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Leucemia linfoide aguda

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MCA: Proliferação celular Turma XXX 
 
Acadêmica: Loren Montanha Costa 
 
 Acredita-se que a incidência brasileira seja cerca 
de 4.900 casos novos por ano. 
 A faixa etária mais comum varia do 2º ou 4º ano 
de vida, sendo incomum em recém-nascido. 
 Há uma discreta predominância no sexo 
masculino. 
 É a leucemia mais frequente na criança e 
adolescente, correspondendo a cerca de 80% dos 
casos nesta faixa etária. 
 
 A etipatogenia precisa da LLA é ainda 
desconhecida. 
 É uma doença multifatorial, sendo necessária uma 
suscetibilidade genética inicial e alterações 
(translocações, deleções e mutações) em genes 
críticos para o desenvolvimento de células 
linfoides. 
 Algumas síndromes genéticas como Down, 
Bloom, Shwachman-Diamond, klinefelter, ataxia-
telangectasia e neurofibromatose tipo 1 estão 
associadas a maior predisposição para o 
desenvolvimento de LLA. 
 Fatores ambientais como radiação ionizante, 
agentes químicos (pesticidas, benzeno, agentes 
alquilantes), vírus (EBV, HIV, HTLV3), ingestão 
materna de alimentos e vegetais contendo altas 
doses de inibidores de topoisomerase II 
(flavanóides), imunodeficiências, exposição a 
campos eletromagnéticos, uso materno de álcool, 
contraceptivos, maconha, tabaco e exposição 
intrautero a químicos e solventes. 
 
 A LLA é uma neoplasia maligna com origem na 
medula óssea, decorrente de uma expansão 
clonal de células progenitoras associada a 
mutações que inibem a apoptose. 
 Em consequência à multiplicação desordenada de 
células anormais (linfoblastos), ocorre uma 
diminuição na produção de precursores de 
eritrócitos, leucócitos normais e plaquetas. 
 
 Os sinais e sintomas são decorrentes da infiltração 
neoplásica (linfoblastos) na medula óssea e da 
disseminação dessas células pela corrente 
sanguínea, para outros órgãos e sistemas. 
 A dor óssea é frequente, em geral ocorre em 
membros, principalmente inferiores e pode 
tornar-se muito intensa, impedindo a 
deambulação. 
 Febre também é um sintoma muito prevalente e 
pode ocorrer em cerca de 50 a 60% dos casos, 
sendo uma manifestação relacionada à produção 
de citocinas pelas células normais ou leucêmicas. 
Pode também estar relacionada à infecção 
bacteriana devido a neutropenia. 
 Ao exame físico podem ser observados sintomas 
como palidez, astenia, petéquias e equimoses. 
Além disso, pode haver hepatomegalia, 
esplenomegalia e linfonodomegalias 
generalizadas. 
 Cerca de 5 a 10% das crianças apresentam 
infiltração no SNC ao diagnóstico, porém 
raramente apresentam sintomas neurológicos 
como cefaleia, vômitos, distúrbios visuais ou 
crises convulsivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hemograma: 
 A anemia é evidente. Em geral, é normocrômica, 
normocítica, com diminuição do número de 
reticulócitos. Pode ser leve, moderada ou grave. 
 O numero de leucócitos é quase sempre 
aumentado, não sendo rara leucopenia. Em 
algumas crianças pode haver hiperleucocitose 
(acima de 50.000/mm3) o que indica mais 
gravidade. 
 Pode ocorrer neutropenia grave, estando 
relacionado a um maior risco de infecção gave. 
 Os outros leucócitos normais geralmente estão 
diminuídos ou ausentes. 
 A trombocitopenia ocorre na maioria dos 
pacientes. 
 
-
☐
f PLQ
-
oanemia norma
- norma * Pancitopenia
MCA: Proliferação celular Turma XXX 
 
Acadêmica: Loren Montanha Costa 
Outros exames complementares: 
 Devem ser solicitados ureia, creatinina, 
eletrólitos, ácido úrico, gasometria, enzimas 
hepáticas, albumina, desidrogenase lática e 
sorologias. 
 Caso o paciente tenha histórico de febre também 
devem ser solicitados hemoculturas, uroculturas e 
proteína C reativa. 
 A radiografia de tórax deve ser feita e, todos os 
pacientes, e a do esqueleto em situações mais 
específicas de acordo com as queixas dolorosas. 
 Os sítios mais comuns de envolvimento 
extramedular são SNC, testículos, fígado, rins, 
linfonodos e baço. 
 A infiltração do SNC é observada em 5% dos 
pacientes, sendo analisada por meio do líquor. 
Eletroencefalograma, TC e RM de crânio e coluna 
podem ser indicados em situações muito 
eventuais e bem específicas, conforme as 
apresentações clínicas. 
 Doença testicular raramente é demonstrada 
clinicamente, mas manifesta-se como aumento de 
volume indolor, sendo mais frequente unilateral. 
Quando há suspeita, indica-se biópsia bilateral. 
 O antígeno CD10, presente em 90% das leucemias 
pró-B e 95% das pré-B, indica bom prognóstico. 
Os antígenos CD2, CD3, CD5 e CD7 estão 
presentes nas leucemias de células T, com 
prognóstico mais reservado. 
 
