Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisiologia do Sistema Regulador O tecido nervoso Rede altamente organizada com bilhões de neurônios e a neuroglia. SN: importante para manter a homeostase corporal. Composto pelo encéfalo, nervos cranianos e espinais e seus ramos, gânglios, plexo entérico e receptores sensitivos. SNC: encéfalo e medula espinal, processa inúmeras espécies. A maioria dos impulsos nervos que estimulam os músculos a se contraírem e as glândulas a secretarem. SNP: inclui todo o sistema fora do SNC. Nervos cranianos e seus ramos nervos espinais e seus ramos, gânglios e receptores sensitivos. Nervo: feixe de centenas de milhares de axônios associados ao tecido conjuntivo e vasos sanguíneos, que se encontram fora do encéfalo e da medula espinal. 12 pares nervos cranianos e 31 pares de nervos espinais. Encéfalo: é composto pelo tronco encefálico (bulbo, ponte e mesencéfalo), diencéfalo (tálamo, hipotálamo e glândula), telencéfalo e cerebelo. O encéfalo requer 20% do O2 do corpo e a glicose é a maior fonte de energia para as células encefálicas. Meninges encefálicas: membrana que recobre o cérebro. São divididas em dura-máter, arcanóide- máter e pia-máter (de fora para dentro). Barreira hematoencefálica: consiste basicamente em capilares sanguíneos firmemente selados apenas O2, CO2, álcool e anestésicos conseguem atravessá-la. Sua quebra pode ser por trauma, toxinas e inflamação. Leacky braim – aumento da barreira. Líquido cerebrospinal ou cefalorraquidiano: são produzidos pelas células ependimárias (plexo corióideo), geralmente são absorvidos para o sangue por meio das granulações aracnóideas. Banha o cérebro fazendo a proteção e irrigação do SN. Medula espinal: contém cerca de 100 bilhões de neurônios, funções: Substância branca (feixe de axônio): condução do impulso nervoso. Substância cinzenta (corpos celulares): sítio de integração de reflexos. Reflexo espinal: acontece na medula. Reflexo craniano: acontece no tronco encefálico. Gânglios: são pequenas massas de tecido nervoso, consistindo primariamente de corpos celulares de neurônios que estão localizados fora do encéfalo e da medula. Plexo entérico: fica no intestino. Funções Função sensitiva: detectam estímulos internos como aumento na acidez sanguínea, e estímulos externos como pingo de chuva. São aferentes (sente). Função integradora: faz o processamento da informação sensitiva, analisando e armazenando uma parte dela (acontece no cérebro). Função motora: após a informação o SN pode provocar uma resposta motora adequada ativando os efetores cranianos e espinais. A estimulação dos efetores causa contração muscular e secreção das glândulas, são eferentes (ato). Pode ser dividido em: SN entérico: musculo liso, glândulas e células endócrinas do TGI, único órgão que é ligado diretamente ao SNC. SN somático: controla o musculo esquelético (voluntário). SN autônomo: músculo liso e cardíaco e glândulas (parte simpática e parassimpática). Neurônios motores autônomos liberam acetilcolina e norepinefrina. Parte simpática – adrenalina e noradrenalina, parte parassimpática – acetilcolina. Maioria dos órgãos tem inervação dupla. SNS: parte toracolombar, fluxo de impulsos nervosos vem de segmentos torácicos e lombares da medula espinal. Nos gnglios simpáticos os neurônios pré-ganglionares fazem sinapses com os pós-ganglionares. SNP: parte craniossacral, fluxo de impulsos nervosos parassimpáticos vem de núcleos de nervos cranianos (alguns passam por gânglios) e de segmentos sacrais (comunicação direta) da medula espinal. Sentidos somáticos: surgem da estimulação de receptores sensitivos na pele, túnicas mucosas, músculos, tendões e articulações. Nociceptores: respondem a estímulos dolorosos resultantes de dano físico ou químico no tecido. São terminações nervosas livres (parte interna e pele), dor rápida e dor lenta. Termorreceptores: detectam alterações na temperatura, frio e calor. Receptores de frio – epiderme, receptores de calor – derme. Proprioceptores: nos permitem saber onde estão nossos membros, estão localizados nos músculos, articulações e na orelha interna. A cinestesia é a percepção dos movimentos do corpo. Mecanorreceptores: detectam a