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Nutrição Esportiva

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www.portaleducacao.com.br 1
PROF: RAQUEL TINOCO Treinamento Funcional | Portal Educação 
NUTRIÇÃO 
ESPORTIVA
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www.portaleducacao.com.br 2
Treinamento Funcional | Portal Educação 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográfi cas.
NUTRIÇÃO 
ESPORTIVA
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SUMÁRIO 
 
 
MODULO I 
 
1 CONCEITOS IMPORTANTES EM NUTRIÇÃO ESPORTIVA 
2 FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO 
2.1 GASTO ENERGÉTICO NOS EXERCÍCIOS 
3 CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS 
4 DIETA E ATIVIDADE FÍSICA 
 
MODULO II 
 
5 NUTRIENTES X EXERCÍCIOS 
5.1 CARBOIDRATOS 
5.2 ÍNDICE GLICÊMICO 
5.3 LIPÍDEOS 
5.4 PROTEÍNAS 
5.5 VITAMINAS 
5.6 MINERAIS 
5.7 ÁGUA 
5.7.1 Água e Eletrólitos 
5.7.2 Desidratação 
5.7.3 Termorregulação 
 
MÓDULO III 
 
6 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL 
7 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS E PRESCRIÇÕES DIETÉTICAS NA 
ATIVIDADE FÍSICA 
7.1 NUTRIÇÃO NO ATLETISMO 
7.2 ALIMENTAÇÃO NA NATAÇÃO 
8 SUPLEMENTAÇÃO 
 
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9 REPOSIÇÃO HIDROELETROLÍTICA 
9.1 ÁGUA PURA 
9.2 BEBIDAS CONTENDO SÓDIO 
9.3 BEBIDAS CONTENDO CARBOIDRATOS E ELETRÓLITOS 
ANEXO I 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO I 
 
 
1 CONCEITOS IMPORTANTES EM NUTRIÇÃO ESPORTIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Processos de digestão, absorção, transporte e excreção 
 
A digestão consiste em várias transformações em sequência, 
desencadeada por mediadores químicos, endócrinos e estímulos, desenvolvidos 
pelo aparelho digestivo a fim de possibilitar a melhor absorção dos alimentos. É 
definida como o conjunto de processos físicos (mastigação, deglutição e 
movimentos peristálticos) químicos (ação enzimática) que convertem os 
alimentos em compostos menores hidrossolúveis e absorvíveis, ocorrendo no 
interior do tubo digestivo. 
 
Este processo tem início na boca, onde os alimentos sólidos são 
reduzidos a uma massa de menor tamanho, por meio da mastigação (ação 
trituradora dos dentes) e salivação, com auxílio da língua. Esses são digeridos 
ao se misturarem à saliva e suas enzimas secretadas pelas glândulas salivares. 
A principal enzima encontrada na saliva é a amilase salivar, que catalisa a 
hidrólise de polissacarídeos, tendo seu pH em torno de 6,4 a 7,5, o que facilita 
sua ação. Na saliva também se encontram outras enzimas, como a maltase e 
catalase, porém, em quantidade menor. O amido é digerido pela saliva, sendo 
degradado em oligossacarídeos e maltose. 
 
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E pela deglutição voluntária que o bolo alimentar é conduzido ao 
estômago. Nesse órgão, é misturado com fluido ácido e enzimas proteolíticas e 
lipolíticas. A regulação da secreção cloridropéptica e o esvaziamento gástrico 
ocorrem pela ação de hormônios gástricos (gastrina, enteroglucagon e 5-
hidroxitriptamina) e mediadores químicos do sistema nervoso autônomo 
(catecolamina e acetilcolina). 
Ainda neste órgão, as glândulas cárdicas e pilóricas produzem um muco 
que lubrifica o bolo alimentar e protege a mucosa contra a ação das enzimas 
gástricas e do ácido clorídrico. Este ácido facilita a absorção do ferro, torna o pH 
adequado para digerir as proteínas, propicia a ativação do pepsinogênio em 
pepsina, e limita a fermentação microbiana, agindo contra germes. 
 
Ao deixar o estômago, o quimo chega ao duodeno, sendo que nos 
primeiros 10cm, ocorrerá a maior parte da digestão. Neste órgão o PH é 
neutralizado pela grande secreção das glândulas de Brunner. Essa alteração do 
PH facilita a imediata ação das enzimas pancreáticas e ativação do tripsinogênio 
em tripsina. 
Porém, para manter a osmolaridade do quimo semelhante à do plasma, 
é necessário que haja fluxos bidirecionais de íons e fluidos entre o meio interno 
e a luz intestinal. 
 
As enzimas responsáveis pela digestão e absorção são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TABELA 1 
Local de 
atuação 
Enzimas Local de 
produção 
Substrato Produto 
Boca Amilase Glândulas 
salivares 
Amido Maltose 
Estômago Pepsinogênio Estômago 
Piloro 
Duodeno 
Proteínas Polipeptídeos 
Proteoses 
Peptonas 
Intestino 
delgado 
Amilase Pâncreas Amido Maltose 
 Lipase Pâncreas Triglicerídios 
Diglicerídios 
Monoglicerídios 
Diglicerídio, ác. graxo 
Monoglicerídio, ác. graxo 
Ác. graxo, glicerol 
 Fosfolipase 
A2 
Pâncreas Fosfolipídios Lisofosfatídios, ác graxos, 
ác. fosfórico e bases 
 Colesterol 
Esterase 
Tripsinogênio 
Pâncreas 
 
Pâncreas 
Éster de 
colesterol 
Proteínas e 
Polipeptídios 
Colesterol livre 
Ác. graxo 
Peptídios e aminoácidos 
 Maltase Borda em 
escova 
Maltose Glicose 
 Invertase Borda em 
escova 
Sacarose Glicose e frutose 
 Lactase Borda em 
escova 
Lactose Glicose e galactose 
 Aminopeptida
se 
Borda em 
escova 
Polipeptídios Peptídios 
 Dipeptidase Borda em 
escova 
Dipeptídios Aminoácidos 
FONTE: Waitzberg & Linetzky, 2004. 
 
 
 
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Finalmente o processo de digestão do amido e das proteínas termina 
com a ação das enzimas do pâncreas e da borda em escova do intestino 
delgado. O suco pancreático tem o objetivo de neutralizar a acidez do bolo 
alimentar, sendo assim, seu pH varia de 7,8 - 8,2 devido ao alto teor de 
bicarbonato. Isso garante a ação das enzimas pancreáticas que agem em pH 
ligeiramente alcalino e neutro. As enzimas encontradas nesse suco são: 
 
 Tripsina; 
 Quimotripsina; 
 Carboxi e amino-peptidase; 
 Amilase pancreática; 
 Lípase pancreática; 
 Ribonuclease; 
 Desoxirribonuclease. 
 
Por meio de movimentos peristálticos, o alimento transita pelo intestino, 
garantindo a digestão e absorção adequadas. Este movimento não promove a 
mistura do quimo às secreções digestivas. 
 
O suco intestinal é constituído por um muco responsável pela proteção 
da parede intestinal contra uma autodigestão, e por algumas enzimas, sendo seu 
pH aproximadamente entre 6,5 e 7,5. 
 
A passagem do quimo do lúmen para o meio interno (absorção), 
depende do contato com a superfície da mucosa do intestino. Os diferentes tipos 
de alimentos não são absorvidos por igual ao longo do tubo digestivo. Grande 
parte da absorção de glicose e aminoácidos ocorre no segmento jejuno-íleo. Já 
os macronutrientes, minerais, vitaminas, oligoelementos e a maioria da água são 
absorvidos antes de chegarem ao cólon. Neste segmento, são reabsorvidos os 
eletrólitos e alguns dos produtos finais da digestão. Os micronutrientes e a água 
não necessitam de digestão prévia, sendo absorvidos diretamente. O estômago 
e o intestino grosso também participam da absorção da água. 
 
 
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Por meio da veia porta, a maioria dos nutrientes chega ao fígado após 
serem absorvidos pelo trato gastrintestinal. No fígado, esses nutrientes poderão 
ser armazenados, transformados em outras substâncias ou liberados na 
circulação. 
 
Terminado este processo, os produtos de excreção são armazenados 
no intestino grosso temporariamente, sendo excretados pelo reto e ânus pelo 
processo conhecido como defecação. 
 
 Os Nutrientes 
 
 Nutrientes são substânciasencontradas na composição dos 
alimentos, que exercem importantes 
funções no organismo como: 
 
 Produção de energia (carboidratos, 
proteínas e lipídios); 
 Construção de tecidos (proteínas); 
 Regulação de funções orgânicas. 
 
Suas principais características 
são descritas abaixo: 
 
Carboidratos  são substâncias contendo átomos de carbono (C), 
hidrogênio (H) e oxigênio (O). São responsáveis por 50 a 70% da energia 
proveniente da dieta, efetuando todos os processos biológicos. Depois de 
ingeridos, são convertidos em glicose, que irá manter sistema nervoso central e 
o organismo em funcionamento. Encontrados em grande quantidade na 
alimentação, os carboidratos podem ser armazenados pelo organismo, para 
serem utilizados quando necessário. Além de serem utilizados como fontes de 
energia também possuem a função de poupar proteína. 
 
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Fontes: açúcar, batata, cereais, massas em geral, leguminosas, frutas, 
vegetais e arroz. 
 
Proteínas  a proteína é um polímero de elevado peso molecular 
formada por um conjunto de aminoácidos que podem estar ligados por 
formações peptídicas. Os organismos vivos são formados por 20 tipos de 
aminoácidos, sendo nove deles denominados essenciais (valina, leucina, 
isoleucina, lisina, metionina, treonina, fenilalanina, triptofano e histidina), já que 
precisam ser adquiridos por meio da alimentação, pois nosso organismo não é 
capaz de sintetizá-los; e 11 são denominados não essenciais, pois são 
sintetizados pelo organismo. A proteína está presente na estrutura de todos os 
tecidos, formando anticorpos e enzimas, realizando atividades de coagulação e 
transporte, mediando quase todas as reações do organismo, como a contração 
muscular. 
Fontes: carnes em geral, peixes, aves, laticínios, ovos e leguminosas. 
 
