existe um outro diâmetro do estreito inferior que é o diâmetro bituberoso, e ao avaliar a figura, de maneira intuitiva, é possível observar que o melhor ângulo, em relação a passagem fetal, é o ângulo maior que 90 graus (a cabeça do feto acomoda entre as arcadas púbicas). Então para avaliar o estreito inferior, será retirada a mão da vagina e posta no cóccix, e quanto maior for esse ângulo melhor. Quanto menor o ângulo subpúbico (<90 graus) menor o diâmetro bituberoso, e quanto maior o ângulo subpúbico (>90 graus) maior o diâmetro bituberoso. Então resumindo, para avaliar a bacia da mãe, do ponto de vista inferior, será palpado o cóccix e identificado o ângulo subpúbico (com os dois dedos no púbis da mãe), através dos dois dedos posicionados no púbis da mãe. Obs: se forem muito estreitos, a cabeça do feto não consegue entrar entre os ossos púbicos e isso faz com que esta seja empurrada para posterior para poder passar, mas ao ser empurrada para posterior, acaba se chocando com o sacro. Se o ângulo for aberto, a cabeça entra entre os dois ossos púbicos, e o feto consegue passar com tranquilidade. Estática fetal: Algumas manobras serão utilizadas com o intuito de determinar o posicionamento fetal dentro do ventre materno. O feto, na maioria das vezes, é enxergado como um ovo, normalmente, este se encontra dentro de ventre materno todo fletido. A atitude fetal é a relação entre as diferentes partes fetais, resumindo, é a maneira em como o feto está posicionado dentro de ventre materno. O feto pode ser encontrado de duas maneiras dentro do ventre materno – fletido e defletido. E lembrar que quando defletido, pode ser classificado em três graus – defletido grau 1; grau 2 e grau 3. A atitude fetal é importante, por ser um dos parâmetros utilizados para determinar qual o tipo de parto será realizado. Quando o feto se encontra defletido, os partos tendem a ser mais difíceis e geralmente, não evoluem, principalmente, quando o grau de deflexão for do tipo três. Obs: quando o feto estiver defletido grau dois e graus três a conduta médica a ser tomada é cesária. A situação fetal se caracteriza pelo eixo do feto versus o eixo do útero, se os eixos forem coincidentes, a situação fetal é classificada como longitudinal (é a melhor para o parto). A situação fetal classificada como transversaé a pior para o parto, e quando houver uma situação oblíqua, a conduta a ser tomada é esperar o feto definir. A apresentação fetal é a região do feto que ocupa a área do estreito superior e que nele se insinuará, resumindo, é como o feto irá passar pela pelve. A apresentação pode ser classificada de três maneiras – cefálica (96,5% dos casos); pélvica (3%- 4%) e córmica (0,5%). Obs: quando a situação é classificada como transversa, a apresentação é dita córmica, uma vez que, será o acrômio que irá entrar na pelve. A posição fetal é o lado materno para qual o dorso fetal está voltado, resumindo, é o lado da mãe em que as costinhas do bebê estão viradas. Isso pode ser identificado através da Manobra de Leopold. A Manobra de Leopold é aquela na qual será palpado o fundo uterino, que tem como intuito identificar a situação fetal (longitudinal, transverso ou oblíquo), a apresentação fetal (cefálica, pélvica ou córmica) e a posição fetal (ex: ao palpar se identificado membros do lado direito, significa que o dorso está voltado para o lado esquerdo). Variedade da posição: A variedade da posição se caracteriza pela correlação do ponto de referência do feto com o ponto de referência ósseo da bacia. Para que se possa compreender melhor a variedade da posição, é necessário lembrar que um dos mecanismos que estão associados ao parto é a rotação. Então, para que o feto possar atravessar o canal de parto, o mesmo, terá de rotar e isso só poderá ser identificado através do exame físico, ao fazer o toque vaginal. Dependendo da atitude fetal, seja fletida ou defletida de primeiro grau; segundo ou terceiro grau. Existem estruturas anatômicas que serão utilizadas como ponto de referência, que tem por finalidade nos auxiliar na identificação da atitude fetal, durante o exame físico ao fazer o toque vaginal. A cabeça do feto é composta por três suturas – sagital, sagito metópica e metópica, essas suturas são classificadas como linha de orientação. Quando o feto estiver fletido, a linha de orientação será a sutura sagital; quando o feto estiver defletido de primeiro grau, a linha de orientação será a sutura sagito metópica; quando o feto estiver defletido de segundo grau, a linha de orientação será a sutura metópica; e por fim, quando o feto estiver defletido de terceiro grau, a linha de orientação será a linha facial (a linha facial também é classificada como uma linha de orientação). Tudo isso será identificado através do exame físico, ao fazer o toque vaginal. Além da linha de orientação, existem algumas estruturas anatômicas que serão classificadas como ponto de referências, sendo elas: lambda; bregma, glabela e mento. Quando o feto estiver fletido, o