pressão mecânica, fornecem a sensação de tato, pressão, vibração, audição e equilíbrio. Monitorizam a distensão dos vasos sanguíneos e dos órgãos internos. Fotorreceptores: detectam a luz que atinge a retina (pouca luz – abre, muita luz – fecha) dos olhos. Quimiorreceptores: detectam substâncias químicas na boca (sabor), no nariz (cheiro) e nos líquidos corporais. Osmorreceptores: sentem a pressão osmótica dos líquidos corporais. Neurônios Corpo celular ou soma: contém um núcleo circundado por citoplasma que tem organelas típicas – RER, lisossomos, mitocôndrias e um complexo de Golgi. Axônios: fibra nervosa que conduz impulsos nervosos em direção a outro neurônio, célula muscular ou glandular. Dendritos: ramificações, são as partes receptoras ou de entrada dos neurônios. Multipolares: vários dendritos em um axônio (encéfalo e medula espinal). Bipolares: dendrito principal e um axônio (retina e área olfatória do encéfalo). Unipolares: tem dendritos e um axônio que estão fundidos para formar um processo que emerge do corpo celular. Classificação funcional São classificados de acordo com a direção em que o impulso nervoso é transmitido. Neurônios sensitivos ou aferentes: forma potencial de ação em seu axônio e o transmite para o SNC por meio dos nervos cranianos e espinais. Neurônios motores ou eferentes: transmitem potencial de ação para longe do SNC. Traz a informação para músculos ou gânglios. Interneurônios ou neurônios de associação: localizados dentro do SNC, entre neurônios sensitivos e motores. Fazem a ponte entre os neurônios. Neuróglia Ficam ao redor dos neurônios. São células menores e mais numerosas que os neurônios, não eram ou conduzem impulsos nervosos e podem se multiplicar. Mielinização A bainha de mielina (capa) é composta por proteínas e lipídeos. Acelera a condução do impulso nervoso. Impulsos Nervosos Forma de comunicação entre os neurônios. Potencial de membrana: diferença na quantidade de carga elétrica entre o lado interno e externo da membrana. Toda célula que tem um potencial de membrana é polarizada. Corrente elétrica = fluxo de íons. Íons fluem através de poros de canais iônicos. Canais iônicos Canais por difusão: corrente pequena, porém constante. Canais dependentes: abrem e fecham sob comando, usados para gerar ou conduzir potenciais de ação. Potencial de membrana em repouso: célula possui cargas negativas em seu interior e positivas em seu exterior. Potencial de ação: gerado pela despolarização abaixo do limiar. Fase de despolarização - potencial de membrana de negativo passa para positivo (canais de sódio abertos). Fase de repolarização – potencial de membrana positivo passa para o negativo (canais de potássio abertos). Fase de pós- hiperpolarização – potencial de membrana se torna temporariamente mais negativo que o de repouso. Condução dos impulsos nervosos: impulsos nervosos precisam viajar do local onde surgem (cone de implantação) ao longo do axônio até os terminais axônicos – propagação. Condução contínua: neurônios amielínicos. Condução saltatória: neurônios mielínicos. A velocidade da condução depende do diâmetro do axônio e da bainha de mielina. Sinapse Junção funcional entre dois neurônios ou entre um neurônio e um efetor, como um musculo ou glândula, pode ser elétrica ou química. Neurônio pré-sináptico e neurônio pós-sináptico. Neurotransmissores Sintetizados e armazenados em vesículas sinápticas dos bulbos sinápticos terminais. Acetilcolina: SNP e alguns neurônios do SNC, excitatório ou inibitórionas sinapses (hormônio). Glutamato e Aspartato: excitatórios, neurônios do SNC (aminoácido). Ácido gama aminobutírico (GABA): inibitório, neurônios do SNC, importante para fármacos contra ansiedade (aminoácido). Glicina: inibitório, neurônios do SNC, importante para fármacos contra ansiedade (aminoácido). Norepinefrina: funções na excitação (acordar de sono profundo), no sonho e regulação do humor (aminoácido modificado). Dopamina: neurônios ativos durante respostas emocionais, comportamentos aditivos e experiencia prazerosa. Ajudam a regular o tônus da musculatura esquelética e alguns aspectos recorrentes da contração dos músculos esqueléticos (aminoácido modificado). Serotonina: participa