Lipídeos  são produtos de origem biológica solúveis em substâncias 
orgânicas. Ácidos graxos são ácidos carboxílicos com longas cadeias de 
hidrocarbonetos, armazenados na forma de triglicerídeos. Além de serem 
alimentos combustíveis, os lipídeos também servem como transportadores de 
algumas vitaminas, as quais protegem os órgãos contra choques, e são isolantes 
térmicos. Trata-se de um nutriente de alto valor calórico, deve ser consumido em 
pequenas quantidades. São classificados como SATURADOS (apenas uma 
ligação simples entre os carbonos) e INSATURADOS (com uma ou mais 
ligações duplas), que são subdivididos em poli e monoinsaturados. 
Fontes: SATURADOS carnes gordurosas, pele do frango, manteiga, 
queijos amarelos, bacon, embutidos, maionese, creme de leite e chantili. 
INSATURADOS  óleo vegetal, azeite, margarina, oleaginosas, e alguns poli-
insaturados como ômega -3 e ômega-6 encontram-se em peixes de água fria, 
como salmão e sardinha. 
 
Vitaminas e minerais  vitaminas são compostos orgânicos presentes 
naturalmente em diferentes quantidades nos alimentos, essenciais para a 
 
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manutenção do metabolismo normal, desempenhando específicas funções 
fisiológicas. Minerais são elementos com funções orgânicas essenciais que 
atuam tanto na forma iônica quanto na constituição de compostos como enzimas 
e hormônios. Atuam na regulação do metabolismo enzimático, na manutenção 
do equilíbrio acidobásico, da irritabilidade nervosa e muscular e da pressão 
osmótica, na transferência de compostos pelas membranas celulares e na 
composição dos tecidos orgânicos. Sem esses nutrientes o corpo não consegue 
absorver, formar, transportar outros nutrientes. Por serem necessários em 
pequenas quantidades, são conhecidas como micronutrientes. 
 
Água  É uma substância polar, formada por oxigênio e hidrogênio, 
fundamental para a vida, constituindo aproximadamente 60% do nosso corpo. 
Atua em todos os processos realizados no organismo, como a digestão, 
absorção, transporte e excreção, de nutrientes, além de ser importante na 
regulação da temperatura corporal. Sua ingestão é controlada pela sensação de 
sede, cujo centro de controle localiza-se no hipotálamo, ativado com o aumento 
da pressão osmótica dos fluidos corpóreos e quando ocorre diminuição do 
volume extracelular. Sua eliminação ocorre por meio da urina, suor, fezes e 
respiração, e por isso deve ser ingerida regularmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fibras  são todos os polissacarídeos vegetais da dieta, como a 
celulose, hemicelulose, pectinas, gomas e mucilagens, mais a lignina, que não 
são hidrolisadas pelas enzimas do trato digestivo humano. São substâncias de 
fundamental importância no funcionamento regular do aparelho digestivo, 
especialmente do intestino, 
Fontes: frutas, verduras e cereais integrais. 
 
 Metabolismo dos nutrientes 
 
a) Metabolismo dos carboidratos: 
 
A digestão dos carboidratos começa na boca, onde a enzima alfa-
amilase, secretada pelas glândulas salivares, degrada o amido em maltoses e 
maltotrioses. 
No duodeno o quimo recebe a enzima alfa-amilase, produzida pelo 
pâncreas, que completa a digestão do amido em maltose. 
 
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Já no intestino delgado, as células de borda em escova dos vilos 
secretam a maltase, a frutase e a lactase, que degradam os dissacarídeos em 
seus componentes monoméricos: glicose, frutose e galactose. 
 
A frutose e a galactose são metabolizadas quase completamente na 
primeira passagem pelo fígado, de modo que normalmente quase não são 
encontradas quantidades apreciáveis desses monossacarídeos no sangue 
periférico. Glicose e galactose são transportadas para o interior da célula com 
auxílio do sódio, já frutose independente da entrada deste mineral. 
Os dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos que não foram 
hidrolisados não são absorvidos e serão, então, metabolizados pelas bactérias 
encontradas no segmento inferior do intestino, produzindo ácidos graxos de 
cadeia curta, lactato, hidrogênio, metano e dióxido de carbono. 
 
 
FIGURA 2 
 
FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. 
Acesso em: 25 mar. 2013. 
 
 
b) Metabolismo das proteínas: 
 
As proteínas são sintetizadas constantemente a partir de aminoácidos e 
degradadas novamente no organismo, numa reciclagem contínua. Os 
aminoácidos não utilizados imediatamente após a síntese proteica são perdidos, 
já que não ocorre estocagem de proteínas. Dessa forma, o total de proteínas no 
 
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corpo de um adulto saudável é constante, de forma que a taxa de síntese 
proteica é sempre igual à de degradação. 
 
Ciclo da ureia 
 
A degradação da proteína leva a uma perda diária de nitrogênio proteico 
pela ureia excretada, em quantidade aproximada de 35 a 55g/dia. 
 
Qualquer aminoácido que não seja utilizado pelo organismo é 
degradado. O processo de remoção do grupo amino libera amônia, substância 
extremamente tóxica, que então é convertida em um composto não tóxico (ureia) 
excretado pela urina. 
Ou seja, o ciclo da ureia é o principal processo de eliminação de amônia, 
tendo início na mitocôndria, necessitando de 4 ATP para excretar, pelos rins, 
duas moléculas de amônia na forma de ureia. 
 
O descarte do nitrogênio é feito de duas formas: 
 
1ª – remoção do grupo amino dos aminoácidos, que ocorre por duas 
vias: a transdeaminação (transaminação ligada à deaminação oxidativa) e a 
transaminação 
 
2ª - formação de ureia pelo ciclo da ornitina, que consome 1,5 ATP para 
cada molécula de ureia formada. 
 
Este ciclo ocorre nos hepatócitos, na mitocôndria e no citossol. 
 
No fígado,existe uma enzima chamada glutamato desidrogenase, 
encontrada na mitocôndria. Essa enzima é responsável pela incorporação da 
amônia como grupo amino no alfa-cetoglutarato, formando o glutamato e o 
NADPH é usado como coenzima, com consumo de ATP. Essa mesma enzima 
utiliza o NAD como coenzima para catalisar a reação reversa. 
 
 
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FIGURA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm>. Acesso em: 25 mar. 
2013. 
 
Balanço Nitrogenado 
 
Uma forma de estudar a movimentação do nitrogênio e, portanto, o 
destino da proteína no organismo, é estabelecer o Balanço Nitogenado (BN). O 
BN consiste na diferença entre a quantidade de nitrogênio ingerido e excretado 
por urina e fezes. Este valor pode ser negativo quando a quantidade excretada 
é maior do que a ingerida, assinalando que o nitrogênio está sendo ingerido em 
quantidade menor do que é necessário ou que as perdas de nitrogênio estão 
elevadas (situações de infecção). 
 
Proteínas: fonte de aminoácidos 
 
Proteínas exógenas e endógenas são transformadas em aminoácido 
pela ação de peptidases. 
http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm
 
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A digestão das proteínas tem início no estômago, onde o HCL favorece 
a hidrólise, desnaturando as proteínas, produzindo aminoácidos e peptídeos 
grandes. Porém, a maior parte do processo de digestão proteica ocorre no 
duodeno e jejuno, sob ação de proteases pancreáticas. No intestino delgado, 
enzimas pancreáticas quebram a proteína em peptídeos que são depois 
hidrolisados por exopeptidases em aminoácidos (Aa) e peptídeos menores. 
Estes peptídeos de cadeia curta podem ser hidrolisados novamente para Aa nas 
bordas em escova encontradas nas células intestinais. Também podem penetrar 
por difusão na célula intestinal e então, ser hidrolisados em Aa por peptidases 
celulares. 
 
Na borda em escova do intestino delgado, as peptidases agem sobre os 
polipeptídeos, transformando-os em tripeptídeos, dipeptídeos e Aa. Estruturas 
mais simples, os Aa atravessam aos poucos a membrana celular, adentram o 
citoplasma e passam para os vasos sanguíneos. Contudo, pequenos peptídeos 
como os di e tripeptídeos, também são capazes de ultrapassar de forma intacta 
a mucosa intestinal até a circulação sanguínea para serem aproveitados em 
diversas funções metabólicas. 
 
Muitos dos aminoácidos utilizados pelo organismo para a síntese de 
proteínas, ou como precursores para outros aminoácidos são provenientes da 
dieta ou da renovação das proteínas endógenas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm>. Acesso em: 25 mar. 
2013. 
 
Os aminoácidos podem ser classificados, conforme seu destino, como: 
 
- Glicogênicos  participam da gliconeogênese; 
- Cetogênicos  produzem corpos cetônicos; 
- Glico-cetogênicos  forma glicose e corpos cetônicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm
 
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FIGURA 5 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm>. Acesso em: 25 mar. 
2013. 
 
 
Alguns aminoácidos 
 
 Fenilalanina: 
 
A enzima fenilalanina hidroxilase converte a fenilalanina em tirosina. 
Conhece-se como fenilcetonúria a deficiência dessa enzima ou de sua 
coenzima, a tetraidrobiopterina, causando retardo mental, devido ao aumento 
nos níveis de fenilalanina e seus derivados (fenilpiruvato, fenillactato e 
fenilacetato) na circulação sanguínea. 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 6 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm>. Acesso em: 25 mar. 
2013. 
 
 
 Tirosina: 
 
 
Quando não incorporada às proteínas, a maior parte da tirosina é 
transformada em acetoacetato e fumarato. Parte dela é utilizada na formação 
das catecolaminas, cujo processo dá origem à di-idroxifenilalanina ou DOPA. Ao 
descarboxilar a DOPA, obtém-se a Dopamina, que é transformada 
em norepinefrina e epinefrina ou adrenalina na medula adrenal. 
http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm
 
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FIGURA 7 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm>. Acesso em: 25 mar. 
2013. 
 
A tirosinase é uma enzima que participa da conversão da tirosina em 
melanina, utilizando a DOPA como cofator interno e tendo a dopaquinona como 
produto. Sua deficiência causa o albinismo. 
 
 
 
 
http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm
 
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FIGURA 8 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm>. Acesso em: 25 mar. 
2013. 
 
 
 Metionina: 
 
A metionina reage com o ATP formando o composto S-adenosilmetionina. 
 