ponto de referência será a lambda; quando o feto estiver defletido de primeiro grau, o ponto de referência será o bregma; quando o feto estiver defletido de segundo grau, o ponto de referência será a glabela e por fim, quando o feto estiver defletido de terceiro grau, o ponto de referência será o mento. Ao correlacionar os pontos de referência com a bacia da mãe, a primeira coisa que deve ser feita é imaginar a paciente deitada em posição ginecológica e localizar as estruturas que irão nos auxiliar durante a avaliação, portanto, púbis (anterior); estreito superior e sacro (posterior). A pelve será dividida em oito quadrantes – pube; direita anterior; direita, direita posterior; sacro; esquerda posterior; esquerda e esquerda anterior Importante: ❖ Manobra de Leopold – situação; apresentação e posição. ❖ Toque vaginal – atitude fetal e variedade da posição. A primeira coisa a ser feita, será a palpação da barriga da gestante, e a partir disso, definir qual o tipo de apresentação, se esta é cefálica, pélvica ou córmica. Feito isso, será necessário definir a linha de orientação, através do toque vaginal, lembrando que as principais linhas de orientação são: sutura sagital, sagito metópica, metópica e linha facial. A partir do momento, em que a linha de orientação for definida, será necessário encontrar o ponto de referência, isso tudo através do toque vagina, e lembrar que os principais pontos de referência são: lambda, bregma, glabela e mento. Assim que o ponto de referência for definido será necessário localizá-lo em relação a pelve da mãe, portanto, se este se encontra anterior; posterior; direita; esquerda; direita anterior; direita posterior; esquerda anterior e esquerda posterior. Feito tudo isso, será necessário classificar (ex: oblíqua; cefálica; fletida; sagital; lambda – é representado pela letra o de occipício, occipício esquerda anterior). Obs: Bregma representado pela letra B e Mento representado pela letra M. Fecundação, Transporte e Nidação Ovulação Ovulação é a ruptura do folículo ovariano maduro que envolve uma série de alterações fisiológicas, químicas e morfológicas, específicas do tecido e coordenadas no tempo, no ovário. Para que o ovócito escape do folículo no momento da ovulação. É necessária uma abertura da parede do folículo e o desprendimento deste da camada granulosa. Atualmente sabe-se nessa região não existem fibras musculares lisas, havendo predominância de fibroblastos e de fibras colágenas tipo 3. O processo da ovulação pode ser também denominado teoria da inflamação - onde a teca externa, dos folículos em desenvolvimento e dos folículos maduros, é composta por fibras colágenas e fibroblastos, sendo possível evidenciar a presença de edema e hiperemia no local da ovulação. O edema é sinal relevante da degradação final dos tecidos da parede do folículo. As gonadotrofinas hipofisárias, principalmente o hormônio luteinizante (LH), aumentam a permeabilidade vascular, determinando uma hiperemia, o que permite a fatores séricos se confundirem dentro das camadas estimulando a diferença e a proliferação celular. Assim, migram para o ovário neste período, além de outras células, basófilos e neutrófilos, as quais são atraídas para aquele órgão por peptídeos por meio de quimiotaxia. São inúmeros os fatores capazes de romper a quiescência dos fibroblastos, fazendo os passar para um estágio móvel e ativo, promovendo uma atividade que leva ao amolecimento e adelgaçamento da parede do folículo, no sentido de favorecer a expulsão do ovócito, que ocorre suavemente, de forma gradual e progressiva. A ovulação ocorre aproximadamente no 14º dia de um ciclo típico de 28 dias devido a variações hormonais. Assim os níveis de estrogênio aumentariam como resultado do aumento da produção de estrogênio pelas células hormonalmente ativas dentro do folículo - células granulosas. Quando o nível de estrogênio atingisse um ponto crítico, este hormônio exerceria inicialmente um feedback positivo sobre o hipotálamo e a hipófise, causando o aumento do LH qual estimularia a ação de enzimas proteolíticas intrafoliculares, enfraquecendo a parede do ovário e permitindo a sua ruptura. A ovulação es tá associada a um controle hormonal que pode responder a variações ambientais como temperatura, umidade, estado nutricional, etc. A mulher possui dois ciclos concomitantes: o ciclo uterino e o ovariano. Os dois ciclos estão sob controle dos seguintes hormônios: - Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) que é produzido pelo hipotálamo - Hormônio luteinizante (FH) e folículo estimulante (FSH) produzidos pela adenohipófise. - Estrogênio, progesterona e inibina que são produzidos pelo ovário. Os ciclos duram aproximadamente 28 dias e se padronizou o seu inicio a partir do primeiro dia de menstruação da mulher. Os ciclos estão divididos em fases. No ciclo ovariano as principais fases são: (1) Fase folicular – ocorre crescimento dos folículos secundários. Nesta
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