na percepção sensorial, regulação da temperatura, controle do humor, apetite e início do sono (aminoácido modificado). Endorfinas: atuam como analgésicos naturais do corpo, podem melhorar a memória, aprendizado, sensação de prazer e euforia (neuropeptídeo). Óxido nítrico: não é antecipadamente sintetizado e armazenado nas vesículas sinápticas, importante no aprendizado e memória (gás simples). Monóxido de carbono: excitatório, não é antecipadamente sintetizado e armazenado nas vesículas sinápticas, importante na dilatação dos vasos sanguíneos, memória, olfato, visão, termorregulação, liberação de insulina e atividade inflamatória (gás). Sistema Endócrino Certas partes do sistema nervoso estimulam ou inibem a liberação de hormônios pelas glândulas endócrinas. Consiste em várias glândulas endócrinas, e muitas células secretoras de hormônios: Fígado inativa alguns hormônios e os rins excretam alguns hormônios. Glândulas endócrinas (efetoras): Liberação de hormônios - é uma substância química específica fabricada pelo sistema endócrino ou por neurônios altamente especializados e que funciona como biossinalizador. Hormônios Fazem a organização do funcionamento do corpo, são proteínas em sua maioria e possuem vários receptores e cada um com função diferente. Regulam crescimento, desenvolvimento, reprodução, funções de tecidos, processos metabólicos. Tem como objetivo modificar as células. Efeitos mais lento e mais duradouro. Fígado inativa alguns hormônios e rins excretam hormônios. Glândulas exócrinas (todo TGI - lumem é considerado fora do corpo) e glândulas endócrinas (sangue). Efeitam células alvo-específicas. Hormônios lipossolúveis (tireóideos, esteróide e NO) e hormônios hidrossolúveis (epinefrina, noraepinefrina, ocitocina). A resposta de um hormônio depende tanto do hormônio quanto da célula-alvo. Ação hormonal Ação nas células específicas (receptores). Podem existir várias células alvo com diferentes ações de um mesmo hormônio. Hormônios lipossolúveis Entram na célula direto pela bicamada lipídica. Proteína transportadora (carreadora) no sangue – entrada nas células através da membrana plasmática (se soltam quando chegam perto da célula). Complexo receptor-hormônio (citoplasmático ou no núcleo) intracelular. Alteração da expressão gênica. Liga ou desliga genes específicos. Hormônios hidrossolúveis Ficam livres no sangue e entram na membrana plasmática na inserção de alguma proteína. Ligam- se a receptores na superfície celular (primeiro mensageiro) (liga ao ligante – hormônio hidrossolúvel – e ocorre uma reação em cascata de proteínas intracitoplasmáticas). Produção do segundo mensageiro (intracelular) ex. AMPc (é o ATP convertido). Ativação de várias proteínas (enzimas) (o AMPc ativa determinadas proteínas como 2º mensageiro). Proteínas ativadas – respostas fisiológicas. AMPc (monofosfato de adenosina cíclica) inativado. Os hormônios vão fosforilando até gerar uma modificação (fosforilar - reação em cadeia). Controle das secreções hormonais: Retroalimentação negativa e retroalimentação positiva. Hipotálamo e hipófise Hipófise é dividida em Neuro-hipófise e Adeno- hipófise. Hormônios da Adeno-hipófise Estimula outras glândulas a produzirem outros hormônios através dos seus. Estimulada pelos hormônios liberadores e suprimida pelos hormônios inibidores. Produzidos pelas células neurossecretoras do hipotálamo. Hormônio do crescimento humano (hGH): Promove a síntese/ secreção de fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs). Estimula síntese de proteínas, degradação de triglicerídeos, degradação de glicogênio no fígado para poder construir tecido, no adulto faz manutenção tecidual. Mais abundante hormônio da adeno- hipófise. Promove síntese e secreção de pequenos hormônios proteicos (IGFs). Controle da secreção de hGH: hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) e hormônio inibidor do hormônio do crescimento (GHIH). O nível de glicose no sangue controla a secreção de GHRH e GHIH. Hormônio estimulante da tireóide (TSH) Estimula a síntese e a secreção de hormônios tireóideos pela glândula da tireóide. Controle da secreção de TSH: Hormônio liberador de tireotropina (TRH), não existe hormônio inibidor de tireotrofina. Hormônio folículo estimulante (FSH) Inicia o desenvolvimento de folículos ovarianos. Hormônio Luteinizante (LH) Desencadeia a ovulação, estimula a formação do corpo lúteo no ovário e a secreção de progesterona. FSH e LH estimulam as células foliculares a secretarem estrógeno. Nos homens: FSH: estimula a produção de espermatozóides. LH: Estimula a produção de testosterona. Prolactina Inicia e mantém a produção de leite pelas glândulas mamárias. Hormônio inibidor da prolactina é a dopamina. Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) Controla a produção e secreção dos glicocorticóides. Estimulado pelo hormônio liberador de corticotropina (hipotálamo) – CRH tamebem é estimulado pelo estresse, baixa glicemia e traumatismo físico etc. Hormônio melanócito-estimulante Sua função ainda é desconhecida e parece que influencia a atividade encefálica. Neuro-hipófise Hormônio da Neuro-hipófise Não produz hormônios, apenas armazena hormônios sintetizados pelo hipotálamo. Ocitocina Induz a contração uterina no parto, a ejeção de leite pelas glândulas mamárias. Tecidos alvo: útero e glândulas mamárias Hormônio antidiurético (ADH) Liberado no aumento da osmolaridade no sangue. Reduz volume da urina e sudorese. Efeito no aumento da pressão sanguínea (vasopressina que seria seu outro nome). Secreção controlada pela osmolaridade do sangue. Pâncreas É uma glândula mista. Sua parte exócrina produz HCL e enzimas digestivas, sua parte endócrina produz insulina e glucagon. Ilhotas pancreáticas Polipeptídio pancreático (contorno): 5% Células beta: 65% Células alfa: 20% Células delta: 10% Insulina Hormônio proteico anabólico, ajuda a glicose a se mover para o interior das células, especialmente fibras musculares, o que diminui a glicemia. Aumenta a captação e a utilização de glicose como fonte de energia diminuindo a glicemia, assegura que o excesso de nutrientes seja armazenado. Formas de armazenamento do excesso: glicogênio no musculo e fígados, triglicerídeos no tecido adiposo. Mecanismo de ação da insulina no transporte de glicose no musculo esquelético e no tecido adiposo A insulina promove a entrada de glicose na célula através da inserção de transportadores GLUT4 na membrana das células musculares e adiposas. Na ausência de insulina a glicose não pode entrar na célula. Diabete I: ausência de insulina. Quando se tem inflamação a insulina não consegue se comunicar com o receptor (GLUT4). Ações da insulina no metabolismo de carboidratos do músculo esquelético e do tecido adiposo Músculo: Aumenta a captação de glicose, estimula a glicólise, estimula a glicogênese e inibe a glicogenólise. Tecido adiposo: Aumenta a captação de glicose e a síntese degordura. Ações da insulina no metabolismo de carboidratos dos hepatócitos Não regula diretamente o transporte de glicose, GLUT2 é o captador de glicose. Afeta o gradiente de concentração da glicose, a insulina ativa a hexoquinase para ocorrer a glicólise. Fígado: Estimula a indiretamente a captação de glicose, estimula também a glicólise e glicogênese, inibe a glicogenólise e gliconeogênese. Remove a glicose do sangue após uma refeição e a devolve ao sangue quando o nível de glicemia cai entre as refeições. Ações da insulina no metabolismo de gorduras e proteínas Músculo: Estimula a síntese proteica e inibe do catabolismo proteico. Fígado: Estimula a lipogênese e a síntese, proteica e inibe a gliconeogênese. Tecido adiposo: Promove o armazenamento de gordura no tecido adiposo, o transporte de glicose →síntese de ácidos graxos e α-glicerofosfato, e inibe a lipólise. A insulina tem efeito anabólico: diminui a concentração sanguínea de nutrientes e aumenta a síntese de glicogênio, proteína e gordura. Se aumenta a glicemia a insulina é secretada. Secreção da insulina Transportada no plasma na forma dissolvida, meia vida – 5 minutos. Regulação da secreção de insulina Fatores estimulantes (pós-prandial): glicose (>100mg/dl), aminoácidos, ácidos graxos, peptídeo insulinotrópico dependente de glicose (liberado pelo intestino, atua sobre células beta estimulando liberação de insulina) e acetilcolina Fatores inibitórios: Jejum, exercício, agonistas adrenérgicos e somatostatina. Glucagon