 
 
 
http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm
 
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FIGURA 9 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm>. Acesso em: 25 mar. 
2013. 
. 
 
 
 
 
 
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 Cisteína: 
 
A cisteína pode ser sintetizada a partir da metionina. Para isso, é 
necessária a presença do cofator vitamina B6. Em pacientes urêmicos, existe 
uma deficiência deste cofator, diminuindo a produção de cisteína, elevando-se a 
concentração de homocisteína no plasma. 
 
FIGURA 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm>. Acesso em: 25 mar. 
2013. 
http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_aminoacidos.htm
 
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 Arginina: 
 
Este Aa promove a secreção de hormônios prolactina, insulina, hormônio 
do crescimento, fator de crescimento da pituitária. Suplementos de arginina 
podem promover a reparação tecidual por aumento da síntese de colágeno e 
apresentam ação imunofarmacológica. 
 
 Glutamina: 
 
É formada a partir de ácido glutâmico (glutamato) e da amônia pela 
enzima glutamina sintetase. É o Aa livre mais abundante no plasma e 
compreende cerca de metade dos Aa circulantes no organismo. É também o 
maior carreador de nitrogênio do musculoesquelético para órgãos viscerais, por 
conter dois grupos amina e a mais importante fonte de energia para a mucosa 
intestinal, macrófagos e linfócitos. Sua suplementação impede a deteriorização 
da permeabilidade intestinal e mantém a integridade desse tecido. É 
metabolizada principalmente no fígado, intestino, músculo e rins. 
 
c) Metabolismo de lipídeos 
 
No repouso e em exercício prolongado de intensidade leve ou moderada, 
os ácidos graxos (AGs) são utilizados como fonte de energia. São armazenados 
no tecido adiposo, no musculoesquelético e no plasma na forma de TAGs. Sua 
utilização pelo musculoesquelético depende de sua mobilização, transporte pela 
corrente sanguínea e entre as membranas celulares e oxidação nas 
mitocôndrias. 
 
A lipólise é o processo pelo qual o TAG é convertido em AGs e glicerol,tendo como resultado a mobilização dos AGs para diversos tecidos do 
organismo, como fígado, tecido adiposo e musculoesquelético. A utilização dos 
AGs oriundos do tecido adiposo depende da hidrólise dos TAGs nos adipócitos, 
cujo metabolismo é controlado pelo sistema nervoso, pela ação de hormônios. 
 
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Os principais responsáveis pela estimulação da lipase-hormônio 
sensível e, consequentemente, a lipólise, conforme a inibição desse processo 
pela insulina, ao estimular a lipogênese, são as catecolaminas, o hormônio do 
crescimento (GH) e os glicocorticoides. Contudo, alguns AGs oriundos do tecido 
adiposo não são liberados na circulação, podendo continuar no adipócito ao 
serem reesterificados em TAGs. 
 
Nas fibras musculares de contração lenta, existe maior quantidade de 
triacilglicerol intramuscular (TGIM) do que nas de fibras musculares de contração 
rápida. Sua mobilização está relacionada ao efeito da atuação da adrenalina 
sobre enzimas que atuam na hidrólise, como a lipoproteína lipase (LPL) 
extracelular. 
Os AGs encontrados no plasma situam-se principalmente nos 
quilomícrons e nas lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL). Pela LPL, 
eles são hidrolisados fora da célula, podendo ser absorvidos pelo tecido adiposo. 
No entanto, devem se ligar à albumina no plasma, devido à sua natureza 
insolúvel, a fim de prevenir a formação de micelas, que agem como detergentes, 
causando danos celulares, para então serem liberados na circulação sanguínea. 
 
Os AGs são transportados pela corrente sanguínea, e em seguida 
sofrem oxidação em vários tecidos do organismo, como rins, fígado, tecido 
adiposo marrom, coração e, principalmente, no musculoesquelético. Eles 
conseguem entrar na célula por meio das proteínas ligantes na membrana 
celular, e não por difusão simples. 
 
Ao chegarem ao citossol os AGs precisam ser levados para o interior 
das mitocôndrias, para que possam realizar a oxidação. Para que isso ocorra, 
eles recebem uma coenzima A (CoA), transformando-se em acil-CoA, que é 
transportado por meio das membranas das mitocôndrias pelas enzimas carnitina 
acil transferase I e II (CAT I e CAT II), existentes nas membranas externa e 
interna da mitocôndria, respectivamente. 
 
 
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Na mitocôndria, pares de carbonos do acil-CoA são retirados pelo 
processo de β-oxidação, formando moléculas de acetil-CoA e liberando íons H+, 
elétrons, NADH e FADH2 para a cadeia de transporte de elétrons para dar 
origem ao ATP. No Ciclo de Krebs o acetil-CoA é metabolizado, gerando CO2 e 
H2O. 
 
Ao longo do exercício, os ácidos graxos livres (AGLs) são retirados do 
tecido adiposo e transportados pelo sangue até o músculo, e então, servirá como 
substrato. 
 
Nos exercícios de intensidade baixa, a quantidade de lipídios no mix de 
combustíveis oxidados é maior do que nos exercícios de intensidade alta. Nos 
exercícios de longa duração de moderada intensidade os resultados são tempo-
dependentes, em que a oxidação de lipídios aumenta e a oxidação de CHO 
diminui. Já em exercícios de resistência ocorre uma melhora de fatores que 
modulam o fluxo e a capacidade de oxidação dos musculoesqueléticos como: 
 
 A capilarização; 
 A ativação enzimática da cadeia oxidativa; 
 O transporte dos ags do sangue até o sarcoplasma; 
 A disponibilidade e taxa de hidrólise dos tgims; 
 A lipólise dos tags no tecido adiposo e circulante; 
 O transporte dos ags pela membrana da mitocôndria; 
 Adaptações hormonais, principalmente da insulina e 
catecolaminas. 
 
Durante eventos de endurance em exercícios submáximos, aumenta-se 
a oxidação de AGs, sendo que nos primeiros 90 minutos a lipólise é cerca de 
duas vezes maior que a oxidação, sendo que no mesmo período, a entrada 
desses ácidos no plasma é similar à taxa de oxidação dos mesmos. 
Aproximadamente duas horas depois de iniciado o exercício, a concentração no 
plasma aumenta mais do que a taxa de AGs oxidados, sugerindo que estes têm 
capacidade de suprir as necessidades que decorrem da ativação muscular. 
 
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Dessa forma, os atletas de endurance possuem mais sangue circulante 
no tecido adiposo, em resposta à infusão de adrenalina, do que os indivíduos 
sedentários. 
 
Após o treinamento de endurance, o aumento na lipólise de TGIM pode 
ser responsável pelo aumento de glicerol (em até três vezes), em indivíduos 
treinados. 
 
 Nutrição no esporte 
 
A alimentação tem a responsabilidade de manter a produção de energia 
estável, possibilitando todas as reações orgânicas em nosso corpo e fazendo 
com que o crescimento seja possível. Nosso corpo é formado basicamente por 
água, proteínas, gordura e minerais. Portanto esses componentes devem ser 
fornecidos ao organismo pela alimentação. 
Desde o princípio da existência humana, ao surgirem os primeiros atletas 
(caçadores e guerreiros), ocorre a procura de alimentos que garantam um 
desempenho melhor. 
Era comum na Grécia Antiga, a ingestão de grandes quantidades de 
carnes, visando aumentar a massa muscular e a força pelos atletas que 
participavam das Olimpíadas. 
 
Nutrição Esportiva é a área destinada ao atendimento nutricional de 
esportistas e atletas que buscam melhorar seu desempenho físico e otimizar a 
recuperação pós-exercício. Para esse cliente, a alimentação deve ser planejada 
com atenção especial ao tipo, duração e intensidade de treinamento e exercício, 
indicando-se a recomendação pré, durante e pós-exercício/treino, a necessidade 
de suplementos esportivos e estratégias de hidratação. Para isso, é necessária 
a avaliação física e nutricional detalhada de acordo com a idade, objetivo e 
necessidade do cliente, conforme sua prática esportiva. 
 
 
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Assim, a nutrição esportiva pode contribuir com um programa de 
exercícios com objetivo específico, desde a melhoria da saúde até o aumento de 
força por exemplo. 
Atualmente já está claro que a nutrição pode afetar o desempenho físico 
e que, se associada ao potencial genético e ao treinamento adequado, é um fator 
de grande importância para o sucesso. 
 
 Desconfortos na competição 
 
O desconforto gástrico é caracterizado por uma perturbação digestiva e 
desconforto na região superior do abdome, podendo estar relacionado com os 
excessos de alimentos ingeridos. 
 
Os carboidratos são rapidamente digeridos e absorvidos, ficando, 
portanto por menos tempo no estômago. Contudo, nem todos os alimentos 
fontes de carboidratos são adequados para as refeições pré-treino. Alimentos 
ricos em fibras, como frutas, e hortaliças cruas, castanhas, sementes e farelos, 
são desaconselháveis, pois podem promover desconforto intestinal, como por 
exemplo, o feijão, a cebola, a couve-flor e o nabo, que são formadores de gases. 
As melhores fontes de carboidratos, neste caso, são os alimentos ricos em 
amido, como massas, pães, tubérculos, arroz, bolos e biscoitos simples. 
 
O processo digestivo pode ser afetado pelo tipo e qualidade da dieta e 
pela velocidade com que se ingerem os alimentos. 
 
A causa da dor de barriga no meio dos treinos pode ser pela alimentação 
feita antes das atividades por diversos outros fatores, tais como: 
 
 Diminuição na velocidade do esvaziamento gástrico: a prática de 
atividade física concentra o fluxo sanguíneo na musculatura tornando o 
esvaziamento gástrico mais lento, levando ao desconforto e até dores 
abdominais; 
 
 
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 Aumento na produção de gases: o consumo de alimentos 
flatulentos como feijão, couve, pimentão, brócolis, couve-flor, lentilha, milho, 
pepino, abacate, melancia, melão e docespodem promover cólica, indisposição 
e desconforto intestinal. 
 
Os alimentos cuja digestão é mais fácil são os integrais, não 
processados (não industrializados), ricos em fibras, e que não causam 
sobrecarga no sistema digestivo, fazendo com que o estômago não precise 
produzir grandes quantidades de ácidos para digeri-los. 
 