Mielograma: 
 Análise da medula óssea por mielograma ou 
biópsia é exame essencial para o diagnóstico de 
LLA. 
 Em geral, encontramos uma medula óssea 
hipercelular com aumento importante da relação 
leuco-eritrocitária. 
 Para o diagnóstico de LLA é necessário a presença 
de mais de 25% de blastos linfoides no aspirado. 
 Quais ossos que fazemos a punção: até 1 ano 
(tíbia), crianças (crista ilíaca), adultos (crista ilíaca 
ou esterno). 
 
Imunofenotipagem do sangue periférico: 
 Confirma o percentual de blastos e o fenótipo dos 
blastos, permitindo caracterizar o subtipo, de 
acordo com a presença de marcadores linfoides 
ou mieloides. Faz com o material do próprio 
mielograma. 
 A distinção do subtipo de LLA é feito através da 
imunofenotipagem. Esse método possibilita, 
através do uso de anticorpos monoclonais, o 
estudo da expressão de antígenos de superfície e 
citoplasmáticos expressos nas células blásticas 
que são associados a diferenciação leucocitária, 
sendo capaz de determinar a linhagem e o estágio 
de maturação do blasto leucêmico. 
 É bom porque auxilia no tratamento específico 
para aquele tipo de célula. 
 
 Favoráveis: 
o Idade entre 1 e 9 anos. 
o Leucometria abaixo de 50.000/mm3. 
o Linfoblastos precursores de células B. 
o Hiperdiploidia > 50 cromossomos. 
o ETV6-RUNX1 
o Doença residual mínima após a terapia de 
indução < 0,01% 
 Desfavoráveis: 
o Idade inferior a 1 ano ou superior a 9 
anos. 
o Leucometria acima de 50.000/mm3. 
o Linfoblastos precursores de células T. 
o Hipodiploidia < 44 cromossomos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O tratamento específico para LLA consiste em 
quimioterapia. 
 O transplante de medula para esses pacientes é 
indicado em poucas situações, entre elas para as 
recidivas precoces, leucemias de muito alto risco 
etc. 
 
Quatro fases da quimioterapia: 
 A terapia da LLA é composta de 4 diferentes fases 
de tratamento: indução, intensificação, profilaxia 
de SNC e manutenção. 
 Na terapia de indução, que tem duração média de 
28 a 35 dias, a intensão é fazer com que o 
pacinete atinja a remissão erradicando mais de 
99% da massa tumoral inicial e restaurar a 
hematopoese normal, definida pela ausência de 
sinais de leucemia no exame físico e hematológico 
e pela presença de menos de 5% de blastos 
leucêmicos na medula óssea ao final dessa fase. 
MCA: Proliferação celular Turma XXX 
 
Acadêmica: Loren Montanha Costa 
 Geralmente são utilizados 3 drogas em casos de 
pacientes crianças e 4 em pacientes de alto risco 
ou adultos: corticosteroides, vincristina, 
antracíclico e L-asparaginase. 
 Após atingir a remissão, a terapia de 
intensificação é necessária para prevenir recaída. 
A função nessa fase é manter uma citorredução 
contínua, suprimindo o crescimento leucêmico e 
impedindo o surgimento de clones leucêmicos 
resistentes ao tratamento. Essa fase tem duração 
média de 4 a 8 meses. 
 Após a intensificação, uma terapia de 
manutenção é mantida por 2 a 3 anos. Se baseia 
no uso contínuo de baixas doses de 6-
mercaptopurina e metrotrexate, associado ou não 
a pulsos de outras drogas. 
 A LLA possui grandetendência a recidiva no SNC 
após a quimioterapia. Isso, pois o SNC funciona 
como uma espécie de santuário para os 
linfoblastos escapando dos quimioterápicos da 
indução e consolidação que não atravessam a 
barreira hematoencefálica. A profilaxia do SNC é 
iniciada junto com o esquema de indução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISH (hidridização fluorescente 
in situ) e PCR são exames que 
vão detectar se o paciente 
tem o cromossomo Filadélfia. É 
um cromossomo raro que 
ocorre uma translocação 
entre o 9 e o 22, gerando um 
pior prognóstico.
Histologia
O linfonodo vai ter muita 
infiltração de linfoblastos.
Núcleos grandes, cromatina 
densa e citoplasma escasso.
**
*
* Radioterapia : indicada no caso de
recidivaou acometimento do SNC . Tumores
infantis ( Leucemia e osteossarcoma) são radiar.
resistentes.
*Terapia alvo : se tiver o cromossomoFiladelfia
. Imat inibe ( inibidor da tirosina qui nase ) .
* LLA do tipo B utiliza anticorpo monoclonal : rito✗ imab que é específico p/ receptores CD20

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