Hormônio da desnutrição e do jejum. Ativado quando os níveis de glicose caem, jejum do sono faz estabilização dos hormônios. Atua nas células hepáticas para promover a decomposição de glicogênio, formando glicose a partir do ácido graxo. Controle e metabolismo energético: glucagon Secreção mais constante, mas aumenta quando glicemia cai. Faz ao contraio da insulina para manter os níveis glicêmicos. Efeito da concentração plasmática de glicose e secreção de glucagon Um dos primeiros hormônios a produzir a gliconeogênese, quando há queda da glicose, aumenta o nível de Glucagon. Aumenta a glicemia, diminui a quantidade de glucagon. Regulação e secreção do glucagon Fatores Estimulantes: Glicose (<100mg/dl), aminoácidos, jejum e acetilcolina (estimula o movimento do TG). Fatores Inibitórios: Insulina, ácidos graxos e somatostatina (ação dupla- regula nutrientes inibindo glucagon e insulina, e diminui a velocidade com que os nutrientes são usados). Ações metabólicas do glucagon Interação hormonal no controle do metabolismo energético Pós-prandial a insulina predomina: aumenta a oxidação da glicose, síntese de glicogênio, síntese de gorduras e síntese de proteínas. Jejum o glucagon permanece: aumenta a glicogenólise, glicogênese e cetogênese. Importância da regulação da glicemia A glicose é o principal nutriente utilizado pelo cérebro, pela retina e pelo epitélio das gônadas para produzir energia. Esses tecidos têm grande dificuldade de produzir energia a partir de ácidos graxos. Choque hipoglicêmico causa irritabilidade nervosa progressiva que gera desmaios e pode levar ao coma. Tireóide Os hormônios tireóideos regulam o uso de oxigênio e a taxa metabólica basal, o metabolismo celular e o crescimento e o desenvolvimento. Glândula tireoide Folículos tireóideos (cavidade central de cada folículo contém hormônios tireoidianos armazenados) são compostos por células foliculares. Produção de tiroxina (T4) e triiodotironina(T3). Células parafoliculares (se situam entre os folículos e estão em menor quantidade) produzem calcitonina. Ações Exercem efeitos por todo o corpo; Aumentam a taxa de metabolismo basal (em razão da síntese e do uso de ATP); Aumento da temperatura corporal; Síntese de proteínas; Aumento do uso de glicose e ácidos graxos (para formar ATP); Aumento da degradação de TG; Aumentam a excreção de colesterol (juntamente com hGH e a insulina, os hormônios tireoidianos estimulam o crescimento dos sistemas nervoso e esquelético). T3 e T4 são lipossolúveis e precisam de carreadores para o transporte. Calcitocina: diminui o nível de cálcio do sangue inibindo a ação dos osteoclastos (destroem os ossos). Secreção é controlada por um sistema de retroalimentação negativa. Formação e secreção 90% - T4 e 10% - T3. T3 mais potente e menos liberado. Necessidade de iodo na dieta – 150mcg (OMS). Captação de iodeto. Ligação do iodo a tireoglobulina (tireoglobulina iodetada). Tireoglobulina (contém tirosina) + iodo. Tireoglobulina iodetada (tiroxina e triiodotironina). Transporte Globulina de ligação a tiroxina – 80%, pré- albumina – 10 a 15% e o restante – albumina. Mecanismos de ação genômica Funções Aumento de grande número de enzimas, proteínas estruturais, proteínas de transporte. Aumento generalizado da atividade funcional de todo o organismo. Efeitos sobre o organismo ↑ captação de glicose pelas células ↑ glicólise Síntese dos hormônios tireoidianos ↑ gliconeogênese ↑ absorção de nutrientes ↑ liberação de insulina ↑ mobilização de lipídeos ↑ ácidos graxos (AG) no sangue ↑ oxidação de AG ↑ necessidade de vitaminas ↑ da TMB – 60 a 100% ↑ metabólitos no sangue - excretas ↑ frequência cardíaca ↓ força dos batimentos cardíacos ↑ volemia ↑ da frequência e profundidade da respiração ↑ utilização de oxigênio ↑ fluxo sanguíneo ↑ apetite ↑ secreção de sucos digestivos ↑ atividade cerebral Nervosismo, ansiedade e paranóia são causadas quando não está normal. Regulação hormonal Paratireóides Glândulas Paratireóides Pequenas massas arredondadas de tecido glandular parcialmente engastadas na face posterior da glândula tireóide. Células principais – paratormônio (PTH). Principal regulador dos níveis de cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+) e