Porém, a presença das fibras no intestino grosso contribui com a ação 
das bactérias, que as transformam em gases (metano) e substâncias nutritivas 
ao próprio intestino como os ácidos graxos de cadeia curta. O aumento nessa 
produção de gases pode promover desconforto abdominal. 
 
 
Alimentos processados, gordurosos 
e a carne vermelha, por exemplo, são de 
difícil digestão. 
Dependendo do tamanho da 
refeição e de sua composição, pode levar 
mais de 3 horas para ocorrer o 
esvaziamento gástrico. 
 
 
Caso seja impossível esperar por mais de 3 horas para terminar a 
digestão, é possível prevenir o desconforto gástrico consumindo alimentos 
pobres em fibras e ricas em carboidratos. Dessa forma, a refeição pré-treino 
deve ser suficiente na quantidade de líquidos, pobre em gorduras e em fibras 
insolúveis a fim de facilitar o esvaziamento do estômago, rica em carboidratos 
de baixo índice glicêmico para manter a glicemia sendo moderada em proteínas. 
Quanto mais complexo o carboidrato maior a necessidade de digestão 
enzimática, aumentando o tempo de absorção. 
 
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Os tempos de digestão dos alimentos são: 
• Gordura  4 a 5 horas; 
• Proteína  3 a 4 horas; 
• Carboidratos  2 a 3 horas (os ricos em fibras, que levam mais tempo). 
 
 
2 FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O corpo humano pode se apresentar em estado de repouso ou de 
exercício. A intensidade do exercício é muito baixa ou pouco diferente do 
repouso, na maior parte do tempo, porém algumas vezes pode atingir níveis bem 
elevados. As duas situações possuem mecanismos fisiológicos capazes de 
minimizar as alterações do meio interno, preservando a homeostasia. 
 
Os efeitos fisiológicos do exercício físico podem ser divididos em: 
agudos imediatos, agudos tardios e crônicos, sendo que os efeitos agudos, 
também conhecidos como respostas, ocorrem em associação direta com a 
sessão de exercício. 
 
 Agudos imediatos: são observados nos períodos pré-imediato, e 
pós-imediato do exercício físico, caracterizados pelos aumentos de frequência 
cardíaca, ventilação e sudorese normalmente associados ao esforço. 
 
 
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 Agudos tardios: ocorrem nas primeiras 24 horas após uma 
sessão de exercício, identificados na pequena diminuição dos níveis tensionais 
e na elevação do número de receptores de insulina nas membranas das células 
musculares. 
 
 Crônicos: conhecidos como adaptações, resultam da exposição 
regular às sessões de exercício, diferenciando sob ponto de vista morfofuncional 
um indivíduo fisicamente treinado de outro sedentário. Exemplo: hipertrofia 
muscular e o aumento do consumo máximo de oxigênio. 
Há diferentes formas de exercício físico, cada uma delas gerando 
diferentes efeitos agudos ou crônicos, sendo oportuno sistematizar alguma 
forma de classificação, como é colocado a seguir: 
 
 
Classificações do Exercício Físico 
 
 Considerando a via metabólica predominante: 
 
- Anaeróbico alático  Grande intensidade e curtíssima duração; 
- Anaeróbico lático  Grande intensidade e curta duração; 
- Aeróbico  Baixa ou média intensidade e longa duração. 
 
 Considerando o ritmo: 
 
- Fixo ou constante  Não se alterna o ritmo ao longo do tempo; 
- Variável ou intermitente  Alterna-se o ritmo ao longo do tempo. 
 
 Considerando a intensidade relativa: 
 
- Baixa ou leve  Repouso até 30% do VO2 máximo; 
- Média ou moderada  Entre 30% do VO2 máximo e o limiar 
anaeróbico; 
- Alta ou pesada  Acima do limiar anaeróbico. 
 
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 Considerando a mecânica muscular: 
 
- Estático  Não há movimento e o trabalho mecânico é zero; 
- Dinâmico  Existe movimento e trabalho mecânico positivo ou 
negativo. 
 
Os exercícios que envolvem grandes 
massas musculares como andar, correr, 
pedalar ou nadar necessita de uma 
participação relativamente maior da via 
aeróbica. Já os esforços com segmentos 
corporais localizados, tais como a extensão do 
cotovelo segurando um peso utiliza maior 
participação das vias anaeróbicas. 
 
Caso a duração do exercício ultrapasse dois ou três minutos, a 
participação aeróbica predominará, porém se ela durar até dez segundos, 
predomina a via anaeróbica alática. Exercícios de alta intensidade que duram 
entre 20 e 90 segundos utilizam de maneira mais intensa a via anaeróbica lática, 
causando um significativo desequilíbrio acidobásico a sensação de esgotamento 
físico, sendo raramente realizados espontaneamente pelo homem comum, 
sendo vistos com maior frequência nos eventos desportivos de natação, como 
as provas de 50 e 100 metros e atletismo, nas provas de 2 00, 400 e 800 metros. 
Exercícios de intensidade baixa correspondem a esforços de até 30% do 
consumo máximo de oxigênio. Nos de intensidade moderada os esforços 
requerem entre 30% do consumo máximo de oxigênio e o nível correspondente 
ao limiar anaeróbico. Já nos exercícios de intensidade alta a demanda excede o 
limiar anaeróbico. Portanto, nos exercícios prolongados, apenas os classificados 
como de alta intensidade teriam participação anaeróbica significativa. 
Exercícios de ritmo fixo (como caminhada a 10km/h), promovem uma 
modificação dos níveis fisiológicos de repouso visando obter novos níveis de 
funcionamento, que quando alcançados, tendem a se manter constante ou 
 
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praticamente constantes. Já os esforços de ritmo variável como o jogo de tênis, 
acarretam grandes variações nas necessidades de ressíntese de ATP, seguindo 
de periódicas modificações das variáveis fisiológicas. Estas atividades tendem a 
usar inicialmente as vias anaeróbicas alática e aeróbica, sem a participação 
significativa da via anaeróbica lática. 
Séries de exercícios com grupamentos musculares localizados, como 
exercícios abdominais tendem a diminuir a qualidade na execução e fadiga 
quando realizados sem interrupções por período superior a cinco ou dez 
segundos. No entanto, se for proporcionado um período de um a dois minutos 
de repouso, eles podem ser reiniciados com a mesma velocidade, qualidade de 
execução adequada e relativa facilidade, já que esse tempo é suficiente para 
regenerar estoques intracelulares de ATP e fosfocreatina. 
 
Produção de energia 
 
Nos exercícios de potência de intensidade máxima que duram até 30s, 
o músculo faz uso das fontes de energia imediatas, designadas por fosfagênios, 
como a adenosinatrifosfato (ATP) e a fosfocreatina (CP). 
 
As células possuem mecanismos de conversão de energia, e precisam 
da existência de uma substância que tem capacidade de acumular a energia 
oriunda das reações exergônicas (que libertam energia). Em seguida, essa 
mesma substância tem capacidade de ceder essa energia às reações 
endergônicas (que consomem energia). Esta substância é conhecida por ATP, 
ou adenosinatrifosfato, um composto químico lábil, que existe em todas as 
células, sendo uma combinação de adenina, ribose e 3 radicais fosfato. Os dois 
últimos radicais fosfato estão ligados ao restante da molécula por meio de 
ligações de alta energia, que liberam cerca de 11kcal por mol de ATP, em 
condições de temperatura e concentração de reagentes do músculo ao longo o 
exercício. Portanto, grande parte dos mecanismos celulares que necessitam de 
energia para funcionar, geralmente obtém-na via ATP.www.portaleducacao.com.br 
 
Resumindo, após a digestão, os produtos finais dos alimentos são 
transportados até às células pela corrente sanguínea e então oxidados. Assim, 
liberam energia que será utilizada para formar ATP, mantendo assim um 
suprimento permanente dessa substância. 
 
A respiração celular transforma a energia química dos alimentos em uma 
forma química de armazenamento temporário (ATP). Nas fibras musculares, por 
exemplo, essa energia química armazenada transforma-se em seguida em 
energia mecânica, com o deslize dos miofilamentos durante o ciclo contrátil. 
 
O ATP acumula a energia liberada pelos compostos mais energéticos, 
cedendo-a posteriormente para a formação de compostos menos energéticos ou 
para ser usada em contrações musculares, por exemplo. 
 
A principal função dos sistemas energéticos é formar o ATP que será 
utilizado na contração muscular, pois o musculoesquelético não é capaz de 
utilizar diretamente a energia originada pela quebra dos grandes compostos 
energéticos obtidos pela alimentação, como a glicose, os ácidos graxos ou os 
aminoácidos. Isso porque nas pontes transversas de miosina, só existe um único 
tipo de enzima, a ATPase, que só hidrolisa ATP. Assim, para poderem ser 
utilizadas na contração muscular, todas as moléculas energéticas precisam ser 
previamente convertidas em ATP. 
 
Contudo, nem toda energia liberada pela hidrólise do ATP é usada na 
contração muscular, no deslize dos miofilamentos. Grande parte (cerca de 60 – 
70%) é dissipada como calor. Porém este aparente desperdício energético é 
fundamental para que o ser humano caracterize-se como um organismo 
homeotérmico, ou seja, com temperatura constante, o que lhe permite o 
funcionamento durante 24h por dia, já que geralmente o funcionamento 
enzimático depende da temperatura corporal. Isso quer dizer que, a maioria do 
ATP utilizado no metabolismo humano tem o objetivo de manter a temperatura 
corporal estável e não apenas garantir energia para a contração muscular. 
 
 
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Embora o ATP tenha grande importância nos processos de utilização de 
energia, ele não é o maior depósito de ligações fosfato de alta energia na fibra 
muscular. A CP também possui este tipo de ligações, tendo uma concentração 
de 4 a 5 vezes maior que a do ATP, sendo possível aumentar as suas 
concentrações musculares com a suplementação ergogênica (de creatina) em 
10-40%. As concentrações de ATP e CP no musculoesquelético de um indivíduo 
sedentário são, respectivamente, de 6 e 28mmol/Kg músculo. 
 
 Sistema ATP-CP 
 
As ligações de alta energia da CP liberam aproximadamente 13kcal/mol 
enquanto o ATP libera 11kcal/mol no músculo ativo. A CP não consegue atuar 
da mesma forma que o ATP como elemento de ligação para transferir energia 
dos alimentos para os sistemas funcionais da célula, mas pode transferir energia 
em permuta com o ATP. 
 
Quando a célula possui quantidade extra de ATP, grande parte da sua 
energia é utilizada para sintetizar CP, formando um reservatório de energia. 
Quando se começa a gastar o ATP na contração muscular, a energia da CP é 
rapidamente transferida de volta para o ATP (ressíntese do ATP) e deste para 
os sistemas funcionais da célula. 
 
Como a CP possui o maior nível energético proveniente da ligação 
fosfato de alta energia, a reação entre a CP e o ATP atinge um estado de 
equilíbrio, mais a favor do ATP. Sendo assim, o mínimo gasto de ATP pela fibra 
muscular utiliza a energia proveniente da CP para a síntese imediata de mais 
ATP. Enquanto existir CP disponível, este processo mantém a concentração do 
ATP a um nível quase constante, fato importante, já que a velocidade de grande 
parte das reações no organismo depende dos níveis deste composto. Nas 
atividades físicas, a contração muscular depende totalmente da constância das 
concentrações intracelulares do ATP, já que esta é a única molécula capaz de 
ser utilizada para a produção do deslize dos miofilamentos contráteis. 
 
 
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O ATP se mantém a um nível constante nos primeiros segundos de uma 
intensa atividade muscular como o sprint, enquanto ocorre um declínio das 
concentrações de CP à medida que este vai se degradando rapidamente para a 
ressíntese do ATP gasto. Na exaustão, os níveis de ATP e CP são muito baixos, 
tornando-os incapazes de fornecer energia para assegurar posteriores 
contrações e relaxamentos das fibras esqueléticas ativas. Por este motivo, é 
limitada no tempo a capacidade de se manter os níveis de ATP ao longo do 
exercício de alta intensidade à custa da energia obtida da CP. Vários autores, 
afirmam que as reservas de ATP e CP apenas suprem as necessidades 
energéticas musculares durante sprints de intensidade máxima até 15s. Porém, 
estudos mais recentes sugerem que a importância do sistema alático continua 
sendo o principal sistema energético mesmo para esforços máximos que 
durarem até 30s. 
Quando ocorre grande depleção energética, pode haver ressíntese de 
ATP muscular, exclusivamente a partir de moléculas de ADP, por meio de uma 
reação catalisada pela enzima mioquinase (MK). Mas, em grande parte das 
reações energéticas celulares ocorre somente a hidrólise do último fosfato do 
ATP, sendo bem mais raras as situações em que aconteça a degradação do 
segundo fosfato. 
 
 Glicólise (Sistema Anaeróbio Láctico) 
 
A glicólise, ou sistema anaeróbio Láctico é uma via metabólica utilizada 
por todas as células do corpo, em que se extrai parte da energia existente na 
molécula da glicose, dando origem a duas moléculas de lactato, sem consumo 
de oxigênio molecular, sendo por isso denominado fermentação anaeróbica, 
onde são gerados dois moles de ATP por cada mol de glicose. 
Porém, nas células que possuem mitocôndrias, a glicólise pode ocorrer 
na presença de oxigênio molecular, desde que o piruvato produzido não seja 
reduzido a lactato. O piruvato então entra na mitocôndria sendo oxidado a 
dióxido de carbono e água, produzindo aproximadamente 38 moles de ATP para 
cada mol de glicose oxidada. 
 
 
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FIGURA 11 
 
FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. 
Acesso em: 25 mar. 2013. 
 
 
A glicólise ocorre em três etapas distintas. 
 
Etapa 1  através da ação da enzima hexocinase, a glicose é fosforilada 
e a glicose-6-fosfato (G6P), produzida no citosol, não pode sair da célula, sendo 
esta reação irreversível. Quando o fígado precisa fornecer glicose para outros 
tecidos, a G6P sofre a ação da enzima glicose-6-fosfatase, que catalisa a reação 
reversa da catalisada pela hexocinase. 
 
 
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Em seguida, por meio da enzima fosfoglicose isomerase, a G6P é 
transformada no seu isômero frutose-6-fostato ou F6P, que receberá mais um 
grupamento fosfato, sendo transformada no composto frutose-1,6-bisfosfato, 
sendo também uma reação irreversível, catalisada pela fosfofruto-cinase, uma 
enzima alostérica. 
 
 
FIGURA 12 
 
FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. 
Acesso em: 25 mar. 2013. 
 
 
Etapa 2  a frutose-1,6-bisfosfato dá origem a uma molécula de di-
idroxiacetona fosfato e uma molécula de gliceraldeído-3-fosfato (GAP) pela ação 
da aldolase. A di-idroxiacetona fosfato sofre ação da triose fosfato isomerase, 
sendo convertida em gliceraldeído-3-fosfato. 
 
 
 
 
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FIGURA 13 
 
FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. 
Acesso em: 25 mar. 2013. 
 
 
Etapa 3  a enzima gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase age sobre o 
GAP produzindoo 1,3-bisfosfoglicerato, tendo o NAD (Nicotinamida adenina di-
nucleotídeo) como coenzima. 
O composto 1,3-bisfosfoglicerato possui alto potencial energético 
permitindo a produção de ATP na reação seguinte, tendo como catalisadora a 
enzima fosfoglicerato cinase. A outra reação que sintetiza ATP transforma 
fosfoenolpiruvato em piruvato pela ação da piruvato cinase, sendo uma reação 
também irreversível. 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 14 
 
FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. 
Acesso em: 25 mar. 2013. 
 
 
FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. 
Acesso em: 25 mar. 2013. 
 
http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm
 
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A produção de ATP por meio do metabolismo aeróbio, pela quebra da 
glicose, divide-se em três etapas: 
 
1ª etapa  Glicólise – ocorre no citoplasma, gerando 2 ATPs + 2 piruvato 
+ 2 NADH, com oxigênio suficiente. O ácido pirúvico entra na segunda etapa 
(Ciclo de Krebs). 
 
2ª etapa  Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico – ocorre na matriz 
mitocondrial, onde o ácido pirúvico é convertido em acetil-CoA, que é fracionado, 
formando 2 ATPs + 8 NADH + 2 FADH2, sendo os dois últimos direcionados 
para a última etapa (Cadeia Respiratória). 
 
 
FIGURA 15 
 
FONTE: Disponível em: <https://www.google.com.br/search?hl=pt-
BR&q=enderg%C3%B3nicas&bav=on.2,or.r_qf.&bvm=bv.44158598,d.eWU&biw=1440&bih=77
 
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1&um=1&ie=UTF-
8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=jHFQUYq0D5DU9ASjq4GYBQ#um=1&hl=pt-
BR&tbm=isch&sa=1&q=ciclo+de+krebs&oq=ciclo+de+krebs&gs_l=img.3..0l8j0i24l2.15401.1772
2.0.18167.14.13.0.1.1.0.197.1634.5j8.13.0...0.0...1c.1.7.img.dKgYwBipt9g&bav=on.2,or.r_qf.&b
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de_Krebs%3B250%3B250>. Acesso em: 25 mar. 2013. 
 
 
3ª etapa  Cadeia Respiratória – ocorre na crista mitocondrial. Os 8 
NADH e os 2 FADH2 liberam seus elétrons (H+) ricos em energia, produzindo 3 
ATPs por cada NADH e 2 ATPs por cada FADH2. Os elétrons liberados originam 
30 ATPs provenientes do NADH, sendo 2 da cadeia respiratória e 8 do ciclo de 
Krebs (10 NADH x 3) e somados a 4 ATPs provenientes do FADH2, sendo 2 da 
cadeia respiratória x 2, obtém-se 34 ATPs. 
 
Sendo assim, a degradação total de uma molécula de glicose, produz 38 
ATPs, sendo 2 da glicólise, 2 do ciclo de Krebs e 34 da cadeia respiratória. 
 
- Gliconeogênese 
 
É a biossíntese de glicose a partir de substâncias como lactato, glicerol, 
oxaloacetato, aminoácidos e também alguns carboidratos. Ocorre no citosol, 
utilizando várias enzimas da glicólise, porém na direção inversa. 
A glicólise dá origem a 2 ATPs por cada molécula de glicose oxidada, 
enquanto a gliconeogênese consome 6 ATPs. 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 16 
 
FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. 
Acesso em: 25 mar. 2013. 
 
 
Pela ação da piruvato carboxilase na presença de dióxido de carbono, o 
piruvato é transformado em oxaloacetato na mitocôndria, uma vez que não pode 
ser transformado em fosfoenolpiruvato (PEP) por ação da piruvato cinase. Este 
composto não pode passar pela membrana interna da mitocôndria, contudo pode 
ser convertido em malato (produto da redução do oxaloacetato), que se desloca 
para o citosol, onde é oxidado e transformado em oxaloacetato. O oxalacetato é 
transformado em fosfoenolpiruvato (PEP), tendo como catalisadora da reação à 
enzima fosfoenolpiruvato carboxicinase, encontrada tanto na mitocôndria como 
no citosol. 
 
 
 
 
 
 
http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm
 
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FIGURA 17 
 
FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. 
Acesso em: 25 mar. 2013. 
 
 
FIGURA 18 
 
FONTE: Disponível em: <www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm>. 
Acesso em: 25 mar. 2013. 
http://www.ufpe.br/dbioq/portalbq04/metabolismo_de_carboidratos.htm
 
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Esforços de alta intensidade com duração entre 30s e 1min como uma 
corrida de 400m, por exemplo, recorrem a um sistema energético distinto, 
caracterizado por uma grande produção e acumulação de ácido láctico. Por isso, 
as modalidades que requerem este tipo de esforços são habitualmente 
chamadas de lácticas, uma vez que a produção de energia no músculo é 
proveniente do rápido desdobramento dos hidratos de carbono armazenados 
como glicogênio, em ácido lático. Ou seja, trata-se de um processo anaeróbio 
que ocorre no citosol das fibras esqueléticas, em que a molécula da glicose é 
degradada anaerobicamente a ácido pirúrvico ou láctico, sendo muito ativo no 
musculoesquelético. Este processo, conhecido como glicólise, conta com um 
conjunto de 12 reações enzimáticas para degradar o glicogênio a ácido láctico, 
possibilitando a rápida conversão de uma molécula de glicose em 2 de ácido 
lático, formando concomitantemente 2 ATP (ou seja, estes compostos são 
produzidos em uma relação de 1:1), sem a utilização do O2. 
Devido a isso, um corredor de 400m deve desenvolver ao máximo, no 
treinamento, tanto a capacidade para formar ácido láctico, como a de correr em 
altas velocidades tolerando as acidoses musculares extremas, já que o pH 
muscular pode declinar de 7.1 para 6.5 no final de um sprint prolongado. 
 