fosfato (HPO42-) no sangue. Funções do cálcio Essencial para a proliferação dos linfócitos TCD4, em excesso causa o enrijecimento das células endoteliais. Formação dos tecidos ósseos – Hidroxiapatita (cristal que formam os ossos, vitamina K2 ajuda na formação), função neuromuscular, coagulação e efeito na pressão arterial (regula). Cálcio sérico Hipercalcemia: Depressão do SN, contratilidade diminuída dos músculos (TGI, coração etc.). Hipocalcemia: Tetania e membrana celular mais permeável ao Na+. Glândulas paratireóides Células principais: Produção de paratormônio (PTH) - Aumenta a concentração de cálcio no sangue, diminui a concentração de íons fosfato no sangue (rins fazem a regulação de todos os íons), estimula a erosão da matriz óssea pelos osteoclastos, aumenta absorção de cálcio pelo intestino delgado e túbulos renais (aumenta ou diminui a absorção de Ca). Células Oxífilas: Pouco se sabe sobre esta célula. As glândulas paratireoides promovem a formação do calcitriol (vitamina D ativada) que aumenta a absorção de Ca2+, Mg2+ e HPO42- dos alimentos paro o sangue (ajuda na fixação dos minerais para a formar o cristal de hidroxiapatita). Calcitonina Produzido pelas células parafoliculares da tireóide. Diminui os níveis séricos de cálcio, a atividade dos osteoclastos, promove a deposição de cálcio no tecido ósseo, diminui a formação de novos osteoclastos e aumenta atividade dos osteoblastos (células produtoras de matriz ósseo). Glândula Adrenal Glândula adrenal ou suprarrenal é localizada acima dos rins. Porção externa – córtex 80 a 90% de tecido mesodérmico, porção interna – medula 10 a 20% de tecido neurodérmico. Adrenal histologia Zona glomerulosa (externa): pequenas células, muitas mitocôndrias – Aldosterona (afetam a homeostasia mineral). Zona fasciculata (média): células colunares, citoplasma com vacúolos, gotasde lipídios, grandes mitocôndrias (+ desenvolvida) - Glicocorticóides (afetam a homeostasia da glicose). Zona Reticular (interna): rede de células interconectadas – esteróides sexuais. Células cromafins: produtoras de adrenalina e noradrenalina. Mineralocorticóides Regula a homeostasia de Na e K para o equilíbrio hidroeletrolítico. Interfere na volemia e pressão arterial. Síntese e liberação estimulada pela Angiotensina II (estimula o córtex da glândula suprarrenal a secretar aldosterona que irá atuar nos rins para promover o retorno de Na e água para o sangue, aumentando VS e PS). Inibição pelo Peptídeo Natriurético Atrial e estimulada por aumento do potássio e por ACTH. Feedback negativo aumenta a volemia e a adrenalina aumenta a resistência periférica. Cortisol: metabolismo Glicocorticóide liberado a partir de estresse físico ou mental. Facilita a conversão de proteínas a glicogênio (decomposição proteica), aumenta degradação de proteínas no músculo (gliconeogênese), inibe síntese proteica (+ aa disponíveis no sangue induz a glicogênese), facilita metabolismo de gordura (decomposição de triglicerídeos), possui efeitos anti-inflamatórios e depressão das respostas imunes. Efeitos do cortisol sobre o metabolismo Metabolismo de carboidratos; aumenta a gliconeogênese no fígado e diminui a utilização da glicose pelas células (leve resistência à insulina), resultando no aumento da glicemia “diabetes adrenal”. Metabolismo de proteínas: diminui a síntese de proteínas e aumenta o catabolismo de proteínas (tecidos periféricos) – aumento de Aa. Aumenta a síntese de proteínas pelo fígado (mobilização de aa) e aumenta a concentração plasmática de aminoácidos. Metabolismo lipídico: mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo, aumenta a concentração de AG livres no plasma e aumenta a utilização de AG para energia (acúmulo de tecido adiposo). Cortisol: ações gerais Efeitos dos glicocorticóides sobre o sistema imune Ácido araquidônico (lipídio de membrana – diminui a liberação dos produtos do local inflamatório), ação sobre lisossomas (diminui a liberação de enzimas proteolíticas no local de lesão, estabilidade da membrana lisossomal), diminuição da migração leucocitária (chegada dos leucócitos diminui o processo inflamatório) e diminui a molécula de adesão: célula – endotélio.
Compartilhar