Em atletas de elite, observam-se as maiores concentrações sanguíneas 
de lactato, em especialistas de 400-800m, que atingem com frequência 
lactatemias na ordem das 22-23mmol/l. Esses atletas procuram aumentar a sua 
potência láctica devido a maior produção de energia daí resultante, pois quanto 
mais ácido láctico formarem, naturalmente, maior formação de ATP consegue 
obter por esta via. Dessa forma, a produção do ácido láctico acaba sendo um 
mal menor e inevitável ao se recorrer a este sistema energético. 
 
Os músculos dos velocistas particularmente possuem grande atividade 
glicolítica, por possuírem um grande percentual de fibras do tipo II (de contração 
rápida). Sabe-se que a glicólise é a principal fonte de energia nas fibras tipo II 
durante o exercício intenso. Durante uma corrida de 400m, por exemplo, 
aproximadamente 40% da energia produzida provêm da glicólise. Entretanto, as 
grandes quantidades de ácido láctico que se acumulam no músculo ao longo 
 
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deste tipo de exercício, causam uma intensa acidose (liberação de H+) 
conduzindo a uma progressiva fadiga. 
 
 Oxidação (Sistema Aeróbio) 
 
Estudos apontam que esforços contínuos que duram entre 1 e 2 min, do 
ponto de vista energético, são supridos, de forma equivalente, pelos sistemas 
anaeróbio (fosfagênios e glicólise) e aeróbio, significando que a produção de 
aproximadamente metade do ATP ocorre fora da mitocôndria e a outra parte no 
seu interior. 
 
Já em exercícios que duram mais que 2 minutos, a produção de ATP é 
assegurada maioritariamente pela mitocôndria, sendo esses esforços 
conhecidos como oxidativos ou aeróbios. 
 
A produção de energia aeróbia na célula muscular deriva da oxidação 
(formação de ATP na mitocôndria na presença de oxigênio) da glicose (HC) e 
dos lipídeos (AG) namitocôndria, sendo pouco significativa a contribuição 
energética da oxidação das proteínas (aminoácidos). Sendo assim, as atividades 
físicas que ultrapassam 2 minutos dependem absolutamente da presença e 
utilização do oxigênio no músculo ativo. 
 
Já a oxidação permite a continuação do catabolismo da glicose a partir 
do piruvato, bem como dos AG e dos aminoácidos, diferente da glicólise, que 
utiliza exclusivamente glicose. 
Dos grupos de compostos energéticos adquiridos pela alimentação 
(carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos), somente os carboidratos podem 
ser utilizados para a produção rápida de energia sem recorrer à utilização de 
oxigênio (glicólise), o que ocorre durante as atividades de máxima intensidade 
com duração de 30 segundos a 1 minuto. 
 
Com relação às atividades diárias, grande parte é suprida pelo 
metabolismo aeróbio, sendo a maior parte do gasto energético muscular 
 
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proveniente da oxidação mitocondrial dos ácidos graxos livres (AGL). Embora a 
produção energética seja assegurada em 40% pelos carboidratos e em 60% 
pelos lipídeos em repouso, em repouso o cérebro é o maior consumidor de 
carboidratos do organismo, consumindo aproximadamente 5g de glicose por 
hora. Nesta ocasião os AGL asseguram quase totalmente as necessidades 
energéticas musculares. 
 
Assim, as exigências para atividades rotineiras como dormir ou estar 
sentado em frente a um computador, dependem da produção de ATP na 
mitocôndria na presença de oxigênio e não do metabolismo anaeróbio pelo 
catabolismo mitocondrial lipídico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TABELA 2 
Característica ATP - CP Ácido Lático Aeróbico 
Combustível 
utilizado 
Fosfato de alta 
energia 
carboidratos 
carboidratos, 
gorduras e 
proteínas 
Localização Sarcoplasma Sarcoplasma Mitocôndria 
Fadiga devido 
à... 
depleção de fosfato acúmulo de lactato 
depleção de 
glicogênio 
Capacidade: 
Homem 
Mulher 
muito limitada 
8 - 10 Kcal 
5 - 7 Kcal 
limitada 
12 - 15 Kcal 
8 - 10 Kcal 
sem limite 
>90.000 Kcal 
>115.000Kcal 
Força: 
 
Homem 
Mulher 
muito alta 
 
36-40 Kca/min 
26-30Kcal/min 
alto/ moderada 
16-20 Kcal/min 
12-15 Kcal/min 
moderada/baixa 
12-15Kcal/min 
9-12 Kcal/min 
Intensidade: 
% máximo 
muito alta 
> 95% F.C.M. 
alta/moderada 
85%-95 F.C.M. 
moderada /baixa 
<85% F.C.M. 
Tempo para 
fadiga 
muito curto: 
de 1- 15 seg. 
curto/médio: 
de 45 - 90 seg 
médio/longo : 
de 3-5 min. 
Atividades: 
 
corrida 
natação 
ciclismo 
remo 
 
 
<100 m 
< 25 m 
<175 m 
< 50 m 
 
 
400-800 m 
100-200 m 
750-1500 m 
250-500 m 
 
 
>1500 m 
> 400 m 
>3000 m 
>1000 m 
FONTE: Disponível em: <http://www.cdof.com.br/nutri2.htm>. Acesso em: 25 mar. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Contração muscular 
 
A especialidade do musculoesquelético é a transformação de energia 
química em energia mecânica, sendo este órgão desenvolvido para otimizar esta 
função usando um conjunto de proteínas relacionadas com o movimento. 
O musculoesquelético é formado por células alongadas, multinucleadas 
conhecidas por fibras musculares. Nessas fibras existem actina e miosina, 
proteínas contráteis que formam os filamentos finos e grossos respectivamente, 
dispostos paralelamente nas miofibrilas das fibras. As miofibrilas também estão 
arranjadas paralelamente, apresentando um padrão de bandas escuras e claras 
dispostas em série, o que dá a característica de estrias às fibras desses 
músculos. Esta aparência estriada se deve à birrefringência diferente das 
proteínas contrateis. 
A banda clara é conhecida por banda-I, devido à isotropia (I) da região 
da miofibrila dada pelos filamentos finos, já a banda-A, é assim conhecida por 
sua anisotropia(A), formada por filamentos grossos intercalados aos finos. 
Denomina-se sarcômero a unidade contrátil, e seus limites laterais são dados 
pelos discos Z, formados por alfa-Actinina, onde os filamentos finos, a Tinina e 
a Nebulina se prendem. O sarcômero é delimitado por duas linhas Z, separadas 
por duas banda-I e uma banda-A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 19 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.infoescola.com/fisiologia/contracao-muscular/>. Acesso 
em: 25 mar. 2013. 
 
O fornecimento direto de energia utilizada na contração muscular é de 
responsabilidade do ATP. Na presença de ATP, as Miofibrilas isoladas podem 
ser contraídas e durante a contração a banda I diminui de comprimento enquanto 
a banda A o mantém. As bandas Z então se aproximam e assim, os sarcômeros 
se encurtam. 
Quando falta ATP, a miosina e a actina continuam ligadas. Já quando 
existe ATP ocorre hidrólise de sua molécula liberando energia que será utilizada 
para movimentar a junção miosina/actina. Isso sugere que a contração muscular 
ocorra por meio do deslizamento de dois filamentos um sobre o outro, sem alterar 
suas estruturas, composição química ou comprimento. 
Na contração muscular isotônica o comprimento do sarcômero diminui, 
e os filamentos se encontram no centro da banda H, ponto em que se observa 
tensão máxima e os filamentos não tem como deslizar mais, atingindo uma 
situação isométrica. Já com relação à contração isométrica, onde não ocorre a 
diminuição do comprimento do músculo, a energia que o ATP libera não pode 
ser transformada em trabalho por conta da incapacidade de deslizar mais os 
filamentos sobre os outros e ocorre produção somente de calor mas de trabalho 
não. 
http://www.infoescola.com/fisiologia/contracao-muscular/
 
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Assim, podemos definir a contração como a ativação das fibras 
musculares com a tendência destas se encurtarem. Ocorre com o aumento do 
cálcio citosólico, que dispara diversos eventos moleculares, que causam a 
interação entre miosina e actina, fazendo com que essa última, deslize sobre os 
filamentos, grosso e os sarcômeros encurtem-se em série. 
 
 
2.1 GASTO ENERGÉTICO NOS EXERCÍCIOS 
 
 
Há um sistema de classificação conhecido como Compêndio de 
Atividades Físicas, em que as atividades são agrupadas conforme seus objetivos 
e intensidade expressa em valores de METs (Múltiplos da Taxa Metabólica de 
Repouso), onde 1 MET (consumo de O2 em repouso) = 3,5 mL O2/kg peso 
corporal/min, oferecendo flexibilidade para se determinar o custo energético. 
Contudo, diversos fatores podem limitar seu uso, mas apesar disso, é bastante 
útil para classificação de atividades físicas tanto para fins de pesquisa, quanto 
para fins educacionais e de uso clínico. 
 
Este sistema foi baseado primeiramente nos dados publicados 
previamente, podendo não refletir com exatidão o custo energético de todas as 
atividades. Os valores são médias, dessa e forma, eles não consideram a 
realização das atividades com mais ou menos vigor, dependendo da pessoa. 
Somando-se a isso, os valores de MET de algumas atividades não foram obtidos 
por meio de medidas diretas do consumo de oxigênio, e sim a partir do custo 
energético de atividades com padrões equivalentes de movimento. Assim, as 
estimativas podem não ser tão precisas com relação aos valores médios do 
MET. 
 
Variações individuais nos padrões de movimento, esforço, ritmo, idade e 
gênero, podem afetar o gasto energético das atividades. O Compêndio não 
considera as diferenças individuais na eficiência de movimentos. Porém, as 
variações na descrição das atividades podem ser diminuídas se as pessoas 
 
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forem instruídas sobre como classificarcorretamente o gasto energético de suas 
atividades, tendo uma padronização nas técnicas de coleta dos dados, e 
entrevistadores treinados. 
 
O cálculo do gasto energético a partir dos METs é realizado 
multiplicando-se o peso corporal em Kg, pelo valor do MET e pela duração da 
atividade. Por exemplo, pedalar em uma intensidade equivalente a 6 METs, 
gasta 6 Kcal.Kg-.h-1, ou seja, uma pessoa de 70 Kg, pedalando por 30 minutos, 
irá gastar o seguinte: (6 METs X 70 Kg) X (30min/60min) = 210 Kcal. Dividindo-
se 210 Kcal pelos 30 minutos de atividade, obtém-se 7 Kcal.min-1 
 
TABELA 3 
Compêndio De Atividades Físicas 
ATIVIDADE DESCRIÇÃO METs 
Ciclismo 
Pedalando, BMX ou em montanhas 
Pedalando < 10 mph, geral, lazer, p/ trabalhar ou 
divertir. 
Pedalando, 10-11,9 mph, lazer, lento, esforço leve 
Pedalando, 12-13,9 mph, lazer, esforço moderado 
Pedalando, 14-15,9 mph, competição, lazer, rápido 
esforço vigoroso 
Pedalando, 16-19 mph, competição sem ensaio ou 
ensaio > 19 mph, muito rápido, competição em geral 
Pedalando > 20 mph, competindo 
Pedalando monociclo 
8,5 
4,0 
 
6,0 
8,0 
10,0 
 
12,0 
 
16,0 
5,0 
Exercício de 
condicionamento 
Pedalando bicicleta ergométrica, geral 
Pedalando bicicleta ergométrica, 50 W, esforço 
muito leve 
Pedalando bicicleta ergométrica, 100W, esforço 
fraco 
Pedalando bicicleta ergométrica, 150W, esforço 
moderado 
Pedalando bicicleta ergométrica, 200W, esforço 
vigoroso 
Pedalando bicicleta ergométrica, 250W, esforço 
muito condicionamento vigoroso 
Calistenia (exercícios de flexão com os braços, etc.) 
pesado, esforço vigoroso 
Calistenia, exercícios domésticos, esforço de leve à 
moderado, geral (por exemplo, exercícios com as 
costas), levantando e abaixando no chão. 
Treinamento em circuito em geral 
Levantamento de pesos (pesos livres, equipamento 
tipo Nautilus ou universais), fisiculturismo ou 
treinamento de força, esforço vigoroso 
5,0 
3,0 
 
5,5 
7,0 
 
10,5 
 
12,5 
 
8,0 
 
4,5 
 
 
8,0 
6,0 
 
 
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Exercícios gerais em clubes para manutenção da 
saúde 
Esteira e escada ergométrica, geral 
Remo fixo ergométrico, geral 
Remo fixo, 50 W, esforço leve 
Remo fixo, 100W, esforço moderado 
Remo fixo, 150W, esforço vigoroso 
Remo fixo, 200W, esforço muito vigoroso 
Dar aulas de ginástica aeróbia 
Hidroginástica, calistenia na água 
Levantamento de pesos (Nautilus ou tipo 
Universal) esforço leve ou moderado, sessões 
leves em geral 
 
5,5 
 
6,0 
9,5 
3,5 
7,0 
8,5 
12,0 
6,0 
4,0 
3,0 
 
Dança 
Aeróbia, ballet ou moderno, “Twist” 
Aeróbia em geral 
Aeróbia de baixo impacto 
Aeróbia de alto impacto 
Geral 
De salão, rápido (discoteca) 
De salão, lento (dançar com música lenta) 
6,0 
6,0 
5,0 
7,0 
4,5 
5,5 
3,0 
Pescaria e Caça 
Pescaria em geral 
Pescar nas margens de rios, andando 
Pescar assentado no bote 
Pescar nas margens de rios, parado em pé 
Caçar com arco e flecha 
Caçar em geral 
Atirar com pistola, na posição de pé 
4,0 
5,0 
2,5 
3,5 
2,5 
5,0 
2,5 
Atividades 
domésticas 
Varrer carpetes e pisos em geral 
Fazer limpeza pesada (lavar carros, lavar janelas, 
arrumar depósitos), esforço vigoroso 
Limpar a casa, geral 
Limpeza leve (tirar pó, usar aspirador de pó, coletar 
lixo), esforço moderado 
Lavar pratos de pé, geral 
Cozinhar, assentado ou de pé, ou de forma geral 
Servir refeições, incluindo colocar a mesa 
Descarregar sacolas de compras em 
supermercados 
Carregar sacolas de compras escada acima 
Fazer compras em supermercado, andando 
Passar roupas 
Fazer lavagem de roupas, utilizando máquinas de 
lavar roupas 
Arrumar cama 
Brincar assentado com crianças, esforço leve 
Brincar de pé e parado com crianças, esforço leve 
Brincar com crianças, andando/correndo, esforço 
moderado 
Brincar com crianças, andando/correndo, esforço 
vigoroso 
2,5 
4,5 
 
3,5 
2,5 
 
2,3 
2,5 
2,5 
2,5 
8,0 
2,3 
2,3 
2,3 
 
2,0 
2,5 
2,8 
4,0 
 
5,0 
 
 
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Cuidar de criança, dar banho, vestir, alimentar, às 
vezes carregar, esforço leve 
Cuidar de criança estando de pé, dar banho, vestir, 
alimentar, às vezes carregar, esforço leve 
3,0 
 
3,5 
Reparos domésticos 
Conserto de carro em geral 
Trabalho de carpintaria em geral 
Pintar paredes fora da casa 
Pintar paredes dentro de casa, remodelando 
Serviços de bombeiro em geral 
3,0 
3,0 
5,0 
4,5 
3,0 
Inatividade/descanso 
Estar deitado tranquilamente, assistindo TV 
Estar assentado tranquilamente, escutando música, 
assistindo TV ou um filme no cinema 
Dormir 
Falar ao telefone 
0,9 
1,0 
 
0,9 
1,0 
Jardinagem 
Limpar a terra usando ancinho 
Plantar sementes de modo geral 
Plantar muda de árvores 
Aplicar fertilizantes nas plantas, andando 
Regar plantas, de pé ou caminhando 
Jardinagem de forma geral 
5,0 
4,0 
4,5 
2,5 
1,5 
5,0 
Diversos 
Jogar cartas ou outro tipo de jogo, assentado 
Ler livros, jornais ou revistas, assentado 
Fazer trabalhos manuscritos, assentado 
Estudar, assentado, incluindo ler e/ou escrever 
Estar assentado assistindo aulas, fazendo 
anotações 
Ler estando de pé 
1,5 
1,3 
1,8 
1,8 
1,8 
1,8 
Execução musical 
Tocar acordeom 
Tocar violoncelo 
Regência 
Tocar bateria 
Tocar flauta (assentado) 
Tocar trompa 
Tocar piano ou órgão 
Tocar trombone 
Tocar trompete 
Tocar violino 
Tocar instrumentos de sopro de madeira 
Tocar guitarra popular, assentado 
Tocar guitarra de pé em bandas de rock 
Tocar em bandas marciais, andando 
1,8 
2,0 
2,5 
4,0 
2,0 
2,0 
2,5 
3,5 
2,5 
2,5 
2,0 
2,0 
3,0 
4,0 
Atividades 
Ocupacionais 
Panificação em geral 
Carpintaria em geral 
Trabalhar em mina de carvão, geral 
Reforma de construções 
Trabalho de eletricista e bombeiro 
Atividade rural: dirigir trator 
Atividade rural: alimentar pequenos animais 
Atividade rural: alimentar gado 
Atividade rural: tirar leite de vaca manualmente 
Atividade rural: tirar leite de vaca mecanicamente 
4,0 
3,5 
6,0 
5,5 
3,5 
2,5 
4,0 
4,5 
3,0 
 
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Bombeiro em geral (apagar incêndio) 
Lenhador: cortar madeira c/machado, rapidamente 
Lenhador: cortar madeira c/machado, lentamente 
Lenhador: trabalho geral 
Plantar com as mãos (florestas) 
Andar a cavalo: galopando 
Andar a cavalo: trotando 
Andar a cavalo: passeando 
Operar equipamento pesado/automático 
Atividade policial: dirigir trânsito, de pé 
Atividade policial: dirigir uma viatura 
Atividade policial: fazer uma prisão 
Reparar calçados de forma geral 
Trabalho de escritório em geral (assentado) 
Participar de reuniões em geral, conversando 
Trabalhos leves, na posição de pé (balconistas em 
geral) 
Trabalhos leve/moderado na posição de pé 
(conserto de peças, reparo de peças de automóveis 
empacotar etc.) cuidar de pacientes (enfermaria) 
Trabalhos pesados, na posição de pé (levantar mais 
que 20 Kg) 
Alfaiataria em geral 
Dirigir caminhão, carregando/descarregando 
Digitar máquina elétrica/manual ou em computador 
Caminhar no trabalho, menos de 2 milhas/h (no 
escritório ou laboratório), muito lento 
Caminhar no trabalho, 3 milhas/h, no escritório, 
velocidade moderada, sem carregar nada nas mãos 
Caminhar no trabalho, 3,5 milhas/h, no escritório, 
velocidade rápida, sem carregar nada nas mãos 
Caminhar, 2,5 milhas/h, devagar e carregando 
objetos leves nas mãos (menos que 10 Kg) 
Caminhar, 3,0 milhas/h, moderadamente e 
carregando objetos leves nas mãos (menos que 10 
Kg) 
Caminhar, 3,5 milhas/h, rapidamente e carregando 
objetos leves nas mãos (menos que 10 Kg) 
Caminhar, descer escadas ou ficar parado, 
carregando objetos pesando entre 12-25 Kg 
Caminhar, descer escadas ou ficar parado, 
carregando objetos pesando entre 25-35 Kg 
Caminhar, descer escadas ou ficar parado, 
carregando objetos pesando entre 35-50 Kg 
Caminhar, descer escadas ou ficar parado, 
carregando objetos pesando 50 Kg ou mais 
Trabalhar em teatro, encenando ou nos bastidores 
* Operar máquinas 
*Controlador de qualidade 
*Trabalhar em forno de tratamento térmico (trabalho 
físico intermitente) 
* Operar prensas leves de forjamento 
* Servente de pedreiro 
* Pedreiros 
1,5 
8,0 
17,0 
5,0 
8,0 
6,0 
8,0 
6,5 
2,6 
2,5 
2,5 
2,0 
8,0 
2,5 
1,5 
1,5 
2,5 
 
3,0 
 
 
4,0 
 
2,5 
6,5 
1,5 
2,0 
 
3,5 
 
4,0 
 
3,0 
 
4 ,0 
 
4,5 
 
5,0 
 
6,5 
 
7,5 
 
8,5 
 
3,0 
2,6 
3,3 
3,4 
 
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*Mecânicos industriais 
* Azulejista 
* Carregador de caixas de laranjas 
* Bombeiro hidráulico 
*Carregador de sacas de mantimentos 
 
3,7 
5,0 
5,2 
5,4 
6,5 
7,0 
7,5 
8,1 
Corrida 
Combinação trote/caminhada (componente trote/10 
min 
Trote em geral 
Correr, a 5 milhas/h (12 min.milha-1 ) 
Correr a 5,2 milhas/h (11,5 min.milha-1 ) 
Correr a 6,0 milhas/h (10 min.milha-1 ) 
Correr a 6,7 milhas/h (9 min.milha-1 ) 
Correr a 7,0 milhas/h (8,5 min.milha-1 ) 
Correr a 7,5 milhas/h (8,0 min.milha-1 ) 
Correr a 8,0 milhas/h (7,5 min.milha-1 ) 
Correr a 8,6 milhas/h (7,0 min.milha-1 ) 
Correr a 9,0 milhas/h (6,5 min.milha-1 ) 
Correr a 10 milhas/h (6,0 min.milha-1 ) 
Correr a 10,9 milhas/h (5,5 min.milha-1 ) 
Correr em trilhas (“cross-country”) 
Correr em geral 
Correr no lugar 
Correr escada acima 
Correr em pista de corrida, treinando 
Correr, treinando, empurrando cadeira de rodas 
6,0 
 
7,0 
8,0 
9,0 
10,0 
11,0 
11,5 
12,5 
13,5 
14,0 
15,0 
16,0 
18,0 
9,0 
8,0 
8,0 
15,0 
10,0 
8,0 
Cuidados Pessoais 
Estar de pé, estando pronto para dormir, geral 
Estar assentado no toalete 
Tomar banho (assentado) 
Vestir/despir (de pé ou assentado) 
Comer (assentado) 
Estar de pé inclinado p/ escovar dentes, barbear, 
lavar as mãos, maquiar 
2,5 
1,0 
2,0 
2,5 
1,5 
2,5 
 
Atividade Sexual Passiva, esforço leve, beijar, abraçar 1,0 
Esportes 
Arco e flecha (não p/ caça) 
Basquete, jogo 
Basquete, geral 
Basquete em cadeira de rodas 
Bilhar 
Boliche 
Boxe no ringue, geral 
Jogos infantis (brincadeiras de roda, quatro cantos, 
brincar em balanços, etc.) 
Dar treinamento de futebol, futebol americano, 
basquete, natação, etc. 
Jogar dardos 
Competição de futebol americano 
3,5 
8,0 
6,0 
6,5 
2,5 
3,0 
12,0 
5,0 
 
4,0 
 
2,5 
 
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Futebol americano, geral 
Jogar disco (“frisbee”), geral 
Golf, geral 
Handball, geral 
Handball, time 
Andar a cavalo 
Judô, jujitsu, karatê, tae kwan dô, kick boxing 
Motocross 
Polo 
Frescobol, geral 
Escalar pedras, p/ cima 
Saltar corda, depressa 
Saltar corda, moderadamente, geral 
Saltar corda, lentamente 
Futebol, competitivo 
Futebol, lazer, geral 
Squash 
Tênis de mesa, ping pong 
Tai chi 
Tênis, geral 
Tênis, duplas 
Tênis, sozinho 
Voleibol, competitivo em ginásio 
Voleibol, não competitivo, times com 6-9 pessoas 
Voleibol de praia 
Luta livre (um tempo =5 min) 
9,0 
8,0 
3,0 
4,5 
12,0 
8,0 
4,0 
10,0 
4,0 
8,0 
7,0 
11,0 
12,0 
10,0 
8,0 
10,0 
7,0 
12,0 
4,0 
4,0 
7,0 
6,0 
8,0 
4,0 
3,0 
8,0 
6,0 
Caminhada 
Caminhar carregando mochila nas costas, geral 
Carregando um neném ou peso de até 7 Kg, em 
terreno plano ou escada abaixo 
Carregando peso escada acima, geral 
Carregando de 0,5 a 7 Kg, escada acima 
Carregando de 8,0 a 12 Kg, escada acima 
Carregando de 13 a 24 Kg, escada acima 
Carregando de 25 a 37 Kg, escada acima 
Carregando acima de 38 Kg, escada acima 
Escalar montanha com carga de 0 a 4,5 Kg 
Escalar montanha com carga de 5 a 10 Kg 
Escalar montanha com carga de 11 a 21 Kg 
Escalar montanha com carga igual ou acima de 22 
Kg 
Descer escadas 
Marchar rapidamente, como marcha militar 
Andar a menos de 2 milhas/h, terreno plano; 
caminhar dentro de casa, muito devagar 
Andar a 2 milhas/h, no plano, passo lento em 
superfície firme 
Andar a 2,5 milhas/h superfície firme 
Andar a 2,5 milhas/h em declive 
Andar a 3,0 milhas/h, no plano, passo moderado, 
superfície firme 
7,0 
3,5 
 
9,0 
5,0 
6,0 
8,0 
10,0 
12,0 
7,0 
7,5 
8,0 
10,0 
3,0 
6,5 
2 ,0 
 
2,5 
 
3,0 
3,0 
3,5 
 
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Andar a 3,5 milhas/h, no plano, passo rápido, 
superfície firme 
Andar a 3,5 milhas/h em aclive 
Andar a 4,0 milhas/h, no plano, passo muito rápido, 
superfície firme 
Andar a 4,5 milhas/h, no plano, passo muitíssimo 
rápido, superfície firme 
Andar por prazer, no intervalo de trabalho; passear 
com cachorro 
Andar em pista de grama 
Andar indo p/ o trabalho ou escola 
 
4,0 
 
6,0 
4,0 
 
4,5 
 
3,5 
 
5,0 
4,0 
Atividades Aquáticas 
Canoagem em passeios no campo 
Canoagem, remando a 2-3,9 milhas/h, esforço leve 
Canoagem, remando a 4-5,9 milhas/h, esforço 
moderado 
Canoagem, remando a mais de 6 milhas/h, esforço 
vigoroso 
Canoagem, por prazer, geral 
Velejar, usando veleiro, “windsurf”, geral 
Velejar competindo 
Esquiar na água 
Surfar com prancha 
Mergulhar com scuba, geral 
Nadar estilo livre, rápido, esforço vigoroso 
Nadar estilo livre, lento, esforço leve a moderado 
Nadar estilo costas, geral 
Nadar estilo peito, geral 
Nadar estilo golfinho, geral 
Nadar estilo crawl, lento, cerca de 50 m.min-1, 
esforço leve a moderado 
Nadar estilo crawl, rápido, cerca de 70 m.min-1, 
esforço vigoroso 
Nadar em rios, lagos ou oceanos 
Nadar por diversão, geral 
Nado sincronizado 
Polo aquático 
Voleibol aquático 
4,0 
3,0 
7,0 
 
12,0 
 
3,5 
3,0 
5,0 
6,0 
3,0 
7,0 
10,0 
8,0 
8,0 
10,0 
11,0 
8,0 
 
11,0 
 
6,0 
6,0 
8,0 
10,0 
3,0 
FONTE: Compendium of Physical Activities: classification of energy costs of human physical 
activities. Med. Sci. Sport. Exerc. 25(1): 71-80, 1993. * Fonte: Caderno Ergo n° 9: Resultados de 
Pesquisa: Capacidade aeróbia de trabalhadores brasileiros e correlação com a carga de trabalho 
físico que executam. Belo Horizonte, 1984. 
 
 
 
 
 
 
 
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3 CÁLCULO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS 
 
 
Taxa Metabólica Basal (TMB) 
 
A taxa metabólica basal (TMB) é definida como a quantidade de energia 
que o organismo necessita para manter suas funções vitais. 
 
Desde o século XIX, o cálculo da TMB é realizado por meio da 
determinação da quantidade de calor que o organismo produz (calorimetria 
direta) ou pelo cálculo de calor indiretamente (calorimetria indireta) por meio do 
consumo de oxigênio (VO2) e excreção de gás carbônico (VCO2). Contudo, 
apenas após um estudo de Harris & Benedict, em 1919, é que ocorreu uma 
tentativa de sistematização das informações existentes sobre o metabolismo 
basal ao se desenvolver equações de predição da TMB, a partir de medidas de 
antropometria, uma vez que a calorimetria não era muito disponível. 
Mediante alteração de orientação para estimar as necessidades 
energéticas humanas, da ingestão para o gasto energético sugerida pela Food 
and Agriculture Organization/World Health Organization/United Nations 
University tornaram-se necessárias atualizações das informações existentes 
relacionadas ao metabolismo basal, revendo as equações de predição da TMB. 
Em seguida, diversos estudos vêm demonstrando que a maioria das equações 
tende a superestimar a TMB em muitas populações, em especial, as que vivem 
nos trópicos. 
 
A TMB é o principal componente do gasto energético diário. Com relação 
ao total de energia gasta ao longo do dia, esta taxa pode ter uma representação 
de 50% em indivíduos muito ativos fisicamente e de 70% em indivíduos mais 
sedentários. Tanto para o nível individual quanto para o nível populacional, a 
TMB é a base para o estabelecimento das necessidades energéticas. 
Existem algumas equações para o cálculo da TMB, sendo que: 
 Harris & Benedict (1919) superestimou a TBM em 17%; 
 FAO/WHO/UNU (1985) em 13,5%; 
 
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 Schofield (1985) em 12,9%; 
 Henry & Ress (1991) em 7,4%. 
 
As equações sugeridas por Harris & Benedict (1919) não são as mais 
indicadas para a estimativa

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